quinta-feira, outubro 23, 2014

Durão Barroso disse adios, adieu, auf Wiedersehen, goodbye, adeus, e a malta, de pé, feliz, retribuíu: adeus, ó vai-te embora e não voltes a aparecer-nos pela pela frente! Juncker, esse, gritou-lhe aos ouvidos: Tanta austeridade ia rebentando com a Europa, ó cherne de uma figa! e, em alemão, gritou para a Merkel: “A consolidação orçamental, por si só, não traz crescimento”. E os Verdes, esses queridos, na despedida do cherne, fizeram-lhe um vídeo e tudo. 'Bref, Barroso, bon débarras' (que é como quem diz, 'Resumidamente, Barroso, boa viagem').


No post abaixo já vos dei conta da nova que a rádio alcatifa anda a divulgar: Relvas está de volta. Estará? Para onde? O que é que vai mudar na sociedade portuguesa com a vinda de tão ilustre doutor?

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, fala-se de um outro que sai sem deixar saudades.





Nunca percebi como foi possível que uma criatura como Durão Barroso tivesse ido para a frente da Comissão Europeia. Que provas tinha ele dado para que alguém tivesse tido tão peregrina ideia? A sério, não percebi. E, todo este tempo decorrido, continuo sem perceber.

Lideranças fracas são uma desgraça. Se a gangrena dá para avançar não é um peixe balofo que lhe vai fazer frente. 

A Europa esfarelou-se nas mãos deste zero à esquerda. Só fez porcaria. Maria vai com as outras, acobardado, capacho da Merkel, permitiu de tudo um pouco. Aquele ideal de Europa que os europeístas alimentam (crescimento, conhecimento, liberdade, democracia, etc) quase feneceu às mãos (que devem ser papudas, moles, suadas) deste mal encarado.


Sou uma optimista. Estou sempre pronta para embarcar junto de quem olha de frente e parece olhar no mesmo sentido que eu.

Juncker não é um perigoso comunista e eu, até ver, estou a gostar do que o ouço dizer.



Seja por isso, seja porque a fria realidade dos números — quer dizer, da economia — se está a impor, a verdade é que os dogmas até agora dominantes no pensamento e na acção da superstrutura política europeia parecem estar a ceder. Essa mudança ficou mais clara ontem, com o discurso de Juncker, mais preocupado com o crescimento e a resolução dos problemas sociais do que com a consolidação orçamental.  Draghi está cada vez mais acompanhado na sua determinação de contrariar as orientações de Berlim. Não vai ser fácil, como ainda a semana passada provou a chanceler alemã no Bundestag, quando, contra todas evidências, mostrou a mesma inflexibilidade de sempre quanto ao abrandamento das políticas de austeridade. 

Mas, aparentemente, o presidente da Comissão não se intimidou e, em jeito de resposta, mudou o discurso do francês para o alemão, para avisar: “A consolidação orçamental, por si só, não traz crescimento”. O tempo dirá se este discurso é para ficar.





Juncker voltou ainda a insistir na sua "bandeira", dizendo ser sua prioridade avançar com um plano europeu de investimento de 300 mil milhões de euros em três anos. "O nível de investimento na UE diminuiu em cerca de 500 mil milhões de euros, ou seja 20 %, após o seu último pico registado em 2007. Confrontamo-nos com um défice de investimento que devemos ultrapassar".

A Europa, acrescentou, "pode contribuir para que tal aconteça". "Como é do vosso conhecimento, pretendo apresentar um ambicioso conjunto de medidas de investimento no montante de 300 mil milhões de euros para relançar o emprego, o crescimento e a competitividade. Não posso anunciar desde já todos os elementos que este pacote integrará" mas, acrescentou,  "se nos derem o vosso apoio hoje, apresentaremos esse conjunto de medidas até ao Natal". "Não se trata de uma promessa, é uma afirmação", asseverou.




Podem chamar-me optimista, até mesmo teenager inconsciente, que eu, para já, não quero saber. O que agora sei é que, entre os Jingle Bells e outros sininhos cantarolantes, espero bem poder dizer pelo Natal: Temos homem! Temos Europa!


Entretanto, a delegação Europe Ecologie no Parlamento Europeu fez um pequeno vídeo para parodiar a triste figura que ia dando cabo do sonho europeu e que, finalmente, vai de asa, esperemos que para bem longe de nós. Resumidamente, Barroso, boa viagem!





Bref, Barroso, bon débarras por EurodeputesEE


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Os dois cartazes que ilustram o texto provêm do blogue We Have Kaos in the Garden

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Relembro: o Relvas vem já aí.

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2 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com o que aqui escreve. Entretanto, se repararem os principais orgãos de comunicação internacional, pouco ou mesmo nenhuma relevância deram à sua saída (para breve) da Presidência Europeia. Um cabotino que deixou a C.E num estado deplorável, tendo-se prestado a atitudes de submissão de interesses reprováveis. Será rapidamente esquecido (embora deixe um amrgo de boca na maioria dos cidadãos europeus). Ficará no Caixote do Lixo da História da U.E.
P.Rufino

FIRME disse...

Como se chega a BRUXELAS? Não sou nenhum iluminado,na minha aldeia Beira-Douro,existem lampiões sujos e tristes,pois estão abandonados,que eu ponho a funcionar ´frente á geração,que ainda quer aprender...!Quase me esquecia,do porteiro,cherne apelidado pela sua sardinhola enlatada Bom ...Este cherne,mais 1 Arnaldo,teriam fundado o partido da classe operária: ? MRPP,não vou aqui citar outras figuras ilustres da belle eppóque! Pois este marmelo revolucionário,andou á frente do assalto á embaixada do sr Franco,na praça de Espanha,teve a coragem de no figo maduro,se deitar na pistas por onde os militares Portugueses,embarcariam para as ex.colónias,para que houvesse alguma dignidade na dita descolonização, logo após 25 ABRIL...Entra ao lado dos bushs,blaires e outros azares,na destruição das armas maciças de fabrico de arroz tomate,farinha,ou eletricidade,no IRAQUE,surripiam a história,mundial ,sediam-na,em NY...PRÉMIO,SUPREMO; CHEFIAR,A SEITA PARA ARRUINAR A UNIÃO EUROPEIA....Parece que o dito foi bem sucedido! Sai medalha a 10 de junho!