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sexta-feira, novembro 27, 2015

Por favor, minhas amigas, tratemos bem o Pai Natal


No post abaixo já falei de gente com pancada, chatos encartados, papagaios intragáveis, homens pequeninos com má figadeira e má pontaria, etc. Por acaso, a meio da conversa, apareceram-se-me o João Miguel Tavares e o fantasma do palácio cor-de-rosa mas acho que foi mesmo só por acaso.

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, é tempo de falar de Natal. Temos razão para andar felizes e contentes: o céu está azul e os bons augúrios andam no ar, 


Tenho ideia de que aqui há um ou dois anos houve para aí uma polémica qualquer com uma blogger que dizia qualquer coisa como ter como principal sonho ter uma carteira de marca que custava para cima de uma fortuna. Toda a gente se insurgiu, as redes sociais ficaram ao rubro, as televisões cavalgaram a onda e a dita blogger talvez tenha ficado toda orgulhosa com a publicidade. Mas, como sou uma maria desmiolada, não retive o nome da blogger, nem do blog nem da marca da valise (pelo que, na volta, mais valia estar calada).

Eu também gosto de carteiras mas sou uma preguiçosa do caraças. Como as que uso se comportam como um misto de caixote do lixo e de arca do tesouro, evito ao máximo fazer trocas.

Se me visto em tons azuis, olho com melancolia para o lugar onde as tenho penduradas e penso que aquela ali, azulinha e linda, iria mesmo a condizer. Se me visto em noir, quiçá com uma blusinha blanc, fico triste por não levar o saco encarnado que ficaria ali mesmo a matar. Ou, se há um apontamento em yellow na toilette, a pena que me dá de não levar o meu lindo saco amarelo ensolarado que tem, em relevo, na pele, uns girassóis Van Gogh (comprei-o, num museu em Amesterdão).

Uma pena mesmo o matagal que cresce dentro das minhas malinhas.

Já lá vai o tempo em que a minha mãe fazia questão em oferecer-me malas de pele, forradas, com bolsos e bolsinhos, coisa que, em dinheiro de hoje, seria para cima de muitas centenas de euros. Insistia ela que carteiras e sapatos tinham que ser de boa qualidade. 

Depois emancipei-me. Achava aquilo um despropósito, não gosto de coisas tão caras. Se permitirem que eu me arme em cosmopolita, dir-vos-ei que comecei, então, por comprá-las em Paris ou Madrid onde as havia bonitas, coloridas e baratas. Calhou depois aparecer, por cá, a Parfois e a Misako e foi o delírio. Uma oferta fantástica. 

Por isso, tenho uma de cada cor e feitio. O pior é conseguir fazer o transbordo da mercadoria de uma para outra em tempo útil. Lá dentro coexistem, na maior anarquia, bolsinhas com maquilhagens, o porta-moedas, o porta-documentos, envelopes com não sei o quê, o pente, as chaves de casa, a chave do carro, o telemóvel, travessão para o cabelo, ganchinhos para um just in case, um mini-skate de brincar de um dos miúdos, um pacote de lenços, uma embalagem de tridente white, e sei lá: mais mil coisas.

Mas gosto muito. Isso e sapatos. Também gosto de os usar de cor e conjugá-los com a roupa. Sapatos de camurça encarnada, isso então nem se fala. Desde pequena que tenho pancada por eles. Ao longo da minha vida nem sei quantos sapatos já tive de camurça encarnada, ou encarnado vibrante ou encarnado velho. Tenho uma fotografia com uns quatro anos, no estúdio de fotografia, eu toda aperaltada e com uns sapatos encarnados. Não me lembro nada do vestido apesar de ver que a saia era pregueada e que tinha uma gola de rendinha. Mas, dos sapatos, lembro-me perfeitamente: o orgulho que tinha neles... A minha mãe conta que, sempre que me ia comprar sapatos, eu os queria encarnados. Tá Redshoes, that's my name.

Bem, vem isto a propósito de um filminho engraçado alusivo ao Natal que já aí está a rebentar, tudo enfeitado, as lojas a apelar ao consumo, promoções e black fridays a bombar (e eu, como sempre, a fazer de conta que não dou por nada e, tanta a aversão a estas compras à maluca, que deixo tudo para a última).


A Holiday film by Coach - Are you naughty or nice? 


NB: Estive todo o santo post a vacilar entre o uso da palavra carteira (como é bem dizer-se) ou mala (como a gente do povo costuma dizer). As que uso, a bem da verdade, são mais do tipo mala, transbordantes de tralha, e se usei várias vezes a palavra carteira não foi para me armar em fina mas para poder, agora no final, apresentar este importantíssimo statement (que, já agora, remete para uma coisa que em tempos escrevi). Hoje, talvez por se aproximar o fim de semana, estou numa de frioleirazecas. Sorry.

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E, não é que sejam belos presentes (... e é que nem o embrulho se aproveita), mas, caso queiram dar de caras com um fantasma ressabiado ou com um João Miguel Tavares, desçam por favor, até ao post que se segue.

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segunda-feira, outubro 06, 2014

Então mas não há para aí nenhuma clutch para o Passos Coelho levar quando subir à Assembleia para se explicar sobre os dinheiros recebidos quando andava a fazer contactos úteis à Tecnoforma, prestando serviços para uma ONG, isto enquanto era deputado em regime de exclusividade...? Então não há...? Claro que há. Assim de repente já lhe arranjei aqui duas. Ora escolha lá, ó senhor Pedro.


Com um fim de semana como o que tive, apenas entre sonos consegui espreitar o Expresso e, claro, televisão muito menos; assim de repente, que me lembre, apenas o Eixo do Mal no sábado à noite. Até o Sócrates e o Marcelo me escaparam, adormeci pelo meio. O meu marido está na mesma, aguentou-se acordado enquanto os ouvia mas, depois de termos jantado, capitulou. Deitou-se no sofá e está aqui a dormir a sono solto.

Mas consegui ler umas coisas giras, podres de giras, sobre a Tecnoforma, sobre as offshores onde caía o dinheiro dos petróleos de Cabinda e de onde saía dinheiro para o saco azul de onde saíam pagamentos em contado, sobre a ONG para onde a Tecnoforma transferia o dinheiro, sobre o dinheiro contra factura para Passos Coelho, sobre documentação triturada anos depois, e mais umas quantas minudências.

Especula-se se tudo isto que está a vir à tona é coisa de gente desavinda na Tecnoforma, se é vingança servida fria por Espíritos enraivecidos, se quê. 

Nada disso me interessa. O que acho interessante é perceber-se, em pormenor, como funcionam estas empresas que vivem entre esquemas à margem da lei, servidas por gente dita influente; mas, mais interessante ainda, é ter-se, no olho do furacão, o sujeito que tem estado a pôr o país a ferro e fogo, armado em moralista, como se tivesse sido mandatado para aplicar ao povo português uma punição por anos de malandragem, como se ele fosse um exemplo de virtude. 

O povo português talvez um dia destes lhe retribua tudo o que ele tem feito e a história se encarregará de o anular. Criatura mais nefasta, esta.

Bem.

Não se lhe conhecem gostos refinados mas, para o caso de querer desviar as atenções quando se apresentar na Assembleia para responder às muuuiiiiiiitas dúvidas que esta parte do seu passado suscita, aqui lhe deixo uma sugestão: aperalte-se, travista-se, calce salto alto, e avance sem medo, clutch a rodar na mãozinha. Pode ser que fiquem todos tão espantados que resolvam é questioná-lo sobre as marcas, sobre as tendências para esta saison, ou fiquem a especular se, para além de ser o que já se sabe, é outras coisas que acrescentem picante à sua imagem tão negra.

Na categoria das clutches, tenho aqui duas pequenas peças que se adaptam muito bem a ele e à ocasião. São pretas e discretas para o caso de pretender não se prestar a outras suspeições.

Ora escolha, Pedro, se quiser.


Esta chama-se FRINGE BENEFITS, é uma criação de Michael Kors e custa $895


Esta não é bem uma ONG pois tem um M em vez de N mas o Pedrortas nem deve dar por isso.
Chama-se WordPlay esta OMG  e é mais uma bolsa ou pochette do que uma clutch;
é criação de Phillip Lum e custa $285, uma pechincha




Pode encomendar pela internet. Quem é amiga, quem é?


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Claro que também pode ir disfarçado de Mona Lisa para ver se passa despercebido, qual Mr. Bean. Se ainda lá tivesse a trabalhar consigo a Marta, actual Mme Relvas, que antes lhe escolhia as gravatas e lhe dava bons conselhos, com certeza que ela aprovaria a sugestão.


Rowan Atkinson, mais conhecido por Mr. Bean,
disfarçado de Mona Lisa, numa obra do caricaturista Rodney Pike


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Bom.
Vou pensar num pano B para o caso de não aprovar estas minhas boas ideias.


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quinta-feira, outubro 02, 2014

Street Style - a moda a cada momento. Carteiras para todos os gostos.


Dantes comprava ou ofereciam-me carteiras de pele, caras, clássicas, convencionais. Tenho várias em tons de castanho, castanho amarelado, castanho avermelhado, outra em bordeaux acolchoada com asa em corrente dourada, várias em preto. Não havia outras.





Para tentar fugir a essa monotonia, arranjava por vezes, naquelas lojas mais étnicas, uns sacos bordados mas, claro, não podia usá-las em ambientes convencionais, para o trabalho, por exemplo. 

Lembro-me bem de uma que adorava, que tinha quando andava na faculdade, uma grande em veludo de várias cores. Tantas vezes tentei voltar a encontrar uma outra assim mas sem sucesso.

Depois, há uns anos abriu uma loja que tinha artigos importados de sítios longínquos e comprei uma grande em pele (ou casca?) de bananeira, acho que era bananeira mas agora estou em dúvida, tem um pêlo raso, e com contas e missangas coloridas bordadas. Toda a gente se espantava com ela de tão exótica que era. Já caíram algumas contas, já não está muito boa, raramente a uso agora.

Nunca fui de gastar fortunas em carteiras ou sacos. Milhares de euros? É que nem pensar. Mesmo centenas de euros? Fora de questão. No entanto, as carteiras de pele de antes, forradas, de bolsos, tenho ideia que eram, em contos, o equivalente a isso. Um disparate.

Quando ia a Madrid, ia sempre a uma loja que tinha carteiras giríssimas, já coloridas e relativamente em conta. De lá trouxe as minhas primeiras carteiras com alguma graça, uma relativa novidade por cá (carteiras ou malas, como se queira chamar, já que eu não alinho no ortodoxo e limitado léxico das betas).

Até que, para minha alegria, chegaram a Parfois e a Misako e chegaram as cores e os modelos variados e os preços muito acessíveis. Agora são sempre assim, coloridas, alegres, as carteiras que uso. Tenho-as em rosa choque, em encarnado, em azul claro, em azulão, em amarelo cor de mel com um girassol em relevo (esta trouxe de Amsterdão), em cinza e branco, em rosa e cinza, e mais não digo para não ficarem a pensar que tenho um fétiche qualquer.

Écharpes, pulseiras, colares, brincos, carteiras - tenho que confessar que me tentam de forma quase dramática. O que vale é que só  me deixo tentar por coisas baratas. Também tenho algumas que me são oferecidas, o que atenua algum sentimento de culpa .

Também, quando vejo (e gosto de ver) sites de moda, especialmente moda de rua, as carteiras chamam sempre a minha atenção. Tenho este lado, confesso: feminista mas feminina.


Escolhi algumas de que gosto para vos mostrar. E é que não é só a carteira: é o conjunto, o estilo. Aliás, as coisas valem, sobretudo, pelo estilo de quem as usa.


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Esta é o máximo, hate me, love me. Não se fica indiferente. E a cor presta-se a ser usada com tudo. O casaco e as meias também estão muito bem.



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Esta é uma graça. O rosa e o laranja combinam muito bem. E ligam bem com o cinza do casaco. As pulseiras são uma graça. Eu também uso muitas vezes um monte de pulseiras às cores, assim como este.



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Esta também é muito bonita e é das que dão muito jeito. Tenho algumas assim. Claro que lá dentro tudo se perde mas, enfim, quanto a isso não há nada a fazer. Enfiamos a mão e, às cegas, vamos rodando a mão até sentir o que pode ser que seja aquilo de que andamos à procura



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Bem, aqui gosto mesmo muito de tudo. O casaco de tricot é uma graça e tem umas cores que me agradam muito. Estou capaz de pedir à minha mãe que me faça um casaco assim. A conjugação com calças em tom camel é feliz e a pequena carteira é uma graça. Pouco lá cabe mas não faz mal, é linda e isso é que interessa. 



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Deixei para o fim a minha preferida. Sumptuosa. E que bem combina com o casaco - gosto muito de casacos azuis escuros; casacos, calças, blusas - e também com a écharpe. Uma elegância. Esta, contudo, deve ser daquelas cujo preço é de fugir. Mas é linda. Fica para ser vista de longe.




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Grande parte das imagens foi colhida nas ruas de Paris. A música é a Valse de Amélie de Yann Teiersen. 

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