Uma amiga disse que tinha uma árvore e mostrou-a de bonita que era. Pelo nome, antevi que cheirasse muito bem. Ofereceu-se para me arranjar uma. Agradeci.
Quando a recebi, linda, não percebi a razão do nome que tinha. Pelo que dizia no vaso, o ilustre nome em latim, percebi que ela estava equivocada. Não era o que ela dizia, era outra, porventura não tão carismática mas mais mimosa, mais bonita.
Está plantada no meu jardim e já deu florzinhas desde que ali está. Tomara que vingue e se faça linda. Para sempre ficará como a ilustração de como é essa minha amiga, generosa, alegre... e um tudo-nada um bocadinho despistada.
Há bocado, ao fim da tarde, fui ver se um mini-sistema de rega estava ligado. Ao aproximar-me, levantaram-se do chão dezenas de passarinhos. Ao vê-los a elevarem-se e, depois, a voarem, pareceu um bando. Fiquei contente por estarem ali no meu jardim. Fico feliz quando vejo que os animais, sejam quais forem, gostam de estar no espaço que habito, admito que seja porque reconhecem que aqui há um respeito absoluto pela natureza.
No entanto, há um mas. Todos os dias de manhã, no terraço, debaixo do alpendre, sempre no mesmo sítio, aparece um grande cocó de pássaro. Não percebemos onde está o pássaro quando ali vai fazer as suas necessidades. O ninho fica longe, não há onde se apoie e, digo eu, não é provável que faça cocó suspenso no ar, sempre no mesmo sítio. O meu marido fica furioso.
E, por falar em estar suspenso, creio que já referi que optei por outra modalidade de ginástica na piscina, agora em suspenso, sem pé. É mais puxado, cansa um bocado. Mas tal como tive grandes dificuldades quando comecei na outra, dificuldades ao nível da coordenação, agora estou a enfrentar outra complexidade. Ao passo que os meus colegas estão direitinhos como um fuso, na vertical, fazendo todos os exercícios sem sair do mesmo lugar, comigo é uma festa. Passeio pela piscina. Por exemplo, se o exercício for fazer movimentos de abrir e fechar as pernas, isto na vertical e sem pé, relembro, e ao mesmo tempo, com os braços abertos, fazer movimentos circulares de levantar a água, para fortalecer os músculos dos braços, faço tudo mas os movimentos que faço levam-se a deslocar-me. Por vezes vou parar à ponta da piscina. Enquanto os outros estão a fazer um exercício, estou eu a nadar para me reposicionar. Outras vezes tenho que parar para não atropelar os outros que ali estão, verticais e aprumados. Já perguntei a vários deles, incluindo ao professor, qual o truque para não andar de um lado para o outro. Não sabem dizer. Descansam-me, dizem que com o tempo vou conseguir, que é intuitivo. Ora isto é desconhecer que isto é física pura, estamos perante uma questão vectorial, de forças e impulsos. Presumo que tenha que me inclinar um pouco para trás ou para a frente ou fazer qualquer outra coisa. Mas ainda não percebi o quê.
Tirando isso, posso ainda contar que ao jogar ao disco com a minha neta, com receio de atirar para longe, atirava curto demais.
Ela ficava sempre admirada: 'Mas o que foi isso...? Daqui a nada vou dar-te uma aula de musculação...'. E eu disse que sim, estava curiosa. Mas, afinal, esquecemo-nos. Não faz mal, fica para a próxima.
Resumindo: foi um dia bom.
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Desejo-vos um dia bom
Saúde. Alegria e simplicidade. Paz.
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