Hoje de manhã lá estava ela. Como se fosse uma gaivota. Às vezes tenho gaivotas na minha varanda (já aqui contei aquela vez em que uma ficou lá presa). São lindas as gaivotas. E Lisboa. Seja ao amanhecer, seja ao entardecer, esteja nevoeiro ou um sol intenso, está sempre linda esta minha Lisboa que me aparece à janela, espreitando aqui para dentro.
E eu, que não me canso de a ver, tirei-lhe esta fotografia.
Lisboa, suave, tal como hoje de manhã se apresentava
PS: Afinal ainda não encontrei o Almocreve das Palavras à venda. Mas desforrei-me. Falta-me é tempo para ler tudo o que gostaria de poder ler, com vagar - à lareira no inverno *, à sombra no verão.
Ultimamente tenho menos apetência por ficção, interesso-me mais por ensaio, ou crónicas (ando a ler as do João Bénard e ando deliciada) ou correspondência entre gente com interesse, ou livros de entrevistas, ou diários mesmo que não sejam diários. E poesia, claro.
Descobri o mês passado o poeta pintor Emerenciano e estou a gostar. No Ginjal e Lisboa, a love affair coloquei ontem um poema que vos convido a ler. Na véspera tinha colocado um do Pedro Mexia a que achei um piadão. Escolhi uma fotografia que tinha tirado a semana passada que penso que ilustra bem a situação ali descrita: uma mulher a embarcar, virando as costas à eternidade.
A vida, meus amigos, não é maçadora. Convém, de facto, é que se tenham alguns recursos intrínsecos para o poder perceber.
(*) Na versão original deste post, em vez de inverno, apareceu inferno. Lapso terrível. Escrevo tarde e más horas e, quando acabo, geralmente já com sono, não me dou ao cuidado de uma revisão cuidadosa pelo que só dou pelos erros quando mos referem. Quando fui avisada, vim logo a correr alterar este até porque a frase ficava redundante (para quê uma lareira no inferno? Não é suposto o inferno estar, todo ele, em chamas?)
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