terça-feira, maio 31, 2016

António Araújo e José Rodrigues dos Santos
- fascismo, marxismo, O Pavilhão Púrpura, pancada na cabeça e faz de conta que é literatura


Ao dar uma circulada pelos blogs, passei pelo Malomil. Aí, José Rodrigues dos Santos, com o seu cérebro de plástico na mão, parece perplexo talvez porque António Araújo, autor do dito blog, escreve sobre a sua mais recente obrícula no Público. António Araújo deu ao artigo o título Fascismo é quando um homem quiser.


Comecei a ler, mas o texto era dose: tinha amuse bouche, entrada, sopa, prato de peixe, prato de carne, doce, fruta, café e digestivo e, portanto, estando eu a ver se faço dieta, dei uma atravessada um tudo nada rápida pelo texto, gabando a paciência de António Araújo.

É certo que António Araújo, ex-assessor cultural do ex-Cavaco, só pode mesmo ter uma resiliência notável. Senão como perceber que tenha aguentado tantos anos em vão a tentar enfiar alguma cultura na empedernida cabeça do seu ex-presidente?


Para além disso e para além de ser Jurista e Historiador (conforme comprovo no Público), é pessoa de uma prolixidade ímpar. Tenho-o também por pessoa com algum pendor obsessivo pois, volta e meia, se lhe dá para embicar com alguma pobre alma, desencanta dúzias e dúzias de fotografias para ver se avacalha a imagem do coitado (como recentemente fez com Boaventura de Sousa Santos lá no Malomil).
Não gosto do verbo avacalhar mas estou com falta de imaginação. Também me lembrei de ajavardar mas não me parece melhor. Abardinar não sei se existe. Enlamear parece-me excessivo. Bem, se me ocorrer melhor já cá volto para edulcorar a coisa. Para já, fica assim.
Outra vez, lá no seu Malomil, num assomo de completa maluqueira, escreveu um tratado a propósito da capa da revista do Expresso na qual se via Fernando Medina com um smartphone. Não consegui ler tudo, achei que aquilo, mesmo para alguém com uma grande pancada na cabeça, já era delírio a mais e, portanto, preferi não testemunhar tal exercício de tresleitura a propósito de uma simples fotografia.

Bom, mas dizia eu que o bom do António Araújo lhe deu desta vez para gastar o seu provecto latim com um assunto que, em meu entender e às cegas, não mereceria sequer um parágrafo. Deu-lhe, imagine-se, para desmontar as balelas do José Rodrigues dos Santos no seu O Pavilhão Púrpura:
O texto de José Rodrigues dos Santos representa um lamentável exemplo de como uma amálgama confusa de referências e factos históricos pode conduzir a conclusões erradas (...)
Já o contei aqui uma vez. A única coisa que comprei do dito histriónico apresentador de programas alarachados de televisão foi um livro de entrevistas que o dito fez a escritores. Ingenuamente pensei que não tinha muito que enganar. Mas oh oh, se tinha. Eu deveria era ter ido devolver o livro: que coisa mal escrita, mal pontuada... Intragável.

Portanto, que o prosápias dos santos, a quem nitidamente falta metade da cabeça (capaz de ser, justamente, porque acha que o cérebro é para usar na palma da mão), lhe dê para encher páginas e páginas de tretas é lá com ele e com as mariazinhas que gostam do género. Agora que um senhor doutor jurista e historiador se ponha ao mesmo nível e se ponha a rebater as balhelhices do outro é que me parece incompreensível.

Alguém, em seu pleno juízo, liga alguma importância às rocambolescas deduções que uma criatura quem nem um gráfico sabe ler e que nem uma entrevista sabe fazer? José Rodrigues dos Santos sabe alguma coisa de marxismo, fascismo, codex, sexo de Cristo ou como dar banho ao cão para que alguém se ponha a ler o que ele diz e depois a rebatê-lo...?


E, portanto, com vossa licença, deixem que confesse: depois de ler o texto de António Araújo sobre as teorias de cão de caça do José Rodrigues dos Santos só me ocorre dizer que tão maluco deve ser um como o outro.

E, no fim de tudo, só retiro mesmo, mesmo, uma conclusão: que o António Araújo está melhor agora do que quando andava a ver se conseguia fazer alguma coisa do Cavaco. Via-o nas fotografias muito penteadinho, muito enjoadinho, muito cinzentinho, Aliás, nem sei se não estou a fazer confusão. Olho para o antes e para o depois e não me parece o mesmo. Este agora, colorido, bronzeado, mais despenteado, com ar mais desempoeirado, parece-me outro.

Seja como for, o António Araújo que vejo agora com ar malandreco na fotografia do Público mostra que está a caminho da regeneração. Só falta fazer uma cura qualquer para ver se deixa de andar a perder tempo com nulidades.

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O oposto: um exemplo de contenção e pontaria, reduzindo tudo ao título do post, é este delicioso post do Valupi no Aspirina B:


Sócrates, não mates o procurador, pá


Delicioso.

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E já cá volto para mostrar graffitis, casais e outras coisas. Até já.
Isto se conseguir que o computador desenvolva, o que, digo já, me está a parecer muito difícil. Esta coisa de eu não querer perder tempo a limpar o disco está a tornar-me a vida complicada...

...

1 comentário:

Maria disse...

é daquelas coisas com as quais não penseo perder o meu precioso tempo
:)

também costumo ler a malta do aspirina
mas sobretudo os comentários
garanto que me perco neles

aquilo é melhor do que um policial da patricia higsmith
eheheheheh

GG