quinta-feira, dezembro 14, 2017

Com vossa licença, eu hoje aos costumes digo nada





Dia extenso demais, preenchido demais, complexo demais. E foram pôr a quinta onde decorreu o jantar no cu de Judas, num lugar não existente no gps do carro. Caneco. Odeio andar à noite, em lugares que não faço ideia onde são, no meio de nada, sem vivalma a quem pedir uma indicação. Caneco. Disseram-me depois os que não andaram perdidos: waze. Pronto, está bem. Para a próxima. Para vir para casa foi mais fácil mas passa da uma da manhã. E fui das primeiras a desandar, cansada que estava de tanta coisa. 


O almoço foi mais tranquilo e num restaurante bem no centrinho da cidade, fácil de dar com ele. Mas isto de se sair de casa de manhã cedo, cedo, e chegar a casa a esta hora é um pouco too much. Não tenho o speed do Marcelo. Juro: não sei como é que aquele homem tem pilhas para a vida que leva. A minha vida não é, nem de longe nem de perto, nada que se pareça e estou que não posso. Para além de que mandei, uma vez mais, a dieta às urtigas. Um destempero de comesainas. Gaita. Mas não dá para não alinhar. Bolas.


E, com isto, também não ouvi notícias nem sei se o mundo ainda roda no sentido habitual. Às tantas já estamos a desandar e eu ainda aqui, sentada no sofá da sala, sem saber de nada, sem me dar conta que estou a ser sugada, sem perceber que estou imersa num vórtice que se dirige sabe-se lá para que centralidade.

E, tendo ouvido tanta conversa no meu looooooongo dia, a verdade é que estou aqui quase sem pio. Cansada. Sem assunto. Zero. Como se me tivessem despido das maluqueiras que costumeiramente me animam, aqui estou. Como se o gato tivesse comido a minha casta língua, muda e queda como nunca me viram.


Nem consegui falar com os meus filhos, coisa que me faz uma certa confusão. 

Acresce que esta quinta-feira é outro dia do caneco, novamente a ter que madrugar. Ninguém merece. E pronto. Calo-me e não vos maço mais. Melhor: não digo mais nada já que nada tenho a dizer. 


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Espero que tenham gostado das diversas árvores de Natal que aqui mostrei e que não venham pedir o bilhete de volta dizendo que isto hoje não tem nada que se aproveite. Algum design de christmas tree há-de ser a vosso gosto.


Ah. E para os mais puristas que achem que aquela música lá de cima não é bem uma canção de natal a sério, aqui deixo uma como deve ser: com anjinhos voadores, papuços cantarolantes e meninas bem amestradas. Christmas in heaven.


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E é isto. 
Beijinhos e abraços e o que eu estimo é o que eu desejo.

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