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terça-feira, maio 14, 2019

Ana Rita Cavaco aos pontapés, gritos, insultos e com um cão sem trela na recepção aos inspectores da IGAS
-- no que será provavelmente uma patética despedida da sua estranha carreira de Bastonária



Aqui a banhos, longe dos sururus da capital, ouvem-se várias línguas pelas ruas e ao longo dos vastos areais e nenhuma é a da baixa política ou a do sindicalismo populista ou a dos patifes descarados que roubam a banca e gozam com os deputados ou a das bastonatrizes laranjas que usam as Ordens como armas de arremesso contra Governos que querem derrubar. Aqui, por onde ando, debaixo de sol, ouvem-se vozes de outras terras e, sobre todas, sempre presente, a voz do mar. 

Agora que a lua vai em crescendo e a noite invadiu a praia, enquanto escrevo, ouço esse vasto rugido, essa força que nada nem ninguém conseguirá alguma vez derrubar.


Estava também a ouvir a voz do mar enquanto estava a ler que Ana Rita Cavaco preparou uma recepção em grande aos inspectores da Inspecção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e o que li pareceu-me coisa de um outro mundo, um mundo onde alguém, certamente de cabeça perdida e sem noção da realidade, se arvora o direito de passar todos os limites -- os do decoro, os da sensatez, os da boa educação, os da razoabilidade.

A ser verdade o que leio em todos os jornais, não sei o que levará alguém a agir de forma tão arrogante, destemperada, descompensada. Será o desespero? Estará numa de fuga para a frente? Sofrerá de alguma patologia? Julgar-se-á acima da lei, acima das regras comuns da sociedade?

Ausento-me durante um par de dias e o que me chega são coisas assim, meio parvas:
  • um ex-empresário de sucesso a gozar com o pagode, rindo despudoradamente de ter usado as leis para fintar a justiça, deixando insanáveis calotes nos bancos e agora gabando-se de não ter dívidas e, sem vergonha na cara, rindo na cara dos deputados (deputados esses que, na Assembleia, mais pareciam uns passarinhos hipnotizados por uma cobra-palhaça). 
  • um consultor do PSD, próximo da direcção de Rui Rio, envolvido na fabricação de perfis falsos para alimentar as redes sociais com notícias também falsas.
  • uma bastonária que, acompanhada por um cão sem trela, insulta, pontapeia portas, grita com inspectores em serviço, acusando-os de sequestrarem as pessoas com quem falam

Lê-se isto e não se acredita. Tudo mau demais para ser verdade. Um mar tão magnífico e um tempo tão bom e eu a ver que tenho que regressar. Alguém tem que pôr ordem na casa. 


Felizmente o nosso Professor Marcelo já regressou. Andávamos com falta de afecto na via pública. Cá para mim, soube-lhe bem o recato a que se dedicou durante estes dias. Claro que deve lamentar a poluição que pessoas como Berardo (que, segundo li, em tempos recebeu das suas mãos uma condecoração), Rodrigo Gonçalves (seu colega de partido) ou Ana Rita Cavaco (de quem recebeu, em tempos, um terno carinho) provocam no ambiente social do país mas, inteligente e experiente como é, ele sabe que os agentes poluidores têm perna curta. Pode demorar mais tempo do que seria desejável mas acabam sempre por ser apanhados. Por isso, não creio que só por isto volte a isolar-se em Belém.

Agora, antes de ir dormir, fui espreitar se havia mais alguma novidade e o que leio é que a enfermeira Cavaco (again: what's in a name) diz que se o cão fosse branco e não preto ninguém tinha medo dele e que mais depressa os inspectores fariam mal ao cão do que o cão aos inpectores. A sério. Isto não é normal. A menos que este clima estival já se esteja a fazer passar por silly season e que a malta, ao engano, já esteja para aí a montar óperas bufas em tudo o que é canto e esquina.


domingo, fevereiro 10, 2019

Do desprezo pela vida.
Da magia da vida.


Olho para a actuação da suposta enfermeira Ana Rita Cavaco (essa deslumbrada laranja passista que, como tem vindo a ser público, a têm levado a ser inquirida pela Judiciária por ser acusada de usar e abusar dos recursos da Ordem a seu bel-prazer e com pouco ou nenhum rigor)  como uma vergonha e um perigo.

Tenho falado disso e só descansarei quando as acções da criatura forem neutralizadas e quando os sindicatos que estão a ser manipulados por ela -- ou por mais não sei quem -- perceberem que estão a destruir a boa imagem que tínhamos dos enfermeiros. 

Tem razão Pacheco Pereira ao associar aos enfermeiros que enveredaram por este sinistro caminho de pôr em risco a vida dos doentes a mão de sangue que aparece no cartaz da Greve Cirúrgica.

Ou muito me engano ou esta Cavaco não vai acabar bem. Intuo que vai acabar por ter um triste fim. As notícias que estou a ver na TVI são o prenúncio do que aí pode estar para vir. 

É que, cá para mim, a procissão ainda vai no adro. Veremos se não haverá surpresas quando se conhecerem os financiadores anónimos da greve. O pior é que esta anti-enfermeira Cavaco está a arrastar a classe profissional nesta perigosa deriva que -- supostamente por ganância mas sabe-se lá por que mais -- a está a afastar do reconhecimento público.

Sinto asco ao ver as mensagens e ouvir os telefonemas dela e de um seu colaborador aparentemente a incentivar a greve, aparentemente a instruir os sindicatos. Sinto uma vergonha alheia quando ouço o que dizem ignorando completamente as sinistras consequências dos seus actos. Sinto um incómodo enorme ao ver como estes enfermeiros não sentem respeito ou compaixão pelos doentes.

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Mas se, por um lado, temos, neste nosso simpático rectângulo, uma classe profissional que não se importa nada de pôr em risco a vida das pessoas, por outro, abstraindo-nos deste período negro que atravessamos no país, podemos testemunhar os extraordinários avanços científicos que nos permitem assistir ao milagre do surgimento da vida.


O vídeo que aqui partilho convosco é emocionante, inexplicável, assombroso, uma daquelas improbabilidades mágicas para a qual teremos que convocar todas as divindades ou avanços científicos para perceber a maravilha do que nos é dado ver.


Vamos ver um pequena célula que se vai dividindo até que se forma um organismo. Neste caso vai nascer uma salamandra. Mas podia ser qualquer outro bichinho, até um humano.

O autor deste vídeo é Jan van IJken. O nome do filme é, em si, sugestivo: Becoming.

Becoming: From zygote to tadpole, in six stunning minutes




Viva a vida.

sábado, fevereiro 09, 2019

E outra adivinha: porque é que os enfermeiros não fazem greve quando trabalham nos hospitais privados?
Uma batatinha a quem adivinhar.





Já aqui o digo desde o início: estávamos habituados a respeitar a profissão dos enfermeiros. Víamo-los como gente digna, dedicada a bem servir a vida humana, gente em quem podíamos confiar. Os verbos estão no passado: infelizmente, não mais o poderemos fazer.

Ana Rita Cavaco, essa sinistra criatura -- presumo que numa de fuga para a frente (e ela saberá porquê e não vou ser eu a dizer que as denúncias sobre a forma como exerce o cargo podem ter a ver com isso) -- destruíu (e quase me apetece dizer que o fez de forma criminosa) essa boa imagem.

Os sindicatos -- que parecem subjugados às orientações da passista Cavaco, PSD encartada -- encabeçados por criaturas que parecem igualmente sinistras, têm feito o resto.


Estou chocada com a frieza dos enfermeiros que afirmam com frieza que, se for preciso, se não os deixarem fazer a sua sinistra greve às cirurgias, faltam ao trabalho. Pelos vistos podem dar 5 dias seguidos de faltas injustificadas ou 10 interpolados sem que nada lhes aconteça. E sabendo-se que ninguém se submete a cirurgias no Serviço Nacional de Saúde por desporto mas por necessidade de saúde, não consigo imaginar o que é estar doente, mal, sem qualidade de vida, com medo, e ter que ver a vida adiada, à espera que os enfermeiros continuem a brincar com a saúde e a vida dos portugueses, em especial dos que não têm posses para ir a hospitais privados. Estou chocada por saber que, por não terem respeitado sequer os serviços mínimos, foram adiadas cirurgias a neoplasias graves, a crianças, etc. Fico chocada. Aliás, creio que todos os portugueses com um mínimo de humanismo e decência estão igualmente chocados. O que esta gente está a fazer é simplesmente imperdoável.

Querem reformar-se antes do resto da população, querem aumentos de 400 euros, querem sabe-se lá o quê que vão acrescentendo à medida que lhes apetece. Querem privilégios que exigem sob chantagem sobre os mais indefesos. É imperdoável. E, face a este imoral comportamento, será só a legitimidade que está em causa? Parece-me bem que não. 


Quando está a vida das pessoas em jogo, actuar desta forma tão fria, gananciosa e sinistra (repetirei mil vezes a palavra sinistra, se necessário for), parece-me coisa criminosa. Ilegal. 

E há aquela surpreendente verba que recolheram através de crowd funding, já acima de 780 mil euros, e através da qual os grevistas recebem um dinheiro que ainda não percebi se é limpinho de impostos. E há aquele mistério sobre quem são os generosos beneméritos que se prestam a financiar estes actos de malvadez. 

É que uma greve é um movimento reinvindicativo contra a entidade patronal. Ora esta greve é exclusivamente contra doentes que necessitam de ser operados, gente que fica a sofrer, que se arrisca a morrer. Que movimento é este?


E, depois, tenho aquela dúvida de fundo já antes aqui formulada: os enfermeiros no sector privado ganham melhor do que no SNS? os enfermeiros nos hospitais privados têm uma carreira mais promissora? os enfermeiros nos hospitais privados têm melhores condições de trabalho? os enfermeiros nos hospitais privados não têm razões de queixa ou reivindicações?

Poderia dar já uma resposta que tornaria esta greve ainda mais intrigante. E revoltante. 

Mas fico-me por aqui. Os jornalistas que divulguem. Já começaram a fazê-lo mas ainda de forma muito incompleta. Escavem. Encontrem enfermeiros que trabalham simultaneamente nos dois sectores. Investiguem as condições num e noutro. E, quando digo as condições, digo as condições todas: condições de trabalho, ordenados, subsídios, garantias. Tudo. Percebam porque armam este escarcéu num lado e nem piam noutro. Investiguem. E os políticos acordem, façam o trabalho de casa.

É que só isso, arrisco eu a dizer, bastaria para desmascarar rapidamente esta sinistra ofensiva contra o SNS e contra o Governo -- e, infelizmente, contra os doentes.


E mais uma dúvida, que, também, já antes aqui formulei: não será caso para a rapaziada do Ministério Público avançar? Li que a ASAE já está em cima dos 'donativos' -- mas é pouco. 

Quase a terminar: até há uns dias, andava incomodada com o silêncio de Marcelo sobre esta escabrosa situação. Honra lhe seja feita: já falou e falou bem. Mais: já deixou claro que há instrumentos jurídicos para se actuar. Actue-se, pois. Rapidamente.

E, para acabar, um apelo à consciência dos enfermeiros: reflictam. Querem ser vistos como uma classe de gente irresponsável, desumana, um bando de anjos da morte? É que, se não querem, dêem um passo atrás, acabem com esta actuação sinistra, peçam desculpa aos portugueses e, em particular, aos doentes.

A sua honra profissional está maculada, muito maculada, mas mais vale parar já do que persistir e vir a carregar com uma série de crimes às costas.


quarta-feira, dezembro 12, 2018

Ana Rita Cavaco - What's in a name


Não é por as DDTs, Direitas Desesperadas e Trapalhonas
 -- não apenas através do Totó Negrão e fracos apaniguados mas, sobretudo, do Abutre Cristas e restante trupe -- 
estarem a querer facturar em cima de mais uma baderna da Ana Rita Cavaco que dela me distancio. Não. Nem teria por que me distanciar porque nunca de tal pessoa me aproximei. Nem é por ela ser uma conhecida PSD de gema, uma carreira perfeita de jota a baronesa laranja. Nem é por a dita ter andado nas bocas do mundo, acusada de ser deslumbrada, prepotente, de uso de dinheiros indevidos, por se tratar bem demais à conta da Ordem, etc. Não.  

Nem é porque os enfermeiros não tenham algumas razões de queixa. Terão. Quem as não tem? 

Mas há coisas que a mim me fazem espécie e António Costa hoje pôs o dedo na ferida (no pun intended): a dita enfermeira é bastonária ou sindicalista? É que de bastonária não se vislumbra vestígio mas de sindicalista vê-se demais e pelos piores motivos. E se não é uma coisa nem outra, parece caso para nos interrogarmos se não será terrorista (pelo menos em potência).

E já antes aqui expressei esta dúvida: Madame Cavaco só representa os enfermeiros que trabalham para o Estado? É que parece que sim. Ouço-a a falar em carreira, em escalões e em mais não sei o quê mas só no Estado. E no sector privado? Não querem carreira? Não querem escalões? Não fazem greves?

Não. Não senhor. Para a Dona Cavaco, no Sector Privado está tudo bem com os enfermeiros. 

Mas estará mesmo?

Eu respondo: não me parece, não me parece mesmo nada. Pode até acontecer que esteja pior. Mais. Quantos enfermeiros fazem um turno nos hospitais ou postos de saúde públicos e, de seguida, outro nos privados? Muitos. Nos primeiros reivindicam, no segundo comem e calam. Porquê?

Mas de tudo há uma coisa que se sobrepõe. Confesso: irrito-me especialmente com a frieza da Enfermeira Cavaco para quem a vida humana é tão irrelevante. Tão má pessoa que, com a maior insensibilidade, afirma que podem morrer pessoas em consequência desta greve. Ouvi-a a fiquei gelada. Lembrei-me daqueles casos  em que enfermeiros, a frio, matam doentes em série. Que criatura tenebrosa, esta Cavaco. Conduzindo os enfermeiros para uma greve destas, uma greve selvagem, cega, uma greve egoísta que provoca sofrimento nos que sofrem -- atrasos em cirurgias, supressão de tratamentos, alguns oncológicos -- revela uma indiferença que se confunde com crueldade.

Os enfermeiros que estão a ser levados para uma coisa destas não estão a perceber o que está a acontecer: estão a envergonhar a sua carreira, estão a manchar a sua boa fama, estão a despertar o repúdio da população.

Daqui lhes envio a minha sugestão: parem com esta greve que põe em risco a vida dos que precisam dos vossos cuidados. E, a seguir, corram com a Cavaco. Mas corram depressa, corram com ela para muito longe. Livrem-se desta peste suína que se alapou na vossa Ordem para a desfeitear.

E envio também uma sugestão a eventuais jornalistas que, por aqui, me acompanhem: vão perceber como estão as coisas nos hospitais privados, façam um estudo comparativo das condições e carreiras dos enfermeiros (Público versus Privado). E percebam porque é que a Cavaco nem pia sobre a situação no Privado e tem esta atitude irresponsável e perigosa no Público.

E apetecer-me-ia também deixar uma sugestão aos senhores do Ministério Público no sentido de perceberem se esta greve, incentivada pela Bastonário Cavaco, é legal -- especialmente por provocar o adiamento de cirurgias, suspender tratamentos e, como a própria o diz, poder provocar mortes. Mas não tenho conhecimentos jurídicos que me permitam avaliar a situação pelo que não o sugiro, apenas manifesto a minha dúvida.