quinta-feira, março 06, 2014

Cá para mim, os polícias que se manifestaram em frente da Assembleia da República deveriam ter coreografado alguns gestos com o apoio dos modelos italianos da Dolce & Gabanna (é que não há quem faça manguitos como eles). Mamma mia... que convincentes eles são, nos manguitos e no resto. Que bom teria sido se aqueles milhares de agentes, à uma, fizessem um valente manguito aos deputados cobardes que não representam o povo que os elegeu mas os partidos onde se acoitam.


No post abaixo já vos mostrei um vídeo de Marinho Pinto (no programa da Cristina Ferreira e do Goucha, imagine-se) a revelar excepções fiscais para os partidos que quase parecem insultuosas e verbas que quase são chocantes. 

Temos que dar um certo desconto e admitir que pode ser que haja razões válidas para aquilo. Mas, ainda assim, é bom sabermos que o nosso voto vale 3,1€ pelo que muitos milhares de votos resultam num belo pé de meia para eles se orientarem bem. 

Por isso, vemos aquela tropa toda em grandes carros com motoristas, armados em sultões, convencidos que são gente importante e não como se deveriam sentir, alguém eleito para nos representar e defender os nossos interesses (os nossos! não os deles próprios). Mas é preciso não escorregarmos para o populismo pelo que aconselho que ouçam aquele desfiar de informação felpuda - mas que ouçam com algum sentido crítico.

Mas isso é no post abaixo. Aqui, agora, a conversa é outra.

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Cheguei a casa, como vem sendo hábito, tarde e más horas e, quando me sentei a jantar, estavam as televisões a transmitir um mar de agentes das forças de segurança em frente à Assembleia da República, uma tensão cujas vibração chegava até nossas casas. Uns, fardados, escudo, capacete, em cordão, defendendo a escadaria e, em baixo, um mar de gente em agitação orgânica, num nervosismo que a todo o momento podia fazer entornar o caldo.


A temperatura do país está a subir, o aperto está a tornar-se feroz, as infâmias e as injustiças estão em crescendo, este governo aparece com uma nova medida atentatória dia sim, dia sim. Uma vergonha, uma provocação. Têm tido sorte porque este é um povo de boa gente.

Mas toda a gente aguenta, aguenta, até ao ponto em que acha que não tem nada a perder.

Quando vejo estas manifestações acho que falta na organização algum sentido de performance. Parece que nunca se sabe como acabar aquilo, como dar algum seguimento. O homem do sindicato foi recebido pela Inconseguida Estebes e ela disse que tá bem, eu entrego o dossier aos dos partidos. E pronto, acabou-se. O que é que os polícias conseguiram? Bola. Zero. Mas, pronto, que mais poderiam eles querer ali?

Por isso, para a coisa, numa próxima ocasião, passar a ter algum conteúdo, aqui deixo as minhas sugestões teóricas com as devidas aulas práticas.



Kevin e Jonathan Sampaio a lição nº 9: F**   OFF

  • Sugiro que se manifestem à porta do Ministério e exijam ser recebidos pelo ministro. 
  • Que, uma vez lá dentro, o dispam e atirem a sua roupa para a rua para ele saber o que é ter que andar fardado e não ter dinheiro para comprar a farda, 
  • que o obriguem a aparecer à varanda todo nu e que o forcem a ficar a vê-los a fazerem uma coreografia onde mostrem a sua raça, cantando canções de gozo e desafio. Nu, ao frio. Para ver se aprende a ter respeito por quem tem menos que ele.
  • E que o obriguem a ir a pé para casa, para saber o que é não ter dinheiro para meter gasolina no carro.

Noah Mills, giro todos os dias, e a lição nº 9:  F**   OFF

E, para que possam ensaiar com quem sabe, aqui deixo um vídeo de encher o olho (especialmente ao sector feminino e gay). São os maravilhosos modelos masculinos da Dolce & Gabanna mostrando como se fala com as mãos. E que bela pronúncia eles têm, Dio mio.






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Para ouvirem as explicações de Marinho Pinto sobre as contas inerentes à vidinha dos partidos, desçam, por favor, até ao post já a seguir.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Um Estado, ou Governo, que consegue, em mais do que uma ocasião, com que as polícias se revoltem contra o mesmo Estado que devem proteger, é um Estado em prostação, um Estado sem consideração por si próprio e quem não se sente não é boa gente.
É lamentável que os polícias tenham de pagar as suas fardas, as suas armas, os seus visores de protecção, os seus coletes de protecção, etc quando este tipo de fardamento e utensílios é usado no exercício das suas funções, em defesa do Estado, enquanto polícias.
Este país vai, aos poucos, anulando-se. Mas, quem é por ele responsável não parece incomodar-se!
Ontem, o governo esperava ver um embate entre polícias, mas tal não sucedeu. Têm mais consciência e responsabilidade do que esta canalha governativa!
P.Rufino