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domingo, fevereiro 23, 2025

As pneumonias nas pessoas de idade e com saúde débil

 

O meu pai viveu cerca de doze anos depois de ter tido o grande AVC que não o levou mas que o deixou muito incapacitado. Já aqui falei disso: foi um processo lento e doloroso, em especial para ele. Antes era um homem em excelente forma física, que se sentia orgulhoso pelo seu bom estado de saúde, pela sua resistência física e, creio, pelo seu bom aspecto. Quase não tinha cabelos brancos. Sempre teve o cabelo preto e muito liso. Tinha praticado desporto até tarde, até ter partido uma perna a jogar futebol e ter feito uma cirurgia onde lhe puseram uma placa metálica e um parafuso. Mas continuou a fazer caminhadas e a manter-se em forma. Nunca fumou, não tinha hipertensão nem colesterol alto. 

Ver-se sem se poder mexer, sem orientação geográfica de proximidade e sem metade do campo visual foi, para ele, um rude, rude golpe.

Mas, com a fisioterapia persistente, voltou a andar. Mas a andar com muitas limitações, sempre apoiado.

E não percebíamos se as flutuações de humor ou a agressividade ou as fixações em temas inexistentes se deviam à medicação ou ao próprio estado. Foram anos complexos.

A fase final foi pior: depois de, em casa, ter caído e ter partido o colo do fémur, tendo sido operado, não voltou a andar. Todos os dias era levantado, cada vez com maior esforço. Mas não queria estar sentado. Implorava que o deixassem ficar na cama.

Creio que foi por essa altura, quando começou a estar permanentemente acamado, que teve a primeira pneumonia. Não sei quantas teve. Talvez três ou quatro. A última foi uma pneumonia por aspiração. Foi a partir daí que passou a ser alimentado através de sonda naso-gástrica.

De cada vez que teve pneumonias preparavam-nos para a gravidade do seu estado, em especial dada a debilidade do estado geral. Numa dessas vezes chamaram-me para me ir despedir dele pois dificilmente estaria vivo à hora da visita. Nesses internamentos também 'apanhou' bactérias multi-resistentes, uma das vezes no coração. Tínhamos que nos cobrir de alto a baixo para chegar perto dele, que, nessas alturas, estava completamente isolado.

Houve uma tarde em que nem sei como não tive eu um colapso nervoso. O monitor cardíaco apitava quase em contínuo: os batimentos ora iam abaixo das 30, ora iam acima do patamar crítico (já não me lembro bem mas creio que 150). Quando começavam a descer, a descer, e o apito era contínuo, a enfermeira dizia para eu chamar por ele e apertar-lhe os pés. Passei a tarde numa aflição, 'Pai! Pai!', e a abaná-lo, a apertar-lhe os pés, as mãos. Estava medicado mas, às tantas, suspenderam parte da medicação pois o cardiologista entendeu que alguma dela estava a conflituar com outra. Os médicos diziam-nos que poderia morrer de um momento para o outro, que já não havia muito que se pudesse fazer.

Contudo, sempre sobreviveu às pneumonias, às bactérias multirresistentes, às instabilidades gerais, ao quadro de falência geral que parecia irreversível.

Para o fim, já tinha que estar permanentemente com oxigénio, mas não foi de problemas respiratórios que morreu.

Recentemente, há menos de um mês, morreu um outro familiar meu: também infecção respiratória, também sobre um quadro clínico de debilidade. Neste caso, infelizmente, não se conseguiu reverter o quadro.

Mas cada caso é um caso.

Vejo que as televisões já começam a apresentar retrospectivas sobre a vida do Papa Francisco. Ultimamente já estava muito inchado. Provavelmente já estava a tratar-se com cortisona. É natural que o seu estado seja crítico pois com oitenta e muitos anos, uma saúde que já andava débil e uma pneumonia bilateral em cima, e a ter necessidade de levar transfusões, se calhar com o coração e os rins já não muito funcionais, as perspectivas não podem ser animadoras. É, pois, natural que o seu estado geral seja reservado.

Mas vejo os jornalistas, quais abutres, já a rondarem, já por lá, vejo os programas de televisão que já parecem louvores póstumos, obituários, e penso que pode acontecer que o Papa Francisco lhes troque as voltas. Quantas vezes estive eu numa aflição, com receio que o telefone tocasse de noite ou ao início da manhã... e, depois, como se por obra e graça, tudo parecia recompor-se...

No entanto, seja como for, a verdade é que somos perecíveis. Todos. Ninguém cá fica.

Quando o quadro clínico é complexo e as hipóteses de sobrevivência (em bom estado, em estado de independência e de lucidez) são diminutas, quando se sabe que, se a pessoa sobreviver, é apenas para sofrer ainda mais, nunca sei bem o que se deve desejar.

Sinceramente, o que desejo é que, se Jorge Bergoglio sobreviver, fique bem. Mais do que isto não sei o que dizer.

quarta-feira, novembro 27, 2024

Outras terras, outros sons: na Casa Branca

 

Não sei exactamente de que se trata mas, ao ver a imagem da casa no vídeo que aqui partilho, percebi que era em Portugal. E confirma-se. 

Pus a andar e gostei de ver e ouvir, embora não perceba bem o que se passa ali. Mas, para gostar, também não é preciso compreender - a emoção e o pensamento nem sempre têm que andar a par e passo. É um encontro de pessoas que têm interesses comuns, isso certamente. Não sei porquê ali, naquele lugar, mas isso também não interessa. Enquanto escrevo, estou a ouvir pela segunda vez e agrada-me. 

E qualquer coisa no ambiente que ali se percebe me fez lembrar uma amiga de longa data. A sua profissão é no domínio da razão e do conhecimento, é médica, mas sempre foi um pouco alternativa. E aqui apetece-me dizer 'alternativa no bom sentido' mas também não sei o que isso seja. Mas, só para se perceber, aos dias de hoje, não tem telemóvel. Passa bem sem isso. Não lhe apetece ser incomodada. Quando precisa de contactar alguém, usa o telefone fixo. Quando alguém a quer contactar e ela não está em casa, é o diabo. Quem tem o número do marido, liga-lhe. Quem não tem, terá que ir ligando até que ela regresse a casa. Mensagens, grupos de whatsapp, coisas dessas, é tudo o que ela não precisa, não gosta, não quer, não sente curiosidade. 

Interessa-se por mil coisas mas sobretudo coisas ligadas à terra, à natureza. Sabe muitas coisas que eu não sei. No outro dia, por exemplo, falava-me da planta de onde vem a alpista. Eu não fazia ideia, claro. Também viaja muito e diz que visita museus, galerias, coisa assim, mas aquilo que prefere é andar na rua, ver as pessoas. Por exemplo, já foi algumas vezes à Índia e tenciona voltar. Gosta de andar pelas aldeias, gosta de ver como as crianças se arranjam para ir à escola, por muito modestas que sejam, gosta das cores, dos cheiros, dos sons. 

Agora que deixou de trabalhar, diz que gosta muito de estar no jardim a ler ou a observar. Conhece todos os pássaros, os seus cantos, os seus hábitos. Eu não conheço nada do que ela sabe.

Mas surpreendo-me sempre com o que ela diz. Só para verem, estava a falar-me dos estorninhos, dos pardais, das rolas. Às tantas, falava creio que do melro. Mas não sei se era do melro ou do tordo. E estava naquilo quando me diz: 'Quando andam de roda das oliveiras, gostam de comer o que sobra das azeitonas. Esses são os mais saborosos.'

Fiquei de boca aberta, claro. 

Quando eu era pequena e o meu pai ia aos pássaros com os amigos, armando armadilhas que deixavam, de noite, regressando a casa após as recolherem de madrugada, nós comíamos passarinhos fritos e eu achava-os uma delícia, era um petisco que eu apreciava imenso. Mas desde há mil anos que não consigo pensar em molestar os inocentes passarinhos, muito menos comê-los. E, no entanto, a minha amiga, toda natureza, toda peace and love, ali estava a falar-me do sabor dos passarinhos quando se alimentam de azeitonas maduras. Ainda pensei que não tinha ouvido bem: 'Mas quê? Comes?!'. E ela, sem perceber o meu espanto, 'Claro'. 

A vida é assim mesmo, surpresas, surpresas, surpresas.

Amanhã, se me lembrar, conto uma outra, de uma outra amiga. Uma 'surpresa' que me deixa a rir de cada vez que me lembro.

Mas agora passo a palavra a Mary Keith, que também parece ser bem cool, bem boa onda -- para além de ter um cv bastante interessante.

Other Lands Other Sounds

A setting of the choral processional song used in "Vias", the final performance of the Curiosa "Other Lands Other Sounds" residency at Casa Branca, Portugal summer 2024. 

Music and words by Mary Keith and Kelsie Moore, with thanks to Kate Smith for arrangement ideas, images by Mary Keith, Beatriz Martinez, Ani Keyahova and Ana Torres, with thanks.


segunda-feira, novembro 25, 2024

Sempre estou para ver como é que os totós de serviço vão comemorar o 25 de Novembro...
E, já agora, a minha memória desse tal dia dos idos do século passado

 

A esta distância o que me ocorre é que nessa altura a gente ainda nem sonhava que haveria de vir o dia em que a nossa vida, em especial quando atravessamos momentos de alguma atribulação, seria bem mais facilitada por termos outros meios para nos comunicarmos.

Sem telemóveis, nem sei como era possível a gente aguentar-se em cima do arame... Aguentávamo-nos mas, caraças, por vezes com que dificuldade...

Num post lá muito mais para trás, já o contei: namorava um, que era o namorado oficial, um pouco mais velho que eu, que, apesar de ainda estar a estudar, já dava aulas, andava a maior parte do tempo com outro de quem estava cada vez mais inseparável, e, para apimentar a coisa, tinha um amigo, colega, com quem estava sempre que não estava com qualquer dos outros dois e de quem esses dois tinham imensos ciúmes. Qualquer dos dois, a maior parte das vezes, ao chegarem ao pé de mim, encontravam-me em animada conversa ou a almoçar com esse colega, ficando enfurecidos comigo e lançando olhares furibundos ao meu amoroso amigo. Chegavam até a ser desagradáveis com ele, o que me arreliava bastante.

Mas com quem eu tinha que fazer ginástica a sério para não se cruzarem era com o namorado oficial e com o que queria roubar-lhe o lugar. Num dia em que se cruzaram, e foi de longe, o primeiro manifestou vontade de ir à cara ao segundo e só porque o ameacei de acabar o namoro de imediato é que não houve ali tareia a sério. 

O jeito que umas mensagens de aviso teriam dado. Assim, andávamos às cegas, correndo riscos de todo o tamanho.

Um filme.

O dia 25 de Novembro de 75 era um dia que, em termos de agenda, era complicado pois almoçava com o meu colega, grande, grande amigo, depois ia estar com o namorado e, a seguir às aulas de inglês no British Council, ia estar com o segundo.

Ora, com aviões no céu, com aquele ambiente de caldinho, receios de que a coisa ainda fosse dar para o torto, fiquei a achar que o mais certo era que não desse para ser um dia 'normal'. Mas a chatice é que não tinha como avisá-los. O meu amigo sofria com as minhas tangentes e, por ele, eu acabava era com os dois e, embora nunca o tivesse verbalizado, eu intuía que ele achava que eu ficava bem era com ele. 

Resolvi que o melhor que fazia era ir para casa (a casa dos meus pais) pois ir para a residência na Rua de Artilharia Um, com o quartel ali ao lado, era capaz de não ser lugar muito tranquilo.

Agora como combinar isto com eles, avisá-los de que os encontros habituais ficavam sem efeito, e, ao mesmo tempo, garantir que não se cruzavam uns com os outros?

Ainda liguei para o telefone fixo da casa do segundo a pedir para a mãe avisar o filho para não ir ter comigo pois eu ia para casa dos meus pais mas a amável senhora respondeu-me que ele não estava em casa nem devia lá chegar senão às tantas da noite. Ou seja, o mesmo que nada em termos de comunicação. Com o oficial, então, não tinha mesmo como comunicar.

Lembrei-me, então, de deixar um papel no portão da Faculdade (pois o meeting point geralmente era na cantina, local onde, por haver mesas e cadeiras, era também local de estudo, de encontros variados). Nesse papel dirigia-me a qualquer deles pois apenas escrevi a inicial do nome deles que, por sinal, é a mesma letra. Aí disse que ia para casa dos meus pais, pedindo que 'ele' me ligasse para lá. Assinei com a inicial do meu nome. Qualquer deles, perceberia que o recado era para ele.

Quem fez questão de me acompanhar foi o meu colega. Achou que eu não devia andar sozinha. Não sei se ele temia que houvesse bombardeamento ou se, simplesmente, era cavalheiro e fofo. Queria ir acompanhar-me até casa dos meus pais. Mas, com medo que algum dos outros dois malucos lá resolvesse ir e ainda dessem de caras com ele, impedi-o. Aí, sim, haveria guerra a sério.

Depois disso, só me lembro de ter ido ter à escola em que a minha mãe estava a dar aulas como se nada se passasse. Estava na sala de aula com ela e com os alunos quando apareceu uma Contínua (naquela altura chamava-se assim) a dizer que estava um rapaz à minha procura. Lembro-me bem do susto que apanhei, sem saber qual deles era e com medo de que, às tantas, ainda aparecessem os dois e armassem barraca justamente na escola onde a minha mãe trabalhava.

E o estúpido disto é que não consigo lembrar-me de qual deles é que foi. O meu marido também não se lembra. Cá para mim foi ele mas agora já não tenho como saber. 

E a ideia que tenho é que, como afinal não houve guerra e eu já não passava sem a adrenalina daquela liberdade, que era tão boa, e  sem aqueles amores, no dia seguinte de manhã voltei à capital para a vida 'normal' e agitada que, na altura, era a minha. 

Quanto ao resto, para falar verdade, mal dei por isso. Havia liberdade antes e houve liberdade depois, a liberdade do 25 de Abril, e a liberdade é uma coisa maravilhosa. E o amor também. 

E o resto é conversa.

quinta-feira, maio 20, 2021

Nesta vida, o que é que faz sentido?

 



Os hábitos mudam. Dantes, não assim há tanto tempo, ia uma meia dúzia de vezes por ano a Madrid. Eu gostava muito de Madrid e chegava a dizer que não me importava de lá viver. Estudava as exposições, avaliava as que valiam a pena, estudava a melhor altura para as visitar. E antecipava o prazer de andar no Retiro no meio daquela tremenda diversidade dos domingos de manhã. Vinha de lá carregada de fotografias. Tudo me agradava: a arte, os jardins, a alegria das pessoas, as lojas, os restaurantes. 

Até que, por isto ou por aquilo, as viagens foram ficando mais esparsas. Agora, se penso em Madrid, não sei bem o que lá me atrairia. 

Os museus de Paris ou de Amesterdão também são daqueles aos quais haverá sempre mil razões para lá voltar. E, no entanto, se pensar em ir passear, não me ocorre ir para lá.

É estranho, isto. 

Apetece-me passear mas, se pensar onde quero ir, só me ocorrem lugares por aqui mesmo, por perto. Ir até à Gulbenkian, por exemplo. Ir descobrir parques, ir a pequenos museus, coisas assim.


Se calhar é outro dos efeitos colaterais do confinamento. Vi que, no dia em que abriram a cancela aos turistas, aviões carregados de ingleses aterraram no Algarve. Ainda bem mas, numa altura destas, não consigo perceber esta atracção pela fuga.

Hoje falaram-me numa pessoa ainda jovem que, supostamente, terá apenas cerca de três meses de vida. Não sei como se vivem esses três meses. Não sei se será possível racionalizar, desdramatizar, programar, com a qualidade possível, o que falta para viver na plena posse das faculdades.

Nunca me hei-de esquecer da cunhada de uma amiga que, sabendo que estava às portas da morte, deu largas à sua vontade de cantar. Surpreendeu toda a gente: parecia a Janis Joplin. Fazendo anos a poucos dias do que sabia ser o seu fim, já de cama, muito mal, pediu de presente um blusão de cabedal. Eu ouvi isto com a perplexidade de quem ainda não sabia nada da vida. 


Nessa altura eu achava que as coisas deviam fazer sentido. Hoje sei que não. Hoje sei que mais de metade do que fazemos não faz qualquer sentido. Pode é fazer-nos sentir bem e isso é bom. Não devemos abrir mão do que nos faz sentir bem.

O que se faz quando se percebe, com todas as letras, aquilo que passamos a vida a ignorar, que a vida é finita? Como nos despedimos dos filhos, da sua inocência e amor, do companheiro e amado, das flores, do céu, da vista que temos da janela, dos passos que damos na nossa casa, do sol que entra pelas janelas?

Recordo-me de novo do momento em que, numa descida a caminho de uma movimentada rotunda, o meu carro perdeu os travões e, desgovernado, avançou a grande velocidade contra o que encontrasse pela frente e de como pensei, naquela breve fração de segundos, que se calhar estava a viver os meus últimos momentos e que nem tinha tempo de pensar em cada um dos meus amores. E penso como vivi esse momento sem pânico, apenas com essa prosaica constatação. E, depois do embate, lembro-me bem de, com o carro amachucado, meio no ar, meio de lado, a fumegar, abrir a porta, perceber como sair de lá e, já cá fora, ficar um bocado atónita a pensar que estava viva e sem perceber se estava ou não magoada, inteira. Apenas perplexa. As pessoas vieram a correr ter comigo, vinham aflitas, largaram os seus carros de qualquer maneira, e eu estranhamente calma, tentando perceber se nada em mim se tinha quebrado ou partido. Mas calma. O carro estava de tal maneira que foi declarado perda total. E eu apenas intrigada com a sorte que tinha tido. Aliás, sem perceber como era possível que estivesse ali, viva, a poder dar testemunho do que tinha acontecido. Chegou um carro da polícia, saltaram de lá os polícias, queriam que eu fosse para o hospital. E eu, como que anestesiada, sem precisar de nada. Liguei a um colega e pedi que me levasse. Ele espantado. Cheguei, sentei-me à secretária e comecei a trabalhar como se nada se tivesse passado. Aliás, do que me lembro, nem quis mais saber do carro. 

Tudo muito estranho.

Talvez que, quando a despedida é breve, seja assim, irreflectida e indolor. Quando tem prazo não imagino como seja.

Mas nem é bom pensar nisso. Nem sei porque falei nisto. Não vinha nada a propósito. 


Respectivamente, pinturas de Dali, Magritte, Krøyer e Montferrier, obras em exposição em Paris na companhia de Khatia Buniatishvili a interpretar o Liebestraum No. 3 de Liszt

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Saúde e alegria, seja qual for o tempo que estiver pela frente.
Enjoy