quarta-feira, janeiro 30, 2013

António Costa cai nos braços do Tozé Seguro num apertado abraço. 'Agarrem-me se não vou-me a ele, agarrem-me, agarrem-me...!' - e, quando o soltam, fica a esbracejar em seco e vai cair nos braços do outro...?! Alguém me explica, se faz favor?!


Tenho um amigo, mais velho que eu, filho de um homem republicano dos quatro costados, democrata puro, daqueles que se bateu na oposição, nas prisões, fundador do PS, amigo chegado da velha guarda do PS. O pai deste meu amigo morreu há uns anos mas o filho sempre foi e ainda é amigo de muita dessa gente, e, em especial, dos filhos dessa gente de ideais puros, exigente, culta, de nobres princípios.

Este meu amigo sempre disse, e lembro-me de o dizer talvez há já uns vinte anos anos (credo... o tempo passa a correr...), que havia no PS um tipo muito inteligente, um tipo muito válido, um tipo que ainda ia dar que falar, um tipo com capacidade para vir a liderar o PS. Esse tipo era e é o António Costa. Na altura eu mal sabia de quem é que ele estava a falar.

Quando começou a aparecer, pude sempre constatar que, de facto, é inteligente. Fala claro, tem ideias claras, tem um discurso frontal e corajoso.

No entanto, para minha surpresa, dá ideia que, quando tem oportunidade de se chegar à frente e cumprir o destino que lhe parece destinado, vacila e não dá o passo em frente que se espera.

O que se passou ontem à noite a mim não me encaixa. 


O Tozé até fecha os olhos tal a ternura que lhe subiu ao peito  com o inesperado abraço do  António Costa
- ou será que isto é apenas um episódio da linda história de afecto entre dois simples sentimentalões?
Ou terão descoberto que, afinal, são irmãos? Ou meio-irmãos (dada a diferença na  coloração)?
Ou um é o filho de que o outro andava à procura há muito tempo?
Ou uma outra coisa qualquer que justifique este arrebatamento...?
Dão-se alvíssaras a quem souber informar.



Vejo o António Costa abraçado, num apaixonado abraço ao Tozé, e ouço-o a falar em pacificação e união do partido e não percebo que raio de coisinha má lhe tolheu os passos e o deixou a falar fininho.

Prova de inteligência? Estará à espera de melhor altura? 'O melhor milho é para os pardais', pensará ele? 

Não sei. Eu não percebo, é um mistério.

A ideia que passa é que é daqueles valentões que só têm é garganta.

Se não é isto, então que alguém, se faz favor, me explique.

Ora bolas para esta política (e agora escrevo com minúscula) que já parece uma brincadeira de patetas. 

Fogo! Qualquer dia sou eu mesmo que me chego à frente. De certeza que as mulheres na politica não andavam para aqui com tanta mariquice.

*

Talvez ainda cá volte.

6 comentários:

Traçados sobre nós disse...

Cara UJM:

De ontem, no meu blog:

Costa não segura

Costa não segura,
Caravela encalhada…
Quem a empurra?

José Rodrigues Dias, 2013-01-30

jrd disse...

Abraços a sério são os que eu deixo e recebo nos comentários dos blogues.
:)

irene alves disse...

Também não percebi nada e esse
abraço também me irritou...
Caramba, parece que andam todos
a brincar...
Estou farta destas palhaçadas...
Como sempre o seu post está
muito bom.
Bj.
Irene Alves

packard disse...

Eu não lhe disse? "Deixós poisar".
O sorriso de orelha a orelha do Silva Pereira não enganava ninguém. E foi inteligente. Desdramatizou, retirou da cena vocabular as "infidelidades" e "irresponsabilidades" - a rábula do abraço foi perfeita - e agora é o "ó filho, tens dez dias para mostrares o q vales". Lá diria o outro: é a vida!

Anónimo disse...

Aquele abraço, confesso, fez-me arrepios!
A “P”olítica por cá está um desastre!
Enfim...!!
P.Rufino


Um Jeito Manso disse...

A todos,

Como já expliquei noutro sítio, hoje não tenho tempo para responder a cada um de vocês. Já sabem que fico com muita pena quando isso acontece mas hoje não tenho mesmo tempo. Desculpem-me. Mas, de certa forma, foquei aspectos abordados por Vós no texto que acabei de escrever.

Um abraço!