E agora, enquanto me inspiro para o próximo post, um pequeno interlúdio musical. A minha menininha Plim-Plim hoje pediu para ver o blog e perguntou se tenho escrito sobre eles. Respondi que não, que tenho andado mais por outros territórios. Mas fiquei a pensar que deveria fazê-lo. Mas, para escrever qualquer coisa para eles tenho que estar bem acordada e, lamentavelmente, não é ainda o caso. Por isso estou a ver se desperto.
Fico-me, por ora, por um sugestivo vídeo. Não são os belos cantares de Timor que agora têm passado nas televisões e que sempre me farão recordar um longínquo dia (e, contudo, aparentemente tão próximo) em que começámos a falar depois de ambos termos assistido a um encontro de resistentes timorenses que cantaram o Monte Ramelau e outras cantigas mas que, para nós, eram sobretudo a insólita música de fundo para a atracção que fazia com que ele tivesse passado o tempo todo a tentar perceber se eu ainda estava atrás dele e eu o tempo todo a sentir que estava a inquietá-lo. E depois foi aquela coisa que sempre me leva a fazer o que sinto que deve ser feito: arranjei maneira de dar o passo que estava há algum tempo à espera de ser dado.
Mas isso foi num Setembro quente. E não é sobre Timor Leste, aka Loro Sae, que a cantiga abaixo trata.
A única coincidência entre a música que vou partilhar e os cantares de Timor encontrá-la-á o nosso inefável Marcelo que padece do mal de não conseguir controlar o que diz, em especial quando tem um microfone apontado à boca, e que estabeleceu relação idêntica ao conectar a sua ida a Timor com a ida de António Costa à Ucrânia no que parece ter sido uma incomprénsível gaffe de segurança.
3 comentários:
(to be forgotten is to be forgiven)
The Christ only became relevant because a great deal of evil & pain were involved in his demise.
Since then, promoting good through a lot of evil & misery has become a staple in the human condition.
What would have happened in human history if, instead of the cross, Jesus had passed away peacefully in his sleep?
He would have been forgotten
(and maybe mankind could have been forgiven.)
The "Madeleine Albright/Pontius Pilate/Greater Good dilemma": Can the 'return of the prodigal son' extravaganza compensate for the rest of the family being taken aghast?
Wouldn't it be good if we could really learn from our mistakes, instead of re-enacting them time & time again?
Bitterness & frivolity may seem pointless, yet can't be avoided, no more than merriment & righteousness can, because everything is required until it ceases to be.
Strive if you must, accept if you can: we're all features, servants - and some even worshipers - of The Everlasting Dissatisfaction.
Not our merit, nor our fault: electrons & protons, shame & pride, Yin & Yang are in flux. When nothing seems to be definitive, The Everlasting Dissatisfaction reigns supreme.
Were you ever satisfied?
Are you satisfied?
Will we ever be completely satisfied? Of course not: we will always be hungry, thirsty, envious, scornful.
When we're hungry we kill both the things we eat and the things which compete with us for food; when thirsty, we build aqueducts, dams; when we feel envy we devise larger cities, bigger churches, faster cars, more lethal weaponry; when we hold something/someone in contempt, we go to war; The Everlasting Dissatisfaction - as above, so below.
To appease, to placate The Everlasting Dissatisfaction is to do nothing, and to do nothing is proscribed, because the heart pumps, the blood flows: we live not by the will, but by The Heart.
Amid pros & cons The Heart has the final say.
[C. G. Jung, in his book "Memories, Dreams, Reflections", recalls a conversation he had with a Native American man, one Ochwiay Biano an elder of the Taos Pueblo in New Mexico. (Mr. Biano is also known by the English name "Chief Mountain Lake.") Ochwiay Biano said,
“How cruel the whites are: their lips are thin, their noses sharp, their faces furrowed and distorted by holes. Their eyes have a staring expression. They are always seeking something. What are they seeking? The whites always want something, they are always uneasy and restless. We do not know what they want, we do not understand them, we think that they are mad.” I asked him why he thought the whites were all mad. “They say they think with their heads,” he replied.
“Why, of course. What do you think with?” I asked him in surprise.
“We think here,” he said, indicating his heart.
Later in the 1925 visit, he learned from the Chief that his people, like the Elongyi tribe of Kenya, rose in the morning and spit in their palms, thereby presenting their soul-stuff to the sun to welcome it in an expression of sympathetic magic. Jung marveled that the people of the pueblo knew why they were there.] (Source) (Further reading)
The Everlasting Dissatisfaction (aka God) lives in the heart of men. In the human consciousness, religion is upstream from science; that's why religion will always be purer, closer to Man's heart.
The real damage occurred many thousands of years ago, when the first cases of 'obsessing about the future' quickly went viral and then turned into the arch-grandmother of all pandemics. All went downhill when 'obsessing about the future' finally became endemic.
K, olá
Curiosamente de vez em quando exprime-se em inglês. Desta vez não sei se foi para condizer com a citação se a inspiração lhe flui melhor em inglês.
Mas olhe, K., não fale em abstracto ou não fale como se quisesse catequizar-me (até porque já viu que não é lá muito bem sucedido), fale sobre si. Como é que o K. pensa? Com a cabeça, com o coração, com as mãos, com os livros que recorda?
Esqueça que eu penso no futuro. Fale de si. Nunca pensa no futuro? Vive no presente, virado para o passado?
Um dia bom (ou uma noite descansada, consoante a hora a que me ler)
Enguliu a cassete em pequeno.....
A.Vieira
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