Dou uma volta pelos blogues que costumo visitar e, salvo os que são exclusivamente culturais e logo, imunes, à variação das circunstâncias e salvo algumas outras honrosas excepções, o que genericamente vejo é:
- alguns parece que perderam inspiração e entraram em stand by;
- outros, denotam algum ressabiamento, como se sentissem dificuldade em aceitar que a realidade mudou. De facto, o PSD ganhou as eleições e, de facto, vai formar governo com o CDS e tomáramos nós que consigam formar um bom governo, com gente competente, e que consigam dar boa conta do apertado programa de reestruturações que é indispensável pôr em prática. Tomáramos nós.
- outros, que antes tanto esconjuravam o PS de Sócrates, parece que já andam à procura de pretexto para começarem a roer no CDS e no PSD.
Quem me costuma ler, sabe que não sou admiradora de Passos Coelho, sabe que reconheço em Cavaco Silva o introdutor de grande parte das medidas que viriam, com o tempo, a destruir a economia e a competitividade do País.
Mas, se Cavaco Silva agora reconhece que foi mau destruir a agricultura (a as pescas?), ainda bem. Se os campos que foram postos ao abandono a troco de subsídios, voltarem a produzir, melhor. Se ele, agora, incentiva os jovens a apostarem numa agricultura diferenciada e rentável, só posso estar de acordo.
E se, para isso, for necessário revitalizar o interior, pois melhor ainda.
Agora não podemos é ficar à janela, a olhar o que se passa na rua, para, quais vizinhas maledicentes, vir, a seguir, dizer mal de tudo. E isto aplica-se a todos, aos socialistas, aos votantes no psd, no cds, ou em quem quer que seja.
Atrás dos tempos vêm tempos e para a frente é que é caminho.
Este país que se compraz a lamber feridas, a fazer intriguinhas, a olhar para o passado, a desacreditar de tudo e de todos, tem que perceber que agora não é a hora para isso. Agora é tempo de olhar em frente, de mudar de hábitos, de arriscar, de ser produtivo e não destrutivo, de ser solidário, de acreditar, de ter alguma auto-estima.
Pode parecer conversa fiada mas é o que penso.
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