Mostrar mensagens com a etiqueta Aguiar Branco. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Aguiar Branco. Mostrar todas as mensagens

sábado, fevereiro 15, 2025

Não seria boa ideia substituir o Aguiar-Branco, enquanto presidente da Assembleia da República, por um bot?
Um algoritmo não conseguiria pôr mais ordem na mesa e impor mais respeito ao bando de delinquentes que só ali está para armar confusão?
Pergunto.

 

Há funções que, com o tempo (e já não há de faltar muito), irão à vida. Mas, teoricamente, presidir à Assembleia da República não seria uma delas. Há que saber dirimir conflitos, há que garantir o respeito por todos os protocolos em vigor, explícitos ou implícitos, há que saber conduzir os trabalhos no respeito pela proporcionalidade e pela relevância dos temas e há que evitar o abandalhamento. Teoricamente só um humano, um humano inteligente, equilibrado, com experiência de vida, conseguiria fazê-lo.

Mas o Aguiar-Branco tem uma visão minimalista das suas funções, basicamente acha que o seu papel é ser o grilo falante que acompanha o corte da palavra quando o orador excede o tempo atribuído. Quanto ao restante, assobia para o lado, que não é polícia e tal. Não está ali para se chatear.

O gang -- em que uma parte considerável dos seus membros está a contas com a justiça, acusados por cenas que vão desde o roubo de malas à violação, à ameaça de morte ou a outros delitos variados, e que, na Assembleia, se entretém a lançar bocas obscenas, insultos, ofensas ou, simplesmente, a fazer barulho e armar confusão, conspurcando a casa da democracia -- está, portanto, à vontade. Ou melhor, à vontadinha.

Ora, se tivéssemos um robôzinho a gerir a Assembleia, um robôzinho provido de inteligência artificial, um robôzinho que identificasse insultos, ofensas e outros destratos, que obrigasse os deputados mal educados e com comportamento delinquente a saírem da sala sob pena de apanharem choques elétricos se permanecessem nos seus lugares, estaria em clara vantagem sobre o Aguiar-Branco. Fazer uma gestão eficiente dos horários ou dar a palavra a este ou àquele isso nem é tema, isso é de caras, nem precisa de grande inteligência para o fazer.

Penso que se deveria pensar nisso. 

É o que me parece.

domingo, maio 19, 2024

Aguiar-Branco, read my lips:
NÃO. NÃO PODE.


Em tudo nesta vida há linhas vermelhas. Liberdade de expressão é bom e eu gosto e que disso não haja dúvida nem venham cá os Segismundos, os Rufinos ou as Mariazinhas desta vida moer-me a paciência. 

Mas a liberdade de expressão acaba quando começa o insulto, a ofensa, o linguajar xenófono ou racista.

A nossa Assembleia da República é a casa da democracia onde os 'eleitos' nos representam, decidindo o que acham ser o melhor para os portugueses e zelando pelo bom cumprimento da nossa Constituição. É uma casa aberta onde o que ali se passa pode ser visto por todos, devendo dignificar e liberdade, o respeito, a democracia.

E, da mesma forma que não é suposto que os deputados por ali andem a roubar a carteira uns dos outros, a fazer chichi contra a parede ou a usarem palavrões quando usam da palavra, também não é suposto que profiram palavras xenófobas ou racistas pois, se isso for aceite aos deputados, será como se estivesse a ser legitimado para o resto da população.

Ora queremos ser uma sociedade civilizada, inclusiva, tolerante, humanista. Não queremos manifestações de ódio, de xenofobia, racistas. No dia em que, a pretexto da liberdade de expressão, elas sejam aceites, em que momento é que se vai considerar que se está a ir longe demais...?

Ou também é suposto que se, por exemplo, o André Ventura resolver pôr-se a mandar para o c... outro deputado ou disser, com todas as letras, que quer que os ciganos se f... ou se um qualquer outro fizer a saudação nazi ou, mesmo, acabe a seu discurso com um 'Heil Hitler', o Presidente da AR assobie para o lado alegando que, se um deputado quiser manifestar-se assim, está no seu direito e que se alguém se sentir incomodado, então, quando muito, que venha o Ministério Público e avalie se aquilo é crime ou não....?

Aguiar-Branco deveria repensar a sua posição, deveria pedir desculpa aos deputados e aos portugueses, e deveria retroceder e anunciar que, se, na Assembleia da República, alguém quiser portar-se desordeiramente, seja por ofender, insultar ou ameaçar raças ou povos ou pessoas individuais, não pode. Não. Não pode. Obviamente, não pode.

PS 1: Ver dois papagaios arruaceiros, um do PSD e outro da AD, a saltarem em defesa do Aguiar Branco e ver a bancada do Chega a aplaudir Aguiar-Branco é apoio de que ele deveria envergonhar-se.

PS 2: Este é o problema e o perigo da direita em Portugal (PSD, AD, Chega): há lá muita gente muito básica, muito ignorante, que não faz a mínima do que é a civilização, que não tem a noção do que é liberdade ou democracia. Portanto, é vê-los armados em bons, a saltar a pés juntos sobre gente digna e que deveria merecer respeito (vide a Hugo Soares de saias, ie, Maria do Rosário Ramalho), a mentir e insinuar maus actos a outros (vide o Miranda Sarmento, a inventar caos e colapsos onde eles não existem), a vociferar no Parlamento, a defender qualquer baboseira que qualquer um deles bolsa. Uma tristeza. E um perigo.

terça-feira, abril 30, 2024

Há razões para optimismos com o actual quadro político e institucional em Portugal?

 

Não quero ser pessimista. Por natureza não o sou. Mas estou a encontrar alguma dificuldade em ser optimista.

Um país funciona bem quando as suas principais instituições funcionam bem, de forma articulada, sensata, inteligente.

Agora quando temos um Presidente que parece estar descompensado, desbocado, desprovido de bom senso, um Governo que parece funcionar na base do improviso (e não é só Marcelo a queixar-se), sem se articularem com os outros partidos (veja-se a barracada da eleição para presidente da AR ou agora, mais recentemente, do diploma do IRS), sem pensarem (vide a descabelada questão de mandarem os meliantes para as forças armadas, pelos vistos seguindo a prática de Prigozhin que ia à cadeia buscar os bandidos para o grupo Wagner) e sem se coordenarem entre eles, e com um Parlamento todo salteado, sem equilíbrios virtuosos, o que se pode esperar?

Um disparate constante.

Salva-se deste panorama -- até ver -- José Pedro Aguiar-Branco a quem tenho visto tomar atitudes assertivamente civilizadas. Mas que pode ele fazer perante o pot pourri em que a AR está transformada sem que do lado do Governo minoritário pareça haver habilidade e inteligência para negociar e sem que o líder da bancada da AD pareça ter cabeça, elegância e savoir fair para estabelecer pontes...?

Quando vejo Montenegro, com comportamentos trauliteiros, a ver se provoca arruaça, em vez de se portar condignamente tentando estabelecer uma linha de entendimento com as outras forças do Parlamento, fico sem perceber qual é a dele. É a atitude de um frangote com a mania que é um galo capão? É a atitude de um rural-lento (Marcelo dixit) que, não conhecendo mundo, se acha mais capaz do que todos os outros com quem tem que lidar? Ou nunca pensou ganhar as eleições e, não se achando capaz, está a ver se se põe a andar?

E outra coisa, agora ao nível das Europeias: ao ver o Bugalho, de peito feito, impante, desafiador, provocador, já a saltar a pés juntos em cima do Marcelo, a sua arrogância e ambição já a saltar-lhe do corpo para fora, pensei que não tarda está a disputar a liderança ao 'lento'  e 'rural' Montenegro e a disputar o lugar do mais populista ao Ventura. Não se me afigura nada de bom, devo dizer. Vejo o Bugalho a espalhar confiança e um hiper-convencido donaire neste seu novo papel e, confesso, sinto um bad feeling.

Poderia sentir-me confiante com a liderança do Pedro Nuno Santos. Mas não sinto. Também o acho lento, palavroso, cauteloso, agarrado a uma ideia demasiado colada à esquerda-esquerda de uma sociedade que já se moveu daí. Falta-lhe ímpeto, visão a longo prazo, calo, mudo. Falta-lhe golpe de asa. Pode ser que ainda a ganhe. Mas não sei.

Portanto, a ver vamos.

Intuo que as eleições europeias vão trazer inputs que vão revirar as expectativas e baralhar as contas. Os desaires e os embustes da AD e a forma canhestra como conduzem os assuntos têm causado péssima imagem. Por isso, a ver se não vem de lá um cartão amarelo.

Enfim...

__________________________________________

Para pro memoria aqui fica o link para o vídeo que, como muito bem diz o João Lisboa, vai ficar para a história por revelar o real dimensão da demência:

Marcelo janta com jornalistas e fala, fala, fala durante 4h: “O que é que eu disse? Que o Costa é lento, a procuradora maquiavélica e o meu filho um idiot…?”

_______________________________________________

quarta-feira, março 27, 2024

Ahahahahahahah

Eheheheheheheh

 


(...)

........................................................

Post Scriptum 

Agora a sério: tal como referi na noite das eleições, a única solução de governabilidade mínima (a bem do País) passará por um entendimento (caso a caso, quando faça sentido, quando não viole os princípios programáticos do PS) da AD com o PS. 

No caso da eleição do Presidente da AR, com Aguiar-Branco (nome neutro), a AD, na sua arrogância, cagança, imaturidade democrática, preferiu fazer um entendimento com o Chega, nem se dignando a falar com o PS. Deu nisto. Uma anedota. 

Se a AD tivesse falado com o PS, a esta hora Aguiar Branco seria Presidente da AR.

Uma humilhação para Aguiar Branco e, sobretudo, para Montenegro. Uma grande, grande humilhação.

sexta-feira, outubro 10, 2014

O drone tuga (que é como quem diz, mais um inconseguimento do Aguiar Tinto)


Depois de no post abaixo ter divulgado o papel com a resposta de um certo Pedro às dúvidas sobre se andou a receber 5.000 euros limpinhos de uma certa Tecnoforma ou ONG, aqui mostro um brilhante feito do igualmente brilhante ministro Aguiar Tinto, essa figura que tem sido tão consensual junto das Forças Armadas e que tão boa memória vai deixar quando for pregar para outra freguesia.

Dizem que é um avião não tripulado da Marinha Portuguesa mas a mim parece-me é habilidade de algum assessorzeco do Aguiar Tinto que quis provar aos embirrantes dos tropas que não é preciso muito dinheiro para fazer coisas giras.


Ora vejam, tão bonito.




--


E sigam, caros leitores, sigam para bingo. Não percam a resposta do Pedro. É já aqui abaixo.


---

quinta-feira, novembro 28, 2013

Pires de Lima na TVI diz que é pai de família mas que não tem medo de Mário Soares e das suas palavras violentas. Mas achará ele que o Papa Francisco também diz palavras que assustam os pais de família menos valentões que ele? Achará que o Papa também anda a incitar à violência? Ou o Papa já não é o emissário de Deus na Terra? Mas Pires de Lima, Paulo Portas, Aguiar Branco, Morais Sarmento e toda essa gente que vi hoje na televisão a dizer baboseiras não sente vergonha ao saber o que o Primeiro Ministro Belga disse sobre os salários de miséria pagos aos portugueses, verdadeiro 'dumping social'?


E o Paulo Portas? Sinceramente já não o consigo suportar, mas não consigo mesmo. 

Já me dá ânsias. Ainda agora o vi todo ufano, a fazer carinhas larocas, armado em vitorioso. Mas esta gente não tem noção?

Sem um pingo de vergonha, continua a fazer trocadilhos, pausas vocais, a fazer sorrisinhos, a jogar com as palavras, a desrespeitar a inteligência e a dignidade dos portugueses.

Isto no dia em que está claro que o negócio de Aguiar Branco conduz ao despedimento de 620 pessoas dos Estaleiros de Viana de Castelo (que são informados pela comunicação social desta perigosa situação). 


E ouço estupefacta e felizmente longe dele (porque penso que teria dificuldade em manter a compostura se estivesse perto), Aguiar Branco a dizer que a Martifer, se tiver encomendas, irá nos próximos anos criar talvez uns 400 novos postos de trabalho.


Criar novos postos de trabalho? Mas ninguém o confronta com a enormidade do que está a dizer? Então as pessoas recebem guia de marcha para o desemprego e talvez, se tiverem sorte, algumas venham a ser reempregadas - e o ministro vem dizer que a Martifer vai criar novos postos de trabalho? E os pobres coitados que não forem readmitidos? E os que forem e, até lá, vão estar uns anos no desemprego? E em que condições serão readmitidos? E o sofrimento a que as famílias são submetidas? Isso não conta?

Como é que é possível termos um governo de pretensos chicos espertos, manipuladores, desrespeitadores, gente que ofende o povo que os elegeu? Como é isto possível, senhores?

E isto num dia em que qualquer português com um mínimo de honorabilidade sente uma vergonha sem remissão ao saber que o Primeiro Ministro belga dá como exemplo do que a Europa deve evitar o que se paga com o pagamento a trabalhadores portugueses.


O Governo belga aprovou hoje um plano de ação contra a utilização abusiva do mecanismo europeu de destacamento de trabalhadores estrangeiros, tendo o primeiro-ministro dado como exemplo «totalmente inaceitável» portugueses pagos a 2,06 euros à hora.

«Na semana passada, um empregador foi alvo de um processo verbal, já que fazia trabalhar 60 não belgas, no caso portugueses, por um salário de 2,06 euros à hora. Isso é totalmente, totalmente, totalmente inaceitável», comentou hoje o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, citado pela agência AFP, por ocasião da apresentação do plano de ação contra o «dumping social».



Que vergonha, senhores, que vergonha! Que humilhação. 

Ao que chegámos... Em dois anos e meio a devastação que este gente já levou a cabo, senhores. Parece impossível. Tanta pobreza, tanta miséria, tanta desesperança...

E como é possível que, perante a desagregação social a que se assiste, Cavaco Silva não faça nada?! Como é possível?


*

As imagens provêm do fantástico blogue We Have Kaos in the Garden