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quarta-feira, julho 24, 2024

Veado de Ouro

 

Então toda a gente pode invocar a silly season e eu não? Era o que mais faltava. Silly season é bom e eu gosto.

Estou carecendo de férias e, em plena carência, resolvi levar a cabo um conjunto de coisas de que, com vossa licença, sobre algumas vou guardar segredo. O que posso dizer é o que se tem visto: ou por isto ou por aquilo ou por mil outros motivos ando ocupada e bem ocupada et pour cause tenho-me mantido saudavelmente afastada do massacre constante dos comentários sobre as notícias. Reparem no que eu disse: comentários sobre as notícias. Os omnipresentes comentários que estão a devorar as notícias. Não tenho saco. Muito menos tenho acedido a partilhar o visionamento do Big Brother CPIs. Isso ainda menos. Não há pachorra. Não me assiste.

Só tarde e más horas me sento em frente da televisão e, ainda assim, o que vejo é o que me é dado ver no intervalo dos zappings que o meu marido incessantemente faz. Tem dormido até mais tarde pelo que adormece também mais tarde. Por isso, a esta hora ainda não está a dormir: anda a fugir dos comentadores.

Poderia procurar programas lá mais para a frente, National Geographic ou assim. Mas dá-lhe preguiça e eu compreendo-o porque a mim também me dá preguiça dizer que pare com o zapping. É assim a vida.

Por isso, nestes entretantos, espreito as notícias aqui no computador e, não me interessando o suficiente por nenhuma para me adentrar no seu âmago, esgueiro-me até ao Youtube. E ai, certo e sabido, aparece-me sempre coisa que vai de encontro às minhas motivações ou necessidades, nomeadamente às de me divertir. 

Hoje voltou a trazer o meu amigo Milton Cunha. Só tenho pena que ele viva tão longe. Devia vir morar para a minha rua e tornar-se meu amigo. Devia vir aqui bater um papinho todos os santos dias. E ele devia querer que eu lá fosse, a casa dele, ver as suas toilettes. Acho-o o máximo.

Milton Cunha fala sobre o troféu VEADO de OURO! 

| Avisa Lá Que Eu Vou | GNT

Milton Cunha e Paulo Vieira falam tudo sobre o evento mais PROFANO cultura do CÍRIO de NAZARÉ que é a festa da Chiquita e o prêmio VEADO de OURO


Dias felizes!

segunda-feira, julho 31, 2023

Onde não se fala do divórcio entre a Catarina Furtado e o João Reis
(isso fica o Expresso, esse jornal de referência)
mas sobre o que há depois da vida, segundo Einstein

 

Estamos decididamente na silly season e, por isso, deslizo pelas notícias sem conseguir fixar-me em nenhuma. É verdade que as circunstâncias também não propiciam grande paciência para com futilidades ou coisas muito déjà vu. Um dos meninos tinha feito anos já vai para uma semana e, porque, nestas alturas, se acumulam aniversários com férias dos pais, ainda não tinha conseguido festejar com a família. Por isso, foi hoje e cá o tivemos a apagar as velas num belo bolo do Sporting.

Por isso, depois de ver as cabriolices que fazem em catadupa e que me deixam sempre apreensiva e com receio que se magoem pois um faz e os outros todos querem reproduzir, incluindo o mais novo, depois dos festejos e depois de uma bela tarde em família, obviamente não me dá para coisecas que não interessam nem ao menino jesus (no pun intended).

Mas, se não tenho pachorra para sillyzices, também tenho claro que temas mais complexos não são adequados a estas alturas em que o calor aperta e a saturação se instala.

Contudo, vi agora uns vídeos que me parecem deveras interessantes. Escolhi um deles para aqui partilhar pois, parecendo que não, se calhar até tem alguma oportunidade. 

Aquilo que, segundo os crentes, é uma perspectiva animadora, a de que, quando se morre, se vai para um paraíso que é só leite e mel (isto se as portas se lhe abrirem, claro), a mim sempre me pareceu uma fantasia desprovida de sentido. Haver algures, nos confins do céu, um branco open space, cheio de finados que sorriem a todo o tempo numa de peace and love, parece-me delirante e, sobretudo, desprovido de qualquer razoabilidade lógica e científica. Claro que ficam na nossa memória, embalados pelo nosso afecto. Mas, do ponto de vista, físico, material, a conversa é outra.

Numa de que as partículas elementares de que somos feitos podem desagregar-se quando lhes faltar a energia que as mantém agregadas e, uma vez soltas, agregar-se de uma qualquer outra maneira, consigo conceber que, de certa forma, algo dos que morreram continua a pairar por aí. 

Agora nunca me tinha lembrado que se pode olhar para este complexo e perturbante tema numa perspectiva de espaço-tempo. É que, segundo essa perspectiva, o tema adquire uma dimensão que, de certa forma, traz atemporalidade àquilo a que chamamos vida. E isso é extraordinário.

Apesar da física das partículas elementares ser fascinante para mim, a verdade é que o seu entendimento não me é linear, fácil. Deixo-me levar, neste domínio, confesso, mais pela intuição e pela poética do que pela matemática. 

Por isso, não consigo pronunciar-me sobre o que aqui se diz, não consigo dizer se está certo ou se é provável. Consigo, apenas, dizer que me parece muito interessante.

Sabine Hossenfelder é uma física teórica e uma comunicadora. Fala sem rodriguinhos, sem deambulações por territórios metafísicos. 

The “afterlife” according to Einstein’s special relativity | Sabine Hossenfelder

Sabine Hossenfelder investiga as grandes questões da vida através das lentes da física, particularmente a teoria da relatividade especial de Einstein. Ela destaca a relatividade da simultaneidade, que afirma que a noção de "agora" é subjetiva e dependente do observador. Isso leva ao conceito de universo de blocos, onde passado, presente e futuro existem simultaneamente, tornando o passado tão real quanto o presente.

Hossenfelder também enfatiza que as leis fundamentais da natureza preservam a informação em vez de destruí-la. Embora as informações sobre uma pessoa falecida se dispersem, elas permanecem parte integrante do universo. Essa ideia de existência atemporal, derivada do estudo da física fundamental, oferece percepções espirituais profundas que podem ser difíceis de internalizar na nossa vida quotidiana. Como resultado, Hossenfelder encoraja as pessoas a confiar no método científico e aceitar as profundas implicações dessas descobertas, que podem remodelar a nossa compreensão da vida e da existência.

Como físico, Hossenfelder confia no conhecimento adquirido por meio do método científico e reconhece o desafio de integrar essas percepções profundas nas nossas experiências diárias. Ao contemplar esses conceitos profundos, podemos potencialmente expandir a nossa compreensão da realidade e nosso lugar dentro dela.


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Desejo-vos uma boa semana a começar já nesta segunda-feira
Saúde. Serenidade. Paz.