No post abaixo dou conta de uma maluqueira que por aí anda a circular e que ainda não percebi se tem algum fundamento ou se é delírio de alguma alucinada e dos tablóides que disso se alimentam.
Mas isso é a seguir. Aqui não posso dizer que a conversa seja outra pois são mais imagens e poemas do que conversa. E são imagens que, em meu entender, espelham bem as diferenças culturais, sociais, económicas que se verificam neste nosso pequeno mundo, no qual, tantas vezes, me parece estar a assistir-se a um fim de festa; e são palavras que nos convocam para a consciência de tudo.
Mas, se concordarem, vamos com o Mika e o seu Last Party
Mingey e o seu cão |
No Sahara |
REGRAS DE PROTOCOLO
Os que não têm lugar à mesa
devem rodar delicadamente para trás
e afastar-se sem barulho e sem notícia.
Os lugares foram reduzidos por forma a
um número crescente de convidados deixar
de ter lugar no banquete, sem qualquer aviso prévio
ou desculpa improvisada. Prontamente.
Conhecer as regras é necessário,
ignorá-las
é soberano.
Família disfarça-se para ficar parecida com os seus dáçmatas |
no Bangladesh |
SAUDADES DO FUTURO
A NOITE DO MUNDO
Não, a solidão há muito
de nos frequentar.
A miséria não é solitária, é buliçosa
como uma colmeia.
Tem muito que aprender, viu?
A NOITE DO MUNDO
Deixa que a escuridão se instale completamente sobre a terra
e acende só então o pequeno candeeiro
para que a tua sombra encontre a noite do mundo
E felizmente ainda há também o olhar crítico dos artistas de rua. As imagens abaixo nem têm tanto a ver com as disparidades tão visíveis acima como com a forma descuidada, egoísta e estúpida como não respeitamos o planeta em que nos foi dada a sorte de vivermos.
Matando-nos a nós próprios - Silvestre Santiago Pejac, mais conhecido por Pejac |
Comendo a Terra - Blu |
A Terra está a ser assassinada - Made in Pain |
Estamos a comer a Terra - Nemos |
DIES IRAE
Esperanças de um maior contentamento?
Não basta o regabofe que tiveste?
Afasta pois daí o pensamento
e volta à pobre vida que mereces.
Ricos e pobres só no Céu se fazem
e o Céu é para os nossos golpes de asa:
as leis são só dos amos que nos trazem
a nós, os servidores, a sua casa.
Nós servimos os amos e luzimos
nosso orgulho de ser gente distinta:
pregamos a moral, a justa cinta
dos desejos que já desiludimos.
Somos os sacerdotes dos mercados,
da pobreza limpamos os pecados.
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Todos os poemas fazem parte do livro 'A Misericórdia dos Mercados' de Luís Filipe Castro Mendes e o título da mensagem também é parte de um.
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Relembro: para a notícia mais aberrante dos últimos tempos, queiram, por favor, descer até ao post já a seguir.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo dia de domingo. Be happy.
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