Dias fantásticos in heaven para o meu amorzinho querido que, de vez em quando, vem ter comigo e me diz 'gosto muito de ti' (o que me deixa sempre enlevada). É o mais crescidinho, é o que já aprecia mais as férias no campo. A prima também já aprecia mas ainda não tem um ano, ainda não é a mesma coisa, e o mano, esse ainda menos, nem quatro meses tem.
Anda deliciado o meu menino, veio para trabalhar. Vamos apanhar figos e faz questão de ser ele a carregar o cesto. Pergunto se consegue e ele, todo convencido: 'Sim, tenho uns grandes múxculos' e lá vem, caminho fora, com o cesto quase do tamanho dele. Os primeiros que apanha, põe no cesto e depois come-os de seguida. Depois vê a pereira já com peras maduras e pergunta-me 'Podem-se comer? Têm bom aspecto...'. E eu atiro-me a ele aos beijos a ele, meu menino, tão pequenino e já com um vocabulário tão rico.
Hoje viu um insecto pequeno, não sei o nome, umas asinhas brancas, um centímetro talvez, uma coisa ínfima. Veio a correr, chamar a mãe e a mim, 'Uma borboleta pequenina!' E depois circunspecto: ' Mas porque é que ela perdeu a cara?' e nós as duas espantadas. Mas, de facto, parecia uma amostra minúscula de borboleta e só se viam as asas, nada de cabeça. Desatámo-nos as duas a rir com a borboleta que perdeu a cara.
De tarde andou a regar e perguntava, ar comprometido 'Regar também é trabalhar, não é?'. Deve achar que, como é um prazer, era abusivo chamar-lhe trabalho. Descansei-o, claro que é, com este calor está tudo seco, faz mesmo falta haver uma pessoa que regue as plantas. Todo feliz lá andou a regar tudo, incluindo a nós.
O meu amiguinho querido nas suas tarefas |
No outro dia, andando ele também nos seus trabalhos, de ancinho na mão, o tio dizia-lhe, 'Diz lá à Tá o que é isso que andas a fazer'. E ele pensativo, com esforço, a dizer umas palavras incompreensíveis. Eu ajudava, 'a apanhar caruma?' e o tio que não e ele a tentar com uma algaraviada que eu não percebia e eu a ajudar, até que o tio atalhou, 'Então não és capaz de dizer...? Vá lá, diz lá devagarinho: exploração do trabalho infantil'.
1 comentário:
Qual quê!
Assim se fazem gente!
Boa, mummy!!
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