sexta-feira, novembro 01, 2019

Três misteriosos casos por desvendar:
para o Jaime Ramos, para a Agência do Ó ou para quem os apanhar


Não que, em minha defesa, possa dizer que sou uma newborn. Nem pensar. Num sentido, basta olhar-me ao espelho e, noutro, para o arquivo aqui ao lado. Sou mas é uma veterana. Vintage, .

Ou seja, já ando nisto da blogosfera para cima de uma meia dúzia de anos, já devia saber mais disto. Mas é de mim. Não dou por nada. A miopia dá-me a desculpa para não ver as coisas, para mais não usando óculos, mas sou é desatenta. Ou isso ou outsider -- isso talvez. Não encaixo. Não sou de lado nenhum. Nunca fui, nunca serei. Taxonomicamente, quanto muito, encaixo no grupo  d'Os que mijam fora do penico.

Vem isto a propósito de que num e noutro dos sites aqui da lateral comecei a ver coisas de uma tal Agência do Ó. Parece ser estabelecimento instalado faz tempo mas, como tanta vez me acontece, parece que toda a gente o conhece menos eu. É como esse tal do Jaime Ramos cujo criador é aquele ex-governante que em vez de dizer levar diz tomar e que vejo referenciado all over. E eu nunca.
Por exemplo. Já aqui contei, acho eu. No outro dia, numa reunião com uma outra empresa, uma senhora elegante, daquelas cujas nove horas se demonstram de alto a baixo, do penteado aos sapatos, passando pela elegante toillete, sucedeu um caso. No intervalo de assuntos de milhõe$, começámos uma daquelas small talks tão típicas de mulheres que não abdicam das suas idiossincrasias. Às tantas, já estávamos a falar do trânsito, das aflições, da vontade de fazer chichi que às vezes temos, do sítio onde moramos. E, aqui chegadas, ela logo se alegrou, que conhece bem, que vem muito por por estas bandas pois é fã de uma tasca onde se comem dos melhores petiscos de Lisboa e arredores. E disse o nome. Eu nunca tinha ouvido falar de tal coisa. Descreveu onde era. Pertíssimo da minha casa actual e ainda mais perto da anterior. Eu, zero. Nem ideia. Quando falei aos meus filhos, ambos disseram que sabiam muito bem, que é um ex libris, que é um local de reunião de tout le monde, local mais eclético não há, melhor marisco também não. E eu, bola. Depois disso, já lá fomos algumas vezes.  Confirma-se. Sempre a rebentar pelas costuras, gente na rua. E eu nunca tinha dado por ela. Ou seja, nada a fazer, é assim. 
Bem. Portanto, nunca tive o prazer de conhecer nem a cria do Francisco José Viegas nem a tal Agência do Ó. Nem sei se esta só tem um agente pastelão e respectivas réplicas ou se também algum mais apresentável, tipo 007, ou, mesmo, um naipe de agentes secretas daquelas que enganam toda a gente incluindo o próprio marido, agentes com skill softs adaptadas às exigências das missões ou dos clientes. 

O que sei é que tenho alguns casos que gostava de ver desvendados. Deixo-os aqui a ver se algum dos referidos experts se chega à frente e aceita o serviço.

Refiro alguns dos mais prementes.

1º caso

Afinal quem é o demissionário presidente da Iniciativa Liberal?

Gostava de saber se o Carlos Guimarães que andou a aparecer na campanha pela Iniciativa Liberal -- e que sempre teve ar de quem não era para ser levado a sério, tanto que, agora que conseguiram meter um deputado no Parlamento, resolveu dar de frosques -- se chama mesmo Carlos Guimarães ou se é, afinal, o Fernando Santos aka Emplastro. Ou serão gémeos univitelinos separados à nascença?


Pergunto: será que a conceituada Agência do Ó ou o Jaime Ramos agarram o caso?

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2º caso

Afinal o que se passa com as Leitoras devotas do Valtinho?

Valter Hugo Mãe em Guadalajara, México
Foto de Adélia Carvalho (reprodução do Facebook). Retirado daqui

Gostava de saber se todas as devotas do Valter Hugo Mãe já estão na menopausa ou se são apenas umas ingratas. Anda o homem por aí a carpir que trocava os livros todos por um filho, que dava tudo para ser pai, conta que até já foi raptado por uma que o amava de paixão e, afinal de contas, não há uma única fã que se chegue à frente e lhe faça um filho? Ou, vá, pelo menos, lhe alugue a barriga? Não percebo. Algum mistério há.

Será que a Agência do Ó ou o Jaime Ramos agarram o caso do VHM?

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3º caso

Afinal estamos a exportar minhotas?


Este caso requer alguma internacionalização mas, na volta, a Agência do Ó até já se franchisisou e abriu sucursal nos Champs Élysées ou em Piccadilly ou na 6th Avenue. E o Jaime Ramos parece que até já anda a caminho de Pequim. Portanto, capaz de estarem todos à altura. E o caso é o seguinte: sempre ouvi dizer que as minhotas têm, como traço fisionómico marcante, o buço. E, calma, estou a vender pelo mesmo que comprei. Até pode ser que não sejam as minhotas mas, sim, as algarvias. Não sei. Cinjo-me ao que tenho ouvido. Minhotas. Peludas, farta bigodaça. Mas eis que, para minha surpresa, dou com um anúncio para inglesas de bigode. E nem sei se é só para inglesas. Pode ser para inglesas, francesas, americanas. Todas bem apilosadas. A que se deve? Depois de andarmos a exportar enfermeiras agora exportamos minhotas? 


Será que alguém da Agência do Ó ou o Jaime Ramos desvendam o terrível mistério das minhotas exportadas?

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E tenho ainda outros mistérios mas são ainda mais cabeludos pelo que ficam para outro dia 

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E um belo fim-de-semana prolongado a todos: saúde, alegria e afecto com farturinha

6 comentários:

CCF disse...

Bom, bom...isto já é trabalho a mais, o meu Agente só trabalha para um ginásio, fiscalizando a circulação de substâncias e aditivos fora das boas tradições (como a aguardente e o cachimbo), e tem alguns hobbies que mais adiante explicarei, está já reformado, quer gozar a vida e tem pouco interesse por políticos, minhotas e escritores com problemas existenciais. Mas parece que na Agência do Ò há agentes de outros tipos e alguns até parecidos com o OO7 (é espreitar todas as versões UJM).
Mas sem dúvida elevou a fasquia!
~CC~

Janita disse...

Cara UJM.

Penso que o melhor será a dona das sugestões de averiguação, contratar directamente o Agente Ó da Agência do Ó. Isso é que era...Saía daqui uma coisa em bom!
Acontece é que tinha de ser à volta do Cartão de Cidadão perdido. Digo eu; só para não desvirtuar a coisa.

O meu "desconto" ainda está em vigor ou já expirou o prazo?
Revalide-o, por favor, com este comentário, ok?

Saudações blogueiras. :)

Um Jeito Manso disse...

Olá ~CC~

Pois é, o Agente do ginásio é bem capaz de não ser moço para estes mistérios tão tresloucados. Na volta, ter-se-á que recorrer a um dos outros, quiçá, até, teremos que fazer um casting para escolher um outro mais ginasticado...

E já estive a ler as derivações investigatórias do Ó.

Agora uma coisa é certa: se o mundo é pequeno, imagine-se como o não será a blogosfera. Parece que as afinidades se encontram, não é?

Abraço e um bom domingo, ~CC~


Um Jeito Manso disse...

Olá Janita,

Sabe que eu não faço comida segundo receitas? Da mesma forma que, se fosse capaz de tocar, não seguiria partitura? É uma característica minha e não sei se é boa, se é má: é o que é..

Talvez por isso, não pertenço nem nunca pertenci a nenhum partido, clube de futebol, religião, grupo de escuteiros, o que for. Ou seja, comigo dificilmente há 'discos pedidos'.

Ou seja, ontem deu-me para escrever este post sobre mistérios e foi o que me veio à cabeça. Se tivesse que ser à volta de 'cartão de cidadão' mais do que certo que não me saía nada. Não consigo ser bem mandada. Volta e meia, na brincadeira, digo que o sou mas não podia ser mais o oposto.

Quanto ao seu 'desconto' não sei bem a que se refere. Gosto de saldos mas é para me iludir a pensar que estou a fazer bons negócios. Agora, aqui, não sei bem o que é isso.

De resto, neste estabelecimento, quem vier por bem, é bem recebido.

Um bom sábado!

Fernando Ribeiro disse...

A minha alma está parva! Minhotas peludas e bigodudas???!!! Estarei a ler bem?! Há cada preconceito! Já assistiu ao desfile das mordomas em Viana do Castelo durante as festas da Agonia? Viu, ao menos, na televisão? Acha que aquilo é um desfile de bigodes?! Valha-a Santa Luzia, padroeira dos olhos!

Um Jeito Manso disse...

Olá Fernando

Não sei se isso das minhotas terem farta bigodaça é mito urbano ou se, quando aparecem lustrosas, é porque se depilaram...

Não sei. Seja como for, o que escrevi foi pura paródia. Podia ter-me dado para pior, não...?

Agora se a Sta Luzia é padroeira dos olhos hei-de acender uma velinha a ver se consigo passar bem sem aqueles malditos óculos progressivos aos quais não consigo habituar-me...

:)