Que se ilumine a beleza!
Digo
à flor da beleza
Que se iluminem
os pulsos
estreitos e muito pálidos
daquelas que voam
Como eu queriasem ter fimentregar-me à densa Luasubmersa e encobertaenvolta pelo seu mantoperdida de mimturvadaonde a chuva desamadase transformano meu prantodocementeenvenenadapelo jasmim e o espanto
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Os poemas Iluminação e O manto da lua que acima transcrevi e Flor receosa de onde extraí o título deste post pertencem a Estranhezas de Maria Teresa Horta, livro que lhe valeu o Prémio Casino da Póvoa atribuído na 22.ª edição do festival Correntes d’Escritas.
O jasmim foi fotografado hoje, aqui em casa. Está perfumado de dar gosto. Hoje encostei-me ao muro, entre dois tufos, e ali fiquei em estado de inebriamento, deixando que o tempo pousasse suavemente em mim, presa deste tempo sem fronteiras, rendida ao prazer de estar e ser.
A violinista Mari Samuelsen interpreta Timelapse.
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