1ª questão: Há os sós, os sós e acompanhados, os sós e ainda por cima mal acompanhados. Vai por aqui uma grande confusão, ou somos tão somente muito complicados? Já agora, a que horas dá consultas?
Resposta: Caro 'anónimo sabendo quem eu sou', o meu horário é nocturno, mas que isso não seja óbice.
Presumo que seja do sexo masculino pois escreveu 'anónimo'; mas se for do sexo feminino, quase tudo o que vou dizer, com as devidas adaptações, mantém a validade. Por exemplo onde eu referir o período pré-menstrual deve considerar o período a seguir a uma derrota humilhante do seu clube de futebol (excepto se for do Sporting porque, nesse caso, já estará habituado)
Pergunta-me se vai por aí uma grande confusão ou se somos tão somente muito complicados. Pois eu digo-lhe: há de tudo e tem dias.
Haverá pessoas que têm mais tendência para complicar que outras e há pessoas que, não sendo geralmente complicadas, têm dias complicados.
Vamos por partes.
a.1) Por exemplo, se tiver pela frente uma mulher em dias pré-menstruais saia da frente. Sem que perceba porquê, ela ter-lhe-á uma raiva que nem dará para atinar, embirrará por tudo e por nada, fará de tudo para arranjar confusão e só não o agredirá se você se fingir de morto.
a.2) Igualmente, se ela for de dormir muito e andar mal dormida, não se espante se a vir distraída, indiferente, sem paciência para o aturar.
Ausência, tristeza...? Coisas assim sem razão aparente? Não se preocupe. Como disse, pode ser apenas sono. Em casos assim é prudente deixar-se ficar calado, sossegado, não chamar a atenção sobre si. Quando ela dormir, quando o cansaço e a má disposição lhe passarem, tudo voltará à normalidade.
b) Mas há outros casos. Há casos em que as mulheres são mesmo má onda.
Por exemplo, há mulheres totalmente desequilibradas. Podem até ter boa capacidade de raciocínio, ser razoavelmente cultas, etc e tal, mas se forem emocionalmente umas destrambelhadas e desembestarem por dá cá aquela palha, aí só há uma coisa a fazer: é pôr-se ao fresco, a milhas, a menos que tenha formação especializada em aturar gente doida.
c) Refere ainda o caso dos sós e acompanhados. Aí, se o problema não é da companhia mas de quem se sente intrinsecamente só, então, o problema é esse.
Nesse caso, é quem se sente só sem razão para isso que precisa de se tratar. Ter companhia e preferir andar a sentir-se solitário pelos cantos, e, por pouco, só lhe faltar andar de ursinho na mão...? Médico! Marcar urgentemente consulta: pode ser uma depressão, um trauma qualquer.
d) Depois há os que estão mesmo sós.
d.1) Aí, ainda poderemos considerar os que estão sós mas se sentem bem assim. Se for esse caso, se está tudo bem, não digo nada. Pode até ir para o convento, fazer passeios ao deserto, subir ao alto das montanhas: tudo bem. Se está bem, alterar para quê?
d. 2) Mas se está só e não gosta de estar, então é tentar arranjar companhia. Passear, ir ao cinema, a uma esplanada, ir à praia, ir ao ginásio, etc, ou seja, ir onde há gente - e estar disponível para o que acontecer.
Se, por essa via, não acontece nada, então porque não tentar uma solução como estes sites de encontros online?
2ª Questão: Esse "método" de encontrar a alma gémea não será um tanto perigoso?! Ai, ai, penso que nunca iria por aí.
Resposta: Cara GL, não acho nada perigoso. Pelo contrário, o método do conhecimento através de sites desta natureza permite que se conheçam um pouco à distância antes da prova dos nove. Ou seja, penso que assim, com mails, troca de mensagens, até telefonemas, dá para se fazer uma primeira filtragem.
Depois, quando passar para o contacto ao vivo, é a mesma coisa que se tivesse conhecido por outra via. Não diria a mesma coisa se me estivesse a dirigir a crianças ou adolescentes pois, nesses casos, os perigos são verdadeiros e há que ter todas as cautelas. Agora, tratando-se de adultos, admito que a experiência de vida permitirá que a avaliação não saia muito errada.
Mas admito que possam acontecer surpresas.
Por exemplo, a mulher que esteja neste processo e que, ao vivo, venha a perceber que afinal o homem não é a beldade apregoada, não é o macho man que imaginava mas uma coisinha muito diferente, então é dizer 'obrigada mas vou dar uma volta a ver se arranjo melhor'. E partir para outra.
3ª Questão: «O amor é o amor - e depois?», Alexandre O'Neill
Resposta: Cara Ana de Sá, portadora da palavra de Alexandre O'Neill, o amor é apenas o amor, é um facto. E depois? E depois do amor, a quem o conheceu, restará o vazio. E depois do amor, a quem apenas o anteviu, ficará a frustração por não o ter conhecido melhor.
Se o mundo fosse perfeito, o amor não deveria nunca ter um depois: apenas um antes ou um durante ou um caminho para percorrer.
*
Finalmente, socorro-me de assessoria especializada e permito-me citar Joaquim Castilho:
Um professor meu do liceu Pedro Nunes, o saudoso Gillot, dizia que o Amor tem três fases O DESLUMBRAMENTO, A CRISE e A TRANSFIGURAÇÃO! Continuo a achar que é válida esta classificação ensinada aos adolescentes doentiamente apaixonados que nós éramos. Atingida a última fase entra-se na certeza consolidada de amar, certamente não tão espectacular, intensa e copulante como na primeira mas mais terna e durável ! E é linda!!!!!
Com ou sem reacções química , com ou sem reprodução o prazer de estar com é uma maravilha…
Toca a amar meus amigos e não se limitem a “fazer amor” …..
Fazer Amor
Dizem
Como se o amor se fizesse
O amor é espontâneo
Nasce
Cresce
E como fogo
Também ele floresce
Às vezes dá frutos
E por vezes
Qual vento norte
Morre cedo
E desaparece.
*
Se quiserem enviar mais questões, não se acanhem. Estou cá para fazer de tudo para que todos fiquem melhor.
*
(Provavelmente ainda cá voltarei esta noite).
2 comentários:
Cara UJM,
Agradeço o seu conselho, só que...?
E se o filtro está falsificado e deixa passar tudo?
Parece-me que nada melhor do que ao "vivo e a cores".
Abraço.
Ó faxavôr, e onde é que a minha amiga, que fala do outro que foi consultor na Ernst aos 16 anos, se formou para dar em consultora sentimental? E como é que sabe se alguém pelo facto de estar acompanhada não acha que tem de alargar os horizontes sentimentais porque mesmo assim se sente sozinha? E como é que garante que não lhe chamam nomes se a piquena se sentir isolada no meio da multidão?
Ó minha amiga, as moçoilas de antigamente não sentiam estas frustrações e se as tivessem achavam que era qualquer coisa tipo alergia ou assim....
E como é que se consegue saborear um manjar, mastigar e não engolir?
Eu acho que não devem excitar as feras adormecidas ou arriscam-se a uma grande desordem na selva...
Beijos e abraços
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