quarta-feira, abril 13, 2011

Um país de gente mentirosa, intriguista, ignorante, relapsa, doida: deve ser assim que lá fora vêem Portugal


Saem dos Conselhos de Estado e desmentem-se, insultam-se como vizinhas do beco das sardinheiras, provocam crises com base em desculpas que depois se vem a descobrir que são mentiras (mas nem as mentiras conseguem sustentar ou defender), depois vem o outro e diz que recebeu convites do partido, vem o ministro que jantou com ele e diz que não o convidou, enfim, uma longa sucessão de pequenas e parvas aldrabices: e a gente assiste a isto e só consegue pensar que são uns troca-tintas, uns trapalhões, uma gente sem nível. Isto é o ground zero da política portuguesa.

Neste momento estou a ouvir o Santana Lopes e o Fernando Rosas com a Constança Cunha e Sá na TVI 24 e dou por mim a achar que o PSL é um sujeito sensato, com algum sentido de estado. Ao que isto chegou.


Não se consegue aguentar isto.

Perante a preocupação que é o estado das finanças públicas, com os bancos a ficarem sem força nas pernas, com os alemães renitentes no apoio a Portugal, com a economia a definhar, as empresas a tremerem, com mil problemas sérios, anda esta gentinha desqualificada aqui a maçar-nos e a passar para o exterior a ideia de que isto é uma piolheira ingovernável.

Que a governação dos últimos tempos do PS foi pouco recomendável é um facto inquestionável. Mas as alternativas são inexistentes. O que se passa no PSD com este sujeito, PPC, é uma coisa do além. Isto de dizer que vai propor o Fernando Nobre para presidente da Assembleia da República revela uma ignorância, uma estupidez, uma saloice, um desrespeito pelas instituições, como não há memória: uma coisa perfeitamente inaceitável.

No meio desta barafunda que o PSD anda a armar, com caldinhos todos os dias, em que ninguém respeitável quer ingressar as listas, o Portas anda caladinho.


Enquanto isso lá por fora, gestores alemães da Ferrostaal são condenados por corrupção em Portugal (e Grécia) no processo dos submarinos.


Corromperam quem em Portugal...?

Que situação esta em que estamos. Nem consigo dizer mais nada. Isto enerva-me.

Que interlocutores capazes é que esta comissão - que está cá para ver se nos salvar - vai ter? Estamos bem entregues, estamos.

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