sábado, dezembro 15, 2012

Como é bom o amor em Paris (e como pode ser triste o regresso a Lisboa)






Lembro-me de um dia, lembro-me tão bem como se fosse hoje, em que aquele que o meu coração mais amou tinha uma reunião numa segunda feira. Arranjou maneira de ir logo ao fim da tarde de sexta feira e levou-me com ele. Nunca eu tinha estado em Paris. Que emoção. No aeroporto fingimos que não nos conhecíamos não fosse o diabo tecê-las. Mas depois, ah que deslumbramento, namorados clandestinos, só nós dois contra o resto do mundo, um amor tão doce.




Protegidos da rotina, protegidos do lado aborrecido da vida - a mulher teria o lado oficial, o papel passado, mas eu e ele tínhamos o namoro, a paixão nunca totalmente concretizada, a que clamava sempre por uma próxima vez - vivemos Paris, a cidade do amor, como se vivêssemos um sonho. Passeámos, fizemos compras, foi lá que ele me ofereceu aquele caso de pele, eu não queria, tão caro, tão caro, uma fortuna, não, não, mas ele fez questão, foi lá também que ele me ofereceu este relógio, mas tanto dinheiro, levo-te à ruína, não quero, mas para que é tanto luxo? Mas ele dizia que eu merecia isso e muito mais, andámos de mão dada, andámos de braço dado como um casal, e isso foi, talvez, o melhor, tanto que eu desejava isso, andar na rua como se fossemos um casal, que felicidade. Fomos à ópera, conheci a biblioteca, fomos a museus. Tanta coisa em tão pouco tempo.

E, de noite, eu era a sua modelo, a sua boneca, a sua dócil criatura.

Tinha-me também oferecido uma lingerie, uma loja que só visto ali para os lados da Pigalle, e quis que eu a experimentasse. Experimentei. Quis que eu deixasse que me fotografasse. Deixei. Podia lá eu negar-lhe algum pedido?




Mas não vou agora fingir que o fiz contrariada. Fiz porque quis. Acedi sempre a tudo porque quis. 

Quando ele apontava a máquina fotográfica na minha direcção parece que eu ficava outra, parece que me desinibia, que me inspirava. De lingerie preta, a fumar, exalando sensualmente o fumo, sentindo-me apetecível, uma irresistível sedutora, oferecendo-me sobre a cama, sobre o sofá, eu tinha um enorme prazer em vê-lo excitado enquanto me fotografava.




Quanto mais ele se descontrolava, doido de excitação, mais eu provocava, oferecendo-me languidamente à objectiva.

Foram noites de grande prazer, não o escondo - porque haveria de esconder?

Enquanto me fotografava costumava pedir-me, ensina-me a arte de amar, ensina-me como só tu sabes.

E eu, de olhos semicerrados - enquanto fazia deslizar vagarosamente a alça do corpete, enquanto deixava antever, devagar, devagar, o seio, aos poucos, aos poucos até ao mamilo - com voz baixa, quase rouca, ia ciciando,


Antes de mais, tem confiança no teu coração de que todas
    podem ser conquistadas; e vais conquistá-las; basta que estendas as redes
Tal como Vénus furtiva é grata ao homem, assim o é também à mulher;
    o homem disfarça mal; ela é com mais recato que alimenta o desejo.
Se aos homens der mais jeito não serem os primeiros a pedir,
    logo a mulher, vencida, há-de assumir o papel de quem pede.
Na mansidão do prado, é a fêmea que solta mugidos ao touro,
    é a fêmea sempre que relincha ao cavalo de rijos cascos.


E ele, o meu amado, o meu devoto fotógrafo, disparava, disparava, quase sem ver, enlouquecido pela minha voz, pelo meu corpo, pela minha sensualidade.

Pelo menos uma vez por dia, geralmente de manhã e antes de sairmos para jantar, ele colocava-se junto à janela, de pé, e falava com a mulher. Relatava reuniões intermináveis, negociações complicadas, falava das saudades que tinha, pedia para falar com os miúdos, prometia presentes, enviava beijinhos. Eu ouvia com indiferença, e pensava é um filme, mente à mulher para poder estar comigo, prefere estar aqui comigo do que a aturar a vaidosa, a fútil, a palerma da mulher, e sorria, superior, agradecida por ele ser o amante querido que eu tanto amava.




O relógio é este, uso-o sempre, é lindo. Olho as fotografias, estava bonita eu, sentia-me tão irresistível, achava que ia ser tão feliz. Achava que ia voltar muitas vezes para ser feliz outras tantas. Paris. Paris. Que saudades.

Não voltei.

Regressámos a Lisboa na terça feira. Antes de abandonarmos o hotel, quando íamos a sair do quarto, ele puxou-me por um braço. Abraçou-me, beijou-me. Temos que fazer as despedidas agora porque no aeroporto ou no avião não dá, não vá alguém que me conheça ver-me. Aceitei. Beijos apaixonados e abraços apertados e quentes não se podem rejeitar. E feliz como estava, porque haveria eu de rejeitar?

Quando o avião aterrou ele disse-me que a mulher e os filhos o iam buscar e que era melhor não sairmos juntos. Foi uma decepção que tive, porque é que não me avisaste antes?, mas ele encolheu os ombros como se fosse coisa sem importância. Aceitei, estava habituada a aceitar, estava já tão habituada a viver na sombra. 

Penso agora nisto e vejo que toda a minha vida arrastei as sombras como se fossem pesados mantos que me cobrissem.

Ele saíu, não tinha que esperar pela bagagem, levava apenas uma mala que cabia nos compartimentos da bagagem de mão. Eu não, eu tinha uma mala maior, carregada.

Quando me vi no aeroporto sozinha, arrastando uma mala pesada senti-me insignificante, senti uma tristeza. Mas mais triste fiquei quando, indo eu a arrastar a mala, sem ninguém que me ajudasse, o vi abraçado à mulher, de mão dada com um dos filhos, sorridentes, felizes, uma família feliz. Iam a sair do edifício, não me viram e eu fiquei ali parada, sentindo-me um nada.

Fui para a fila dos táxis, já era de noite, e eu ali sozinha. A bela mulher que eu era, tão desejada, tão amada, de repente ali sozinha. Que pena tive, então, de mim.




Cheguei a casa e tão desfeita me sentia que, nesse dia,  nem tive coragem de desfazer a mala. Tinha-me chocado o ar de família feliz, tinha-me chocado a forma como ele se tinha livrado da minha presença, como se eu não tivesse sentimentos. Eu era a outra, a que tinha que se sujeitar a tudo, a que recebia presentes, beijos, noites de amor num hotel e ponto final. Claro que eu sabia que era a outra mas a outra é tão mulher, tão humana, tão frágil, como qualquer outra pessoa, como a mulher legítima. 

Mas nunca lhe falei nisto. Prosseguimos a nossa relação como antes. Sempre consegui disfarçar muito bem o que sinto, sempre calei as minhas mágoas, sempre me contentei com o que me davam, sempre esperançada em que um dia teria tudo aquilo que desejava. Nunca tive.


*

Este texto é a continuação do penúltimo e do antepenúltimo textos. Ainda não dei um nome a esta história nem a esta mulher porque ainda não sei se vai ter continuação. Se vier a ser uma história talvez lhe fique bem o nome Casta Diva e talvez a mulher possa vir a chamar-se Maria Beatriz.

A música é, justamente, Casta Diva de Bellini, aqui interpretada por Cecilia Bartoli.

Catherine Deneuve aqui é retratada por Helmut Newton. Contudo, desconheço a autoria da última fotografia.

Continuo a não identificar o texto em itálico e isso é deliberado.

*

Hoje no Ginjal encerro o ciclo que dediquei a Ernesto Lecuona com dança. O Grupo Corpo dança Te he visto pasar e a música, a voz e os corpos são uma maravilha. Não quererão ir até lá, deitar uma espreitadela?


*

Chove que é uma maravilha. Os campos e as barragens agradecem a chuva que cai com vigor. Vejo-a lá em baixo, contra um fundo escuro, iluminada sob a luz do candeeiro. 

Aproveitem, meus caros leitores, o encanto de um fim de semana chuvoso e frio. 
Desejo-vos um belo sábado!

12 comentários:

Olinda Melo disse...


Ah, Paris, Paris!

Traz-nos aqui todo o seu encantamento, nesta história plena em que, minha amiga, nos faz sonhar.

Um bom fim de semana.

:)

-isto é que é o 'smile' - há dias meti os pés pelas mãos, quando pretendi apresentar-lhe uma definição.

;)

- quanto a isto, acho que é um 'piscar de olho'.

Devo dizer que nada disto, (estas minhas definições) é credível...

Beijos

Olinda

JOAQUIM CASTILHO disse...

Bom Dia UJM!

Ora vamos lá ver….
Dantes ouvia-se, por vezes, certos homens machisticamente afirmar : um homem devia três mulheres, uma para mãe dos filhos , outra para apresentar nas relações “socioculturais” , jantares, exposições , concertos, viagens , e outra para a cama! Por razões de natureza vária, que não importa aqui sociologicamente aflorar, haveria algumas mulheres que também assim pensavam relativamente aos homens e algumas, certamente muito poucas, que o passavam à prática.
Quero com isto dizer que esta “boutade” tem algo de verdade e mostra que o relacionamento de um casal tem vários níveis, várias “valências” e que nem sempre é possível a satisfação total mútua de todas as formas de convívio quotidiano!
Eu gosto muito da minha mulher e somos o que pode chamar um casal tranquilamente feliz, mas eu gosto de muito dançar e a minha mulher é um “pé de chumbo”! Quando se proporciona dançar nunca danço com ela mas só danço com as “outras”. O desencontro no gostar de dançar não é importante no equilíbrio matrimonial a não ser que este factor seja considerado realmente importante mas outros factores considerados mais importantes , como o sexo por
exemplo , poderão levar a uma situação como a retratada no excelente texto do “post”!

Claro que a estas considerações se sobrepõe a noção de “posse” mútua inerente ao casal: o “meu marido” a “minha mulher” reforçado por considerações sociais, morais e até religiosas,
daí também a eterna insatisfação do “outro” ou da “outra”!
Claro que a estabilidade do casal pode ter implicações na saúde comportamental dos filhos, na estabilidade emocional da família maior onde o casal se integra….
UJM, veja onde o seu texto nos pode levar…o que é sempre comum aos outros textos, sobre os mais variados temas com que nos vai presenteando e que fazem a riqueza do seu Bolg . Mais uma vez obrigado!

Helena Sacadura Cabral disse...

Jeitinho Manso
Belo texto.
Há sempre mulheres segundas em Paris, no Porto ou em Lisboa.
Há sempre segundas que se deixam ser. Porque permitem que alguém as coloque como tal.
E, o pior, é que chamam isso de "amor"...

jrd disse...

Um belo script para um filme. Mas eu, apesar de ela ser inglesa, escolheria antes a Kristin Scott Thomas para protagonista.
Abstenho-me de comentar o comportamento masculino, porque a inversa também é comum.

Um abraço e um bfs

Um Jeito Manso disse...

Olá Olinda,

Quem já tenha tido o privilégio de estar em Paris sabe que é uma cidade com recantos, com beleza, com charme, com bons restaurantes, com uma série de ingredientes para lá se poder estar a viver um belo amor.

Agora anda a dar-me para escrever isto. Depois a ideia, difusa, vai ganhando contornos à medida que escrevo, à medida que vou escolhendo fotografias, etc.

Quanto aos smiles gosto mais quando são mesmo aquelas carinhas que riem, choram, piscam o olho. Assim, com parêntesis, temos que andar a ver os significados. Mas, à falta de melhor, aqui lhe deixo um ;) seguido de um rasgado :-)

Um beijinho e bom domingo, Olinda!

Um Jeito Manso disse...

Olá Joaquim Castilho,

Gostei de ler o que escreveu e que tão bem retrata a visão do que foi e do que, em certos meios, ainda é.

Há coisas que não mudam muito.

Eu sobre estes assuntos tenho uma grande dificuldade em emitir juízos de valor porque é um território que, muitas vezes, é habitado por sentimentos contraditórios e, muitas vezes, não isento de algum sofrimento.

Já aqui falei uma vez de uma vizinha que tínhamos quando eu vivia com os meus pais. Era 'a outra' de um médico conceituado na cidade. Era casado, mulher, filhos, uma família feliz. E tinha uma senhora, a quem pagava a casa, a quem comprava casacos de pele, jóias, etc. Ela não se dava com ninguém, tinha um ar triste. Se calhar eram as vizinhas que também a olhavam de lado. Era a amante do Dr. xxx. Ele aparecia num grande carro e depois ia-se embora. Ela vivia quase como uma refugiada. E era uma mulher muito bonita.

Tive também uma colaboradora minha a quem o marido trocou por outra. Ela ia morrendo de desgosto e referia-se à outra com epítetos pouco abonatórios. Passado algum tempo, ela, que era uma mulher discreta, tímida, começou a andar com um colega, homem casado. Ou seja, tornou-se, também, 'a outra'. E enquanto isso continuava a desfazer-se em lágrimas quando falava do marido e da 'outra' que lhe tinha destruído a vida.

Por tantas situações ambíguas que tenho presenciado, não consigo criticar. Esforço-me por perceber, isso sim. E não é fácil.

Quanto aos filhos são sempre o lado mais frágil nestas histórias e penso que devem ser preservados o mais possível.

Afinal, as suas palavras é que me puseram para aqui a falar. É a chamada cavaqueira...

Obrigada.

Um abraço. E bons bailaricos!

;)

ERA UMA VEZ disse...

A "minha" Catherine
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Naquele fim de tarde o meu pai trazia um olhar malicioso e atirou assim como quem não quer a coisa: Então alguém quer ir ver uma filmagem a sério?
Quêêêê?
Mesmo?
Sim. Estão uns franceses a filmar na Quinta das Torres...

E eu, nos meus dezasseis anos, frequentadora imparável das matinés do meu querido "cinema paraíso" estava ali subitamente perante a possibilidade de ver "fazer" cinema.

No ambiente único da Quinta das Torres,tinha na minha frente um plateau...e as câmaras, a cadeira de lona de realizador, as luzes.
Estava prestes a começar.
Acção!

E uma jovem linda, com um vestido
tom de cereja, vaporoso como se dizia, filmava uma cena romântica com um actor, Claude François, seria?

Repetiam repetiam e eu percebi que era mesmo assim. Para quê? Se tudo estava tão bem e ela devia ter tanto frio. Era Inverno.Mesmo.
E ela sorria sorria, sem cansaço aparente.

Muito recentemente, conheci por dentro um pouco desde mundo, quando frequentei um curso de guionismo na universidade.
Grande experiência.

Lembrei tantas vezes essa noite fria da Quinta das Torres e o sorriso triunfante do meu pai, orgulhoso...orgulhoso da minha felicidade.

Ah, falta dizer que a CATHERINE é hoje muito crescida mas para mim continua fantástica linda e altamente "vaporosa".





Um Jeito Manso disse...

Olá Helena,

Ao longo da minha vida tenho conhecido várias 'segundas' e o que mais me custava ver era a forma como se anulavam, se iludiam, sempre na esperança de que um dia passariam a primeiras. Custava-me também ver a displicência como, em alguns casos, os homens tratavam estas mulheres que se anulavam por eles e que não percebiam que nunca concretizariam o seu sonho.

No entanto, também conheci casos em que as segundas passaram a primeiras. Foi o caso, por exemplo, de uma secretária que tive e que acabou por ficar com um colega meu que, por causa dela, e ao fim de vários anos de relação paralela, deixou a mulher. Ou seja, a esperança dele é que a mulher aceitasse que ele tivesse outra às claras. Parecia-lhe tão natural que propôs isso à mulher. Para grande desgosto dele (que gostava muito dela), ela não aceitou. Obrigou-o a optar e ele, depois de grande hesitação, acabou por optar pela 'outra' mas continua grande amigo da mulher. Dou-me muito bem com eles.

Enfim, a natureza humana é complexa e nem sempre são lineares os caminhos que o coração escolhe.

Um abraço, Helena Coração Independente e desejo-lhe um bom domingo!



Um Jeito Manso disse...

Olá jrd,

A Kristin, se eu fizesse cinema, seria quase sempre a minha primeira escolha. Mas para esta minha história não a usei pois ela era a minha Lídia, a mulher triste, e, na minha cabeça, a imagem dela ainda estava muito presente.

De qualquer forma não sei se, aqui, ela seria mesmo a indicada. A Kristin tem ar de alguém que, por detrás da contenção, arde facilmente, contendo em si a tendência natural para passar para o lado pecaminoso da vida.

Aqui eu queria alguém intrinsecamente crédulo, inocente, alguém com uma beleza tal que auguraria uma vida de princesa, e que, afinal, de tão bondosa e ingénua e crédula, acaba deixando que a vida lhe passe ao lado.

E tem razão: nem sempre o homem é o mau da fita tal como nem sempre 'a outra' é a má da fita. E, de qualquer maneira, não quero emitir juízos de valor. Não sei bem quem, nestes casos, é o mau da fita. Muitas vezes são histórias que começam com grandes entusiasmos e acabam em grandes sofrimentos. Por isso...


Um abraço, jrd, e um bom domingo!

Um Jeito Manso disse...

Erinha, que história gostosa de ler!

Então andou a aprender guionismo... E onde estão essas histórias? Com a sua inspiração e a sua fantástica veia poética escreverá, certamente, belas histórias.

Ainda estou para perceber é porque é que não arranja um espaço na blogosfera para divulgar os seus poemas, as suas histórias, as suas recordações...? Não era para já ter acontecido? E o livro...?

Voltando à sua recordação. Descreve de uma forma muito visual e eu consigo imaginar 'a cena' até porque conheço o cenário. Quando me casei o copo de água era para ter sido lá. Depois disso casou-se lá um primo. Conheço e gosto imenso.

Nunca assisti a nenhumas filmagens e imagino o encantamento de uma jovem assistindo assim de perto a umas filmagens, ao encantamento por ver uma outra jovem artista, bela e vaporosa.

Um beijinho, Erinha, e desejo-lhe um belo domingo!

Helena Sacadura Cabral disse...

Deixe-me acrescentar que aquelas que passam de segundas a primeiras, devem ficar atentas. Porque se o homem trocar uma vez pode acontecer que volte a trocar...e depois, já com menos problemas de consciência!
:-))

Um Jeito Manso disse...

Olá helena,

Concordo. Há passos que são difíceis de dar. Mas, uma vez dados, percebe-se que não é 'morte de homem'. E, vai daí, se a ocasião se voltar a proporcionar, a dor de alma não será, certamente, tão grande como da primeira vez.

De qualquer forma, penso que uma pessoa (normal) não gosta de andar, feita salta-pocinhas, a mudar de amores só por desporto. Tendo a achar que são coisas que acontecem... Ou seja, são coisas que, bem vistas as coisas, nunca são fáceis.

Um abraço, Helena, e desejo-lhe uma bela semana!