Não sou dada a divinações que metam o capeta. Mas o Láparo é: ia o verão quente quando a excelência antecipou que em setembro o mafarrico daria as caras. Rimo-nos todos. Víamos as coisas bem encaminhadas, era mais uma patacoada do mal-encarado-mor, o rei dos ressabiados.
Veio setembro e a economia a melhorar, o desemprego a descer. O diabo afinal não tinha vindo. Gozámos.
Engano.
Começámos, então, a ver que ao Láparo tudo lhe corria mal. Tudo. Tudo. Tudo o que fez de mal -- e foi tanta coisa -- começou a dar à costa. Que vendeu as melhores empresas a quem as quis levar, isso é um dado adquirido; que deixou o sistema financeiro numa desgraça já todos sabíamos, que implodiu parte dele era nódoa que se lhe tinha já colado à gravata, era um pin de que a sua lapela jamais se veria livre.
Mas agora sabemos da lástima que se passou na CGD: créditos sem critério, imparidades de criar bicho -- e tudo empurrado (com a barriga) para debaixo do tapete. Mais uma vergonha a somar a tantas que se plasmaram indelevelmente no seu triste CV.
Mas agora sabemos da lástima que se passou na CGD: créditos sem critério, imparidades de criar bicho -- e tudo empurrado (com a barriga) para debaixo do tapete. Mais uma vergonha a somar a tantas que se plasmaram indelevelmente no seu triste CV.
Mas não só isso. Tudo o que antevê lhe sai ao lado. E é ele e a sua mestre-escola, a pinóquia do regime passista, a miss swap, a tal biscateira que agora é funcionária da Arrows e deputada nas horas livres. Ele diz uma palermice e logo aparece ela, despudorada, a esfolar o que ele matou. Uma dupla que seria de gargalhada se não fedesse.
Mas a verdade é que os indicadores não enganam e a geringonça afinal sabe o que faz, havia e há alternativa à austeridade cega, havia e há alternativa à sabujice e à cobardia perante Bruxelas e perante o FMI, havia e há um futuro digno para o país.
E eis que agora até vem o Banco de Portugal rever em alta as previsões e a dar boa nota da progressiva recuperação da economia, com a alavancagem favorável das exportações, com o retorno dos bons níveis de confiança, com o desemprego a descer e com perspectivas de, finalmente, a dívida começar, também ela, a descer.
E, como se não bastasse, Marcelo, aquele que qualquer ser inteligente não quereria ter como inimigo, não descansa. Numa óptica de patriotismo e de solidariedade institucional, Marcelo dá a mão ao Governo e, a dois, lutam pelo bom futuro do País. A cada palavra que diz, mais o tapete de debaixo dos pés do Láparo escorrega. Não se pode dizer que o Presidente lhe ponha todos os dias um par de patins porque isso se encarrega o ex-afilhado de Ângelo Correia de fazer. Ele próprio. Todos os dias. Fá-lo a torto e a direito. É isso e cuspir para o ar e depois ficar por baixo a apanhar com a cuspidela. Um ponto, este Pedrinho Abre-Portas, um case study ilustrativo de como um láparo pode apresentar caracerísticas asininas.
Mas atalhando.
Passos Coelho está sem escapatória. Sem estratégia e sem cabeça para delinear sequer uma táctica credível, Passos é, desde há muito e cada vez mais, um peso porto dentro do PSD.
Passos Coelho está sem escapatória. Sem estratégia e sem cabeça para delinear sequer uma táctica credível, Passos é, desde há muito e cada vez mais, um peso porto dentro do PSD.
E, por todo o lado, como uma sombra, o belzebu.
Vestido de laranja, o dianho rebola-se a rir. Já se percebeu: veio para ficar enquanto Passos Coelho não bater em retirada.
Vestido de laranja, o dianho rebola-se a rir. Já se percebeu: veio para ficar enquanto Passos Coelho não bater em retirada.
Chega a dar dó. Coitado do Láparo. Alguém o ajude a ter uma saída minimamente digna porque, se não sai, o mafarrico não vai descansar enquanto não puser a nu o ridículo que é a sua liderança do partido. E, por tabela, danado que é este safado do berzabau vestido de laranja, não descansará enquanto não reduzir a pó o PSD, esse cada vez mais esfrangalhado partido que a Madame Cristas quer comer como se fosse um insignificante grão de milho.
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Entretanto, consta que não só Rio mas também Rangel, essa grande figura da política laranja conhecida pelo seu assisado controlo emocional e vocal e pelos seus inquestionáveis hábitos de higiene, como quem não quer a coisa, já começa a perfilar-se para apanhar os cacos do aparelho e para aparecer perante o eleitorado pafiano como o último Homo Sapiens que conseguiu conservar o báculo, capaz de, sem levantar um dedo, f... tudo o que lhe apareça à frente desde que lhe cheire a geringonça.
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Anexo
Pro Memoria pela mão do grande cronista e historiador avant la lettre Luís Vargas
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Conselho final da Sta UJM ao Láparo-do-Pin-endiabrado-na-Lapela
Continua, Passos Coelho, continua a dar trela ao diabo para ver se é desta que toda a gente, mesmo os teus devotos, constatam o desastre que foste para este País. Continua que estás no bom caminho.
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Tirando isso, por ora nada mais que eu hoje estou boazinha, boazinha. Santinha, mesmo. O espírito natalício desceu em mim e eu, como se vê, estou numa de peace and love, não há quem me arranque uma maldade, por inofensiva que seja. Toda eu cadeaux fofinhos e bons conselhos.
E a ver se esta quinta à noite consigo fazer algum post já que devo chegar bem tarde pois terá início a saison dos jantares de natal.
E já estou a ensaiar o Jingle Bells à moda da Coligação PSD+CDS às autárquicas. Diz que os do PSD se põem de rabo para o ar e que a Cristas, o puto João Almeida e o afamado benemérito Jacinto Leite Capelo Rego fazem a festa.
E já estou a ensaiar o Jingle Bells à moda da Coligação PSD+CDS às autárquicas. Diz que os do PSD se põem de rabo para o ar e que a Cristas, o puto João Almeida e o afamado benemérito Jacinto Leite Capelo Rego fazem a festa.
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E tenham, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira.
Ho ho ho.
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3 comentários:
Tem muita bílis este post.
Prontos. É mesmo o Rangelão que vai substituir o láparo,... tem cá um pin!!!
UC
Julgo que o facto do tratante do Passos querer coligações com o CDS para as Autárquicas, ou seja, para uma série de Câmaras, só irá, desnecessariamente, fortalecer essa fragilizada figura do CDS, a Cristas. E revela desorientação política da sua parte e do PSD que lidera. O Pedro de Massamá está em declínio acentuado e já sem remédio. Aquilo vai acabar numa ravina política qualquer e o rapaz ainda acaba no desemprego – político e profissional (nem o Relvas, o tio Ângelo e, quem sabe, aquela com nome de homem, Luís qualquer coisa). Até deitei uma “lágrima furtiva”. Às vezes, há males que vêem por bem e ainda havemos de ver o Pêpê a ir trabalhar, para uma qualquer repartição do Estado, ou Privada, de autocarro, de carro, de bicicleta (está na moda, Pedrocas!), ou a pé, para ganhar o seu ganha-pão! Nunca é tarde, Pêpinhas para se sentir o que é a vida real! Desejo-te sorte, se aí acabares por chegar.
Quanto aos putativos candidatos a “Chefe” dos índios, faço votos para que o Rangel-Pirilau (estou a olhar para a foto do seu Post e saiu-me esta) vença. E porquê? Porque se com o Massamá a coisa já está fraquinha, com o “um metro e cinquenta e oito virgula nove, de voz galinácia” o PSD entrava numa deriva a rondar os 10%. Como dizia um anúncio de há um par de anos: “porreiro pá!”
Eu até gosto de laranjas, mas daquelas com casca, nada a ver com as bandeiras do PSD.
Passos, com o apoio daquela rapariga que aí aparece no seu Post, a menina Paulo Portas, conseguiram a extraordinária façanha de destruir o que restava deste pobre país em 4 anos, vendendo de seguida uma série de empresas públicas que, em nenhuma circunstância deveriam ter ido parar às mãos de privados (EDP, REN, ANA, Correios, etc, como já tinham ido os cimentos e outras). E, estivessem eles ainda no Poder, já a CGD era História! Enfim, Costa afinfou-lhes no toutiço, como se diz em vernáculo popular e muito bem. Consumado político (não há hoje ninguém que se compare a António Costa como político, só mesmo o nosso PR – talvez por isso se dão bem, visto serem dois jogadores de xadrez político exímios) desconjuntou a oposição de Direita. Isto em menos de um ano. É obra! E genial. Lá vão gemendo umas tantas críticas, mas aquilo não vai lá. A rapaziada já os topou. Enfim, mais um Natal em que não tenho que ouvir desejos de Boas Festas do tratante e do seu acólito em Belém. “As pessoas mudaram e para melhor, valha-nos isso”, como dizia o meu simpático “graxa”, o mesmo que engraxou os sapatos do PR Marcelo, em Cascais (que aparece na foto, embora de costas).
P.Rufino
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