domingo, dezembro 05, 2010

Duas árvores especiais, dois homens pouco especiais (Louçã e Carlos César) e comentário a uma recomendação de Pedro Mexia relativamente ao Special One

Vou escrever sobre duas árvores muito bonitas da Rive-Gauche.

A primeira completamente BCBG (bon chic bon genre), a segunda cheia de personalidade, carismática, marcando o perfil da zona baixa da cidade.

Árvore de Natal, numa noite com muita chuva

Lisboa vista de Almada

Numa manhã cinzenta, uma vista líndissima: Lisboa, a magnífica, do outro lado, o Tejo qual passadeira azul (cinzenta mais propriamente, porque, nesta altura, o azul não é saison), e a Rive Gauche em primeiro plano com as duas torres da muito bonita Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso em Cacilhas, construída após o terramoto como agradecimento a Nossa Senhora por ter feito recuar as águas do Tejo, e uma árvore gloriosa, que disputa atenções à árvore de natal acima.

E não é justo que se dê mais relevo a estas duas árvores do que à saloice que é o Francisco Louçã andar a gabar-se de que a Casa Branca tem medo dele? Deprimente.

E, claro, Louçã sempre do lado 'dos que estão do outro lado', whatever that is. O Carlos César, qual soba, resolveu, 'aos costumes, dizer nada', e marimbar-se para a crise e para as leis do País que é o seu e cuja lei jurou cumprir e, como bom demagogo, resolveu compensar os funcionários públicos afectados pelos cortes que aí vêm: e o Louçã, demagogo-mor, acha muito bem. Et pour cause... é que os demagogos se atraem.

Este Louçã que, às vezes (mas não muitas), tem coisas acertadas e que se sabe explicar-se (é a veia pedagógica) tem depois atitudes como as duas acima referidas: patetas, patéticas.

É esta (BE, PCP) a esquerda que temos e que, por ser assim, se auto-exclui de qualquer participação séria: populistas, demagogos, para além de, globalmente, conservadores (sempre que falam, com o usual ar soturno, ensimesmado, é sempre um entediante déjà-vu).

E, no entanto, agora é tempo para recriar, para descobrir novos caminhos. Onde estão as mentes capazes de ver de maneira diferente, de puxar pelo lado melhor de todos?

(... Mas, Pedro Mexia, não sei se The Big Winner seria rapaz para tamanha empreitada...Não queiramos sujeitar o Special One à demonstração do que é o Princípio de Peter... ).
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