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segunda-feira, março 28, 2011

Souto de Moura, o 2º Pritzker para um arquitecto português. Muitos parabéns a este homem exemplar!

Os meus parabéns a Eduardo Souto de Moura. Sinto-me orgulhosa por ele.

A sua obra revela uma inteligência totalmente articulada com a imaginação, com a sensibilidade, com o sentido prático.

Quando visitei a Casa das Histórias de Paula Rego referi-me a ele porque é preciso ser-se um grande arquitecto para conceber uma obra tão adequada à obra que alberga, tão adequada ao espírito da sua promotora, tão bem integrada no meio envolvente, tão arrojada na sua simplicidade.

E é uma pessoa simples, o Eduardo Souto de Moura, de uma simplicidade afável, muito digna, muito inteligente, o sorriso simpático sempre presente. Os louvores que tem recebido não o distraem da sua personalidade. Continua solidamente a ser ele próprio.

Como portugueses só temos a orgulhar-nos: 2 Nobel, 2 Pritzker e tantos outros prémios nos mais variados domínios da Ciência. Como portugueses só temos que perceber que é com concidadãos assim, cultos, trabalhadores, honrados, que conseguiremos ultrapassar o tempo de pântano em que nos deixámos atolar.

Estádio Municipal de Braga, obra emblemática de  Souto de Moura

Casa 2 em Nevogilde, a beleza das coisas simples

Parabéns, uma outra vez.

sábado, novembro 20, 2010

Casa das Histórias de Paula Rego com tributo a Victor Willing e eu, imodestamente, a 'colar-me' ao casal

Gosto incondicionalmente da obra de Paula Rego. E admiro-a como pessoa. É honesta, criativa de forma desbragada e tem um grão de loucura que me atrai. É uma mente livre, um espírito intemporal.

Esta sexta-feira fui conhecer a sua Casa das Histórias.


O poético edifício está envolvido por um jardim muito bem desenhado, e, por dentro, é amplo, arejado, agradável.

A exposição é uma coisa 'Entre Marido e Mulher' já que contempla obras da Paula Rego e do marido, falecido em 1988, Victor Willing. O texto de Miguel Matos é interessante para se conhecer melhor esta personalidade fascinante.

Na Casa das Histórias não se encontram obras recentes mas, sim, as iniciais, as feitas com colagens, desenhos, alguns acrílicos. Mas já lá estão os seres invulgares que povoam a sua obra, a ironia solta e livre, o imaginário popular português.

(Leque líndissimo - que comprei na loja do museu - com uma das marcantes mulheres pintadas por Paula Rego, de uma fase posterior às obras que se encontram expostas)


('The Lovers II, de 1974, guache e grafite sobre papel, exposta na Casa das Histórias)

E, num dos meus inacreditáveis ataques de imodéstia e de falta de sentido das proporções, apeteceu-me colocar aqui um quadro que em tempos pintei, num dia em que estava particularmente divertida depois de ver a Caras, com o habitual cortejo de gente bem disposta que saltita de festa em festa.

(Coisas de Casa: 'A madame cor-de-rosa vai a uma festa com o seu simpático marido')

PS: A entrada é gratuita


Nota: Em Fevereiro, Paula Rego recebeu o doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Lisboa e, sobre isso, escrevi aqui