No post abaixo falo da brilhante decisão de Cavaco Silva (aquele senhor que, no outro dia, de calças de balão, armado em selvagem, foi anilhar cagarras) ao voltar atrás, vencido, dar o dito por não dito, e continuar a pôr uma mãozinha por baixo e outra por cima do desGoverno.
Mas volto ao assunto para gravar na pedra a forma como o Prof. Marcelo se refere ao desGoverno dos putativos vencedores da contenda com o presidente de todas as cagarras, o descompensado Passos Coelho e o revogável Portas: uma vaca fria. Ou melhor, diz ele, uma vaca requentada.
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A ver se ainda cá volto.
E agora, se quiserem saber a minha opinião sobre a decisão de Cavaco, nadem, por favor, até ao post seguinte.
1 comentário:
A impressão que me fica é de que Cavaco esteve sempre, desde o início, quando propôs aquela da salvação nacional, de má fé. Atirou com a ideia de o governo estar a prazo e de eventuais eleições para 2014, com o fito de querer amarrar o PS a este governo, para lhe servir de muleta. Depois, se o PS caísse nessa, manteria o governo PSD/CDS até ao final da legislatura e o PS já não poderia recuar. Foi sempre esta a sua ideia (quem sabe se articulada com Passos). Maquiavélico e de má fé. Acontece que o PS não mordeu o isco. E, deste modo, Cavavo, ontem, teve de fazer o discurso que fez. Com o apoio de alguma imprensa (até de algumas almas ingénuas na Blogosfera), o PS, que não foi o responsável por esta crise, passou a ser o mau da história, como se as demissões de Gaspar e de Portas (embora esta tenho sido a fingir, uma coisa teatral), etc não tivessem existido. A Direita tem agora um bode expiatório, no PS de Seguro. E ao ir apresentar uma moção de confiança, vai tentar apagar o desastroso passado recente. O que interessa, doravante, é culpabilizar o PS por não ter querido pactuar com o tal projecto de salvação nacional. Uma coisa "cheia de boas intenções". O PS seria uma espécie de pulmão artificial para salvar o governo que se desmorona, aos poucos. Enfim, para cena de teatro, tudo isto foi muito mau. E de uma enorme falta de respeito para com os portugueses em geral. O que vale é que quer 2015 e 2016, havendo paciência, estão a aproximar-se. Para nos livrarmo-nos deles, de uma vez por todas.
P.Rufino
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