sábado, julho 23, 2011

Vítor Gaspar, o Mangas - o ministro cujas mãozinhas mal se vêem sob os imensos punhos das camisas

Tenho visto pouca televisão mas hoje voltei a ver o ministro Vítor Gaspar no Parlamento.

Não dá para acreditar.

À entrada e à saída do Parlamento, a Secretária de Estado não sei do quê, a ex-deputada Teresa Morais do PSD, aquela irritante criatura que gritava colérica e esganiçadamente num programa de televisão, dava passagem ao ministro, passando-lhe quase a mão por cima, não sei se para segurar a porta. Ela armada em homem e ele em menina. Só visto.

Teresa Morais, acho que depois do lifting
(porque antes parecia muiiiiito mais velha)

Depois, a coisinha triste que é aquele homem a falar. O senhor é o nosso ministro das Finanças, só anuncia desgraças mas, quando o vemos, o que é sai dali? Uma vózinha de coisinho, e, como se não bastasse, a falar devagariiiiiiiiiiiinho, uma vózinha de coisinho a falar devagariiiiiiiiinho, sílabazinha espaço silabazinha espaço silabazinha espaço (...).

Mas a tristeza não se fica por aqui. É que o coisinho levanta as mãos e, de um casaco maior que ele, saem umas mangas de camisa de um tamanho três vezes o dele e, na ponta, umas mãozinhas que mal se vêem.

Ou ele anda sempre com a mesma camisa ou, quando veio para ministro, disseram-lhe que tinha que usar camisas com botão de punho e, vai daí, foi à loja e comprou umas poucas, sem reparar que eram à medida de outro, de alguém que tenha braços compridos, não à medida dele, que é pequenino, com bracinho curto.

Ou então, é algo mais sofisticado: às tantas ainda é uma manobra de comunicação - para nos distrairem do conteúdo malvado do discurso, avançam com uma figurinha que tira qualquer um do sério.

Ministro Vitor Gaspar na AR
As Finanças entregues a um ministro que é só mangas
(O Imposto extraordinário já saíu de lá...
.... e que mais terá ele lá escondido?!)

5 comentários:

Anónimo disse...

Por acaso está bem visto, sim senhora. Eu por acaso vi e de facto a tal senhora é exatamente isso tudo que escreve e ele idem. Quando vi esse momento dos dois na TV tive a sensação não sei porquê que eles simpatizam um com o outro.
O jeito dele de falar está bom de ver: é a inflência anglo-saxónica no típico português iluminado estrangeirado regressado às origens para se fazer entender junto dos seus concidadãos comuns provincianos de vistas e mentes curtas.
A influência estende-se igualmente à indumentária baseada no conceito: não é o fato que faz o homem, mas o homem que faz o fato e neste caso também a camisa, tá a ver? ;-)

Um Jeito Manso disse...

É capaz de ter razão, é capaz de ser isso que diz.

No que me toca, vou seguir a evolução do casal. A próxima vez que o 'Mangas' for à AR ou estar atenta a ver como evolui a química, se já vêm de braço dado, se ela, grandona, o traz a ele, pequenino, pela mão, vamos ver.

E vamos, sobretudo, ver como é que ele se porta na função de ministro das finanças. Vai ter que se esfalfar a explicar-nos tudo muito bem explicadinho, que nós somos todos muito pouco iluminados (já que com a crise, vamos baixar a potência das lâmpadas).

Anónimo disse...

Ora vê como entendeu perfeitamente onde eu queria chegar :-))

Isabel disse...

Ontem à tarde vi na TV o sr ministro Vitor Gaspar, o Mangas, reunido com a comissão parlamentar de orçamento e finanças e... afinal a camisa era outra, só que os colarinhos não viram ferro. Um Jeito Manso é do tempo das camisas TV? Sem rugas no colarinho! Davam geito ao sr.
O fato é que é o mesmo, manga à três quartos!
Apeteu-me brincar, mas mas vivo preocupada com o destino de "alguns" cidadãos em que a sua vida está nas mãos deste e de outros senhores.
Isabel

Um Jeito Manso disse...

Isabel, esta semana, quase não tenho tido tempo de ver televisão.

Por isso, perdi essa visão do Mangas das falinhas mansas.

Eu sou do tempo das colarinhos sem vincos e esse é ainda o meu tempo - homens mal amanhados, enrugados, calças enroladas em cima dos sapatos, casacos de manga curta, é uma coisa deprimente...!


Se o Mangas é desses e, ainda por cima, fala com uma vozinha de coi-si-nho, e mete a mão nos bolsos com a-que-la vo-zi-nha e co-la-ri-nho mal-pas-sa-do a fer-ro, então vou ali e já volto...!

Tempos difíceis.