Há problemas e o que está a acontecer é uma fractura na linha do tempo. O mundo está a mudar e, se não está, devia. Há reflexões a fazer e elas têm que ser feitas. Se não as fizermos revelaremos menos inteligência que o corona, esse merdinhas que nem gente nem bicho é.

Não há pachorra para andar por aí a querer fazer ao Novo Banco o que os de má memória fizeram ao BES. Não há pachorra para conversas da treta, ainda por cima por motivos estúpidos e fúteis. Os tempos em que uma zinha qualquer ligava à miga para que ela assinasse de cruz o fim de um banco já lá deviam ir. Rebentar com um banco não é só dar um tiro no meio da testa de uns quantos privilegiados: não, é mais, é muito mais, é dar um tiro na testa de muitos milhares de pessoas que lá têm as economias de uma vida, é dar cabo de muitas pequenas e micro empresas que lá têm os seus bens, é dar cabo de uma instituição onde trabalham muitas pessoas. Só gente irresponsável, ignorante ou populista é que o defende sem sequer avaliar as consequências do que está a defender.
Que um banco, muito mais um banco que esteja a ser apoiado, deve ser auditado, disso não restam dúvidas. Deve ser auditado e espera-se que o zombie Carlos Costa esteja, por uma vez, a assumir a sua responsabilidade, garantindo que a entidade a que preside esteja a fazer o seu trabalho. Admitindo que isso está a ser cumprido, então resta aos demais cumprirem com as suas obrigações. Se a obrigação, aceite e aprovada em sede de OE, passa por fazer o que agora anda por aí nas bocas de uns e outros, então não é tema.

O que eu gostava mesmo de o ver a patrocinar era outra coisa: era discutir o futuro.
Os nossos hábitos de consumo, a nossa forma de viver, viajando como doidos, poluindo, consumindo absurdamente, dependendo em absoluto do que vem de fora, passando a maior parte do dia fora de casa, no trânsito, longe da família, sem tempo para nós.
E, por outro lado, meio mundo trabalhando na sombra, anjos invisíveis, trabalhadores provisórios, precários, mal pagos, trabalhando horas e horas na sombra, nos bastidores do mundo, de madrugada ou durante a noite, incógnitos e esquecidos.
Era para discutir isto que Marcelo deveria convocar a sociedade.
Organize debates, organize grupos de trabalho, dê visibilidade às suas discussões, Professor Marcelo.
Organize debates, organize grupos de trabalho, dê visibilidade às suas discussões, Professor Marcelo.
Escolha os melhores. Cientistas de todas as áreas, sociólogos, urbanistas, humanistas, artistas, estrategas de verdade, filósofos, gente de bem, jovens, gente madura, gente velha. Gente que seja inteligente. Burros não fazem falta numa discussão deste tipo. Chame-os. Desafie-os. Peça-lhes propostas. Garanta que as melhores propostas são testadas e, se provarem, que sejam passadas à prática.
Se o fizer, já sabe, cá estarei para lhe enviar daqui a minha força.
NB: O João Miguel Tavares não encaixa em nenhum destes grupos, ouviu, Prof. Marcelo? Não o chame para isto que isto é areia demais para a camioneta dele. OK?
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Será que isto era mesmo ele a falar ou é tanga, alguém agora a fazer lip sync?
Sei lá, já não digo nada.
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Matthias Kretschmer anda a inventar máscaras à maneira, á razão de uma por dia.
Sarah Cooper também se tornou viral: misturou o corona com o Trump e deu nisto.
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E uma feliz friday!