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quinta-feira, setembro 12, 2013

Marilyn Monroe, ascensão e queda de uma estrela. A magia, o corpo, a luz, a treva interior que a habitava, os amores, a grande paixão, o grande desgosto, a solidão, a perda do controlo. E a forma como a sua escrita acompanhou o seu percurso. [E ainda, de bónus, o filme da célebre performance 'Happy Birthday, Mr. President' e um outro relativo ao seu romance com o dito presidente, JFK - que viria a ter também um fim trágico no ano seguinte à morte de Marilyn]


Ontem falei da escrita de Marilyn Monroe em contraponto com a de Jacqueline Kennedy e, tendo ficado tão surpreendida com a escrita da primeira,  não resisti a aprofundar um pouco (um pouco porque isto, aqui, tem que ser sempre coisa pela rama, e, além disso, o meu tempo para investigações detalhadas é nulo) a evolução da sua escrita ao longo do seu percurso de vida.

Marilyn nasceu em Junho de 1926 mas não nasceu Marilyn, isso foi depois. Ao nascer foi chamada Norma Jean.



Norma Jean em pequenina


A mãe era mentalmente instável, incapaz de tomar conta e de sustentar financeiramente a filha. Do pai não se ouve falar pois Gladys divorciou-se e, além disso, nunca ficou bem claro se aquele a que perfilhou Marilyn era, de facto, o seu pai. 

Na primeira infância, Norma Jean viveu com os avós ou com a mãe ou e assistiu a vários episódios traumatizantes. A mãe tão depressa a queria ter consigo e protagonizava verdadeiros raptos da filha, como reconhecia a impossibilidade de a ter e deixava que outros se preocupassem com ela. Norma Jean passou, pois, a infância em bolandas entre a casa de uma amiga da mãe que lhe incutiu o gosto pelo cinema (nomeadamente por Jean Harlow cujo look viria a querer imitar), uma tia da amiga, uma outra tia, e mais outra família, instituições, etc. Além disso, e como se isso fosse pouco, menina bonita e cativante, rapidamente despertou a gula dos homens com quem privava, levando a que tivesse que deixar a casa dessa grande amiga da mãe por o marido a ter assediado sexualmente. Não foi o único e não é claro que algum dos que tentou não o tenha conseguido.



Norma Jean sorria, sorria sempre,
parecia a miúda mais feliz do mundo


Aliás foi a essa infância altamente problemática, em que se sentia indesejada, um fardo, e em que, tão depressa era assediada por uns como rejeitada por outros, que muitos atribuíram a hiperactividade sexual que mais tarde viria por vezes a demonstrar, e as insónias, e a instabilidade emocional de que viria mais tarde a sofrer.

Quando entrou na adolescência, uma vez mais a família que, na altura, a acolhia teve que se mudar e, para Norma Jean não ter que ir para uma casa de acolhimento, foi convencida a casar-se com um jovem seu amigo, o filho de um vizinho. Foi o seu primeiro marido que, logo a seguir, foi para a guerra.



Norma Jean Baker, morena, nariz largo
sorridente apesar de tudo o que lhe acontecia


Era assim a letra de Marilyn por esta altura, a letra de uma jovem
 que vivia na defensiva, medrosa, hesitante


Norma Jean foi então trabalhar para uma fábrica ligada à aeronáutica. Com o objectivo de figurar numa revista feminina dirigida às mulheres,  especialmente àquelas cujos maridos estavam na guerra, Yank, the Army Weekly, foi-lhe sugerido que fosse fotografada, como modelo, para aparecer lá. Nessa altura era ainda morena mas disseram-lhe que seria preferível que se pusesse loura como a Jean Harlow. Norma Jean nem pensou duas vezes. As fotografias foram um sucesso.

Era uma segunda Jean Harlow e não tardou a despertar a atenção da gente do cinema.

Foi então que mudou de nome. Monroe era um dos nomes da mãe e, depois de alguma hesitação, aceitou ser Marilyn, um nome que soava sexy, disseram-lhe.

Começou, entretanto a dar nas vistas como actriz e começou a ter mais papéis. Em 1950, tendo assinado um contrato por sete anos com o estúdio  20th Century Fox, aceitou fazer uma pequena cirurgia plástica ao nariz para o tornar mais afilado, mais perfeito.

Em 1951 inscreveu-se University of California, Los Angeles, onde estudou literatura e crítica de arte.



Marilyn fotografada por Eve Arnold
Marilyn tem numerosas fotografias a ler,
gostava muito de ser fotografada com os seus livros


Começou a fazer figuração em pequenos papéis enquanto começou a ter aulas de canto, dança e representação. Quando não tinha trabalho no cinema, trabalhava como modelo. Foi, por essas alturas, que aceitou posar nua por 50 dólares.



Marilyn e os nus da polémica que a ajudariam, afinal, a lançar-se
Esta, em concreto, foi capa da Playboy
Fotografia de Tom Kelley em 1952


Exuberante, irregular, impulsiva, insegura -
assim era a letra de Marilyn nesta fase de descoberta e euforia


Uns anos depois foram divulgadas as fotografias de nus, o que provocou um escândalo que fez vacilar o estúdio quanto à sua conduta. Marilyn resolveu assumir que eram de facto dela as fotografias mas que o tinha feito porque precisava de dinheiro para viver. O público desenvolveu uma simpatia ainda maior por ela e Hugh Hefner fez dela a 1ª Playmate of the Month, fazendo a capa da Playboy.

Passo a passo, acabou por se tornar internacionalmente conhecida mas, por outro, o seu aspecto sensual fazia com que frequentemente lhe atribuíssem papéis de loura burra, o que de todo não era.



Belíssima, os fotógrafos adoravam fotografá-la, diziam que não se percebia se a luz se reflectia nela como em ninguém mais ou se a luz vinha mesmo de dentro dela.

Aqui fotografada por Milton Friedman


Teve aulas com Lee Strasberg no Actor’s Studio que disse "Já trabalhei com centenas e centenas de actores e actrizes e só há dois que se destacaram dos outros. O número um é Marlon Brando e o número dois é Marilyn Monroe."

As câmaras adoravam-na, captando a sua subtileza, a sua sensualidade. A luz parecia reflectir-se no seu corpo e no seu rosto fazendo parecer que era dela que a luz irradiava.



Marilyn, uma material girl avant la lettre,
aqui de novo segundo Milton Friedman

A escrita de uma mulher bem sucedida, segura, exuberante na sua sensualidade,
assim era a escrita de Marilyn 


Apesar de tímida, de ter medo do palco, de chegar atrasada ou de se esquecer das falas, querendo repetir as cenas vezes sem conta até se dar por satisfeita, o resultado era sempre um sucesso, tendo sido nomeada e agraciada com alguns prémios.

Contudo a nível pessoal as coisas não iam tão bem. Já ia no terceiro marido (Arthur Miller) e os sintomas de vulnerabilidade pareciam acentuar-se. Outra coisa a perturbava profundamente: queria ter filhos mas abortava, o que a deixava de rastos.

Pelo meio teve um breve caso com Yves Montand que não resultou pois ele não quis separar-se de Simone Signoret. 



Simone Signoret, Marilyn Monroe e Yves Montant


Falam-se de outros flirts, um ou outro algo mais que simples flirt, mas era ao segundo marido, a Joe DiMaggio que ela chamava quando estava mais em baixo.

É que, entretanto, os problemas de insónias tinham começado a acentuar-se e teve que  começar a ser medicada. Mas ia a vários médicos, tomava medicamentos de mais. Tornou-se dependente também do psiquiatra Dr. Ralph Greenson. E, se ele não estava por perto, mais medicamentos e álcool ela ingeria. O último filme, The Misfits, os Inadaptados, já foi um calvário. Doente, chegando sempre atrasada, levando a equipa toda ao desespero, esquecida das suas falas, levou-a a ter inclusivamente a ser internada durante dez dias.

Foi por essa altura que Eve Arnold fez a fotografia que mostrei ontem. Vejo as fotografias e tirando uma ou outra em que algum cansaço é notório, as outras mostram uma Marilyn belíssima, alegre, com aquela sensualidade inocente e feliz que parecia caracterizá-la. Aquela sua duplicidade era qualquer coisa de extraordinário. Dá ideia que ao sentir-se olhada por uma câmara, se tornava outra, tomada pela leveza, sem quaisquer pesos a desgraçar-lhe a vida. Parecia irradiar serenidade.



Marilyn, por Eve Arnold, também por altura da rodagem de The Milfits
Olha-se e parece ver-se uma mulher tranquila, confiante, feliz.
E, no entanto...


Depois do filme divorciou-se e voltou a ser internada, desta vez para ser operada às trompas de Falópio (não sei mas, provavelmente, outra gravidez mal sucedida).

E não dormia e sentia uma angústia que a quebrava por dentro. Estava péssima, infeliz, frustrada, dependente.



Letra muito irregular, texto irregular na forma, as margens desiguais ao longo do texto,
 a tender para baixo, letra disforme, estrutura atabalhoada
Assim era a letra de Marilyn quando estava internada



O seu estado de ansiedade acentuava-se e tenha crises de pânico, e um verdadeiro pavor de representar.

Em Maio de 62, nessa altura em que já estava assim, foi convidada para cantar os parabéns a você a John Kennedy, Presidente dos EUA, a convite de um cunhado deste. Sexy e provocante, um vestido sobre o corpo que quase a deixava nua, sem roupa interior - ninguém diria o estado em que estava. Vejo o filme e pasmo. Esta era a pessoa que vivia quase à custa de medicação? Que não dormia senão drogada? Que bebia demais? Que se sentia miserável? De facto, no início, vê-se pela respiração que está tensa mas também era normal (eu, se fosse comigo, se perante aquela imensa plateia tivesse que actuar para um Presidente, ainda por cima, para um Presidente do qual fosse amante, estaria petrificada de terror - se bem que nem consigo imaginar tal situação sendo o Presidente o Cavaco. Credo).





Teve um caso com o Presidente e, apaixonadíssima por ele, ligava volta e meia para a Casa Branca, tendo chegado a dizer à própria Jackie Kennedy que ela, Marilyn, seria a próxima Primeira Dama. O estado de desnorte em que estaria para fazer uma coisa dessas… Jackie ter-lhe-ia respondido friamente que poderia ir andando. Farta de saber dos deslizes do marido estava Jackie. Vivia a aturar-lhe as insuportáveis dores nas costas e os descarados adultérios. E, perante o exterior, também sempre sorrindo suavemente - tal como vos mostrei ontem, assim a captou também Eve Arnold: Jackie, a sereníssima esposa, a orgulhosa mãe da filha Caroline que brincava com as flores. 

Quando o Presidente deixou Marilyn (um Presidente não pode correr o risco de ter um caso com uma pessoa desequilibrada que mete na cabeça ser Primeira Dama), ela teve um profundo, profundo desgosto. Consta que amava John Kennedy com verdadeira paixão (o que também não é de estranhar já que John era uma criatura solar, um carismático líder, belo e sedutor) e que tinha idealizado poder viver com ele um grande e legitimado romance de amor.



Marilyn vs Jackie
(Não podiam ser mais diferentes)



Nesse período de turbulência consta que mantinha em simultâneo um caso com o irmão, Bob (que, segundo se diz, a teria visitado no dia em que ela apareceu morta) e que foi para este irmão que se virou mais intensamente quando abandonada por John. Marilyn estava, pois, a tornar-se incómoda para a Casa Branca: instável, sentindo-se abandonada, dependente de medicação, já não media bem o impacto dos seus actos. Um caso sério.

Por essa altura conturbada, Marilyn faltava constantemente às filmagens. A consequência era inevitável: foi despedida e obrigada a indemnizar o estúdio. 

Foi então que Marilyn desencadeou uma série de ofensivas mediáticas, aceitando entrevistas e sessões fotográficas para a Vogue (a última sessão, The Last Sitting, com Bert Stern é das mais famosas), para o Cosmopolitan e para a Life.



Marilyn fotografada por Bert Stern

Bert Stern achou-a divertida, com sentido de humor, brincalhona,
ousada, muito sensual, orgulhosa do seu corpo - uma deusa material

Seis semanas depois morria


Sempre luminosa, um corpo belo, um rosto feliz. Não se vêem traços de noites em claro, se bebia demais isso não lhe alterava o semblante, se vivia deprimida, infeliz, isso não transparecia por entre o sorriso insinuante, os gestos soltos, descontraídos.

Sabemos que temia, sobretudo, a solidão. A mulher mais desejada do mundo não tinha, muitas vezes, com quem passar a noite, com quem festejar o aniversário, com quem conversar.

Mas, enfrentava uma câmara e nem rasto de tristezas, de medos, de dependências. Nada. Apenas beleza.



Ainda de The last sitting, Marilyn por Bert Stern para a Vogue
(finais de Junho de 1962)


Entretanto, no meio de toda esta vida complicada, andava a estudar outras possíveis participações em filmes. Nada fazia prever que tencionasse pôr fim à vida. Aparentemente não o fez deliberadamente. A não ter ocorrido intervenção de alguém no infeliz desfecho (coisa que nunca se soube ao certo), o mais provável é que o álcool e o excesso de medicamentos tenham levado acidentalmente ao trágico final (embora tudo o que envolve esta triste situação esteja envolto em contradições).

No início de Agosto de 1962, com 36 anos, Marilyn, foi, pois, encontrada morta, nua, na cama, com um frasco de comprimidos ao lado. Diz-se que o seu último telefonema terá sido para o Presidente. 

Apenas 31 pessoas a acompanharam o enterro. A polícia vigiava de perto.

*





****

Senhores, que isto ficou longo demais! Como é que eu vou conseguir reler tudo com o sono com que estou? A ver se me levanto mais cedo para o fazer. Desculpem, portanto, as gralhas que por aí encontraram.

****

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma quinta feira muito feliz.


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E, já depois de ter fechado este post, volto para aqui colocar um poema da Leitora Era uma Vez  (a quem muito agradeço) sobre Marilyn





Quando aquela súbita ventania
nasceu do centro da terra
e soprou sensualidade no seu corpo de mulher
um aceno "iluminou o mundo"

tudo parecia belo e sem defeito
a brisa o branco a transparência
tudo tão perfeito
o olhar deslumbrante e deslumbrado

então
que nome
que tédio
que segredo
que mistério
desenhou um traço a negro
na alvura do momento errado???

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quarta-feira, setembro 11, 2013

Marilyn Monroe e Jacqueline Kennedy - fotografadas por Eve Arnold. Tão diferentes. O que nos diz a sua escrita à mão sobre as suas personalidades? Muito. Surpreendentemente muito.





Penso que já aqui vos contei que, há algum tempo, frequentei um curso de Grafologia cuja duração foi de alguns meses. Decorreu no Centro Nacional de Cultura e o professor foi o Dr. Alberto Vaz Silva. Um curso muito interessante.


Depois disso, sempre que vejo alguma coisa escrita à mão, não posso deixar de tirar as minhas conclusões (ou dúvidas). Muitas vezes surpreendo-me. A assinatura de Marcelo Rebelo de Sousa é uma das que me muito me surpreende.

Mas isso agora não vem ao caso.

Ontem, estive a ver o último livro de fotografia que comprei, o pequeno The Photo Book da Phaidon. Não sei quantos livros deste género já eu tenho mas a verdade é que não lhes resisto. 


E dei com uma fotografia de Marilyn por Eve Arnold (uma outra, não esta fotografia que aqui escolhi). 


Marilyn, a mulher luminosa, vulnerável, encantadora, cativante, sedutora, disponível para ser olhada, desejada. 


No entanto, sabendo a altura em que esta fotografia foi tirada, sei que Marilyn andava frágil - mas quem o diria olhando para o seu riso aberto..?


Está deitada sobre o que parece ser o parapeito de uma janela, encostada a um cão que se deixa estar quieto, desfrutando a companhia desta bela mulher. Quase poderiam ser dois gatos apanhando sol. 

Marilyn sinuosa, sorridente, parecendo irradiar luz e felicidade, um corpo visível, material.




Mas, ao ir para o Google à procura de mais, dei também com as que Eve Arnold também tirou a Jackie Kennedy. 


Jacqueline, Primeira Dama, impecavelmente vestida, bem comportada, ela e a sua filha, arranjando as flores numa jarra. 


A mulher do Senhor Presidente, a elegante Jackie Bouvier Kennedy. A boa (e compreensiva...) esposa, a senhora de sociedade, a mãe atenta.


O sorriso contido, o porte discreto e elegante. O corpo coberto.


E, como nisto das pesquisas no google tudo é como as cerejas, fui dar com páginas escritas à mão por Jackie.


Notas, apontamentos, cartas, primeiro como Primeira Dama, depois como Mrs Onassis.

Não me admirei especialmente com o que vi.


Uma letra com alguma simplicidade, palavras espaçadas, pensava ao escrever, raciocínio organizado, estruturado, uma escrita lenta, inclinada para trás, ou seja, a impulsividade contrariada, alguma largueza nas iniciais, uma certa vontade em impressionar. Uma exuberância maior na ostentação enquanto Primeira Dama, alguma agressividade contida enquando Mrs Onassis. Mas, de resto, a mesma coisa.



Mas, daí, parti à procura de mais e, então, encontrei também cartas da Marilyn. 



E, aí, fiquei perplexa. Mas mesmo muito perplexa.

Imaginava uma letra hesitante, incerta, irregular, fraca, talvez demonstrando alguma infantilidade. 

E, afinal, dei com a letra forte, determinada, de alguém que sabia bem o que queria, enérgica, inteligente, decidida, temperamento impulsivo, apaixonado.

Onde a letra de Jackie é contida, a de Marilyn é um rio que transborda. Mas um rio que sabe para onde quer ir, decidido no seu rumo.


Mandam as boas regras da Grafologia que não se façam juízos precipitados, que se analisem vários factores antes de nos pronunciarmos. Mas pelo que já vi escrito por ela, penso poder dizer, e fazendo de conta que não conheço a sua vida, que era certamente uma mulher muito interessante, nada maçadora, extrovertida, apaixonante. E não é isso que me espanta. O que me espanta é a sua energia, a sua inteligência, a sua segurança. É a letra de uma pessoa culta, voluntariosa, cativante e de raciocínio ágil e solto.

Vi depois outras cartas, já dos últimos meses, e, aí, vê-se a confusão, a falta de energia. Mas isso não espelha a sua personalidade já que correspondia a um período em que os medicamentos já escreviam por ela.

Se agora fosse mais cedo, escreveria um pouco Marilyn. Li a sua biografia, tal como li o que o seu psiquiatra escreveu sobre ela e seria interessante cruzar o seu percurso com a sua escrita à mão (note-se que analisar a escrita à mão é mais do que analisar a caligrafia). Mas daqui a nada são duas da manhã e não vou meter-me nessa empreitada. Talvez amanhã.


*

[PS 1: Ontem quebrou-se a graça das capicuas: foram 844 visitas. Mais 4 e ter-se-ia repetido a gracinha; mas pronto, quebrou-se, quebrou-se. Por isso, não os volto a maçar com isto, ou melhor, vou deixar de andar a espreitar as estatísticas convencida que havia para aqui um qualquer golpe de mágica, prlim pim pim, sai uma capicua para o Um Jeito Manso....

PS 2: Todos os vídeos com o Elton John a cantar o Good Bye Norma Jean estão vedados para exibição dentro dos blogues, só são possíveis no próprio Youtube. Por isso, tive que me remediar com aquele.]

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Permito-me sugerir-vos que se deixem ir até mais abaixo, onde tenho alguns poemas de Michel Houellebecq (vocês sabiam que ele também escreve poesia? Eu não sabia). Mostro também uma sua entrevista algo reveladora.

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E, por agora, por aqui me fico. Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quarta feira!

(NB: A vossa sorte por eu não ver a vossa escrita à mão... Senão tirava-vos o retrato em três tempos...)