Estou aqui a ver o Versailles sem atenção nenhuma -- primeiro porque estou com um bocado de sono e, segundo, porque estou com fome.
Não que não tenha comido o suficiente: comi. Acho que comi normalmente. Mas, como sempre acontece quando estou em clima de uma certa barafunda, parece que o meu cérebro não assimila que comi ou, então, tanto é o consumo calórico que tudo o que como se transforma instantaneamente em energia que se dissipa nos interstícios não sei de quê.
Não que não tenha comido o suficiente: comi. Acho que comi normalmente. Mas, como sempre acontece quando estou em clima de uma certa barafunda, parece que o meu cérebro não assimila que comi ou, então, tanto é o consumo calórico que tudo o que como se transforma instantaneamente em energia que se dissipa nos interstícios não sei de quê.
Tive casa cheia, de manhã à noite. Levantei-me cedinho e, antes que chegassem, já muito estava feito. Se não é assim, está o caldo entornado. E, mesmo assim, já vários cá estavam e já os ouvia a cirandar por todo o lado e eu na cozinha.
Portanto foi almoço, lanche e jantar. Mais um aniversário. Desde há algum tempo que os festejos são semana sim, semana sim.
Uma alegria e, pelo meio, brincadeiras, de toda a espécie, cantorias, danças, coreografias, jogos.
Portanto foi almoço, lanche e jantar. Mais um aniversário. Desde há algum tempo que os festejos são semana sim, semana sim.
Uma alegria e, pelo meio, brincadeiras, de toda a espécie, cantorias, danças, coreografias, jogos.
Desta vez, na rua, para brincadeira, pistolas de água. O bom e o bonito. Para além das mangueiradas, desta vez esta novidade das pistoladas. Com adultos à mistura, de tocaia. E kung-fu. E futeboladas, claro: remates e defesas a preceito. E dois deles, num banco de pedra, a lerem (ambos o Diário de um Banana -- deve ser literatura viciante porque nem queriam interromper).
E, em todo o lado, o bebé no meio. Palra e corre e sobe e desce escadas e brinca e ri e anda atrás dos crescidos, sempre enturmado, sempre participativo -- mas, como é óbvio, requer acompanhamento permanente para não ser atropelado pelos outros ou para não se magoar.
A verdade é que com tudo isto, depois de almoço -- e depois da sala de jantar e da cozinha arrumadas e enquanto a criançada estava mais aquietada, o bebé ao colo da mãe no sofá da sala da televisão e os outros não me perguntem como ou a fazer o quê -- me deu uma tal pancada que me reclinei num sofá e, imagine-se, adormeci instantaneamente. Volta e meia com algum barulho maior, acordava e tentava manter-me desperta mas logo voltava a cair no sono. Devo ter dormido quase durante uma hora. Quando acordei, o bebé dormia ao colo da mãe na outra sala e o resto do pessoal estava todo lá fora. Fez-me bem dormir. Acordei revitalizada e preparada para o segundo round.
O tempo esteve muito agradável, um solzinho ameno, um calorzinho suave. As meninas crescidas conversaram e apanharam sol, os meninos grandes estenderam-se ao sol ou jardinaram, os meninos pequenos, detentores de pilhas inesgotáveis, brincaram ininterruptamente.
Pouco depois já estavamos (quase) todos, de novo, à volta da mesa, a lanchar, e depois tudo lá para fora, de novo, e, à noitinha, banhos e jantar. O bebé, que ainda nem ano e meio tem, já come praticamente sozinho. É uma debulhadora de fruta. A seguir ao jantar, andava a querer qualquer coisa que estava em cima da bancada da cozinha e eu não conseguia acertar. Perguntei se era pão: não. Se era bolacha: não. Se era o telemóvel: não. Já estava desnorteado comigo. Afinal, queria outra banana. Dei-a para a mão e foi um ápice enquanto a despachou. Isto depois de já ter comigo pêssego. E o pêssego a segir a carne à bolonhesa. Come tudo o que lhe dão. Mas, quando não quer mais, pára e, se insistimos, desorienta-se logo.
Pouco depois já estavamos (quase) todos, de novo, à volta da mesa, a lanchar, e depois tudo lá para fora, de novo, e, à noitinha, banhos e jantar. O bebé, que ainda nem ano e meio tem, já come praticamente sozinho. É uma debulhadora de fruta. A seguir ao jantar, andava a querer qualquer coisa que estava em cima da bancada da cozinha e eu não conseguia acertar. Perguntei se era pão: não. Se era bolacha: não. Se era o telemóvel: não. Já estava desnorteado comigo. Afinal, queria outra banana. Dei-a para a mão e foi um ápice enquanto a despachou. Isto depois de já ter comigo pêssego. E o pêssego a segir a carne à bolonhesa. Come tudo o que lhe dão. Mas, quando não quer mais, pára e, se insistimos, desorienta-se logo.
Quanto aos manos e primos, como diria a minha avó, benza-os Deus. Os pais têm que se zangar é para não comerem tanto.
A seguir ao jantar, mais jogos e brincadeiras. Os rapazes queriam ir jogar à bola lá para fora mas aí já não obtiveram autorização. Ficaram-se pela sala.
E eu fui fotografando, quer com a máquina (cento e setenta fotografias), quer com o telemóvel para ir enviando algumas à minha mãe que adoraria estar aqui no meio da família mas que não consegue afastar-se de casa durante um dia inteiro, com pena de deixar o meu pai sem ela. Bem lhe dizemos que a senhora que lá vai pode ficar com ele que ela não se deixa convencer. Então, tento mantê-la integrada no espírito da coisa, enviando-lhe fotografias que mostram o pessoal em acção.
(E digo em acção porque nunca consigo que parem sossegados, direitinhos e lindos a olhar para o passarinho. Está quieto. Mas as fotografias ficam engraçadas pois mostram como eles são na realidade).
E, estando eu a falar de maltinha cheia de energia, eis que vou ao YouTube procurar uma música que aqui fique bem enquadrada e ele, o algoritmo com super QI, me mostra, logo à cabeça, o vídeo que aqui convosco partilho. Uma gente que parece possuída, credo. Parece que estão tomados por super-poderes. Saltam, quase fazem pinos, dão cambalhotas no ar, fazem piruetas para trás e para a frente, acrobacias umas a seguir às outras. Uma coisa do além. Não sei se isto foi apenas para o filme ou se acontecia na realidade e era gente normal. Se calhar, era. Mas parece-me que gente normal (ou em estado normal) não conseguiria tais proezas.
Ver para crer
PS: Claro está que, pelo meio, tive que interromper e ir comer uma nectarina. Estava com uma fome que não vos digo nem vos conto. E claro que a nectarina não a matou. Mas, enfim, iludiu um pouco. Agora vou-me deitar que amanhã é outro dia.
Sem comentários:
Enviar um comentário