segunda-feira, julho 22, 2013

Cavaco decide: a vaca fria pode seguir viagem! Ou seja: estamos bem entregues. Explico-me: segundo Marcelo Rebelo de Sousa (há pouco na TVI com Judite de Sousa) o governo de Passos Coelho é uma vaca fria, que antes estava gélida e que agora está requentada. Ora bem.


No post abaixo falo da brilhante decisão de Cavaco Silva (aquele senhor que, no outro dia, de calças de balão, armado em selvagem, foi anilhar cagarras) ao voltar atrás, vencido, dar o dito por não dito, e continuar a pôr uma mãozinha por baixo e outra por cima do desGoverno.

Mas volto ao assunto para gravar na pedra a forma como o Prof. Marcelo se refere ao desGoverno dos putativos vencedores da contenda com o presidente de todas as cagarras, o descompensado Passos Coelho e o revogável Portas: uma vaca fria. Ou melhor, diz ele, uma vaca requentada.




Eis, segundo o Professor Marcelo, o Governo de Portugal em Julho de 2013
Abençoado por Cavaco Silva, este é o Governo de Paulo Portas e do seu ajudante Passos Coelho
(ou deverei dizer do maquiavélico Passos Coelho?)
Como referi, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o governo é uma vaca ex-fria, agora requentada;
mas, cá para mim, mais que isso, 

é uma vaca destrambelhada, desavergonhada,

e só não lhe chamo uma vaca badalhoca 

para não baixar o nível deste espaço, sempre tão bem comportado

*

A ver se ainda cá volto. 
E agora, se quiserem saber a minha opinião sobre a decisão de Cavaco, nadem, por favor, até ao post seguinte.

1 comentário:

Anónimo disse...


A impressão que me fica é de que Cavaco esteve sempre, desde o início, quando propôs aquela da salvação nacional, de má fé. Atirou com a ideia de o governo estar a prazo e de eventuais eleições para 2014, com o fito de querer amarrar o PS a este governo, para lhe servir de muleta. Depois, se o PS caísse nessa, manteria o governo PSD/CDS até ao final da legislatura e o PS já não poderia recuar. Foi sempre esta a sua ideia (quem sabe se articulada com Passos). Maquiavélico e de má fé. Acontece que o PS não mordeu o isco. E, deste modo, Cavavo, ontem, teve de fazer o discurso que fez. Com o apoio de alguma imprensa (até de algumas almas ingénuas na Blogosfera), o PS, que não foi o responsável por esta crise, passou a ser o mau da história, como se as demissões de Gaspar e de Portas (embora esta tenho sido a fingir, uma coisa teatral), etc não tivessem existido. A Direita tem agora um bode expiatório, no PS de Seguro. E ao ir apresentar uma moção de confiança, vai tentar apagar o desastroso passado recente. O que interessa, doravante, é culpabilizar o PS por não ter querido pactuar com o tal projecto de salvação nacional. Uma coisa "cheia de boas intenções". O PS seria uma espécie de pulmão artificial para salvar o governo que se desmorona, aos poucos. Enfim, para cena de teatro, tudo isto foi muito mau. E de uma enorme falta de respeito para com os portugueses em geral. O que vale é que quer 2015 e 2016, havendo paciência, estão a aproximar-se. Para nos livrarmo-nos deles, de uma vez por todas.
P.Rufino