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sexta-feira, outubro 14, 2016

O que é que ele tem que a gente não consegue ver...?


Marie-Ségolène Royal - 63 anos

Julie Gayet - 44 anos

Valérie Trierweiler - 51 anos

-- As mulheres mais ou menos 'oficiais' de François Hollande --



Ao sair um livro sobre o franganote, o assunto volta à ribalta: refiro-me ao misterioso efeito que Hollhande desperta em algumas mulheres, pelo menos nas três que se lhe conhecem.

Entre confidências, desabafos e mémoires, Hollande resolveu mediatizar-se um bocadinho mais, dando-se a conhecer mais de perto através de um livro em que expõe pensamentos privados ('um presidente não deveria dizer isto...').


E, portanto, como referi, uma vez mais o espanto volta. Hollande, o decepcionante presidente francês, esse homenzinho em quem o povo francês não vê rasgo nem chama nem golpe de asa ou de rins nem força (ou seja, em síntese: em que não se detecta ponta de carisma), é afinal um sedutor a cujos pés caem belas, inteligentes e vibrantes mulheres.

O que vêem as mulheres num homem assim? -- é a pergunta que se impõe.


Podia ser o songamonga que se vê e o choninhas político que se conhece (tanto que, qual caniche, gostasse de se esconder debaixo das poitrines de matrafonas alemãs) mas, à vista desarmada, ser um garanhão, a réplica presidencial de um bombeiro de calendário, um irresistível galã -- e aí a gente até poderia perceber. Ah, por debaixo daquela maneirazinha de ser, esconde-se afinal uma bomba sexual...! - diríamos então.


Mas não. Nem na personalidade nem no físico Hollande impõe respeito. E os apontamentos pessoais que vão vazando do palácio mostram-no como um homenzito que gasta descabeladas verbas com um cabeleireiro que sempre o acompanha para manter no sítio a sua farta juba, um homenzito que, durante reuniões de estado, envia sms pueris às suas ex, que se porta como um adolescente retardado que fica vidrado nas namoradas mesmo quando deveria ter a cabeça em assuntos sérios, que gosta -- como Valérie já antes tinha contado e agora voltou à carga, exibindo sms dele -- de se armar em snob tratando os pobres por desdentados.

Isto é o que a gente vê.

(É certo que as fotografias que a imprensa escolhe para o retratar também não ajudam muito.)


E, no entanto, apesar de parecer não passar desta fraca figura, a verdade é que a firme e suave Ségolène é ainda uma leal amiga e a sua eterna companheira, a mulher que o apoia discretamente, a bela e tempestuosa Valérie é ainda uma mulher apaixonada e ciumenta e Julie Gayet é a namoradinha que se derrete ao falar dele, quase como se ainda tivesse rebuçadinhos e memória de beijinhos na boca.


O marialva rebelde não quer casar-se e elas nem piam, é um engatatão encartado e elas até parecem tentadas a desculpá-lo, não tem um pingo de graça e elas, sorridentes, parecem achá-lo o máximo.

Imagino que o livro vá vender como pãezinhos quentes, toda a gente desejando saber qual o segredo desta figurinha, toda a gente a querer ler aquelas passagens em que ele descreve os ciúmes que Valérie tinha de Segolêne, sempre com medo que ele voltasse para a mãe dos seus filhos, ou em que fala num tom que parece ser paternalista em relação à sua mais  recente conquista, a menina Julie dos croissants.


Dizem que sabe anedotas que se farta e que, mal chega a algum lugar, desata a armar-se em engraçadinho, contando secas atrás de secas. Mas, mesmo que uma ou outra tenha graça, será só por isso que elas caem que nem rolas peitudas aos seus pés?

Pois eu não sei. Fico perplexa com a saída que um coisinho destes tem. De resto, também não sei como chegou a presidente da República Francesa -- e isso é capaz de ainda ser pior e pior não apenas para a França mas, também, para a Europa. 

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Já agora, para quem não conheça a actual namorada do presidente francês, Julie de sua graça, aqui fica um vídeo muito recente, de 11 de outubro

Shooting Beauté Julie GAYET 

 3 looks maquillage et coiffure - ByCalliste


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E, se me permitem, acabamos com uma música dedicada a todos os que se amam em Paris

Les amants de Paris


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E queiram agora descer, se para aí estiverem virados, claro, até ao post abaixo onde desfalo do Nobel da Literatura, o inesperado Bob Dylan.


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quinta-feira, dezembro 18, 2014

Valérie, a mulher abandonada que escreveu 'Obrigada por este momento' (o livro que Hollande não queria que ela escrevesse)


No post abaixo já festejei. Andava sem saber que era feito do meu Lombinha dos Briefings e não é que acabei de o ver? Está na mesma, benza-o Deus.

Mais abaixo ainda, fiz-me eco de anedotas, safadices, brejeirices e terapices de casal

Mas isso é a seguir.

Aqui, agora, a  conversa é outra.


L'amour - pela voz de uma ex-Primeira Dama

Carla Bruni, a antecessora



Tenho andado a ler o livro de Valérie Trierweiler, a ex-companheira do galã Hollande que, como é sabido, a trocou pela actriz Julie Gayet.


Andava curiosa por conhecer Valérie, 49 anos, esta mulher com quem a França nunca estabeleceu uma relação empática pois sempre a viu como uma arrivista, aquela que se intrometeu entre François Hollande e Ségolène Royale, a mãe dos seus quatro filhos.

Valérie sempre teve um sorriso que parecia forçado, sempre mostrou uma pose altiva e sempre apareceu aos olhos da opinião pública como uma mulher possessiva (a ponto de a tratarem por Rottweiler) que se tinha colado a um político com ar de homenzinho vulgar que, como por milagre, ascendeu a presidente de França.

Tendo conseguido chegar até ao Palácio Presidencial, Valérie não chegou a aquecer o lugar. Nem dois anos tinham decorrido e já a traição de Hollande com Julie aparecia exposta na capa dos tablóides - ainda por cima, uma coisa ridícula, o Hollande à porta da amante, de capacete para não ser reconhecido. A imprensa do mundo inteiro acompanhou a cena em tempo real: os comprimidos tomados por Valérie, o internamento por esgotamento nervoso, as crises de choro e fúria. 


E, pouco depois, ouviu-se falar do livro, Obrigada por este momento. Parecia daquelas mulherzinhas que, traídas e de cabeça perdida, tudo fazem para dar cabo da vida ao ex e à nova consorte.

Li, na altura, que ela fazia revelações que o deitavam por terra, mostrando-o como uma criaturinha egocêntrica, parva, fútil, mentirosa.

Balançando entre achar que o livro não devia ser coisa que se aproveitasse pois não devia passar de uma vingançazita vulgar, e uma cusquice difícil de controlar, quando vi o livro à venda, folheei-o para ver se me convencia a deixar lá ficá-lo. Mas não. Trouxe-o mesmo.

O livro não está extraordinariamente bem escrito, o que me causa admiração. Valérie tem estudos e é jornalista e, ultimamente, para evitar constrangimentos, tinha deixado de escrever sobre política, área na qual era especializada, para passar a escrever sobre livros. Seria, pois, de esperar uma prosa mais escorreita. Mas também não é horrorosa, note-se. Bem pior é a escrita de José Rodrigues dos Santos, por exemplo.

Mas, para além da forma como escreve, há a linha condutora da narrativa que é um bocado caótica. Ela vai escrevendo à medida que as coisas lhe vão vindo à memória e, portanto, o livro não é sequencial e vê-se que é escrito com a emoção à flor da pele e sem grandes cuidados de revisão e edição.

Ainda assim é um livro que prende, tanto mais que fala sobre factos recentes, fala de um presidente em funções e fala dela própria, revelando-se de uma forma muito genuína.

Quando acabar de ler, contar-vos-ei. Para já, entre muitas outras coisas, fiquei a saber que Valérie provém de uma família extremamente pobre, mas mesmo muito pobre, e que, extraordinariamente, conseguiu sair do círculo de pobreza que geralmente aprisiona os muito pobres e conseguiu estudar, ganhar o gosto por ler, e evoluir, sempre trabalhando, muitas vezes sofrendo. Impressionou-me o episódio que contou relativo ao dia, um primeiro dia de aulas, em que, tendo verificado que os sapatos tinham deixado de lhe caber, teve que levar calçados uns sapatos largos do irmão e que, nos intervalos, ficou sentada, com a mala em cima dos pés, envergonhada, a chorar.

Fiquei também a saber que, a pedido de Hollande, tinha deixado o seu trabalho na televisão, ficando apenas com o trabalho no Paris Match (ou seja, tinha renunciado a dois terços do seu rendimento) e que, ao ser posta fora da vida do presidente, receou pela sua autonomia financeira, tendo este lavado as mãos. Pôs-se então a escrever o livro não tanto para ganhar dinheiro mas como catarse. Pensou que ia vender bem mas nada do que se tem vindo a verificar, nunca imaginou que fosse o best-seller internacional que está a ser. Imagino que fique rica com os proventos deste livro e fico contente por isso. A lembrança dos tempos de extrema pobreza estão ainda muito presentes na memória de Valérie.

Hoje, ao fim do dia, fui a uma feira de livros e, por acaso, dei com um pequeno livro sobre Ségolène Royale.


Lê-lo-ei a seguir. Não que queira compará-las tanto mais que, justamente, essa comparação atormentou a relação entre Valérie e Hollande, mas, depois do que estou a ler, fico também curiosa em relação a essa outra mulher que igualmente se enfeitiçou por aquela figurinha por quem eu não daria um chavo.

Entretanto, descobri uma entrevista muito recente, com menos de um mês, à BBC, na qual Valérie Trierweiller fala abertamente pela crise pela qual passou. Achei interessante e, por isso, aqui a partilho convosco. Imagino que não tarde esteja de volta à televisão pois tem uma presença forte e, por ela e pelos filhos, tomara que isso aconteça.



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NB: Muito gostaria ainda de poder escrever sobre o importante passo no sentido da normalização de relações entre os EUA e Cuba mas já não dá, o tempo não estica. Mas aqui deixo nota da minha alegria.
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Relembro: sobre o Lombinha e o chefe e o regabofe da televisão e sobre cantadas, disputas e outras cenas que requerem uma boa terapia de casal é favor descer até aos dois posts seguintes.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa quinta-feira.
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