Cheguei há pouco e, ao ligar a televisão, constato que meio mundo está em bicos de pés à espreita, a ver se Biden consegue chegar até ao fim sem voltar a chamar Putin a Zelensky ou se consegue manter o rumo da conversa, sem se enfiar por algum beco sem saída.
Começou agora e parece que vai bem lançado. E fico contente pois custar-me-ia bastante vê-lo passar pela humilhação de se ver perdido em palco ou com o olhar parado sem saber onde está.
Seja como for, faz muita confusão que os democratas não tenham resolvido a tempo e horas este embaraço de ter um candidato de 81 anos, necessariamente a precisar de descansar mais e, de vez em quando, já com alguns bugs, a fazer frente a um trafulha encartado.
Os investidores começam a tirar-lhe o tapete mas a mulher anda a fazer comícios atrás de comícios para convencer a malta que o marido ainda está vivinho da silva. E eu não percebo. Se eu chegar à idade deles, alguma vez eu quereria que o meu marido andasse a sujeitar-se a canseiras, a esgotamentos, a confusões...? Não. Haveria de querer que ele gozasse os seus últimos anos sossegado, em serenidade, longe de situações embaraçosas. Ou, se fosse eu a presidente, alguma vez eu andaria a impor a minha presença mesmo quando todos os anteriores apoiantes mostrassem reservas sobre a minha integridade mental? Não. Só se já estivesse senil.
Entretanto, Biden acabou a sua intervenção e está a responder a questões. E vai bem, está seguro e com a cabeça no sítio. Até ver não se espalhou. Mas, caraças, como estará daqui por um ano, daqui por dois...? Se, quando está cansado fica em estado de estupor catatónico, ficarão os States (e o mundo) seguros? E os eleitores, receando isso, não se encolherão e não abrirão o caminho a Trump?
Faz sentido um homem de 81 anos com o prestígio que ele tem estar a sujeitar-se a mil perguntas sobre a sua capacidade mental...? Todas as perguntas andam à volta da sua forma física e mental, todas. E ele, coitado, ali está a tentar demonstrar que está rijo como um pero e que, por natureza, é um sempre-em-pé.
Até pode estar bem, razoável, mas... caraças... com um patife populista, mentiroso e perigoso como Trum pela frente, é esta a melhor muralha que os democratas têm para erguer?
Não sei.
O mundo anda um lugar muito bizarro, parece que dia após dia nos deparamos com coisas ilógicas.
Enfim.
A ver se amanhã mostro umas coisas bonitas. Hoje não pois ficariam aqui desenquadradas.
3 comentários:
UJM, e o que dizer, depois de um dia na roça de São Tomé e Principe, preparar a refeição na companhia deste alegre João Carlos Silva, que nos mostra a cultura gastronómica e meios utilizados pelos São-tomenses.
Sou fã do gral-almofariz, -vou arranjar um- e o fogão…..!
https://www.youtube.com/watch?v=KNoJp5p8nS4&t=19s
UJM, eu tinha comentado que este debate foi antecipado para queimar os dois. Um já está (Biden) o outro,ou muda de narrativa,ou acontece como presidente Kennedy e o irmão dele ,sim os states já eleminaram cinco presidentes e candidatos ao cargo.
UJM. Em referência ao título que escreveste só tenho um comentário a fazer. O Putin é um estadistas,um nacionalista, infelizmente só nasce um assim em 10.000.000.mas nenhum é no ocidente, talvez o Victor.
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