terça-feira, junho 07, 2016

Nuvens fálicas;
mais um com o sintoma do sotaque estrangeiro;
o talvez ex-putativo rei, o Charles-Tampax, com um rapazinho nos braços;
o prelúdio de um je ne sais quoi entre Marcelo e o seu Coelho de mal-estimação;
e Calypso Rose - Calypso Queen


Depois do Paulo Portas a caminho do bem bom internacional (Mota e Companhia, pois então, e, sobretudo, milhas e mais milhas aéreas -- com, pelo meio, o troloró do costume na TVI), tudo regado ao som do Lello Perdido, eis-me chegada ao momento do dia em que me sinto na obrigação de falar de coisas sérias.

Não faltam, elas: difícil é escolher. Mas vamos lá, partamos para a escolha possível, necessariamente incompleta e injusta.

1. Nuvens

Há sítios em que as nuvens parecem coisas a despropósito, sejam elas (nuvens) de verdade sejam a fingir. E depois ainda há quem pense que eu é que sou aficcionada em relação à espécie. Sou, sou... Sempre quero saber o que pensam, então, dos neozelandeses.

1.1. Foi inaugurada em 2015 em Auckland uma escultura que foi erigida a oito metros de altura na estação de caminho de ferro de New Lynn. A obra chama-se Transit Cloud e é da autoria de Gregor Kregar que diz que é uma nuvem e não um falo, como é bom de ver. Pois, pois.

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1.2.  Mas depois há as nuvens genuínas, não fruto da imaginação. São curiosas e até artísticas mas não foram obra de nenhum bacano -- a menos que o bacano paire nos céus.

Uns dias chove, outros dias um frio desgraçado, depois um calor abafado, em França chove desvairadamente, troveja e relampeja. Lá onde trabalho, uns dias o mulherio avança como se já verão fosse, umas quase como que a caminho da praia para, logo a seguir, casacos e chapéus de chuva que a tempestade se aproxima e o granizo bate feroz nas vidraças.

E o apresentador da meteorologia, lá no país das nuvens curiosas, olhou para o écrã e viu uma big nuvem. Em forma de tromba. Uma trombinha aquosa. E a apresentadora, sabe-se lá a pensar em quê, caíu depravadamente na risota.

Ou seja, Gregor Kregar antecipou-se à realidade. Let us look at the trailer.

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2. Síndroma do Sotaque Estrangeiro

Depois de um acidente cerebral, italiano passou a expressar-se em francês e tornou-se acérrimo defensor de cultura e hábitos francófonos. 

Faz-me lembrar aquilo de que aqui já falei algumas vezes: a tia de um médico meu amigo que depois de um AVC acordou a falar espanhol.

Este é um espantoSegundo conta o Independent, o italiano só teria tido contacto com a língua francófona na escola e quando aos 20 anos namoriscou uma francesa, mas desde então nunca mais falou aquele idioma.

Agora, depois de sofrer um acidente cerebral, acorda todos os dias a gritar a plenos pulmões: "bonjour".JC fala um francês cheio de imprecisões, mas fala-o com um ritmo acelerado e uma entoação exagerada”, consta no relatório da universidade de Edimburgo, que descreve o homem de 50 anos como “uma caricatura de um típico homem francês”.“Ele só quer ver filmes franceses que nunca tinha visto, comprar comida, ler revistas e livros francófonos”, explicam os cientistas acrescentando que o homem não se mostra incomodado por as outras pessoas nem sempre entenderem o que está a dizer.

Pode não ter graça mas, que me desculpem os que ficam circunspectos com notícias destas, eu acho que do mal o menos e que até tem piada. Se alguma vez a mim me der uma destas (cruzes canhoto! Noc-noc-noc, três vezes na madeira) pois que acorde a falar como a Pipi das meias altas.

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3. O Príncipe Carlos é sexualmente fluido?


Consta que o Príncipe Carlos foi apanhado em poses comprometedoras com um brinquedinho, um moçoilo, todos eles abraços e beijinhos. A imprensa sensacionalista rejubilou, que já se sabia mas que não de tanto desaforo público, e a Firma gelou, que por estas e por outras é que Mamãe não lhe passa a coroa.

Eu olho e não fico certa que aquele ali seja o real tampão da Camila, um full prince charles. Às tantas é um clone. Mas, a bem dizer, tanto se me dá.

Até porque -- para o dia a dia -- em geral prefiro as comédias britânicas às tragédias gregas. E os fundamentalistas que se vão catar.


Prince Charles & Camilla Royle Family spoof


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4. E que dizer deste abracinho entre o omnisciente e omnipresente Rei Marcelo e o seu animal de pouca estimação, o boy toy Láparo-que-antes-abria-Portas?



Só olhos para o Príncipe Carlos e nada de prestar atenção aos arroubos de ternura da quase realeza tuga. Não me parece bem. Ninguém se comove com o ubíquo Marcelo a abraçar e a olhar nos olhos, quase parecendo no prelúdio de um valente chocho, ao Láparo? Isso não é notícia? Ora. Que falta de cortesia.

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5. Calypso Rose - Calypso Queen

E para rematar o post, só vos desejo que, com o calor que se avizinha, venha também a alegria, e mais o carnaval, e a dança, o riso, a música no corpo, as cores na alma. E que as nuvens (em espacial as daquela forma ali em cima) saiam de cima da vossa cabeça. 

From Trinidad & Tobago, Calypso Rose is the undisputed queen of Calypso for more than 40 years. After having produced 30 albums and composed 800 songs, she lives today in the Queens in NYC.
O album “Far From Home” saíu há poucos dias e é um prazer. 

Enjoy!

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E agora, caso sejam pessoas de mau gosto e vos apeteça descer ao mundo do ex-irrevogável Portas, é só deslizarem por aí abaixo.


1 comentário:

P. disse...

Já que este é um Post bem-disposto, com graça, embora não venha a propósito, deixo aqui uma pequena anedota:
"ANEDOTA
Para quem estiver interessado:
Um amigo meu comprou um bilhete para a final do Europeu, sem se ter dado conta de que a data coincidia com a do seu casamento.
…………………………………
Por isso, se alguém estiver interessado em ir no lugar dele, o casamento vai ser na Igreja do Carmo, a noiva chama-se Paula, está tudo pago, é só ir casar, depois comer e beber."

*Nada como uma pitada de humor para apagar as misérias da política!
P.Rufino