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terça-feira, setembro 22, 2020

O apelo de mulheres menos belas e não tão jovens

 


Apesar de possuir um apurado sentido estético e de ter preferido desde sempre as raparigas muito jovens com o seu encanto primaveril, não deixava também de reagir perante o apelo de mulheres menos belas e não tão jovens. Durante os bailes sucedia por vezes deixar-se prender por uma qualquer rapariga desanimada e sem frescura, que ninguém desejava e o conquistava pela via da compaixão, e não só da compaixão, mas devido também à sua eterna curiosidade. 
A partir do momento em que se dedicava a uma mulher -- fosse por semanas ou apenas por horas --, ela tornava-se bela aos seus olhos e a sua entrega era completa. A experiência ensinara-lhe que todas as mulheres eram belas e capazes de dar prazer, e que mesmo a de aparência insignificante, desprezada pelos outros homens, podia revelar um ardor e uma entrega inauditos, e que mesmo aquela que perdera já o viço da juventude era capaz de derramar uma doce ternura melancólica e mais que maternal; no fundo, todas possuíam um segredo e um encanto cujo desvendar o fascinava.

Nesse aspecto eram todas elas semelhantes: havia sempre um gesto especial capaz de compensar qualquer falta de juventude ou beleza, embora nem todas o prendessem durante o mesmo tempo. A menos bela não lhe inspirava menos amor e gratidão do que a mais jovem e graciosa, a sua entrega era sempre total. 


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Excerto de Narciso e Goldmund, Hermann Hesse; Bodyscapes de Carl Warner;  F Major de Hania Rani

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sexta-feira, janeiro 11, 2019

Ele não consegue amar uma mulher com mais de 50 anos.
E eu, olhando para ele e ouvindo o que ele diz, só me ocorre dizer que eu também não seria capaz de amá-lo.
Nem sequer de apenas ir para a cama com ele.


Aliás, tenho a dizer que li a notícia há uns dois ou três dias e nem tugi nem mugi. Para começar nunca tinha ouvido falar de tal pessoa. Quero lá saber do que qualquer um diz. Mas depois fui lendo notícias, o escarcéu que se foi levantando, meio mundo indignado com uma afirmação que a mim me pareceria tão inócua. 

E hoje resolvi ir perceber melhor quem é Yann Moix

Trata-se de escritor, realizador e apresentador de televisão. Parecem-me skills a mais num único corpo mas, pensando bem, o Cláudio Ramos também é escritor e apresentador e ninguém me garante que também não faça vídeos. E se puxar mais pela cabeça sou capaz de encontrar uma palete deles também por cá. Gente polifacetada, quero eu dizer.
O facto de também não o conhecer como escritor não desabona a favor dele mas, provavelmente, de mim. Na volta, salvo um ou outro maluco destrambelhado que ainda vou conhecendo, de resto sou ignorante da nova literatura francesa.

Mas não deixa de me espantar que um sujeito qualquer, seja ou não escritor decente, caia nas bocas do mundo só por dizer que as mulheres com mais de cinquenta não lhe dão pica. E que ele tenha 50 parece-e mero pormenor. Se não dão, não dão. Só gosta de jovens. Está no direito dele. Porquê tanto falatório?

Claro que os jornais e revistas logo se encheram de fotografias mostrando toda a espécie de apetecíveis idosas, com mais de cinquenta. Há montes delas, claro. 


Não desfazendo, eu própria me insiro aí (presunção e água benta, ora pois). Mas, claro, gostos não se discutem e o facto de eu me ver dentro do prazo de validade não quer dizer que um Yann qualquer desta vida não me veja senão como uma avozinha daquelas em quem nem o lobo mau pega. 

Agora duma coisa eu sei: vendo as fotografias dele ou vídeos em que o vejo a falar, não tenho dúvidas que ele a mim também não me inspira nada, nem sentimentos nem apetites. Não é por ter cinquenta anos porque eu, nisso, sou agnóstica: é porque aquela cara parece que indicia um candidato a tarado ou, se olhar melhor, um tipo com ar de campónio metido a besta. Ná. Nem tem um ar sereno nem civilizado nem parece ter sentido de humor. Pior: tem ar de quem não tem uma 'boa pegada'. 

Pode acontecer que uma teenager -- linda, fresca, inexperiente e com pouco mundo -- se deixe deslumbrar por uma vedeta televisiva e vá na conversa de um mal encarado destes. Agora uma mulher feita, que saiba que há mais marés que marinheiros e que são as mulheres que escolhem e não o contrário, olha para uma fraca figura daquelas, disfarça o desinteresse (não vá a florzinha amachucar-se) e segue em frente.

Tirando isso, nada.

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Para quem queira conferir: Yann Moix, o chopinha de macha por ele mesmo


sexta-feira, janeiro 31, 2014

O que deu na Madonna? Alguém me explica? Desistiu de ser uma MILF? Uma cougar? Virou o quê? Nem percebo. Compareceu nos Grammy's de uma forma que me deixa transida. Nem dá para perceber o que aconteceu. Mas dizem que salvou o espectáculo ao apadrinhar um curioso casamento colectivo.


Bem. Abaixo já falei de coisas desagradáveis. Num dos posts falo da miserável actuação da Justiça neste triste caso do Meco e, no post mais abaixo, falo da manipulação através da infantilização que está em curso para que, aos poucos, (quase) toda a população se habitue a deixar de pensar.

A seguir. 

Agora aqui a conversa é outra. Nada a ver com a anterior, nada, nada, nada.

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Madonna Louise Ciccone nasceu em Bay City em 16 de Agosto de 1958, ou seja, fará 56 anos no Verão. 

É certo que já não é uma menina. Uma mulher desta idade pode ter atractivos, pode despertar interesse, claro que sim, pode ainda fazer virar a cabeça dos outros na rua, pode tudo, mas, enfim, sejamos honestos, já não parece que tem 20. Por muito jovem que seja o seu espírito, por muito musculada, exercitada, plastificada, produzida, que seja, não vai parecer uma adolescente para o resto da vida.

E é assim que Madonna, a mulher dos mil visuais, 

loura, morena, ruiva, punk, Marie Antoinette, Evita, virgem, provocante, sedutora, provocante, hetero, bi, whatever

apareceu desta vez na cerimónia dos Grammy Awards 2014 acompanhada pelo filho de oito anos, vestida como ele, 

um modelo Ralph Lauren, fato de corte masculino, gravata, luva e bengala e... um adereço pavoroso, os dentes cobertos de ouro e diamantes, uma tendência da moda conhecida como Grilzz. 
“Todos ficam irritados quando uso o meu grillz, por isso é que estou a usá-lo”, acrescentando que só o usa quando não tem de comer e “quando combina com a roupa” (texto da Caras). 

Mas o pior nem é o horrível pormenor dos dentes: o pior é que tem o rosto quase deformado, dá ideia que encheu as bochechas com silicone, sei lá. Está velha, acho-a feia. Ou simplesmente estranha, nem sei. É que a questão nem está em estar velha ou feia que cada um é o que é, a questão é que parece que tanto mexem na cara que acabam por alterar as feições.

E o cabelo sem brilho, muito amarelo, parece que sem corte definido, mal arranjado. E os lábios muito pintados, parece que fica com ar vulgar, não sei - enfim, tudo neste seu visual me choca.


Olho o seu rosto e fico pasmada: tanto que ela preza o visual, tanto que ela vive em função da imagem e agora aparece assim...? Gostará de se ver? Se calhar gosta.

Tirando isso, dizem que com o seu carisma (não com a voz que essa está fraquinha, fraquinha....), ajudou a salvar uma cerimónia baça, sem sal.

Transcrevo (agora da Lux):

Madonna, Queen Latifah e a dupla revelação do rap Macklemore & Ryan Lewis celebraram a união coletiva de 34 casais durante a festa dos Grammy, no Nokia Theater, em Los Angeles. 


O casamento de 34 casais, incluindo homossexuais, foi um grande acontecimento no palco dos Grammy.

«Estamos aqui para celebrar o amor e a harmonia», pediu a artista Queen Latifah durante a canção «Same Love», que já se tornou hino da queda do Doma (Defense of Marriage Act), lei que negava direitos constitucionais a casais do mesmo sexo nos Estados Unidos.



Seja. Tudo bem, não digo mais nada. E se ela se sente bem, é o que importa. E continua a abraçar causas e a ser inconformista e isso é o que importa. E a idade passa por toda a gente, porque não haveria de passar por ela, não é?


(Passa por ela e, na volta, também passa por mim, sei lá :-)


Não, ainda não é o meu auto-retrato.
Fotografia obtida na net sem se perceber qual o site de origem.
Aliás tal como as outras deste post.


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Relembro: para coisas sérias é, por favor, descer um pouco mais.

*

Hoje no meu Ginjal e Lisboa tenho Marília Pêra a dizer Carlos Drummond de Andrade, numa grande interpretação de Amar. Para enfeitar tenho uma fotografia minha feita por lá com um estranho rosto estampado numa rocha a ver o Tejo. Gostavam que me visitassem ali.


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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela sexta feira. 
Thanks God it's Friday!!!!!!