E agora, na SIC, para comentar o que o Pedro Nuno Santos vai anunciar está uma fontinha de Belém, Miss Ângela Silva, e o eterno putativo ministro das finanças laranja, José Gomes Ferreira.
A SIC feita cão a andar à volta do próprio rabo.
NB: as minúsculas onde seria suposto ver-se maiúsculas não é por acaso).
O PR, que seguramente já estava em profundo sofrimento por não aparecer amiúde nas TVs, falou e brindou-nos com mais uma pérola.
Relativamente a mais um caso de agressão com tinta perpetrado por um jovem, resolveu pronunciar-se e dizer asneiras como já tinha acontecido em protestos anteriores idênticos. Um PR com sentido de Estado e bom senso teria dito que, numa democracia, por mais justas que sejam as causas, não se podem defender as causas praticando crimes e que os culpados devem ser punidos de acordo com a lei. Mas não. O Prof. Marcelo disse que não valia a pena continuarem a atirar tinta porque já não causa impacto, porque já não é eficaz. E disse mesmo mais, que da primeira vez tinha causado impacto, da segunda também mas depois que a coisa se banalizou e já ninguém liga. Acho que este tipo de declarações do Prof. Marcelo são graves para a democracia e espero que pelo menos alguns comentadores lhe "batam" com força. No seguimento do que, há uns dias, disseram vários médicos num programa na RTP2 sobre o sono, o facto do Prof. Marcelo pouco dormir estará a afetar-lhe as capacidades cognitivas. Temo o pior nos próximos capítulos.
Outro assunto: vi ontem uma parte das intervenções do José Gomes Ferreira e do Gaspar Macedo (julgo que é este o nome do puto que participou num painel com a Joana Amaral Dias e o Pedro Costa na CNN). Ambos (o JGF e GM) revelaram bem o que é, neste momento, a direita em Portugal: cheia de ódio, revanchista, desrespeitadora de quem tem opiniões diferentes e desejosa de vingança. Quem pensa votar na AD devia ter também em conta esta forma de a direita e seus arautos televisivos se comportarem. Felizmente, os poucos comentadores de esquerda que ainda são convidados pelas televisões têm um comportamento diferente e cordato.
Tanto o José Gomes Ferreira (que é tudo menos jornalista) e o puto interviram sempre de forma colérica, não dando hipótese aos outros intervenientes de falarem e vociferando quanto a tudo e contra todos desde que não fossem exatamente da mesma opinião que eles. O Ferreira até conseguiu dizer que a maior subida de impostos em Portugal foi a subida do IVA feita pelo PS de 21 para 23%. É uma afirmação tão estúpida que deixou os outros intervenientes de boca aberta e a "pivot", coitadinha, preferiu passar para um discurso da campanha eleitoral. Quanto ao puto que destila ódio a tudo que não seja direita pura e dura e que não dá "uma para a caixa", qual terá sido o critério seguido pela CNN para o contratar? Será o número de seguidores nas redes socias? Se for o número de seguidores mais vale contratarem "malta" do Big Brother para comentarem a campanha eleitoral que, mesmo eles, são capazes de dizer coisas mais acertadas do que o Gasparzinho e não indisporem tanto os espetadores. Sugiro também que a SIC substitua o Ferreira por alguém do "Era uma vez na quinta" que terá certamente maior adesão à realidade e não dirá tantas pantominices.
Também o Pedro Bello Moraes, quando participa nos painéis, deveria, pelo menos, fingir que está ali como moderador isento, e não como fanático a favor da AD. É que, sistematicamente, toma as dores da coligação sempre que alguém critica, mesmo que ao de leve, o Montenegro ou afins. Cansa. Incomoda.
Em dia importante, só fiz coisas pouco importantes. A vida é cheia disto. Miudezas. Queríamos uma escada mas a que queríamos não cabe no carro. Não veio. Atrasámo-nos. Paciência. Fomos almoçar ao cantonês, na esplanada. Menos mal. Aliás, nada mal.
Depois, a casa aqui para limpar depois da nova canalização. E nem tudo bem. Nunca nada fica bem à primeira. Uma coisa ainda a pingar. Toalhas que estavam no armário para lavar. Depois roupa para estender.
Mandei fotografia ao meu filho para ele ver como ficou, já que foi contra a solução adoptada. Mandou-me três carinhas a chorar. A mim não me dá para chorar. Já não estou para me ralar com coisas destas. Não será a melhor solução mas foi a solução mais rápida e mais económica. Se o meu filho reagiu assim, fará a minha filha. Deve ficar passada. Mas olha, azarinho, nada a fazer.
Depois mails e mais mails e mais mails (de trabalho, imagine-se). E sei lá que mais. A bem dizer nem dei bem por ser dia feriado, muito menos da República. Passa da meia-noite e só agora aterrei no blog. E só agora vejo, de raspão, o que passa na televisão. Mas não se passou nada de mais, parece-me.
Ouvi o Jerónimo, todo cavaco, todo láparo, ressabiado, a reescrever a história para se vitimizar. Não lhe fica bem. Ao Jerónimo fica-lhe bem a sensatez, a honradez da voz do povo, alguma elevação. Esta conversa de atribuir a perda de autarquias a incertos que foram mauzões menoriza-o. Pode agradar a alguns azedos que ainda estejam com o pé preso à 'longa noite fascista' mas a conversa é disparatada e patética aos olhos de quem já vive com os dois pés no tempo presente. O PCP tem que perceber qual a sua razão de ser nos dias de hoje. E os dias de hoje têm que ser olhados com olhos de gente que vive no presente, em Portugal. Não no passado, não no Alentejo do tempo pré-reforma agrária, não no Barreiro pré 25 de Abril, não na Cuba Castrista, não na Venezuela, não na Coreia do Norte. Em Portugal, na Europa, hoje. Enquanto o PCP não fizer essa reflexão, nada feito, será sempre a descer.
E agora ouvi que o joker-face Montenegro não vai a votos para suceder ao láparo. Não é grave. Nem agudo. Nem ninguém deve ficar triste. Acho que só o cãozinho que estava na missa fez uns olhinhos de snif-snif
Eu, cá para mim, continuo agnóstica em relação a estes temas laranjas. A bem do País era bom que aparecesse alguém de jeito. Mas, confesso, para minha diversão é bom que a coisa se mantenha na base da tropa fandanga em permanente cavalhada. Como é sabido, gosto de números de burlesco.
E o que, numa perspectiva construtiva, posso adiantar é que, na falta de gente que se chegue à frente, tenho, eu, quatro candidaturas a lançar. E só espero que os meus Leitores alinhem comigo e lancem uma volumosa onda de fundo. Não sei se estes meus candidatos já são militantes; mas não faz mal. Vão mais do que a tempo.
Mas vamos com música, para criar ambiente
1ª - João Miguel Tavares
Escuso de justificar. Dava um belo líder e não vejo a hora de poder contar com ele como putativo primeiro-ministro. Coerente, inteligente, nada sectário, lúcido.
Poderia ter a Sofia Vala Rocha como porta-voz.
Um dia que se alcandorasse ao ambicionado lugar de chefe de Governo, poderia nomear a mana Vidal como Ministra da Justiça, o Super-Judge-Alex como Ministro da Administração Interna, o saudoso Lombinha dos Briefings na Economia, o 007 da política, Sérgio Monteiro de seu nome, na Arca do Tesouro, a Pipoca mais Doce no Ministério dos Cupões, o Pipoco mais Salgado no Ministério dos Machos-Alphas, a Cocó na Fralda na Economia Doméstica e a Dias de uma Princesa nas Dietas da Moda. Poderia ainda propor uma alteração legislativa que lhe permitisse ir ele, em pessoa, -- e dispensando julgamentos na Justiça (que só servem para atrapalhar) -- apanhar o Sócrates à mão e levá-lo para uma masmorra em S. Bento para, pessoalmente, o manter a pão e água e lhe aplicar as merecidas vergastadas, quiçá, até, arrancar-lhe todos os dias um bocadinho do escalpe e polvilhá-lo com pulgas.
2ª - Rui Ramos & Henrique Raposo
Uma liderança bicéfala que também não carece de justificação.
Falariam ora em uníssono ou a
duas vozes, consoante a profundidade de campo que pretendessem alcançar.
Poderiam ter a Manuela Moura Guedes como porta-voz.
Um dia que capitaneassem o Governo poderiam ter a Madre Paula como ministra dos Affaires, a sexy Felícia Cabrita como ministra das Notícias & Esquadras de Polícia, a enfermeira Cavaco na Saúde (das Finanças da Ordem), o inspector Rosarinho na Caça ao Tesouro, o marido da Pinókia Albuquerca na Administração Interna, o Hugalex nas Tiradas Parlamentares, o Vai-Estudar-ó-Relvas no Ensino Superior, a Srª Dª. Maria Cavaca nas árvores de Natal, o saudoso alemão Bruno Maçães nos Negócios Estrangeiros e o incontornável Catroga no ministério dos Pêlos Púbicos.
3ª - Helena Matos
Já é tempo do PSD ter uma mulher à sua frente e esta é das tesas. Depois de anos a defender o Láparo, é de bom tom que as hostes laranjas lhe estendam a passadeira laranja.
Poderia ir buscar o colega Dâmaso do Correio da Manhã para porta-voz. Solidariedade entre iguais.
Um dia que chegasse a 1ª ministra poderia ir buscar o mano Costa para ministro do Boato, o João Vieira Pereira para ministro das Vacuidades fora de Prazo, o Pedro Santos Guerreiro para ministro do Apelo ao Sentimento, o Balsemão para ministro da Impresa Empenhada, o Nóia M. Mendes para o Ministério das Gargantas Fundas, o Baldaia para ministro Rolha, o Rangel para ministro das Limpezas de Salão e a Parrachita para ministra das Bocas no Facebook.
4ª - José Gomes Ferreira
A mais que justa e óbvia candidatura. Longa caminhada tem o Zé Gomes percorrido. Merece lá chegar, ó lá se merece.
Poderia ter a Cristina Ferreira (a do Goucha) como porta-voz.
Um dia que se visse em Primeiro-Ministro quase que podia fazer a festa sozinho pois melhor que ele não há. Mas, enfim, noblesse oblige.
E, portanto, vamos lá. Poderia ter o João Rendeiro como ministro das ex- Fortunas & Falências, Zeinal Bava como ministro das Finanças e das Condecorações, o João Duque como ministro do Não Acerta Uma, o Granadeiro como ministro dos Vinhos & Duvidosas Parcerias, o Mexia da EDP como ministro da Coltura e da Cagança, a Judite de Sousa como ministra das Finanças (porque tem obrigação de ter mais do que aprendido a lição do Ó-Dr. Medina), a Drª Teodora como ministra da Inovação, o Carlos Costa (o do BdP) como ministro das Decisões Rápidas e Boas e, para dar mostras de modernidade e de inclusão, o Carlos Costa, o outro, como ministro das Coisinhas mais Sexys.
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Só boas ideias e, já viram?, a malta do PSD nem precisa de gastar dinheiro com opinion makers.
Aqui a Sta UJM dá-lhas de mão beijada, é tudo pro bono.
E que comece a engrossar a onda. Qualquer um dos meus putativos & alegados é bom. Força aí.
Vi parte da entrevista ao António Costa feita por José Gomes Ferreira, essa criatura que não sabe pensar, que não aprende, e que não consegue ser isento, imparcial -- de facto, uma criatura que se diria imprópria como jornalista. Disfarça-se de economista mas não é senão um vulgar populista que goza do privilégio de dispor de tempo de antena para, segundo parece, ver se convence alguém, um dia, a contratá-lo como assessor de ministro ou secretário de estado. Debalde. Ninguém o quer para tal mas o Dr. Balsemão, o mano Costa e essa turminha continuam a tê-lo aos balcões da SIC a fazer o trabalhinho sujo que já não há muitos que queiram fazer.
Admiro a paciência de António Costa para aturar coisa assim.
Indelevelmente agarrado ao período passista que apoiou e louvou como um beato acéfalo, tal como o seu guru que ainda não tirou de cima de si o sarro que acumulou enquanto desgovernou, também o Gomes Ferreira continua emprenhado de pafiosice até aos gorgomilos. Um dia destes já todos os correlegionários laranjas, enjoados e desesperados, desertos para se verem livres dele, brutus ou não brutus, trairam o láparo pelas costas, de frente, por baixo e por cima, e ainda anda o Zé Gomes a bramar as virtudes, que só ele vê, no negro período do desgoverno lapariano.
Pouco inteligente como infelizmente mostra ser, repete argumentos errados ad nauseam, sem cuidar de avaliar com quem se mete.
Ora, quem ele teve pela frente nesta entrevista não foi um passarinho qualquer que se deixe intimidar pela presença na televisão ou que fique bloqueado, de nervos em franja, por ter que aturar em público as jericadas do dito pseudo-jornalista. Portanto, o António Costa que de papuço não tem nada, fê-lo rodopiar sobre a sua própra ignorância, divertiu-se a tentar ser pedagógico com tão fraco aluno, como que condoído por se ver forçado a dar cabo do pobre Zé.
Mas, o facto é que é de dar dó mesmo: a cada pergunta que faz, o dito coiso mostra que não percebe uma coisa básica: governar é fazer escolhas e podendo, por vezes os ingredientes ser os mesmos, a forma como se conjugam, se doseiam ou combinam com outros cuidados faz toda a diferença.
Exemplo para quem não vai lá de outra maneira:
Se eu estiver com uma inflamação e me for prescrito um anti-inflamatório, coisa para, no máximo dos máximos, 1200mgr/dia, sempre a seguir às refeições e com um protector gástrico em jejum, seguir essa prescrição é uma coisa mas se, pelo contrário, armado em chico-esperto, resolver que o protector gástrico é pieguice, não faz falta, essa coisa de ser a seguir às refeições pois que se vão catar que é é logo em jejum para fazer mais efeito e que, se 1200 é bom, 2400 ainda há-de ser melhor, é outra coisa completamente diferente -- e não vai curar o doente, vai é dar cabo dele.
Portanto, vir o putativo ladino Zé Gomes dizer: ah mas vocês também usam anti-inflamatório, sem perceber o que se passou no desgoverno do nefasto Passos Coelho foi um uso descomandado, descuidado, abusivo e abusador de parte da medicação, só revela um estrabismo e miopia intelectual em elevado grau -- mas num grau de dar dó.
Enfim.
E isto para se perceber o que faz ser um político de mão cheia: no fim da entrevista, eu, aqui em casa, à distância, estava irritadíssima enquanto, no estúdio, com aquele maçador e destituído JGF pela frente, o Costa continuava bem disposto e com paciência para lhe dar explicações. Não é crente mas é um santo.
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Cá para mim o José Gomes Ferreira instruiu-se com o vídeo abaixo. Também mostra não ter pruridos: quando faz entrevistas a pessoas de quem não gosta (e não gosta de todos quantos são capazes de lhe demonstrar que o que andou a defender durante quatro anos não passou de uma mão cheia de sandices) faz de tudo para incomodá-las não querendo saber de incomodar também quem, em casa, assiste a tão deploráveis actos de não-jornalismo.
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E, agora, um conselho de amiga: desçam até ao post seguinte que ali poderão encontrar musiquina boa para acompanhar palavrinhas melodiosas.
Não, meus Caros. Não vos estou a pedir para rirem comigo das cambalhotas, do flic-flac à rectaguarda, do mortal encarpado, do pino num dedo e do pé-cochinho do José Gomes Ferreira, há pouco na SIC, a dizer bem do António Costa e das políticas que tem seguido. Nem estou a pedir para se posicionarem para uma selfie com cara de riso ao verem o dito-cujo José Gomes Ferreira a querer salvar a face e a dizer, como quem não quer a coisa, que parte dos bons resultados que ao fim de um ano e tal o governo do Costa está a alcançar se deve às políticas do láparo (relembro: o mesmo láparo que fez tudo ao contrário disto, nunca atingiu nenhum objectivo e, por pouco, não deu cabo do país de alto a baixo).
[Ia lá eu pedir-vos isso. Ao Zé Gomes já o vimos mudar a casaca tantas vezes, mudar o bico ao prego quando convém, mudar de cor da pele, mudar de pele, e, de bicos de pés, andar a espanejar a prosápia, que não ia agora pedir-vos que se rissem com ele.]
Nem estou, tão pouco, a dizer que desatem a rir à gargalhada do que a pândega da Marilú diz porque, se o fizessem, ficavam com dores de barriga.
Nem digo que se riam da Helena Garrido, outra que tal, que -- se estão bem lembrados -- anunciava o fim do mundo se não se seguisse à risca a política da troika e se não se trisseguisse o triplo da política da troika e que, desde que o Costa chegou, aparecia a dizer que cuidado, que o bicho mau estava à espreita, que os demónios estavam prontos a atacar, que os lobos da bancarrota estavam a aguçar o dente... e que... agora... aparece a dizer que o Governo do Costa está a obter bons resultados, que, sim, por acaso sim, está a correr bem mas... cuidado... podem um dia deixar de correr...
[Uau. Que novidade, ó Helena, hoje está de sol, amanhã pode chover. Conta mais novidades dessas]
Nem, meus Caros, vos estou a pedir que mostrem lá os dentinhos depois de terem ouvido a Teodora Cardosa, essa inspirada vidente que tantos horrendos desastres previu se as medidas do Costa fossem aplicadas, -- que estupidez dar um empurrão no crescimento através de uma injecão de consumo interno, que tinha era que ser logo da economia... -- e que, agora que a coisa está a rolar e que o Costa pode pôr a economia a funcionar, vem ela dizer que... está tudo muito bem mas as boas notícias vêm do lado da economia e... ups,lembrei-me agora que a economia tem incertezas ... e, portanto, isto é bom, sim, mas é incerto e, se é incerto, é arriscado.
[Boa Dona Teodora, a economia tem incertezas...? Uau, isso é que são breaking news. Conte mais, Dona Teozinha.]
Não. Não é isso que estou a pedir-vos.
Como alma caridosa que sou -- e espero que todos os meus Leitores o sejam também --, não ia rir-me dessas indigências. Exibições destas deveremos observar com compaixão e piedade. Esperar que se redimam sozinhos. Que, por eles, ganhem vergonha na cara. Que, ao espelho, percebam que deveriam poupar os portugueses a tão tristes papéis. Por isso, perdoem-me os que esperam de mim que me ria da desgraça alheia mas não o farei.
Ou seja: não estou, pois, Caríssimos, a pedir-vos uma boa risada com o que dizem esses figurões. figuronas e figurinhas que, mesmo sem querermos nos entram pela sala adentro. Estou apenas a dizer o que me ocorreu ao ver o 'antes' e o 'depois' do lindo trabalhinho que o Olly Gibbs divulgou. Ele foi ao Rijksmuseum e só via gente sisuda; e isso, naturalmente, maçou-o. Apetecia-lhe ver aquela gente a rir. Vai daí presumo que lhes tenha pedido para dizerem cheeeese, fotografou-os com a FaceApp que dá para dar uns toques na criatura fotografada -- e o resultado é o que têm estado a ver.
Claro está que eu gostava era que ele fotografasse o Medina Carreira e o pusesse a rir, todo fofinho, ou o Láparo em dia de raiva, naqueles dias em que até come os próprios beiços, quiçá até o saudoso Cavaco em dia de azeites, num daqueles dias em que anda a remorder promessas de vingança ao Lima do Sotão ou ao Sócrates.
Ou que fizessem umas gracinhas: o Marques Mendes com cara de taróloga Maria Helena, o bebé chorão do CDS com cara de homem feito. Gracinhas assim com gente conhecida. Só para a gente ver se ficavam mais credíveis. A Face app faz isso tudo. Capaz até de me pôr com a cara da Blanchett em pequenina.
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Até já que eu vou ver se descubro a dita app.
Até lá, sugiro que se juntem à festa:
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(Bem. Pensando melhor, a rir só se fosse com o desespero pungente do João Miguel Tavares, já atrapalhado por não poder converter-se publicamente ao Costismo, e a fazer de conta que é a brincar -- mas a gente a ver que é mesmo verdade -- quando arrepela os cabelos num lancinante queixume: O que é que mais pode correr bem?)
Post começado a escrever quando a noite ia alta e, na altura, deixado inconcluso por manifesta incapacidade da autora.
Ou seja, o que aqui agora se verá foi despachado em duas tomas.
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Enquanto há bocado dissertava sobre a perversa cabecinha do algoritmo da Google que traz aqui para o UJM, este verdadeiro local de culto e santidade, tudo o que é gente com comportamentos desviantes e que me subverte o espírito altamente intelectual do espaço -- nomeadamente colocando no top das estatísticas das palavras-chaves coisas tão reveladoras como 'cátia palhinha sem cuecas' -- estava a dar na televisão um programa fabuloso. Só por, na altura, estar a dormir um sono profundo é que não prestei a devida atenção. E, como me mantenho ferrada, continuo incapaz de dar uma para a caixa.
Enfim. Conto.
Ou tive um pesadelo ou a coisa passou-se mesmo: três cromos num único programa.
José Gomes Ferreira, tentando arranjar quem desvalorizasse os dados sabidos sobre o défice, coisa tão baixa que há décadas não se via nada assim, abriu a gaiola e trouxe dois passarões cujas capacidades cognitivas são questionáveis, tudo com o objectivo de lançar um manto de descrédito sobre as políticas de Mário Centeno.
Ou seja, lá estava o par de jarretas: o quarto irmão Marx, de seu nome César das Neves, e a cassandra Medina Carreira.
Ora, está bom de ver que o quadro estava incompleto. Ou seja, para a coisa ficar composta, devia lá ter estado uma mulher. No mínimo uma. Por estas e por outras é que eu sou a favor das quotas. Não havendo, é isto: três estarolas juntam-se à volta da mesa e falam, falam, falam e não dizem nada, só bolsam conversas já cheias de bolores, aqui e ali condimentadas com pitadas de bolas de naftalina. Uma azia.
No entanto, a bem da verdade uma coisa devo eu dizer. Pode ser maluco mas completamente parvo o César das Neves não é.
Portanto, cheio de senãozinhos e de uma mal disfarçada acidez no estômago, quiçá até um certo refluxo, lá disse ele que ter um défice baixo é bom. O pior mesmo são os mas. E há-os de toda a espécie, enumerou-os ele -- e, conhecendo-se-lhe as tendências marianas, tenho para mim que, na santa cabeça da quase eclesiástica figura, só mesmo com uma nova aparição é que isto lá ia.
Ora bem, dizia eu que faltava ali uma visão feminina. Mas não de uma qualquer.
O que faltava ali mesmo era a visão imparcial e moderna da grande banqueira do povo, a presciente vendedora do Borda d'Água em formato Cozinho dívidas para o Povo: a grande e celebérrima Teodora Cardoso.
Ah, a falta que ela ali fez...!
Milagres...? Havia de ser Dona Teodora e inteligente Das Neves, à vez, a ver quem invocava mais milagres. Défices...? Aí juntar-se-iam os marretas todos, numa desgarrada, a ver quem invocava mais desgraças e cataclismos.
Aliás, antevejo tal animação que até proponho que, em volta deste círculo quadrificado, se instalassem, em plateia, comentadores dos comentadores. Aí poderia estar um círculo invertido: Helena Matos, Raquel Varela, Carla Hilário Quevedo e João Miguel Tavares. Seria o delírio.
Claro que poderíamos ainda pensar num 1º e 2º Balcões, cheios de comentadores dos comentadores dos comentadores. Todos a anunciarem calamidades, pestes bubónicas, pragas de gafanhotos, hecatombes, erisipela nos dias ímpares, ataques de espirros nos dias pares, erros de ortografia em barda, o fim dos tempos. Em suma: uma festa.
No final, tal a excitação, fariam todos um moche ao Gomes Ferreira e, nesse instante, a produção faria cair confetis, e serpentinas voariam pelos ares. Se ainda fosse moda, até imagino que se fizesse ouvir um coro de vuvuzelas. Tudo a bem da qualidade da televisão em Portugal.
(E não me pronuncio sobre a tristeza que é aquela malta defecar de alto para a verdade dos factos ou para a racionalidade da análise da realidade porque começo a convencer-me que eu é que ando com o passo trocado. Às tantas isso não interessa mesmo para nada, isso é coisa datada, fora de moda.)
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E queiram agora aceitar o meu convite e descer até ao post que se segue no qual exprimo a minha admiração pelas palavras que trazem os leitores até mim, nomeadamente, 'Cátia Palhinha sem cuecas'.
Vocês, meus Caros Leitores, já devem ter percebido: sou um coração de manteiga. Não me importo de desancar nos poderosos mas apiedo-me na hora de criticar os fracos.
Por isso, desculpar-e-ão por ser tão branda com o láparo, com a madame da coxa grossa e com todos esses tristes. Tenho pena deles. Tenho este meu lado caridoso.
Órfãos do lado do cavaco, com os factos a demonstrarem todos os dias que andaram a fazer porcaria enquanto governaram, sem argumentos, sem causas, sem nada a que se agarrem para além do seu próprio rabo, com os números que atestam os bons resultados da so called Geringonça a serem-lhes esfresgados na cara por tudo o que é organismo nacional e internacional e, até, pasme-se, com comissários europeus a reconhecerem o mérito da estratégia seguida pelo Governo de Costa com o apoio dos 'acólitos' (Montenegro dixit) Cataraina e Jerónimo, estas pobres abéculas por aí andam a rabiar, querendo fazer alarido atrás de tudo o que mexe, mas, coitados, sem conseguirem mais do que o efeito dos estalinhos de carnaval.
E, queiram eles ou não -- inventem eles comissõezinhas de brincadeirinha para andarem a espiolhar os sms que um ressabiado com alma de alcofinha e escrúpulos de alcoviteira por aí anda a espalhar -- a verdade, verdadinha é que os cães ladram e a geringonça passa. E soma e segue mostrando bons resultados.
E é no seio do deserto intelectual que caracteriza a oposição pafiana, no meio do desatino esparvalhado em que estrebucham, que, volta e meia, nos aparece a funcionária da Arrows, a Miss Pinókia Swaps, bastamente conhecida pela seu fraco apego à verdade, a fazer declarações à comunicação social. Com o que diz, a dita madame poderia ilustrar na perfeição o que são factos alternativos.
[Quiçá Madame Albuquerque seja, afinal, a inspitarix de Kellyanne Conway, a grande defensora do palhaço Donald (a tal menina que, se necessário for, usa os ditos factos alternativos) -- e que, de passagem, faz propaganda à linha de vestuário produzida pela infanta Ivanka. Uma mulherzinha de alto coturno, portanto.]
E os portugueses -- que conhecem as bacoradas governativas da Marilu, as suas inconstitucionalidades orçamentais, os desaforos constantes, os descaramentos doentios, as inverdades patológicas, as sabujices schäublianas, os incumprimentos sucessivos, as comprometedoras distracções, as faltas de atenção para com o subordinado paulinho espertalhão -- pasmam com a sua cara de pau e interrogam-se: Madame Maria Luís da Arrows não tem espelho? Não tem decoro? Não tem memória? Não tem um neurónio que seja? Não tem censura interna? Não tem vergonha na cara?
Mas são perguntas retóricas. Os portugueses, que a conhecem de ginjeira, sabem bem a resposta. É uma resposta simples: não. Não a todas as perguntas.
(A senhora não perdia nada em ser analisada por algum especialista em desordens mentais. Chega a dar dó. Mas lá está -- é o meu lado piedoso a falar).
Mas chega de desabafos. Vamos mas é ao nimas. O filme hoje é dos bons. É entrar enquanto há lugares livres.
Estas coisas acontecem
- mais um vídeo do inigualável Luis Vargas
O comentário de Miguel Sousa Tavares sobre os resultados de 2016 e a reacção imperdível de José Gomes Ferreira
[Produções Geringonça]
......
(Oh Excelentíssimo Professor Doutor Economista Sapateiro José Gomes Ferreira, V. não me leve a mal mas a gente olha para si todo engasgado com isto tudo e tem mesmo que fazer um esforço do caraças para não chorar a rir. E ponha lá os óculos a ver se a gente o vê como deve ser, com essa carinha de inteligente a que já nos habituou. Já agora, e vai desculpar a curiosidade: ainda ninguém o convidou para o departamento de estudos da Arrows? Não? Oh que pena... Mande uma candidatura espontânea, quem sabe. Ou para aí ou para cassandra-adjunta do Dr. Medina. Ou para assessor cultural do Láparo, coitado dele, tão mal aconselhado que anda. Um mar de oportunidades à sua espera, Sr. Dr. Prof. Comentadeiro, já viu?)
.....
Já agora, antes de ir pregar para outra freguesia, permitam que dê a palavra à insuspeita Manuela Ferreira Leite.
Fala da CGD, de Centeno, dos SMS de Domingues, fala da oposição e do partido de que já foi líder.
E estava aqui danadinha para falar do eterno putativo primeirinho-ministrinho, o incontornável JGF que agora tem uma certa massa de lado* -- e a ver se evitava falar de outro artista -- quando o dever bateu mais forte.
E o dever, meus Caros, é fazer-me eco dessa terrível cabala internacional em boa hora denunciada por esse crânio que dá pelo nome de Paulo Rangel.
A notícia não é de hoje mas hoje é que eu sucumbi aos ditames do dever. De facto, acho que tão grave acontecimento deveria estar a ser denunciada pela BBC, pela CNN, por todo o mundo - e não está.
E se não está, não posso ficar de braços cruzados. Junto-me a ele e dele me faço eco.
Não sei se Paulo Rangel
descobriu sozinho esta tão grave cabala,
se recebeu inside information, e nesse caso de quem:
quiçá dos espiões que trabalharam em tempos para a temível dupla Lima & Aníbal?
quiçá dos que escutam o ex Super-Juíz Alex, agora um simples Saloio de Mação (o tal mouro de trabalho que apesar de enfronhado em papéis e escutas dia e noite e fins de semana não consegue dar conta do recado; veja-se o caso do Processso Sócrates em que para ali andam todos ensarilhados uns nos outros e em que, apesar de andarem a chocar o ovo há anos, não conseguem que nasça um único pinto)?
quiçá ainda dos informadores que trabalham para o Láparo, dando-lhe dicas sobre os locais onde há mais pokémons?
mas para ele é claro: esta onda generalizada de indignação por o golden reformado Durão Barroso ir vender os seus bons préstimos à mãe de todos os abutres, a Goldman Sachs, não tem a ver com mais nada senão com uma campanha orquestrada para prejudicar Guterres. Nem mais.
Ora, obviamente, isto tem que ser alardeado e tão terrível urdição denunciada. É grave demais para passar despercebida.
Segundo a lógica inderrubável de Paulo Rangel, se queremos António Guterres à frente da ONU, então temos que querer Durão Barroso a passar, a peso de ouro, contactos e informações à Goldman Sachs! Quem dissocie uma coisa da outra, cuidado que está a fazer o jogo das adversárias de Guterres. Crystal clear.
E não venham para cá dizer que o Paulo Rangel não bate bem da bola, que é daqueles desvairados que se auto-entusiasma tanto com as suas epifanias que até se esquece que os outros não são igualmente parvos ou que, desde que perdeu peso e que os três cabelos ganharam uma crónica electricidade estática, parece que ficou balhelhas. Essa não. Paulo Rangel é conhecido, nacional e internacionalmente, por ser alguém que se destaca, nomeadamente no Parlamento Europeu.
Poderia aqui atestar as suas bastas qualidades através de numerosos vídeos. Só o não faço para não cansar a vossa beleza; cinjo-me a dois e um deles até aqui aparece pela 2ª vez. Mas é tão ilustrativo das insofismáveis características deste nosso ladino representante, que ouso repetir-me,
Paulo Rangel, um euro-deputado brilhante apesar dos problemas de nariz
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Paulo Rangel, um brilhante e poliglota euro-deputado que prestigia o PSD além fronteiras, apesar da comichão generalizada
Uma estrela, um tribuno, uma inteligência fulminante, uma obra asseada.
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Como é bom de ver, as imagens que escolhi para acompanharem o texto são da responsabilidade exclusiva de quem as produziu, nomeadamente os autores dos blogs We Have Kaos in the Garden e 77 Colinas
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Não vem muito ao caso mas, já agora que falei nele, no tal que tem uma certa massa de lado, deixo-vos com o jornalista que gosta de se fantasiar de economista e que, quando for grande, gostava de ser primeiro-ministro -- the only and only José Gomes Ferreira. Mais um vídeo de Luís Vargas.
A "tentação" de desagravar os que ganham até 7 mil euros por ano e o drama "sociológico" das classes mais altas. Ou como o José Gomes lhes chama, "os melhores". (LV)
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E agora, queiram ser generosos e descer para irem dar também uma ajudinha ao nosso ex, o pobre coitado aprendiz de caçador de pokémons.
Esteve bem Antóno Costa quando se manteve seguro da sua razão ao defender Portugal do tratamento absurdo, ridículo e até pueril por parte da camarilha burrocrática ancorada em Bruxelas: que viesse um cêntimo que fosse de sanção que ele lhes diria o que é que era bom para a tosse. Que avançaria com um processo, disso estivessem certos. E tal o peito feito com que o disse que ninguém duvidou de que o faria.
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As galinhas, os papagaios, as meninas que se borram de medo ao primeiro abre-olhos da perceptora, as virgens ofendidas que não abandonam a naftalina que a elas se colou, os vendidos e os lambe-cus logo se puseram do lado dos homens do garrote e logo peroraram: que este governo não merecia confiança, que este governo andava a atrair o diabo, que com eles não haveria sanção nenhuma.
Desavergonhados, a fazerem de conta que o que estava a ser avaliado pela camarilha não era o resultado da sua governação pafiosa.
(Desavergonhados - disse eu?)
Pois não sei se estou certa ao achá-los desavergonhados. Desde que esta tropa fandanga se uniu em torno da ambição de um certo cão com pulgas e de outros ávidos de poder para derrubarem um programa de recuperação aprovado por Bruxelas (e agora, interesseiramente, até me vou fazer de esquecida do fatídico papelão a que o PCP e o BE também se prestaram) que alimento esta dúvida metódica: são desavergonhados, mal-intencionados ou, simplesmente, burros que nem portas?
Desde sempre me inclino para esta última hipótese: burros. Burros encartados.
Agora caíu-lhes em cima, outra vez, o cuspo que andaram a atirar para o ar. Sanções = zero.
Parece que aquele do nome intragável e que parece que bebe vinagre às colheres já veio vomitar azedume com uma cara que parece ela própria regurgitada. Comeu e não gostou. Azarinho.
Claro que, no meio daquela basbaquice, para parecerem que são inteligentes, aqueles comissários de meia tigela lá vieram armar-se em compreensivos e, como quem não quer a coisa, para não aparecerem aos olhos de toda a gente como uns atrasados mentais, embrulharam a decisão com meia dúzia de vacuidades celofânicas. Querem mostrar que estão vivos. Deixá-los. Que sejam parvinhos à vontade. A seu tempo serão varridos de onde estão.
Pois bem. Face a esta boa notícia de que, depois de muito ladrarem, os comissários da treta regressaram à casota com as sanções entre as pernas, qual a reacção das inúteis e nacionais pafianas criaturas?
De gargalhada.
(Mas, também, que outra coisa seria de esperar?)
Do lado do CDS, apareceu aquela que, coitada, não tem culpa de ter cara de má, de bruxa amarga: a Cecília Meireles (quando falo nela tenho sempre que ir confirmar, não vá estar baralhada e a dar-lhe o nome da poetisa de tão bom nome). Nem sei bem o que é que saíu daquela boca ressabiada, parecia que estava agoniada com a notícia. Se calhar, nem percebeu bem o que se tinha passado. Falou como se estivesse a dar uma lição de moral mas não se percebeu quem era o destinatário nem qual a mensagem. Um acto falhado, portanto.
Do lado do PSD, apareceu um que mais tem cara de delinquente (ou de polícia infiltrado no bas-fond), coitado que também não tem culpa (mas o fácies não costuma enganar...): era só desarrumar-lhe um bocado a roupa, vestir-lhe uma tshirt pintarola, fazer-lhe umas tatuagens pelos braços acima, enfiar-lhe um piercing no canto da boca e calçar-lhe uns ténis maneiros que não tinha que enganar. Chama-se Miguel Morgado e bolsou um palavreado mal-enjorcado, sem inteligência nem articulação lógica. Também não conseguiu avaliar a situação. Mais parecia um actor que ali estava na decorrência de um casting falhado: ou se enganou no vestuário ou desatinou com o texto. Não se aproveitou nada. É que nem deu vontade de rir, só pena.
E é isto a oposição que sobrou: uns desenquadrados, incapazes de perceberem o que se passa à sua volta, apenas ainda presos à vontade servil de bajular aqueles que ainda encarnam os ideais liberais que sonharam para Portugal, muitos dos quais bebidos de luminárias que, em seu tempo, instruíram as hostes laranjas (João Duque, por exemplo; e não falo talvez do principal porque esse já não está entre nós).
Como ilustre professor dos descerebrados pafiosos talvez seja justo incluir também o putativo primeiro-ministro, o fantástico José Gomes Ferreira, que não se cansa de enunciar as medidas do seu putativo governo.
A propósito: esta quarta-feira à noite lá tivemos o fantasioso artista, falando a partir de Faro, opinando sobre PPPs e autoestradas e decretando que se dizem que há fumo, é porque há fumo e, se dizem que há fumo, é porque há fogo e se há fogo não é preciso mais nada, está tudo provado. Sócrates meteu a unha. Onde, como, a que propósito, a troco de quê - isso não interessa para nada. E, em conjunto com o Micael Pereira do Expresso e com uma apardalada figuroca de quem nem fixei o nome, disseram tantos, tantos disparates e alarvidades a propósito do caso Marquês e da personalidade de Sócrates que o meu marido não teve a paciência de santo que vi a Rogério Alves e João Araújo e, depois de os mandar para sítios feios, mudou de canal. Xô!
E eu pergunto: como é possível a SIC juntar tão indigentes opinadores com duas pessoas inteligentes e articuladas? O que pretende? Tornar a SIC num sucedâneo do Correio da Manhã TV? Testar até que ponto resistiriam os dois ilustres advogados antes de atirarem um copo de água à cara dos flausinos ou recusarem-se a falar mais se dessem mais canal ao José Gomes Ferreira (que cada vez mais parece um vendedor de banha da cobra jornalística)?
Não há pachorra. Mas lá está: penso que têm desígnios mal confessados mas, às tantas, também não têm, às tantas também é só burrice da parte de quem engendra estes programas. Burrice da grossa. Inclino-me para isso. Estes são os tempos em que ainda há carradas de burros em lugares de decisão. Aos poucos irão sendo corridos mas, até lá, ainda haveremos de ter que continuar a assistir a isto: burrices atrás de burrices. Se calhar, temos que aprender a pacientar. Ainda mais.
Claro que ontem não vi a entrevista da SIC que António Costa concedeu ao doente José Gomes Ferreira. Não sou maluca nem masoquista. Porque iria, pois, ver esse espectáculo que deve ter sido um verdadeiro tesourinho deprimente?
Imagino o sacrifício que António Costa deve ter feito... Deve ter ido para lá de nariz tapado, como se fosse engolir uma colher de óleo de fígado de bacalhau mas sem propriedades terapêuticas... Deve ter ido porque era difícil assumir com todas as letras que tinha mais que fazer que aturar um moço de fretes, um doente, um avençado.
Aquele José Gomes Ferreira é uma criaturinha que há tempo não suporto, não passa de um dos mais desqualificados empregados que o Balsemão e o seu ajudante de campo, Mano Costa, para ali têm na SIC a fazer jeitos a uns e a ver se tramam outros.
Mas, pouca sorte a minha: há bocado apareceu-me em excerto. Com aquela sua cara de boneco de circo, todo ladino, a ver se apanhava o António Costa em falso com a porcaria do Plano B. Só gente parva é que pode estar a marimbar-se para o Plano A, o que está em vigor, e, em vez disso, paranoicamente à procura do Plano B.
Só parvalhões que nunca devem ter gerido uma porcaria na vida é que podem ter tamanha obsessão com um plano B, ou melhor, com um gambozino da estirpe B.
Para ver se o dito pseudo-economista se enxerga, vou colocar-lhe algumas perguntas para ver se, por analogia, ele lá chega. Safa.
Então, ouça lá, ó criatura:
1. Se, ao passar debaixo de um prédio em obras, lhe cair um tijolo em cima, qual o plano B? Põe ligaduras na cabeça? E se o tijolo cair em cima do pé? Tem um plano para cada parte do corpo, é? E é em 2016 que vai por uma ligadura ou usar muletas? Se o acidente se der em 2016, é em 2016 que usa o plano B? Ai é? Oh caraças que eu pensava que isso seria só em 2017.
2. Se deixar queimar o arroz de marisco e os seus amigos estiverem prestes a chegar para vir provar o seu famoso arroz de marisco, tem plano B? Ai sim? E qual é? E não me diga... se isso acontecer em 2016, o plano B vai ser executado em 2016...? Ai, que novidade me dá.
3. Se um convidado seu, em plena entrevista, lhe atirar com o copo de água à cara, qual o seu plano B? Limpar a cara...? Jura...? E em 2016...? Bolas. Afinal tem um plano B para 2016 e eu que não sabia de nada.
4. Se antes de entrar em acção, numa entrevista em directo, uma colega lhe atirar um café à camisa e gravata e a única alternativa for vestir uma camisa amarela às bolinhas pretas, o que é que vai fazer? Ai essa ainda não previu? Credo. Como não? E se isso lhe acontecer em 2016...? Ui. Bolas, bolas, bolas.
5. Etc, etc...
Ora bem. Depois destes exemplozinhos, diga-me lá uma coisa, Sr. Faz-de-Conta que é Qualquer-Coisa: continua a fazer-lhe sentido centrar a conversinha no Plano B e em que ano é que vamos usar o plano B e patati patata plano B -- ou vamos mas é perceber bem em que consiste o plano A?
Pronto. Tirando isto, nada mais me ocorre dizer a não ser que, enquanto a SIC estiver infestada com tanta gente que parece ter a sua própria agenda e defender interesses que não os de interesse jornalístico, quero é que o José Gomes Ferreira e tutti quanti (salvo honrosas excepções) se vão catar.
Está de chuva, um tempo tramado. Uma pessoa arruma a casa, faz o jantar, lava a roupa e, às tantas, desliza até ao sofá. E, então, merecidamente, descansa, lê, e, por fim, para ver a quantas anda o país, liga a televisão e... miséria: aí estão eles.
Por todo o lado, Passos Coelho, com aquela sua cara de pau, aparece a dizer que não acha bem tanto imposto ou que não acha bem o capital chinês que porventura se infiltrou na TAP ou que o Banif no tempo dele é que estava bem, e a gente pensa que o fulano devia ser internado, tanto descaramento e falta de vergonha já parece padecimento de foro mental. Mas, pior ainda, deve estar quem oferece palco a criatura com tão patológico comportamento.
Mudo de canal, farta, e eis que, do outro lado, me aparece o Baldaia a dizer coisas que não colam com a realidade, teses lunáticas, a defender o indefensável, parece que tem ódio a estes que agora nos governam ou, então, tanta parvoíce bolsa a toda a hora que já não sabe o que diz.
E depois é aquele que trabalhava num jornal económico que parece que foi à falência, um tal que também se chama António Costa, e que agora anda também por todo o lado a atacar a eito o que este governo faz mas antes de o ter feito.
Ou é o José Gomes Ferreira que ora é comentador, ora é entrevistador, ora escreve armado em economista doutorado em finanças públicas. E sempre, sempre, sempre, doentiamente sempre a agitar papões, fantasmas, como se deste governo apenas pudesse vir a peste suína, a peste amarela, a peste negra e como se, pelo contrário, as anteriores políticas tivessem sido bem sucedidas. Ouve-se o que a criatura exala e vê-se, em forma de palavras, o que é a incoerência e a falta de sentido de responsabilidade ou ética.
Qualquer órgão de comunicação social que prezasse a isenção, o rigor e a decência proibia isto. Mas aqui não, aqui dá-se palco a estas criaturas que ou padecem de um permanente vício de raciocínio ou de taras.
E quem diz estes, diz outros de quem não sei o nome e que já se dão ao luxo de até prever a queda do governo. E, pela forma como o vaticinam, adivinha-se como exultariam se isso acontecesse.
Uma vergonha, esta gente.
Qualquer burocrata em Bruxelas ou alemão de raça canina que arreganhe o dente, querendo vergar a coluna aos portugueses, e aí está, acto contínuo, uma tropa fandanga -- que, parecendo que anda a fazer o trottoir e a rodar a bolsinha de esquina em esquina, circula entre a rádio, a televisão e os jornais -- a dar-lhes razão e a querer derrubar os que defendem a soberania e uma melhoria de vida para os portugueses.
Não sei o que é isto. Será que as mães foram picadas, em seu tempo, pelo zika? Ou será que a estupidez e o ódio é doença contagiante e se infectaram uns aos outros?
O que sei é que há uma chusma de gente desqualificada que não sei se deliberadamente ou na maior ignorância -- ou até talvez como torpe forma de vida -- não se cansa de vilipendiar os que lutam pelo desenvolvimento do país. Na sua encarniçada sanha persecutória, estas Direcções de Informação e e estes comentadores avençados (que, de caminho, estão a destruir a imagem do jornalismo em Portugal) mais parecem defender uma abúlica rendição colectiva às mãos dos agiotas que mais não são do que agentes dos ditos mercados.
E mais não digo que o comportamento desta gente me revolve as entranhas. Lamento dizer mas a verdade é que penso neles e só me lembro de ratos.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa semana a começar já por esta segunda-feira.