Pedro Passos Coelho quando está com africanos, diz que, por se ter casado com uma africana, é tão africano como eles.
Quando estiver com pasteleiros imagino-o a dizer que, por antes ter sido casado com uma doce, é tão pasteleiro como eles.
Depois diz que como a cultura é uma coisa transversal (e a economia não é? E as finanças não são?, etc), não é preciso haver ministério, fica ele a tomar conta da cultura. Imagine-se.
As pessoas ligadas à cultura devem estar de cabelos em pé, aterrorizadas, a preparar abaixo-assinados a ver se o tornam inimputável. Ele a tomar conta da cultura? Ou da coltura?
Não. Não é possível tamanha desgraça.
Não há memória de um candidato tão pastiche, tão fraca imitação, tão próximo do zero: é pechisbeque, senhores, é pechisbeque.
Mas, já agora, sugiro que vejam um pequeno apontamento de um filme delicioso de Woody Allen, Zelig. Se tiverem possibilidade de adquirir o DVD aconselho. Senão aqui fica um cheirinho: Zelig ao pé dos judeus, é judeu; ao pé dos chineses, é chinês, ao pé dos índios, é índio e não consegue deixar de ser assim, um perfeito camaleão.
3 comentários:
o homem é só cenário.. e de má qualidade.
Desculpe, não é nada pechisbeque, é foleiro, comum, periférico, sub-urbano, piroso, alpinista e do seu(dele)-tempo.
Ora, pechisbeque é joia de imitação; o rapaz é autêntico. Em tod'o caso, não vejo razão para espanto, o pr também é e o pm também e... é a Nova Europa democramericanizada, não espanta.
É verdade, Pirata-vermelho, você tem toda a razão. Concordo totalmente, a descrição é perfeita e colocou-o a par dos seus 'pares' (passe a redundância).
Para isto, temos vindo a caminhar. Nem sempre a evolução se faz no melhor sentido. É uma pena.
Mas diga-me: há solução para isto?
Enviar um comentário