sábado, abril 28, 2018

Um dia muito longo (revisited)
Agora com umas fotografias oferecidas e com um vídeo digno de ser visto





Não vi, li ou ouvi notícias. Levantei-me era noite cerrada. Pior: dormi mal. Quando tenho que me levantar de madrugada, tento deitar-me ligeiramente mais cedo. É um erro. Vou para a cama sem sono e ainda com menos sono fico quando lá caio. Depois começo a pensar que já mal vou dormir e, com isso, ainda menos durmo. Uma seca.

Quando saí, a rua deserta. Por vezes, no tempo dos dias pequenos, saio ainda é noite, noite, e até sinto um leve receio. Hoje não, hoje quando saí  começava a querer amanhecer. O céu estava límpido. Fui encontrar-me com uma pessoa e, daí, fomos juntos para o local onde passámos o dia. Centenas de quilómetros. Todo o santo dia. Até à hora que era para ser de almoço, foi para trabalhar. Depois do almoço, que foi de trabalho, mais trabalho. Viémos tarde. Claro que poderíamos ter ouvido as notícias na rádio mas a verdade é que vamos e voltamos sempre na maior converseta. Há anos que é isto: sempre conversa para pôr em dia. Entre coisas de trabalho, fofocas, séries de televisão, telenovelas, grandes assuntos estratégicos ou pequenos assuntos de corredor, nada deixamos por dizer. E assim percorremos centenas de quilómetros para cima e centenas para baixo sem darmos pelo tempo.

No entanto, não pensem. Dias assim são cansativos. São muitas horas de seguida, sem um instante para descansar. Mas a companhia é boa, o ambiente é sempre de afabilidade e isso não é despiciente. Portanto, não se pense que me queixo. Não queixo.


Quando cheguei ainda fui ao supermercado, depois ainda fiz o jantar. Lá a comida era óptima, do melhor que há e mesmo do género de que gosto, proporcionando-se a manjar só de petiscos. Mas não deu tempo para me banquetear como convinha. Tasquinhei rapidamente e tão rapidamente que nem o cérebro percebeu que tinha comido. Por isso, cheguei deserta de fome.

Agora que aqui cheguei ao meu sofá são quase onze da noite.

Devem ter acontecido coisas extraodinárias durante o dia e já vi por ai, num relance, que o maluco da Coreia agora deu-lhe para fazer as pazes com o outro da Coreia do lado de lá mas, sinceramente, ou estou a ficar céptica para além da conta ou é mais uma palhaçada ou criancice. Alguém que tem um historial de doido varrido muda assim do dia para a noite? Agora acaba com os testes nucleares, o espírito bélico-anormal desapareceu, todo ele virou peace and love com os arqui-inimigos...? No espaço de um mês transformou-se desta maneira...? E toda a gente acha isto normal...?

Pois eu não acho. Cá para mim , ou anda dopado ou anda na palhaçada.

Também vi agora na televisão que já se sabe o nome do bebé real. Louis e mais outros nomes mas o primeiro é que conta. Já podem fazer as contas a ver o saldo das apostas. Louis. Eferre-á. Alequí-alecuá.


E agora aqui, neste meu ninho, depois de ter falado com os meus filhos, já cabeceei várias vezes. Tenho uns quantos mails por ler. Devia responder a uns quantos e, no entanto, não consigo. Na televisão agora o Expresso na Meia-Noite. Vou tirar daqui. Já não consigo ver. Ricardo Costa. Mau jornalista. Tenho cá para mim que má pessoa também. Não me interessa ouvir conversas gastas. Agora está na RTP 1 que mostra gente que está longe e a quem o repórter leva mensagens de família e amigos. Programas assim vêem-se bem. Daqui a nada vai dar na SIC a telenovela brasileira. Se me mantiver acordada, vou gostar. A esta hora e há quase vinte e quatro horas sem dormir, não dá para mais que isto.

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As fotografias que usei acima, obtive-as no The Guardian.

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E agora vou ver se descubro um vídeo engraçado para que não dêem o tempo aqui por perdido.

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Ontem, depois de ter acabado de escrever, apaguei e só despertei ao de leve, algum tempo depois, para ir para a cama. Portanto, é hoje que o completo e, como o prometido é devido, aqui está um vídeo digno de ser visto. Eu vi-o com um demi-smile porque, caraças, nem precisaram de me lavar o cérebro, parece que nasci com um chip para ser como sou, uma totó igual aos totós aqui referidos. Caneco.


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E agora fotografias recebidas por mail de quem muito prezo.

Com os meus sinceros agradecimentos ao V. que as fez e ao E. que mas enviou.

Tá-se bem por aí, não, amigos?






Obrigada!

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