terça-feira, janeiro 24, 2012

Carolina de Mónaco tem 55 anos - breve história da bela princesa que não tem tido sorte com o amor


Carolina de Mónaco fez ontem 55 anos. A bela Carolina que acompanho desde a minha infância tem 55 anos.


Vejo a fotografia dela e apetece-me ir a correr, aflita, olhar-me ao espelho. Envelheceu e, o mais certo, eu com ela. Cresci a vê-la, elegante, bonita, urbana, em tudo o que era revista. Carolina, a princesinha de Mónaco é agora esta mulher que parece ter perdido o brilho.


Grace Kelly, a mãe, era linda e ela herdou a sua harmonia de feições, temperada pelo ar mediterrânico do pai. 


Eu era criança e gostava de a ver de bailarina ou muito arranjadinha com os manos e com os pais, ela pequena senhorinha, tantas vezes com um gentil bouquet nas mãos. 


O mano era louro, sossegado e bonitinho, a mana era engraçada, irreverente e andrógina e ela era feminina, sedutora, rapariguinha pronta a ser seguida pelos fotógrafos que a adoravam.

Depois, quando começou a viver mais à solta, estudante, caíu na esbórnia (como dizem os nossos irmãos brasileiros) e passou a frequentar a noite de Paris. 


Rapariguita desenvolta, arejada, com resmas de pretendentes, dinheiro com fartura, costureiros a quererem vesti-la, fotógrafos a fazerem-na sentir bela e desejada, eis que cai de amores por um homem perto dos 40, bon vivant, com fama de incorrigível mulherengo. 

Grace fica destroçada, queria um príncipe das melhores casas europeias para a sua menina linda e sai-lhe uma coisa totalmente diferente. Mas Carolina é persistente e, aos 22 anos, casa-se então com Philippe Junot que tem, então, 38. 


O vestido é Christian Dior e na assistência pode ver-se a fina flor de Hollywood ao tempo do áureo período de Grace.

No entanto, o sol é de pouca dura e, dois anos depois, o casamento chega ao fim. Philippe gosta da noite, das farras, das aventuras. 

Depois de um tempo de luto, eis que Carolina parte para a desforra e enceta um período fértil para as revistas do coração. Bela, livre, filósofa, bronzeada e bem vestida, ela é disputada e fotografada por onde quer que passe.

Romances, affaires, desmentidos, comprovados, testemunhados. Uma agitação, um frenesim, e Carolina sempre sorridente e bela, uma menina ainda.


Carolina na neve, Carolina a bordo, Carolina à noite, Carolina às compras, Carolina sozinha, Carolina acompanhada. Robertino, o filho do amor louco de Roberto Rossellini e Ingrid Bergman ou Guillermo Villas, o tenista profissional argentino, ocuparam o seu coração durante esse período de azáfama sentimental. Parece não conseguir acertar-se com ninguém, alguma coisa parece sempre correr mal mas os pretendentes são muitos e ela nem tem tempo de parar para pensar.


Relações e mais relações e ralações e mais ralações para a pobre Grace a quem a filha mais nova também não dá descanso. E é nessa altura, em 1982, que Grace, a bela, ao volante do seu automóvel e com a filha mais nova ao lado, sofre um acidente de viação, despenhando-se fatalmente. Dizem depois que teve um AVC enquanto conduzia. Stephanie fica internada durante algum tempo e sofre um choque emocional profundo.

Grace não chega portanto a ver o casamento de sonho de Carolina, profundamente apaixonada por um belo rapaz italiano, um rico herdeiro, um desportista simpático. Na altura toda a gente dizia que era apenas mais um, um meninão rico, mais uma brincadeirinha de Carolina. Com Rainier contrariado,  casam-se no final  de 1983, Carolina, sabe-se depois, já grávida. 


Stefano Casiraghi é quatro anos mais novo que a deslumbrante Carolina o que ainda mais realça a beleza do casal. O casamento é civil dado que, na altura, o Vaticano ainda não tinha concedido a anulação do primeiro casamento. Sorrisos, enamoramento e as crianças a aparecerem, de seguida. Um amor que frutifica, e o jovem casal resplandece com os braços repletos de crianças.


Andrea, Charlotte, Pierre. Crianças bonitas, Carolina feliz, Stefano louro e bronzeado do ar do mar. Mas Stefano não é apenas o menino família que gosta de barcos. Não, Stefano é um empresário de sucesso, e progressivamente toda a gente o aceita e respeita.


E estão apaixonados. Podemos vê-los em todas as revistas: abraçados, cúmplices, beijam-se, há um carinho que os une. Dá gosto ver um casal jovem e bonito assim. Uma história feliz com uma princesa moderna e elegante e um belo príncipe encantador. 

Até que um dia, ao participar numa prova para defender o título de campeão mundial  em corrida de barcos a motor, há uma explosão a bordo. Stefano escapa à morte. Carolina que o costuma acompanhar passa por sufocos e o marido promete retirar-se mal veja consagrado o título. As imagens mostram-na com a mão a proteger a vista do sol, Carolina de boné, Carolina com belos chapéus, alta e dedicada, Carolina na praia com Stefano, namorados, jovens amantes, amigos.


E, então, o imprevisto acontece. Umas semanas depois, em competição, novo acidente. As televisões mostram o barco virado, teme-se o pior. E é assim que aos 30 anos morre o segundo marido de Carolina. Depois de um divórcio, agora a viuvez. Carolina não tem sorte com o amor. Podemos vê-la, então, nas revistas: devastada, apoiada no pai, triste, triste.


Seguem-se anos de afastamento. Carolina passa anos de profunda tristeza, deprimida, decai, isola-se. As crianças crescem, os rapazes parecem-se imenso com o pai, Charlotte parece a mãe quando era pequena.

No baile da Rosa ou noutras cerimónias oficiais Carolina reaparece, magra e triste.

Mas todos os sofrimentos têm prazo de validade e alguns anos depois Carolina volta a reencontrar-se com a vida. As revistas começam a mostrar-nos Carolina com o príncipe Ernst de Hanover. O príncipe era casado com Chantal, amiga de Carolina, mas divorcia-se para se poder voltar a casar.

E é assim que em Janeiro de 1999 Carolina, grávida, se torna Sua Alteza Real Princesa de Hanover.


Em Junho nasce a sua filha Alexandra de Hanover, uma menina bonita mas cujas feições já evidenciam os traços mais fortes de Ernst.

No entanto, aquela felicidade radiosa que se via no semblante de Carolina quando era casada com Stefano, já pouco se volta a ver, agora que vive com o seu terceiro marido.


E os jornais começam a dar conta dos problemas de álcool por parte de Ernst, os fotógrafos apanham-no uma vez a urinar na rua, outras vezes fala-se de violência, e Carolina começa a parecer em público sozinha, diz-se que Ernst fica a dormir, a curtir a ressaca da bebedeira da véspera.

Parece que separaram em 2009 e as revistas já o mostraram, depois disso, com outra mulher.


Carolina, a bela e desejada, tem sido infeliz no amor e isso vê-se no seu rosto, no seu corpo. Está de novo sozinha, magra, encurvada, enrugada.

A beleza sensual parece ter passado toda para a jovem Charlotte, agora o alvo de todas as atenções, tal como em tempos passou de Grace para ela, Carolina.



Só lhe desejo, a ela que não me lê, que volte a ser feliz, que volte a sorrir. Gostava de voltar a vê-la bela e sorridente, alteza sereníssima, para não a ver assim, princesa triste, para a ver realizada e contente no meio dos filhos e com um novo amor na sua vida, um amor que, desta vez, dê certo - e que a bela Charlotte não herde a pouca sorte da mãe. Que ao menos, neste mundo decadente e em crise, as poucas princesas que restam consigam ser felizes.

--------&&&&&-------

Hoje deu-me para isto, meus amigos. Nada do que é habitual, não é? Mas é assim, tem dias. Amanhã outro galo cantará. Tenham, meus Caros, um belo dia!

15 comentários:

Paulo Abreu e Lima disse...

E mesmo assim, Carolina consegue ser a mais discreta dos três irmãos... Há uma qualquer fatalidade naquela família que assombra, entristece e suscita comiseração. Mortes, separações, escandalos, vexames. Muitos falam no espírito dessimulado de Grace que permanece naquela Casa Real. E, contudo, deram a ganhar biliões à imprensa cor-de-rosa e não só. Triste.
Belo apanhado, amiga Tá.

Traçados sobre nós disse...

Cara Um Jeito Manso:

Tive necessidade, hoje menos, de ler imensos artigos científicos e gostava daqueles em que, percorrendo-os em diagonal de cima para baixo, ficava logo com uma ideia do seu conteúdo; depois, de baixo para cima, fazia o acerto da imagem. É curioso como me lembrei disto ao ler agora esta sua mensagem. Sinal de que gostei da escrita.

Já agora, nestes tempos de crise, não daria para obter uns trocados extra, que nós aqui lemos de borla? É só uma ideia...

J. Rodrigues Dias

Maria disse...

Jeitinho amiga
Já era crescidinha, quando Carolina nasceu. Era um bebé lindo, nascido de um conto de fadas, filha da linda Grace que, eu adorava. Acompanhei o seu crescimento, vi crescer aquela princesa linda. Não gostei do 1º casamento dela. Achava o Junot, muito velho e altivo, para a minha princesa. O 2º, sim! Esse ligava em tudo com ela. Era belo, jovem, faziam um par de sonho. Tudo acabou com o desastre brutal que, o matou. A partir de aì, a princesa perdeu o brilho, tornou-se triste.
A 3ª tentativa de casamento, foi um autêntico disparate. Aquele bruto e mal amanhado alemão, não tem nada a ver com ela.
Ela chegou aos 55, bonita ainda mas, sem viço.Agora é a filha que brilha, que aparece em capas de revista. Espero que, seja mais feliz que Carolina.
Beijinhos
Maria

Leonor disse...

Também para mim tem sido inquietante ver Carolina a ficar mais triste, mais baça. Apesar de muito bela, existe essa mágoa que tanto parece pesar-lhe. Gostei muito de ler este resumo do seu percurso.

Nota: Fico muito alegre com a sua generosidade, UJM. Muito obrigada.

Paulo Abreu e Lima disse...

Fora de tempo:

- dissimulado em vez de "dessimulado", peço desculpa

- estou com dificuldades técnicas momentâneas em responder aos comentários no meu blogue (ipads...)

Um Jeito Manso disse...

Paulo,

Concordo. Aquela família não tem sorte. Parecia que tinha tudo para ser uma felicidade dourada e, afinal, são umas atrás de outras, parece que nada dá certo.

Mas tem razão: muitas revistas se venderam com tantos amores e desamores. Agora são os filhos, especialmente a bela Charlotte. Tomara que tenha sorte.

Eu tinha reparado no 'e' abelhudo e pensei que a mão lhe tinha fugido e, claro, relevei (já se tivesse escrito uma coisa do tipo 'quaisqueres' pode crer que cortava relações consigo na hora!) .

Olhe, Paulo ex-dois pares e meio de asas, e hoje também vai lá logo de caras?

Um Jeito Manso disse...

Caro J. rodrigues Dias,

Tem graça que é geralmente assim que eu leio artigos, mesmo nos jornais e revistas. Primeiro vejo se me cheira, se a coisa me soa. Se sim, então, sigo os alinhavos e faço a costura no sítio devido.

Quanto à sugestão é coisa que um dia talvez, quando não tenha o tempo tão esticado. Tenho medo de assumir compromissos que não possa cumprir e um livro a sério dá uma trabalheira a preparar...

Um dia destes, daqui por algum tempo, talvez.

Mas fico vaidosa com o lamiré... a sério. Obrigada.

Um Jeito Manso disse...

Olá Mary,

Espero que esteja boa, que já não seja a Mary on the rocks...

Pois, a Carolina que linda, tão princesa ao pé da irmã tão arrapazada e complicada... E, afinal, também com tão pouca sorte. Como cresci a vê-la, a ver os namorados, a ver as roupas bonitas, faz-me impressão vê-la agora tristonha, caída. Tomara que encontre uma nova companhia e que dê certo. E que os filhos sejam atilados e não lhe tragam também problemas.

Um beijinho, Maria!

Um Jeito Manso disse...

Olá Leonor,

Que contente que fico com a sua visita e com as suas palavras!

Também lhe custa ver assim a Carolina, não é? Ficava tão bonita quando tinha aquele glamour, aquele sorriso bonito. Tomara que volte a ser feliz.

E nada a agradecer Leonor, nada mesmo.

Um beijinho!

Paulo Abreu e Lima disse...

Hoje não sei se vou, mas fico parvo «e como um adolescente
tropeço de ternura
por si»

O'Neill é upgrade imerecido...
beijinho

Um Jeito Manso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Um Jeito Manso disse...

Bolas, Paulo! Assim não vale.

sonia disse...

Achei alguém mais azarada com homens do que eu :) Mas como ela é linda! Claro, depois dos 50 perdemos o brilho externo. A compensação vem em forma de uma serenidade interior que não há beleza que pague!
Parabéns pela bela edição dessa história!

Um Jeito Manso disse...

Olá Sónia,

Pois, coitada da Carolina, tão linda, com tudo para dar certo e tem sido esta sucessão de casos infelizes. Espero que consigo agora esteja tudo bem, ou bem acompanhada ou sozinha (mal acompanhada é que não...!).

E tem razão, à medida que o tempo vai passando, a beleza começa a vir de dentro, as pessoas ficam mais serenas, mais disponíveis para o bem estar.

Desejo-lhe que a serenidade e a beleza estejam sempre consigo (fui ver o seu perfil e, Sónia, você é bem bonita...!).

Volte sempre, gostei da sua visita.

Anónimo disse...

Princesa Carolina,

tão percas o que tiveste sempre a tua beleza,não te desleixes,tem uns filhos lindos ,neto.Força Princesa sou da tua idade,não tive vida de princesa ,mas tive a minha vida Amo Todos os meus famíliares.
Pois agora vivo um divorcio litigioso,onde o pai dos meus filhos não repõe a verdade ,dar o que me pertence. Sempre em Tribunal não saiu disto.(anos).
Muito desgastante, as provas mostram,falam por elas,assim como ele sabe o que é meu,ao fim de tantos anos não conheço homem com quem vivi, conheci foi único,pai dos meus filhos,sozinha na vida a fazer deles pessoas de bem com cultura, e até bons profissionais,muito apoio mesmo.Pois estou feliz consegui dar um curso superior a cada um,com o meu ganha pão e ainda dei o curso ao pai dos meus filhos,pois ingrato nada colabora para a felicidade dos nossos filhos ,enfim,dá com quem vive,aquelas situações
Deus é grande,eu atenta sempre aos meus filhos como se fossem pequeninos.Adoro-os,Amo-os.
Pobre mas com eles.Trabalho.

Só quero saude o resto vem tudo por acrescimo

Beijos