António Mota, presidente da Mota-Engil no olho do furacão. O rosto das grandes obras públicas na era Sócrates arguido por suspeita de crimes vários relacionados com evasão fiscal, barnqueamento, etc.
Sabendo como é a nossa justiça, que gosta de pôr montanhas a parirem ratos, não o julguemos na praça pública. Mas que ele tentou a evasão fiscal, isso é um facto até porque já pagou uns milhões que tinha tentado sonegar.
Era a prática corrente e vendia-se (ou vende-se?) bem vendida, a consultoria em optimização fiscal e isso é uma actividade legal. Onde está a fronteira entre o que é legal e o que não o é, às vezes não é fácil discernir e há quem saiba (e goste) de tirar partido da fluidez dessa linha.
Curioso também é como pessoas assim, envolvidas em esquemas, que tudo fazem para pôr a bom recato dinheiro que não querem declarar, são depois filantropos, cidadãos aparentemente exemplares, peritos naquela boa prática que aconselha a "give back" à sociedade o que a sociedade lhes deu.
Há quem diga que é apenas porque os donativos e o mecenato também contribuem para a optimização fiscal...
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