No post abaixo contei como fui parar a Valença depois de não ter conseguido almoçar no restaurante do Monte Faro (post seguinte) e isto depois de ter andado a passear na Praia de Moledo (post ainda lá mais para baixo).
Mas pus-me a mostrar as igrejas de Valença e até me esqueci de dizer que num restaurante dentro da Fortaleza - justamente num que se chama Fortaleza - comi um belo cabritinho assado em forno de lenha com batatinha assada, arroz de forno e couves.
Dali, seguimos para outra cidade da qual já estava com saudades: Ponte de Lima.
Isabel Silvestre - A gente não lê
Ponte de Lima é uma cidade que, de tão linda e tranquila, mais parece feita para ser contemplada. Poderia ser um cenário, apenas. Mas não é porque depois de a gente se vir embora ninguém lá vai desmontá-la. Pelo contrário, vai é sendo embelezada.
Uma vez mais me interrogo: como será viver numa cidade pequena, linda, calma? Será como viver dentro dum filme? Tudo bom a todo o momento? E, sem ter que se perder tempo no trânsito, será um tempo que nunca mais acaba?
A vaca das cordas |
Há muitas esculturas em metal, alusivas aos costumes e à história. Têm posição de destaque e assim é que está bem, dignifica-se o trabalho e a cultura locais, dá-se-lhes visibilidade. Junto ao rio, onde as pessoas se concentram em esplanadas ou passeando, estas grandes esculturas têm honras de primeiro plano.
Contudo, uma coisa há que vinha à espera de já não encontrar e que afinal está na mesma. Junto ao rio, no que eu esperava ver já transformado em jardim com passeios pedonais e zonas de lazer, existe ainda o mesmo parque de estacionamento. Se calhar é assim porque, quando o rio vem cheio e com força, talvez transborde e talvez estragasse o que ali se fizesse. Não sei. O que acho é que é pena que o terreno junto à margem esteja cheio de carros e não de pessoas a desfrutar a proximidade do rio. Mas talvez haja uma razão lógica. O meu marido diz-me que a razão lógica se chama dinheiro ou, melhor, falta dele. Não sei.
Seja como for, a cidade, apesar deste aspecto, é linda na mesma.
Nas margens do rio podemos ver os soldados romanos. Na outra margem, a cavalo, Decius Junios Brutus.
Do lado de lá do rio, uma bela igreja. Não sei o nome nem fui até lá mas é linda, aconchegada entre os montes, a ponte, o rio Lima, banhada pela luz da tarde.
Esta aqui abaixo é outra igreja, imponente. Não sei se é a Igreja Matriz. Estive agora a ver se descobria na internet mas os sites da Câmara ou de turismo são fracos, não consigo encontrar informação sistematizada e de acesso fácil. Mas é no centro da cidade. Acho que ia haver missa pois havia pessoas nos bancos mais à beira do altar e o padre andava paramentado a organizar algumas coisas.
E, já de regresso ao Porto, o sol dourado a pôr-se dourando o musgo que cobria o tronco de uma árvore, mais uma escultura.
Em dia de Teresas, mais uma: D. Teresa Foi a Rainha D. Teresa quem, na longínqua data de 4 de Março de 1125, outorgou carta de foral à vila, referindo-se à mesma como Terra de Ponte in wikipedia sobre Ponte de Lima |
Quando chegámos ao quarto do hotel já a luz do dia se extinguia sobre a cidade, o mar estava quase tingido pela noite (a fotografia não está famosa).
Um pássaro grande voou aqui em frente da janela neste piso tão elevado e eu corri a fotografá-lo. Disse que era uma gaivota mas o meu marido não acreditou, acha que vejo gaivotas por todo o lado. Não a consegui apanhar na fotografia mas juro que não sonhei.
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Se descerem por aí abaixo encontrarão o percurso completo ao longo do dia. Conforme explico no post abaixo, escrevi isto conforme fiz o percurso mas numerei ao contrário. Ou seja, este que acabaram de ler deveria ser o 4º percurso já que foi o último e o da Praia de Moledo lá mais para baixo deveria ter sido o 1º e não o 4º. A ver se amanhã tenho mais cuidado quando for a descrever as minhas andanças (se o fizer, claro está).
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Tal como ontem e pelas mesmas razões, vou já desligar o computador e a luz pelo que não vou reler o que acabei de escrever.
Ontem de manhã, quando reli o que tinha escrito de véspera, ia-me dando uma coisa. Tinha escrito reunião e depois pensei que era mais do que uma e, à pressa, não fui de modas, juntei-lhe um 's'. Quando li reuniãos e vi que já ia com mais de 300 visitas fiquei para morrer. Devem ter pensado que sou uma bronca analfabruta. E dei com mais uma data de gralhas, uma vergonha. E isto hoje deve estar na mesma. A escrever aqui à pressa e quase às escuras deve estar uma obra jeitosa... Enfim. Quem me manda a mim escrever como se não houvesse amanhã?
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quarta-feira.
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