Portugal é um País com séculos de história. Portugal tem um mar imenso, tem um fantástico clima, tem gente trabalhadora, que adere facilmente a novas tecnologias, que aprende facilmente outras línguas, que aceita sem reservas outras culturas, Portugal tem uma localização privilegiada, Portugal tem tudo para ser um País viável.
O que Portugal não tem é elites de qualidade. Mas as elites aparecerão se soubermos dar-lhes oportunidade, se nos focarmos no que é essencial e nos deixarmos de tricas e fatalismos.
Custa a perceber que, num momento destes, ande meio mundo a dizer e a fazer disparates, esquecendo o que é importante (recuperar a credibilidade do país, endireitar as contas, revitalizar a economia).
A crise exigiria sentido de responsabilidade e não a imaturidade a que temos assistido na campanha eleitoral, nos meios de comunicação social, nos blogues.
As pessoas parece que ficaram possuídas, parece que perderam a capacidade de raciocinar, parece que se encontram destituídas de um mínimo sentido de isenção, falam sem racionalidade, insultam-se, injuriam-se.
Em especial as hostes do PSD, que parecem atacadas de miopia política e oportunismo barato, demonstram um ódio primário contra Sócrates. Faz impressão.
Em especial as hostes do PSD, que parecem atacadas de miopia política e oportunismo barato, demonstram um ódio primário contra Sócrates. Faz impressão.
(Já agora: os senhores que se encarniçam contra o PS sabem que a Dinamarca também está em recessão?... É que a crise é geral, meus senhores, a crise financeira e económica ataca todos, desde os EUA, ao Japão, à Itália, à Espanha, tantos mais países, e até a certinha Dinamarca)
Mas adiante.
Por uma questão de higiene mental, sinto-me na necessidade de não falar mais, por hoje, sobre esta campanha tão pouco alegre.
O céu através do meu pinheiro, in heaven |
Falemos, pois, de assuntos mais interessantes.
Semir Zeki, neurobiólogo da University College de Londres, é o responsável por um estudo que, com o apoio de um scanner cerebral, provou que o cérebro reage da mesma forma quando a pessoa está apaixonada ou quando contempla obras de arte.
Perante obras como 'O nascimento de Vénus' de Botticelli e outras, Zeki constatou uma maior irrigação nas áreas de produção do neurotransmissor dopamina e na região do córtex orbifrontal, que estão associados à sensação de prazer e afecto.
Botticelli |
Tal e qual como quando se vive em estado de paixão.
Por isso, se não tem a sorte de estar apaixonado, que não seja por isso que o seu cérebro deixe de se irrigar no sítio certo: consuma arte.
Se quiser, pode conferir aqui
Mas ainda há mais.
Foi divulgado recentemente um estudo, conduzido por cientistas de Taiwan e publicado no “Journal of Epidemiology & Community Health”, em que foram analisadas 1800 pessoas de ambos os sexos, com idade superior a 65 anos, que moravam sozinhas. O estudo demonstrou que, nas que fazem compras todos os dias, as taxas de mortalidade são 27% mais baixas do que as que o fazem apenas esporadicamente.
Os cientistas ainda estão a testar hipóteses para perceber exactamente qual o nexo causal entre a longevidade e a ida assídua às compras mas inclinam-se para o maior nível de actividade, nomeadamente através das caminhadas que, como é sabido, é uma das formas mais saudáveis e mais completas de exercício.
Além disso, a actividade de comprar tem também uma componente de sociabilização o que é benéfico do ponto de vista emocional. Seja como for, pela sensação de agrado, pela convivência ou pela caminhada, fazer compras prolonga a vida.
Custa-lhe a acreditar? Pois pode conferir aqui.
Por isso, meus amigos, com muita moderação (que o tempo não está para gastos) toca de ir às compras todos os dias!
E, já sabem, se estiverem apaixonados melhor ainda mas, se não estiverem, toca a ver umas pinturinhas, ir a um museuzito, a uma galeria, quelque chose!
Paula Rego, aqui tao perto: vá até Cascais, por exemplo |
Queremos é gente saudável, feliz, apaixonada !
Be happy!
PS: Geralmente escrevo tanto que, quem me lê, se fica pelo 1º post e nem imagina que, no mesmo dia, escrevi mais um ou dois. Por isso, se quiser, siga para baixo que há mais.
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