A versão lusa de Dupont e Dupont: Cavapassos e Cavapassos ou Passavaco e Passavaco ou, talvez, Passavaco e Cavapasso |
Aqui onde estou, vou vendo, de vez em quando, uns bocados de notícias. Ontem ou hoje, nem sei bem, vi o Cavaco a dizer que, no discurso do 25 de Abril, disse pre-ci-sa-men-te o mesmo que na passagem de ano.
Não tenho ideia disso mas, se calhar, o mal é meu. Mas se foi precisamente o mesmo, para que o disse?
Chegava lá, atirava os cravos abaixo e dizia: 'A treta é a mesma e, portanto, a minha conversa é igual à última. Vão ao youtube e procurem. Adeus e por aqui me desbaldo.' E evitava-se a confusão.
Só se foi ao google, traduziu e voltou a traduzir e saíu coisa diferente sem ele se dar conta.
Por exemplo, se bem me lembro, no final do ano disse: Esta porcaria não é economia, nem finanças, nem é nada: é um verdadeiro buraco, um poço sem fundo. Ou melhor: a gaita de uma espiral recessiva. Se o Passos e o Gaspar não atinam, vou ter que lhes dar um valente tau-tau.
Depois, durante estes longos meses em que esteve em retiro em Belém, sem sabermos dele, para se distrair, entreteve-se a brincar com o google; e, assim, traduziu o discurso para coreano: 이 쓰레기가되지 경제학이나 금융,도 아니다 아무것도 : 그것은 진짜 구멍 밑 구덩이이다. 또는 더 나은 : 하모니카 열성 나선형. 단계 및 가스파 atinam, 나는 그들에게 용감한 타우 타우을 제공 할 것이다하지 않을 경우.
Depois, para continuar na galhofa, ele mai-la sua Maria, traduziu de coreano para chinês e deu isto: 不浪費,經濟或金融,也不是什麼:它是一個真正的孔底坑。或者更好的口琴隱性螺旋。 A的步驟和加斯帕atinam的,如果沒有,我將提供他們勇敢的頭tawooeul的。
Agora, no 25 de Abril, quis dizer a mesma coisa e já não tinha o discurso inicial e vai daí, traduziu de chinês para português, pensando que não ia fazer diferença. E então, com aquele tom de professor agastado disse: Não desperdice, econômica ou financeira, não é: é um pit hole real. Ou melhor gaita espiral recessiva. A Um passo e Gaspar atinam a do o, se não, vou dar o seu tawooeul cabeçalho corajoso.
A malta não percebeu nada, claro...
Mas ele, conforme o ouvi, insiste que a malta é que anda na embirração, porque ele disse pre-ci-sa-men-te a mesma coisa.
E a coisa não se ficou por ali: ouvi-o a acrescentar que os partidos se deveriam concentrar no pós-troika e que não venham depois dizer que não avisou.
E eu, que não me considero completamente burra, dou por mim às voltas a tentar perceber onde quer ele chegar.
Alguém percebe?
Nesta altura do campeonato - com o desGoverno todo desconjuntado, desbocado, com os ministros a virem chibar-se para os jornais, em que o Marcelo já reproduz em discurso directo o que se passa no Conselho de Ministros, a maior pouca vergonha, piores que alcoviteiras, com o País esfrangalhado, em que não se sabe o que vai acontecer nos próximos dias - anda ele, Cavaco, a mandar bocas encriptadas sobre o período pós-troika. A que propósito, senhores?
E, ainda por cima, fala sempre como se estivesse a falar para atrasados mensais que não perceberam a lição que nos tentou dar.
Que espécie que isto me faz.
Como acho que os meus Leitores são inteligentes, daqui lanço um apelo: há por aí algum que descodifique o que a criatura quer dizer?
O meu receio no meio disto é que se passe mesmo alguma coisa e que a agente não perceba os avisos dele. Sei lá se não vem por aí alguma praga de gafanhotos, o homem a tentar avisar-nos e a malta toda de janela aberta...
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