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sexta-feira, maio 24, 2013

Annie Leibovitz, a Princesa da Fotografia nas Astúrias (...e muitos parabéns, porque ganhar o prémio Príncipe das Astúrias da Comunicação e Humanidades não é coisa pouca, não senhor...!!!)


Este é já o meu quarto post de hoje aqui no Um Jeito Manso. Dias férteis em assuntos. Por isso, se a seguir tiverem interesse em saber o que dois evadidos do Júlio vieram dizer sobre um IRC em rebajas é já a seguir. Depois temos os segredos da Casa e do Barracão do BB VIP e, finalmente, temos um adeus português a um amigo de Portugal.

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Mas, aqui, agora, a conversa é outra: dou os parabéns a alguém cá muito da casa. Annie Leibovitz.



Meryl Streep, a versátil,  by Annie Leibovitz


Para quem aqui me costuma visitar, é sabida a minha paixão pela fotografia. Não apenas fotografo compulsivamente - são milhares, muitos milhares de fotografias - como devoro  livros e livros de fotografia, não livros técnicos mas livros de autor, livros de fotógrafos.

Desde há muito que Annie Leibovitz é cá das minhas. Acompanho o seu trabalho, tenho os seus livros. 



Annie, uma mulher informal


Se Gabriel Garcia Márquez vivia para a contar, Annie vive atrás da lente, ou seja, vê a vida através da lente da máquina fotográfica.

E as suas fotografias são sempre especiais: sejam glamourosas ou intimistas, há nelas sempre um touch of something, arte.



Kate Moss, a menina-mulher sedutora, por Annie leibovitz


Aliás, para quem não conheça a sua obra, esse livro, Life through a lens, é um bom princípio. E é um belíssimo livro (e não apenas pelo conteúdo - também pela cuidada e requintada edição).



Susan Sontag, companheira intelectual e amorosa de Annie
(Annie acompanhou e fotografou a caminhada de Susan até ao fim)
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Quando perguntaram a Annie como haveriam de referir-se à relação entre ela e Susan,
respondeu 'Call us lovers'


Pelo adiantado da hora, já passa das duas da manhã, não vou agora falar do seu percurso biográfico mas deixo apontado para sítios onde, quem queira perceber de quem se trata, pode ficar com uma ideia: aqui ou aqui, já para não dizer aqui, por exemplo.

Deixo-vos também com um pequeno vídeo, naturalmente muito superficial, apenas para despertar a vossa curiosidade para o trabalho fantástico desta grande fotógrafa (caso o não conheçam).


Pois bem, foi com muita alegria que soube esta quinta feira que Annie Leibovitz ganhou o Prémio Príncipe das Astúrias da Comunicação e das Humanidades. Grande escolha! 





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Bom. Já sabem: abaixo deste há mais 3 posts. Já estou como os dois malucos de ontem com o IRC: promoções. Vocês entram para ver um post e recebem de brinde mais 3!!! Se quiserem claro... que isto aqui não se obriga ninguém, ora essa.

E, como se não chegasse, gostaria ainda de vos convidar a virem comigo até ao meu outro blogue, o Ginjal e Lisboa, a love affair. Hoje a poesia de Ricardo Gil Soeiro e uma visão de pura beleza que tive ao fim do dia, levaram-me rio acima, atrás do rasto do sol. E a seguir, por lá, há ainda a fulgurante música do Mali. Apareçam, está...?


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 E desta é que me vou. Tenham, meus Caros Leitores, uma bela sexta feira.

sexta-feira, setembro 09, 2011

Annie Leibovitz, a fotógrafa que retrata a alma daqueles que se entregam à sua visão através da lente

Cate Blanchett, uma das preferidas de Annie Leibovitz pela versatilidade, pela total entrega


Nicole Kidman outra das preferidas: divina, sublime, etérea - quando se entrega à lente ocupa o espaço de forma radiosa


Scarlett Johanssen, a menina normal que vira cinderela


Sarah Jessica Parker e Chris Noth (Carry e Mr. Big): glamour, charme, sedução

Kate Moss, a versátil, a rebelde, a diva


James Gandolfini, ou Tony Soprano, o magnífico macho man

Annie Leibovitz está quase a fazer 62 anos, é americana e é uma das grandes mulheres fotógrafas. Mais conhecida por trabalhar para a Vanity Fair e com estrelas do cinema e da moda, Annie é muito mais que isso, é uma retratista ímpar.

São dela fotografias célebres como a de John Lennon em posição fetal junto a Yoko Ono (John foi assassinado cinco horas depois daquela fotografia ter sido feita) ou a Demi Moore grávida e tantas, tantas outras.

Dizem que estabelece um relacionamento de tal proximidade e de tal empatia que a encenação que prepara para traduzir o ambiente adequado ao modelo flui naturalmente e que as expressões que captura não são estudadas, dizem que os fotografados se entregam à sua câmara. O livro Life Through a Lens, um belíssimo livro, dá-nos conta do que é o método de trabalho desta mulher invulgar.

Apesar de ser uma fotógrafa célebre, disputada, muito bem paga, tem-se visto envolvida em graves problemas financeiros que têm vindo a ser discutidos e reestruturados sempre sob os holofotes dos media. Tem havido dificuldade em perceber como chegou a um tão avultada dívida. Aparentemente sempre foi negligente sobre matérias financeiras, ou enfrentou perdas familiares que, também aparentemente, a abalaram demais (ou a tornaram vulnerável a oportunismos de quem geria as suas contas). Contudo, como é sabido, não é caso inédito nos EUA. Muitos 'famosos' se têm visto envolvidos em graves problemas de solvência na sequência da crise financeira que abalou fortunas assentes em colaterais voláteis.

Mas, se esse é um dos aspectos sobre os quais se tem falado de Annie Leibovitz, é o de somenos importância. A sua arte está para além de tudo isso.

A nível sentimental, esta mulher carismática foi também a companheira amorosa de Susan Sontag, a ensaista, romancista, estudiosa de literatura, e vigorosa activista de várias causas meritórias.

Annie não escondeu a relação entre ambas: publicamente afirmou, sem reservas, que Susan era mais que amizade, mais que companheirismo, que era mesmo amor e disse: 'call us lovers'. Annie acompanhou-a carinhosamente ao longo da sua doença, até ao fim e foi carinhosamente que a foi fotografando.

E é também amor e entrega que vemos sempre no olhar de Susan.

Susan Sontag, Annie Leibovitz lover


Tal como amor e sobretudo orgulho maternal é o que vemos no olhar da mãe de Annie

Marilyn Leibovitz, instrutora de dança moderna, a mãe de Annie

Long live Annie Leibovitz, uma mulher fotógrafa que muito admiro, claro está. Já aqui falei várias vezes dela mas nunca será demais.