Por altura dos cogumelos, quando rebentam por todo o lado, a terra aparece revolta, em alguns lugares aparecem grandes pegadas e eu caminho pela terra húmida e macia sem saber se, de dentro da gruta ou de trás dos arbustos, vai aparecer um bicho que me assuste.
Agora que a caruma crepita por debaixo dos meus pés e que os perfumes da primavera se fazem anunciar, com pássaros, borboletas e outros insectos em danças e, os que podem, em cantos, apenas um cogumelo subsiste e não vejo pegadas na terra nem vestígios de monstros.
Mas hoje, ao caminhar sob as copas dos pinheiros e das aroeiras, em caminhos ladeados por alecrim em flor, dei com um fantasminha abraçado a um tronco. Não sei que curioso serzinho é este, branco e peludo. Só sei que é silencioso, que habita in heaven e que, a partir de agora, sempre que caminhar por ali, irei visitá-lo.
Aos poucos, ao longo dos anos, este lugar mágico vai sendo povoado por toda a espécie de bichos, de quimeras, de sonhos e de quietudes, e eu sinto, cada vez mais, que este é o meu verdadeiro lugar sobre a terra.
Aos poucos, ao longo dos anos, este lugar mágico vai sendo povoado por toda a espécie de bichos, de quimeras, de sonhos e de quietudes, e eu sinto, cada vez mais, que este é o meu verdadeiro lugar sobre a terra.
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