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sábado, março 09, 2024

Não me parece nada bem que a Fonte de Belém e a Manuela Ferreira Leite tenham tentado estragar-me a paz in heavem

 

A vida no campo adoça-me as arestas e traz-me algum do oxigénio de que ando bem necessitada.

Têm sido tempos de stress e esforço, mesmo físico, em contínuo desde há vários meses. Depois de meses sem perceber o que é que a minha mãe tinha, convicta de que era um caso agudo de hipocondria, convencendo-a a voltar a ter seguimento psicológico, insistindo até mais não poder, até à exaustão, a que tomasse os medicamentos para o coração, a descontrair e a não pensar em doenças e sintomas, caiu-me em cima uma primeira bomba de que, afinal, de súbito, sem aviso prévio, tinha entrado numa fase terminal e a segunda bomba de que, afinal, isso não era do seu desconhecimento, que tinha exames e estava avisada pela médica, e que, sabe-se lá porquê, tinha resolvido ocultar a doença grave e fazer de conta que não sabia o que tinha. E, aqui chegados, foi aquele mês e tal em que a morte avançou sobre ela de forma galopante, estando ela lúcida e, notoriamente, não preparada para aceitar a situação pois queria viver ainda por muito mais anos. 

Claro que, a seguir, após o doloroso desfecho, poderia ter ido enfiar-me no campo, descansar a cabeça, não ter agora andar neste afã de 'limpar' a casa mas, sei lá eu porquê, parece que tive esta necessidade de não abrandar, de não deixar a casa 'ao abandono', de não querer trazer na mente, em background, a ideia de que tinha este trabalho pesado para fazer, 

Portanto, sem descanso, tenho andado a esgotar-me, revirando o conteúdo de gavetas e prateleiras e caixas e roupeiros e malas e sacos, tentando salvar o máximo de coisas -- com o meu marido e os meus filhos sem quererem quase nada, ou nada mesmo --, e a dar voltas à cabeça para ver como hei-de conseguir absorver o máximo de coisas sem ficar com a casa atravancada, desvirtuada.

Por exemplo, no outro dia, quando a minha filha lá deu um salto, tínhamos que dar destino ao faqueiro melhor, o que estava na sala de jantar. Há outro na cozinha, digamos para uso corrente, que lá ficou. Mas este era o que usava quando lá estávamos todos ou, depois de a minha mãe ter deixado de dar aulas, para os lanches com as amigas. Sendo um faqueiro bom e o faqueiro usado quando a família estava reunida, custava-me dá-lo. Pareceu-me que a minha filha estava receptiva a levá-lo para sua casa. Afinal, não, guardou-o mas era para eu o trazer.

Fiquei mesmo sem saber onde colocá-lo. Pensei que só se fosse no campo. Portanto, para lá foi. Hoje estive a guardá-lo. No gavetão grande do aparador, havia um espaço em que talvez pudesse ser. Não poderia estar naqueles tabuleiros com divisórias pois os tabuleiros não caberiam no espaço livre. Coloquei um dos milhares de paninhos com rendinhas no fundo da gaveta, no espaço livre. E comecei a arrumar por espécie: colheres, garfos e facas de sobremesa, colheres de sopa, facas e garfos de carne, facas e garfos de peixe, colheres de chá, colheres de café. Depois mais uma dúzia de garfinhos para entradas e mais daqueles mínimos para amuse bouche. E até me parecia que ia caber tudo. As colheres grandes, para servir, incluindo a concha de sopa, tiveram que ir para a gaveta de cozinha que tem disso. 

Claro que, ao arrumar, me pareceu que não estava a dúzia completa de cada coisa e estava a dar graças por se terem tresmalhado tantas peças. Mas, para minha neura, quando fui arrumar o saco grande onde tinha vindo o faqueiro, senti-o bastante pesado. Havia lá uns plásticos de bolhas onde a minha filha tinha embrulhado peças de vidro. E, por baixo desses plásticos, estavam mais carradas de peças. Cá para mim a minha mãe comprava doze peças de cada mais umas quantas de reserva. A ginástica que tive que fazer para conseguir arrumar o que faltava sem ficar tudo ao monte só eu sei. Às tantas já estou num desespero, sem saber onde guardar tanta coisa de que não tenho falta e já só me apetece ou deitar coisas fora ou guardá-las a esmo.

De qualquer forma, pelo menos na minha cabeça, a parte mais complexa e pesada já está quase. Pelo menos acho que as coisas de mais valor, material ou estimativo, já foram retiradas de lá. Claro que ainda há o tema das mobílias e do muito que ainda lá está. Mas quero acreditar que isso se haverá de resolver.

Enfim. 

Acho que agora vou tentar intervalar. Preciso mesmo, mesmo. 

Claro que ainda tenho que tratar do imposto de selo com a documentação inerente, depois é o averbamento, depois a conservatória, etc. Do primeiro ainda tenho quase dois meses para tratar e do resto acho que não há grande urgência. Claro que também ainda há que regularizar a trapalhada da propriedade horizontal e mais não sei o quê e, já agora, também do terreno do Algarve que, felizmente, já comprovámos que, nas Finanças, está em nome do meu avô. Menos mal.

Com isto e mais um conjunto de outras coisas, só vi televisão à noite. E nem queria acreditar no que a Manuela Ferreira Leite tinha dito. Uma vergonha. Uma náusea. A todos os títulos, evitável. Diria mesmo: constrangedor. Nem queria acreditar, também, na ingerência da so called Fonte de Belém na campanha, uma coisa indecorosa, sem perdão. 

É o mal de gente daquele calibre. Ressabiados, descontrolados, sem princípios...? O que é isto?A sério que nem sei o que ache de comportamentos assim. Parece que, para eles, vale tudo. Ninguém pode estar descansado com gente assim por perto, essa é que é essa.

Mas hoje quero dar descanso à minha beleza e à minha saúde, preciso de manter a calma. Não vou perder tempo com o que só faz mal. Vou, isso sim, respirar fundo, aspirar o ar fresco e lavado. 

É verdade: pelos vossos lados também choveu como pelos meus? Puxa... Uma chuva pegada, intensa. Eu a querer andar a fotografar os maravilhosos verdes, as lindas flores, a primavera que já mal consegue aguentar, doida para aparecer, escandalosamente revigorada, e a chuva que não dava tréguas...

E que precisados andávamos de boa agüinha assim... Fico mesmo contente. Só tenho pena de não ter uma cisterna para a aproveitar. De futuro, cada edifício que se construísse (prédio ou moradia) deveria ter reservatório para água da chuva. Não acham?

Tirando isso, a ver se retomo a leitura e a escrita. Idealmente até conseguiria dormir umas sestazinhas depois de almoço mas isso já é capaz de ser pedir muito. Ou isso ou ir passear. 

É verdade, este sábado é para a malta não pensar em nada, não é? 

(Ou é o oposto: é para pensar?)

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Um dia bom

Saúde. Tranquilidade. Paz.

terça-feira, janeiro 16, 2018

A Manuela Ferreira Leite já vendeu a alma ao diabo?
Não é por nada mas é que, ao dizer aquilo, estava com uma cara mesmo diabólica.
Cruzes canhoto! Vade retro!


Andava tão bem comportada, tão moderada, a Manelinha. E, afinal, mal se viu livre do Passos Coelho e da ameaça de lá ter o Menino-Guerreiro, parece que se lhe soltou a franga e partiu para a desgraça.

Ela, tal como o não-saudoso láparo e o so called 'politólogo humilde', parece que ainda não perceberam que, para os portugueses em geral, a esquerda já não é aquele papão travestido de capeta que comia criancinhas ao pequeno-almoço. 

Por isso, de cada vez que fazem cara de possuídos e falam no diabo para o associarem aos malefícios das medidas da esquerda só não lhes cai um dentinho por acaso -- mas uma outra queda lhes acontece de certeza: a da credibilidade. Caem no ridículo.

Por isso, Cara Manuela, aceite um conselho: deixe-se estar sossegadinha durante algum tempo para não se sair com mais afirmações que mostrem o seu verdadeiro íntimo. Só vale a pena falar se for para incentivar a limpeza da bicheza com que o láparo infestou o seu partido (os Hugos Soares desta vida, por exemplo) que aquilo só dá má reputação à classe política. De resto, acredite, não volte a sair-se com conversas raivosas contra a esquerda que lhe fica mal. Desfigura-a ou lá o que é.

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A imagem provém, como se vê, da infinita arca do tesouro do We Have Kaos in the Garden

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quarta-feira, fevereiro 22, 2017

Alô, alô Maria Luís Albuquerque! Para curares a tua irritação, bebe lá uma pinguinha de água.
Mas vê lá, Marilu, não te engasgues, não vá acontecer-te o mesmo que ao grande economista da nossa praça, o ilustre José Gomes Ferreira.
E vê lá este videozinho do grande Vargas para ver se percebes o que é um Ministro das Finanças a sério.

[Uma pergunta: em que momento é que o descaramento se torna amoralidade?
E em que momento é uma criatura amoral se torna psicopata?]

(Pergunto. Só pergunto).


Vocês, meus Caros Leitores, já devem ter percebido: sou um coração de manteiga. Não me importo de desancar nos poderosos mas apiedo-me na hora de criticar os fracos. 

Por isso, desculpar-e-ão por ser tão branda com o láparo, com a madame da coxa grossa e com todos esses tristes. Tenho pena deles. Tenho este meu lado caridoso. 
Órfãos do lado do cavaco, com os factos a demonstrarem todos os dias que andaram a fazer porcaria enquanto governaram, sem argumentos, sem causas, sem nada a que se agarrem para além do seu próprio rabo, com os números que atestam os bons resultados da so called Geringonça a serem-lhes esfresgados na cara por tudo o que é organismo nacional e internacional e, até, pasme-se, com comissários europeus a reconhecerem o mérito da estratégia seguida pelo Governo de Costa com o apoio dos 'acólitos' (Montenegro dixit) Cataraina e Jerónimo, estas pobres abéculas por aí andam a rabiar, querendo fazer alarido atrás de tudo o que mexe, mas, coitados, sem conseguirem mais do que o efeito dos estalinhos de carnaval.
E, queiram eles ou não -- inventem eles comissõezinhas de brincadeirinha para andarem a espiolhar os sms que um ressabiado com alma de alcofinha e escrúpulos de alcoviteira por aí anda a espalhar -- a verdade, verdadinha é que os cães ladram e a geringonça passa. E soma e segue mostrando bons resultados.


E é no seio do deserto intelectual que caracteriza a oposição pafiana, no meio do desatino esparvalhado em que estrebucham, que, volta e meia, nos aparece a funcionária da Arrows, a Miss Pinókia Swaps, bastamente conhecida pela seu fraco apego à verdade, a fazer declarações à comunicação social. Com o que diz, a dita madame poderia ilustrar na perfeição o que são factos alternativos


[Quiçá Madame Albuquerque seja, afinal, a inspitarix de Kellyanne Conway, a grande defensora do palhaço Donald (a tal menina que, se necessário for, usa os ditos factos alternativos) -- e que, de passagem, faz propaganda à linha de vestuário produzida pela infanta Ivanka. Uma mulherzinha de alto coturno, portanto.]

E os portugueses -- que conhecem as bacoradas governativas da Marilu, as suas inconstitucionalidades orçamentais, os desaforos constantes, os descaramentos doentios, as inverdades patológicas, as sabujices schäublianas, os incumprimentos sucessivos, as comprometedoras distracções, as faltas de atenção para com o subordinado paulinho espertalhão -- pasmam com a sua cara de pau e interrogam-se: Madame Maria Luís da Arrows não tem espelho? Não tem decoro? Não tem memória? Não tem um neurónio que seja? Não tem censura interna? Não tem vergonha na cara? 

Mas são perguntas retóricas. Os portugueses, que a conhecem de ginjeira, sabem bem a resposta. É uma resposta simples: não. Não a todas as perguntas.
(A senhora não perdia nada em ser analisada por algum especialista em desordens mentais. Chega a dar dó. Mas lá está -- é o meu lado piedoso a falar).

Mas chega de desabafos. Vamos mas é ao nimas. O filme hoje é dos bons. É entrar enquanto há lugares livres.


Estas coisas acontecem 

- mais um vídeo do inigualável Luis Vargas 


O comentário de Miguel Sousa Tavares sobre os resultados de 2016 e a reacção imperdível de José Gomes Ferreira



[Produções Geringonça]


......

(Oh Excelentíssimo Professor Doutor Economista Sapateiro José Gomes Ferreira, V. não me leve a mal mas a gente olha para si todo engasgado com isto tudo e tem mesmo que fazer um esforço do caraças para não chorar a rir. E ponha lá os óculos a ver se a gente o vê como deve ser, com essa carinha de inteligente a que já nos habituou. Já agora, e vai desculpar a curiosidade: ainda ninguém o convidou para o departamento de estudos da Arrows? Não? Oh que pena... Mande uma candidatura espontânea, quem sabe. Ou para aí ou para cassandra-adjunta do Dr. Medina. Ou para assessor cultural do Láparo, coitado dele, tão mal aconselhado que anda. Um mar de oportunidades à sua espera, Sr. Dr. Prof. Comentadeiro, já viu?)



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Já agora, antes de ir pregar para outra freguesia, permitam que dê a palavra à insuspeita Manuela Ferreira Leite. 


Fala da CGD, de Centeno, dos SMS de Domingues, fala da oposição e do partido de que já foi líder.


Ouçamo-la, meus Caros, ouçamo-la.


Tiros no Porta-Aviões 

-- pelo grande Luís Vargas




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 E agora, sim, é descer para ver o bem dotado Trump.
(Cala-te boca)

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domingo, maio 29, 2016

Francisco Assis também já anda de tshirt amarela a clamar pela liberdade dos meninos andarem num colégio privado em vez de irem para a escola pública do bairro?


Pergunto. Só pergunto. Mas não me admirava nada. Ele e a Miss Cambalhotas Leite*, os dois de mão dada, a defenderem os subsídios aos colégios mesmo havendo escola pública disponível na zona. Não me admirava nada.


Não li nem ouvi a entrevista do dito, nem é criatura que me desperte pitada de interesse. Francisco Assis, do que lhe conheço, é daqueles seres inconseguidos que queriam ser mas não são, queriam que gostassem dele mas não gostam, queriam que o escolhessem para qualquer coisa mas não escolhem. Se ainda houvesse a moda de uns irem buscar outros para dançar e fosse ao contrário, as mulheres a escolherem os homens, o Assis seria daqueles a quem mulher alguma ia buscar. Não tem graça, não tem sentido de humor, é um maçador, e, para além disso, dá ideia que não consegue tirar um pé do chão.

Talvez por isso, sempre que pode, vinga-se.

Ora, como a comunicação social que temos (especialmente a que pertence ao redil do militante nº 1, o datado Balsemão; mas não só, porque ninguém lhe quer ficar atrás, namely o DN ou o Observador ou as televisões papagueadoras), não faz outra coisa senão andar a ver se desencanta múmias, mesmo que paralíticas, para andarem a dizer mal do governo do António Costa, dando primazia aos dissidentes e amarelos, eis que o Assis, todo contente, logo se prestou ao número.

Assis: É "uma deturpação da realidade"
dizer que Passos é neoliberal


Do que vejo nos títulos e parangonas, disse mal do governo do Costa e, de caminho, disse que, bens vistas as coisas, o Passos Coelho não é neo-liberal e que, que ele saiba, as vacas não voam. Boa, Assis. 


E o Cavaco, conta lá: um estadista do melhor que há? E a Maria Luís, é meu, diz lá: uma nobelizável nas finanças? 


Ai, Assis, Assis, a que triste figuras te prestas, rapaz... E para quê? Julgarás que te tornarás mais amado....? Não. Não penses nisso. Roma não paga nem jamais pagará a traidores. Se bem que tu, a bem dizer, não é bem traição, pois não?, é mais uma descontrolada pirraçazinha, uma vingançazinha mal atamancada, um descontrolo emocional, talvez até  um excruciante ataque de rangelite, uma histeria contida que de vez em quando se manifesta, um padecimento recorrente, uma coisa assim nessa base. É isso, não é, ó Assis? Vá, confessa.


Em qualquer época ou regime há sempre personagens destas. Ressabiados, despeitados, padecendo de dor de cotovelo ou de corno, eis que desfilam a sua prosapiosa figura à espera que alguém lhes dê palco. Mas, enfim, dão bons personagens literários ou de filmes cómicos, mas hélas, não ficam para a história. Temos pena, Assis.

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* Já agora, por falar na Miss Manuela Cambalhotas Leite, permitam que vos mostre a Senhora numa intrépida manobra acrobática (e daqui agradeço ao Leitor que me enviou o link)

           As cambalhotas de Manuela Ferreira Leite sobre a Escola Pública, os contratos de associação e as ideias que (alegadamente) já não tem idade para mudar - mais uma produção de Luís Vargas.



É assim, em épocas de mudança aparecem sempre anedotas destas, de um e outro lado das trincheiras.

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Disclaimer


Eu ter falado do Assis no mesmo dia em que falo de aumentos de pénis a partir dos próprios tecidos adiposos é mera coincidência. 

Por isso, suas mentezinhas perversas, façam-me o favor de não se porem para aí a conjecturar que isto é alguma indirecta para o distinto deputado amarelo -- digo europeu, sorry

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E tenham, meus Caros Leitores, um belo domingo. 

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sexta-feira, fevereiro 12, 2016

Alô, alô puto malcriado do PSD (Leitão Amaro de seu nome): que tal ouvir a Manuela Ferreira Leite?
Alô, alô Paulo Rangel que, em Bruxelas e em todo o lado, anda histericamente a dizer horrores do Governo do seu País: que tal ouvir Manuela Ferreira Leite?
Alô, alô Matos Correia que com ar blasé dá a entender que este governo é apologista da rebaldaria: que tal ouvir a Manuela Ferreira Leite?
Alô, alô José Manuel Fernandes e demais jornalistas e comentadores que enxameiam a comunicação social, confundem alhos com bugalhos e o género humano com o Manuel Germano: que tal ouvirem a Manuela Ferreira Leite?
Alô, alô Duarte Pacheco e Luís Montenegro que andam a lançar poeira e confusão a propósito da TAP, dando a entender que este agora foi um mau acordo: que tal ouvirem a Manuela Ferreira Leite?
Alô, alô viúvas do láparo, mariazinhas, troca-tintas e louras burras (de ambos os sexos) que por aí andam a dizer que a turbulência dos mercados tem a ver com o coitado do Orçamento português: que tal ouvirem a Manuela Ferreira Leite?




O que a comunicação social, com má fé ou estupidez natural, propala, empola, distorce, deturpa, macaqueia -- dando voz a toda a espécie de caceteiros, sarrafeiros, trauliteiros, vendidos, ignorantes e estupores -- é muito grave e perigoso.

Falam do que não sabem, assustam as pessoas, mentem à descarada, fazem o jeito a quem não se ensaia nada para dar cabo do país, preparam o terreno para que os abutres pousem perante a passividade ou agradecimento das vítimas. 

Um nojo.

Pouco já leio, ouço ou vejo o que esta matilha anda a fazer mas, quando se dá o caso de ver, fico com o estômago virado do avesso.


Salvou-me hoje a Manuela Ferreira Leite na TVI 24 com o Paulo Magalhães que desmontou, uma por uma, todas as patranhas que essa cambada por aí anda a espalhar. 


Louvou o facto de haver uma alternativa à estratégia política e económica que tem vindo a ser seguida nesta Europa esfrangalhada (o 'esfrangalhada' é coisa minha), falou com serenidade do Orçamento, desdramatizando os riscos, quase gozou com a estupidez de quem acha que o que se passa nos mercados tem a ver com o pobre coitado do OE, explicou como uma declaração infeliz dos lados da Reserva Federal ou do mastim rafeiro Schäuble causam maior perturbação do que tudo o resto que se diga ou faça, demonstrou como o anterior acordo de venda da TAP feita às pressas pelo desclassificado Passos Coelho (o "desclassificado" é meu) é cinquenta mil vezes pior do que o acordo que o Governo do Costa agora conseguiu (os 50.000 também são meus), elogiou o incentivo à economia com o financiamento às empresas por onde, segundo ela (e segundo qualquer pessoa com dois dedos de testa), passa a recuperação do País.

E eu, ouvindo Manuela Ferreira Leite -- serena, didáctica, assertiva até dizer chega -- pensei que que seria bom que ela se pudesse fechar num retiro espiritual, durante 1 ano, com a cambada do PSD e CDS e com a trupe de jornalistas, papagaios e comentadeiros avençados, a ver se lhes consegue ensinar alguma coisa.

Não seria fácil porque há por ali muita gente completamente nhurra e uma data deles formatados para serem uns reles vendedores de banha da cobra. Mas, enfim, talvez os tornasse, pelo menos, civilizados. E seria bom que fosse devidamente equipada para aplicar os justos correctivos aos relapsos e insurrectos. Mas aplicar sem medo.

Só por exemplo, acho que àquele puto que agora se tornou omnipresente, o tal Leitão Amaro, não se deveria ensaiar nem um bocadinho para lhe aplicar uns belos carolos e proibi-lo de ver Playstaion como castigo por ser tão mal educado. Que sujeitinho mais precisado de ser posto de castigo e de levar umas belas palmatoadas. Não sabe o que diz, fala do que não sabe, não se cala, é malcriado, vulgar, insuportável.


E não digo mais nada porque falar desta gente me dá ânsias.

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As imagens, como é bom de ver, provêm do fantástico We Have Kaos in the Garden. 

E, vejam só ao ponto a que isto chegou: eu a elogiar desta forma tão rasgada a Manuela Ferreira Leite. Se isto não é o fim dos tempos...  

E o PS, BE e PCP que não começam a combater a sério a guerra suja dos PàFs, não...

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Volto aqui para vos dizer: quando o Paulo Magalhães perguntou a Manuela Ferreira Leite se o Ministro das Finanças tinha que se preparar para medidas extraordinárias ela explicou, com muita calma, que quem gere um orçamento tem que estar sempre preparado para ir fazendo ajustamentos, cá como em todo o lado, mas que não estava a ver que houvesse necessidade disso a menos que acontecesse algum drama fora de normal.

Pois bem: o que é que a seita do Expresso colocou no título da notícia sobre a intervenção dela?

Ferreira Leite: O ministro das Finanças “tem de estar preparado para tomar medidas adicionais”


É certo que, no corpo da notícia, a coisa já tem outro tom mas a má impressão já ficou. E, portanto, uma vez mais aqui digo: o Expresso está transformado num pasquim. Tenho pena.


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E agora, com vossa licença, vou navegar nas subtis ondas gravitacionais.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa sexta-feira.

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quinta-feira, abril 30, 2015

Mário Centeno na TVI - não há pai para ele, é o que vos digo


Ligámos a televisão estava o programa a meio ou mais do que isso. Paulo Magalhães mediava um debate entre Mário Centeno, Carlos Carvalhas e Luís Pais Antunes. E uma coisa vos digo: não é costume termos na televisão uma pessoa tão bem preparada, com um tão elevado sentido didáctico aliado a uma simpatia natural e boa educação.


Mário Centeno deu um baile nos outros... Por muito que os outros quisessem levar o assunto para campos banais, plantações de clichés, de lutas antigas e de argumentos gastos, ele manteve-se na dele, na boa, e, com ar inocente, varreu o terreiro a varapau... sempre com uns modos cordatos, sorridente, seguro das suas razões.

Se há personalidade que se esteja a destacar neste campo cinzento e desinteressante em que se tem vindo a tornar a política portuguesa e que esteja a aumentar a credibilidade do PS perante a opinião pública, é seguramente Mário Centeno.

Não fala de cor, não vai atrás de argumentações fáceis: com serenidade, explica o que se passa, faz um enquadramento geral e remata à baliza. Boa. Bela cartada esta do António Costa ao ter ido desencantar este senhor e ter-lhe dado tamanha visibilidade. É que, ainda por cima, tem boa pinta, é simpático. E está a mudar a forma como se fala de economia e política em Portugal.


PS: Enquanto escrevo, estou a ouvir a Manuela Ferreira Leite na TVI, uma vez mais a dar um tareão no PSD, nomeadamente por causa da proposta estapafúrdia do Marco António Costa de mandar auditar as medidas apresentadas pelo grupo liderado por Mário Centeno por parte Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) o que, segundo ela, até revela falta de respeito pelas instituições públicas (e, diz ela, se a Teodora Cardoso não se atirou ao ar é porque não percebeu bem a coisa). Que tareão! Daqui a nada até o Paulo Magalhães paga por tabela, já que ela não tem ali o Marco António para o esbofetear à bruta como está na cara que é o que lhe apetece fazer.


sexta-feira, abril 17, 2015

Esta violência que nos devora






Os dias andam incertos. Uns dias quentes de sol, e logo outros cinzentos, frios. Parece que isto deixa uma camada de desalento sobre as coisas, uma neurastenia que parece coalhar-se sobre tudo. 

Lê-se os jornais e poucas notícias boas se encontram. Ainda lá aparece uma ou outra paródia mas coisa pouca que até parece deslocada. 

As notícias falam de mulheres mortas por qualquer motivo. Não se percebe como é que toda a gente tem uma arma. E como é que tanta gente tem tanta violência dentro de si. Pode uma pessoa amar outra e, porque se sente contrariada, esquecer esse amor e deixar que o que antes era um bom sentimento se transforme em raiva, violência, desatino? A mim custa-me perceber isso, acho que temos que nos agarrar ao que temos de bom e não deixar que o que de pior aparece se sobreponha a tudo – mas a verdade é que a natureza humana tem buracos negros e, sem explicação, deles saem demónios acossados que, sem controlo, destroem tudo à sua passagem.

Marta Nogueira, 21 anos, Joana Nogueira, 23. Primas. Anteontem de manhã, na pastelaria onde trabalhavam, no Pinhão, Trás--os-Montes, um homem entrou e apontou a arma para matar, para apagar, para desfigurar: cara, pescoço, cabeça. Joana morreu, Marta está em coma. Os jornais - este jornal - titulam: "Ciúme levou Manuel a disparar." Manuel, parece, tivera namoro com Marta. O crime passa logo, então, à categoria "passional". Como quem diz de amor, de sentimento, "que levam a". 

É sempre assim: homem mata mulher? Coitado, gostava demasiado dela, e ela ou o "deixou", ou ele tinha medo que ela o "deixasse", ou ela "portava-se mal", ou ele tinha medo que ela se "portasse mal". Mesmo, note-se, quando uma das mortas é prima do alegado objeto de amor; estamos perante o crime passional por afinidade. Porque será, então, que o homicídio do bebé de 5 meses que o pai esfaqueou há uma semana depois, diz-se, de ligar à mãe da criança a ameaçá-la, não é "de paixão"? Será porque a desculpabilização implícita, a "naturalização" e "contextualização" que induz, não é aceitável na morte de crianças? Porque nada pode justificar que se mate uma criança enquanto uma mulher, tantas mulheres, é outra coisa? (...) 
A desculpabilização "passional" substituiu a da "honra"; subsiste a ideia de que "elas dão motivos" - como diziam os que à porta do tribunal aplaudiam Palito, o homem que há exatamente um ano, a 17 de abril de 2014, matou a ex-sogra e a irmã desta e feriu a ex-mulher e a própria filha: "Lá teve as suas razões." A própria justiça o admite, em acórdãos vergonhosos nos quais nunca se invoca isso que o Brasil no mês passado tipificou no Código Penal como feminicídio - o ódio às mulheres que mata. Cá não, é por amor. Em 15 semanas de 2015, já foram, de tão amadas, mortas onze. Somos assim românticos.

Este ano já vai em 11 mulheres. E crianças. Até contra crianças esta onda de violência se está a abater. E vizinhos que matam os que antes eram amigos. Ou mortes por engano. Não sei se as televisões e jornais deveriam divulgar isto. Esta violência quase parece uma praga que está a espalhar-se sobre as pessoas. Talvez se fosse ocultada fosse mais fácil contê-la.

E mesmo quando não há esta violência física levada ao extremo há violência verbal, escrita. E está por todo o lado, onde menos se espera.

Manuel Maria Carrilho nem sei a que propósito saíu do buraco em que, com as suas atitutes, se tinha enfiado para propor que o PS, o seu partido, expulse Sócrates, um seu correlegionário. 


Fazendo-o, menoriza-se ainda mais perante a opinião pública, aparecendo a pretender exercer um ajuste de contas contra uma pessoa por quem sempre mostrou não ter apreço e que, estando presa, está numa posição de fragilidade.

Mas menorizam-se também as outras pessoas do partido - como, por exemplo, a deputada Isabel Moreira - que aparecem para o atacar a ele, como se também não fossem seus correlegionários, usando expressões relacionadas com o triste caso de violência doméstica em que ele está envolvido e usando outras expressões desagradáveis, deselegantes, com uma desconfortável carga de agressividade. E o que fica é o sarro da maldade humana que, a toda a hora, parece pronta a saltar cá para fora.


E é só disto. Em vão percorro os jornais tentando descobrir notícias boas. Mas só vejo coisas estranhas.

Agora é o Governo a fazer de conta que está a começar um mandato e a aparecer com medidas para os próximos quatro anos. Que nos próximos quatro anos repõe ordenados, que acaba com a taxa extraordinária, sei lá. Uma anormalidade. Uma demagogia completamente obnóxia que corrói a dignidade de quem assiste a isto. Como se não estivessem para ocorrer eleições dentro de meses. Mas depois quem é que eu vejo a denunciar a má fé desta gente? O PS...? Não, qual quê. O PS deixou de existir, só aparecem para dar pretextos de achincalhamento à coligação e aos comentadores. Quem eu vejo a fazer oposição a sério e este governo indigente é Manuela Ferreira Leite e Pacheco Pereira. 



Volto a percorrer os jornais. Hei-de encontrar uma notícia boa. Mas não. Só coisas tristes que me deixam ainda mais triste.

Um barco vindo da Líbia com cerca de 100 emigrantes clandestinos chegou à Sicília. De África, para a Europa. Na viagem, de muito os desesperados não sabiam: se chegavam, e, se chegados, seriam recebidos, e, se recebidos, quanto tempo passariam num campo de trânsito, e, se um dia entrassem mesmo na Europa, encontrariam trabalho, direitos e vida normal que justificassem o risco... Mas sabiam que a viagem era de África para a Europa. Por favor, deixem-me ficar com esse dado simples, porque não tenho soluções para o grande drama que é a fuga de desesperados de África e para o problema que é chegada à Europa de imigrantes clandestinos. Sei o que é compaixão, mas não tenho soluções para os desesperados africanos, sei o que é bom senso, mas não tenho respostas para os assustados europeus - resumindo, para o grande problema não valho nada. Por isso não o trago para aqui. O que trago é aquele barco de 100 passageiros clandestinos entre a Líbia e a Sicília e um pormenor terrível que lhe aconteceu. Diziam os jornais italianos, ontem, que 15 passageiros foram presos por terem deitado ao mar 12 passageiros. E que quem matou era muçulmano e quem morreu era cristão. E que, segundo vários testemunhos, foram motivos religiosos que levaram aos assassínios. Volto ao pequeno saber por todos conhecido, incluindo os 15 alegados assassinos: o destino da viagem, a terra de acolho, era a Europa. Além das mortes, há nisto qualquer coisa extraordinária.


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Não encontrei boas notícias. Pode ser que esta sexta-feira alguma coisa boa surja. Milagres. Boas notícias. Tomara.

Até descobri que no outro dia foi o Dia do Beijo e nem dei por isso. Não ligo a isso de Dias de mas o Dia do Beijo talvez merecesse aqui uma celebraçãozita. Para tentar compensar, adocei este texto com uma canção que fala de um beijo. Não é a versão de Armstrong mas de Al Somma - A Kiss to build a dream on.

Também para não sobrecarregar ainda mais o texto, resolvi não usar imagens alusivas ao que lá se diz mas, sim, imagens sem nada a ver. Escolhi fotografias tiradas por Tim Walker para a Vogue. A vida já está suficientemente cinzenta para que tenhamos que contribuir ainda mais para isso. Um pouco de rêverie para introduzir aqui algum oxigénio, foi o que resolvi.

O primeiro texto em itálico é parte da crónica de Fernanda Câncio para o DN, Ódio de Estimação.


O segundo é a crónica de Ferreira Fernandes para o mesmo DN, intitulada Há nisto qualquer coisa extraordinária.


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Permitam que vos diga que, no post abaixo, há um poema dito pela voz que melhor os diz: "A Psalm of Life" de Henry Wadsworth Longfellow (lido por Tom O'Bedlam)

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa sexta-feira. 
Vivida em paz e harmonia. 

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sexta-feira, março 20, 2015

Manuela Ferreira Leite está na TVI a dar uma tareia no Governo que até a mim me dói.


Não tenho ideia de ter visto alguém dar uma tareia tão grande neste Governo indigente como a que Manuela Ferreira Leite está a dar agora na TVI com o Paulo Magalhães.





Fala com assertividade e palavras (que mais parecem punhais) da moda vigente neste Governo de sacrificarem funcionários em vez de assumirem responsabilidades políticas, na gravidade de uma máquina fiscal que protege uns e descura outros, no Secretário de Estado, o Paulo Núncio, que não é respeitado pelos subordinados e que, portanto, não tem condições para se manter em funções, na Marilú que se gaba de ter os cofres cheios quando as pessoas têm as carteiras vazias acrescentando que, felizmente, a outra estava a falar para a JSD e não para pessoas com mais de 50 anos que têm memória de outros tempos.


O Paulo Magalhães olhava-a embevecido. E, de facto, que grande tareia! Que bem me soube ouvir.

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E, se me permitem, deslizem até aos decotes, saltos altos e saias curtas do post já a seguir: uma escala para se saber o que a mulher quer... a bem dizer... Para homens palermas, claro.

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sexta-feira, outubro 17, 2014

Manuela Ferreira Leite na TVI 24: um orçamento de que a troika não desdenharia, com uns impostos colossais, em que vai haver aumento da carga fiscal, em que as medidas da fiscalidade verde são todas no sentido de aumentar impostos e em que toda a tentativa de reduzir o défice vem pelo lado da receita



Apenas 8 países na UE usam a fiscalidade verde e nós, armados em campeões, lá vamos outra vez à frente avançando com novos impostos. E isto numa altura em que seria preciso desafogar a industrialização. Ora, em vez de a atrair a indústria, ataca-se com uma nova leva de impostos.


Quanto à descida do IRC, era importante perceber se um IRC mais baixo tem facilitado a vida às empresas. Só são beneficiadas as empresas grandes e seria interessante saber se, para as empresas, não seria mais importante haver menos burocracia ou a justiça a funcionar como deve ser.

Quanto aos indicadores que estão na base do orçamento, crescimento da economia e valores do desemprego, parecem imprudentes. Não se vê razão para o optimismo que ali aparece e, se isso não se vier a verificar - como não se vê razão para acreditar que aconteça - então logo ali nasce um défice maior.

O orçamento parece um panfleto eleitoralista com aquela medida inédita de falar no reembolso de uma parte da sobretaxa, se vierem a cobrar mais impostos do que imaginam. Um orçamento só tem validade de 1 ano. Um orçamento só é válido para o ano a que se refere e, portanto, estar lá ou não estar é a mesma coisa. É inédito e inútil porem no orçamento uma coisa que não tem validade. É uma coisa imaginativa mas que não tem o mínimo de efeitos práticos. Para ser vinculativo como diz o Secretário de Estado Paulo Núncio não seria assim que se deveria fazer. Ou seja, assim como está feito não vale um caracol e se fizessem de outra forma, se quisessem consignar a despesa, seria inconstitucional.


Isto é a prova provada do que é o descalabro do CDS a fazer coisas a nível governativo. Para não perderem mais uma bandeira inventaram agora mais uma ilusão. É um eleitoralismo desagradável, um panfleto, e é lamentável.


Uma rectificação: ser o primeiro orçamento que prevê um défice abaixo de 3% é mentira, embora seja improvável que isso venha a acontecer em 2015.

Quanto aos cortes, o corte no orçamento da Educação é um exemplo de como se pode ir de corte em corte, quando toda esta área já está tão mal, sem verbas para Investigação. 

Também não se percebe um corte nas despesas informáticas, incluindo no Ministério da Justiça. Dir-se-ia que é necessário fazer qualquer coisa para melhorar o sistema informático da Justiça e, portanto, o corte anunciado é estranho.

De resto, também não é verdadeira a forma como apresentam o Orçamento para 2015: se o orçamento visasse um relançamento económico nunca poderia haver um corte na Investigação. 

Este Orçamento visa exclusivamente conter o défice (e, mais uma vez, toda a tentativa de o controlar vem do lado da carga fiscal) quando por toda a Europa já se diz que se deve fazer o contrário e quando até o Vítor Gaspar já veio dizer que o que é preciso é desenvolvimento e que a carga fiscal deve ser inteligente.


Depois está outra coisa que revela bem a falta de rigor: o corte nas Outras Despesas é fantasia porque quando se corta sabe-se em quê. Quando se põe em Outros é porque não se sabe em quê, ou seja, o que ali está é nada.

O discurso do PSD e do Governo deveria passar a ser mais exacto, não dizerem o contrário do que fazem, não apregoarem o oposto do que se apresentam.


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Relevem, por favor, a escrita apressada e pouco cuidada mas o que acabaram de ler são anotações sobre o que Manuela Ferreira Leite acabou de dizer no comentário semana da TVI 24, perante um Paulo Magalhães que, volta e meia, até fica sem palavras.

Manuela Ferreira Leite continua em grande forma, objectiva, focada, directa, sempre a rematar à baliza. É ainda a verdadeira CR7 da Oposição. A ver se o PS de António Costa consegue ter equipa à altura desta implacável ponta de lança.



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Daqui lanço uma pergunta ao cão com pulgas: será que Manuela Ferreira Leite, tal como o PS, também se está a encostar à extrema-esquerda?



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sexta-feira, outubro 03, 2014

Manuela Ferreira Leite não acha bem que não paguem os reembolsos aos reformados que são obrigados a trabalhar à borla e espetou uma valente farpa num certo desmiolado: afinal os reembolsos às vezes são rendimentos...? E a propósito: "PCP quer saber "montantes, condições e formas de pagamento" de Passos na CPPC". Isto numa altura em que sabemos que Ricardo Salgado se queixava de que estava 'rodeado de aldrabões' e que uma parte das comissões teve que ser entregue a alguém. [Como diria a Ana Cristina Leonardo, 'isto anda tudo ligado']


Na TVI 24 com um simpático Paulo Magalhães, Manuela Ferreira Leite, mulher de armas, mulher que tem vindo a tornar-se mais isenta, mais frontal à medida que os anos parece que a vão também tornando mais bonita, aproveitou para disparar mais uns mísseis sobre este governo que de tão mau, chega a ser vergonhoso. Em concreto:


  • Na ministra da Justiça que causou o caos na Justiça, que fez tudo mal, tudo levianamente, tudo à pressa, sem testes, à maluca*.
  • Na pseudo-reforma do IRS onde pensam, ó doidos varridos!, que é por poder abater uns trocos no IRS que um neto vai buscar a avózinha a um lar para a ter consigo em casa**. 
  • Na alteração manhosa (palavras de Manuela Ferreira Leite) que faz com que os reformados, para efectuarem alguns trabalhos em organismos públicos, para além de terem que trabalhar à borla, nem sequer sejam ressarcidos das despesas incorridas.***


Gosto de a ouvir. Tem autoridade para falar. Estou desejando de ver se agora, com António Costa, a oposição a este desgoverno de descomandados tem pais vozes. Até agora, oposição a sério, fundamentada, objectiva, quase tem sido ela, o Pacheco Pereira, o Bagão Félix e poucos mais.



Explicação dos asteriscos

*  Hoje vinha no carro ao fim do dia e, como sempre, à hora das notícias, sintonizada na TSF. Depois de ouvir dizer que, depois do Conselho de Ministros, foi referido que não há data para reposição da normalidade na Justiça, aparece-me aquela loura Paula Teixeira da Cruz, com uma voz tonta a desafiar: isto podia ter corrido melhor mas houve uma falha informática. Acontece!, só lhe faltando desferir: E daí?!
E depois, toda contente, gabando-se dos grandes feitos, voz de vitória, dizia ela que: aos poucos, as comarcas vão começar a levantar-se e hoje já se levantaram três! Fiquei com pena de não ser jornalista. Perguntaria logo ali: ó senhora ministra, conte lá: e as bichas levantaram-se bem? Ou estavam muito despenteadas? E, fizeram o quê a seguir, chichi?
Mas não, salvo um ou outro, os jornalistas engolem tudo o que lhes dão a comer.
Logo a seguir, sai-se ela: eu sei que isto é um prato de lentilhas para os que se opõem às reformas. E, como se o desvario tivesse que ser levado até às últimas consequências, acrescentou, com mais uma vitória e um foguete na voz: isto é muito melhor do que em 2008 porque agora ainda não se perderam processos!
Pensei: esta devia ser internada. 
Há bocado o meu marido perguntou se eu tinha ouvido a senhora (claro que ele não disse senhora) e depois desatou a imprecar: mas estes gajos julgam que somos anormais como eles? mas esta gente não tem vergonha na cara? 
Sosseguei-o: esta gente vive feliz porque não tem vergonha na cara e, ainda por cima, julga que o povo é atrasado mental.


** Tem andado a ser noticiado que a reforma do IRS vai prever um benefício fiscal para os netos que tenham avós a cargo. Claro que todos os papagaios que pousam nos poleiros das TVs, rádios e jornais desataram logo em grandes orgias de felicidade: ai tão bom, a solidariedade intergeracional, ai que bom, que bom, que os velhinhos vão sair dos lares e ir viver com os netinhos
Eu, quando ouvi isto, fiquei parva e só pensei: mas esta gente é doida ou quê?

Olha se os meus filhos, para terem um abatimento fiscal de 100 ou 200 euros no final do ano (e é se for), vão buscar os meus pais a casa deles, vão montar aquela logística toda do caraças, cama articulada, cadeirão reclinável, duche sem barreiras, etc, e contratar uma pessoa para tratar da higiene do avô e, à noite, quando chegam a casa e têm os miúdos para tratar, vão, em vez disso, tratar dos avós? E em que divisão da casa os vão alojar? Ou mudam de casa para outra maior? Ou seja, vão meter-se em trabalhos, despesas, trapalhadas, complicações de toda a ordem, para receberem uns trocos no final do ano?
Está tudo doido. Concordo plenamente com Manuela Ferreira Leite.
Que se apoie quem já lá os tem, que se apoie. Mas isso é uma minoria, uma minoria!, já que, quem tem os pais ou avós em lares, é porque não tem condições para outra coisa. Portanto qualquer foguetório é mais uma burrice ou má fé. Claro que podem ser as duas coisas ao mesmo tempo.


*** Não estou muito ao corrente mas, do que tenho percebido, este desgoverno, na sua sanha persecutória em relação aos reformados, proibiu-os de trabalharem de forma remunerada para organismos públicos. Mas parece que, não contente com isso, parece que introduziu uma alteração manhosa, para ver se passa despercebida, que nem as despesas que fizer serão reembolsadas. Deu o exemplo: se uma pessoa reformada for convidada para ir dar umas aulas e tiver despesas de transporte para lá ir, nem isso lhe poderá ser pago.
Lembra Manuela Ferreira Leite (e qualquer láparo que passe por aí na risota que enfie a carapuça): mas então não foi dito que receber reembolsos não é ter rendimentos? Ou isso é só para alguns?

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Pois bem, a propósito de formas de receber dinheirinho limpo, não declarado, camuflado como se se tratasse de reembolsos de despesas, leio no Expresso que o PCP entregou esta quinta-feira um projecto de deliberação para que o Parlamento peça oficialmente a Passos Coelho informações concretas sobre a sua passagem pelo Centro Português para a Cooperação (CPPC), a ONG ligada à Tecnoforma a que o actual primeiro-ministro presidiu entre 1996 e 1999.



O projecto do PCP visa esclarecer duas grandes questões: por um lado, saber por que razão Passos, que era deputado quando esteve na CPPC, nunca incluiu essa informação no seu registo de interesses; por outro, saber exatamente quanto dinheiro recebeu nessas funções, ainda que a título de "despesas de representação".

Daí resulta a proposta para que o Parlamento solicite ao primeiro-ministro "os esclarecimentos necessários quanto à não inclusão na declaração do Registo de Interesses da atividade que desenvolveu no âmbito do Centro Português para a Cooperação; aos montantes, condições e formas de pagamento das despesas de representação que reconheceu ter auferido daquela entidade; bem como à inexistência de qualquer referência a tais quantias aquando do pedido do subsídio de reintegração, apesar de referir as resultantes das colaborações jornalísticas que sabia não colidirem com o reconhecimento da exclusividade no exercício do mandato."



Faz bem o PCP em não deixar cair este pepino mas é bom que não perca de vista que se deve escavar mais fundo: que raio de empresa, afinal, era a Tecnoforma? A que negócios se dedicava? E que raio de ONG era aquela? E que raios de ligação havia a Relvas e ao submundo do PSD para receber fundos europeus? E que raio de primeiro-ministro é que temos com um background que suscita tantas e tão legítimas dúvidas?


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No jornal i, Ricardo Salgado e os milhões dos submarinos: Há uma parte que teve que ser entregue a alguém

Ui....


Já agora uma muito boa: Ricardo Salgado - queixando-se que, para eles, Espíritos, do negócio dos submarinos, só ficaram 5 milhões de comissões por baixo da mesa, enquanto para os da administração e para um outro (quem?  - é a pergunta de 1 milhão de euros) ficaram 15 milhões - lastimou-se: estamos rodeados de aldrabões.



Tadinho dele. Um Espírito no meio de galfarros, tudo a querer um quinhão.


Isto dos submarinos, tanques e demais armamento é daqueles assuntos que fede, que fede muito, sargeta mesmo porca. Conta-se que recebiam todos, pela hierarquia acima, até lá bem acima. Afinal até aos espíritos.


Já agora:
De cada vez que alguém recebe comissões, a empresa ou organismo ou ministério está a pagar mais caro ao fornecedor. Dinheiros públicos. E o fornecedor, pega nesse extra e paga-o (chame-se comissões ou luvas) a alguém que vai receber o dinheiro por debaixo da mesa e enriquecer ilicitamente ou arranja maneira de o fazer entrar nos partidos (ou em offshores de alguém, etc, etc). 
No que se refere a contrapartidas, só me faz lembrar o engodo das vendas directas na televisão. Compre um colchão por 199 e ainda leva de presente uma panela de pressão, uma televisão, uma cafeteira eléctrica e um faqueiro de 120 peças. Ora só alguém muito mentecapto é que vai nesta. De facto, o que está é a comprar um colchão que vale uns 80 e mais uma panela de pressão que vale 19 e uma televisão que vale 40 e uma cafeteira que vale uns 20 e um faqueiro que vale uns 40. Ou seja, está a comprar mais do que precisa. Pior ainda se tudo isto for um faz de conta em que paga à cabeça a traquitana toda e só é fornecida a primeira coisa. 

Ou seja, sob qualquer ponto de vista, isto das contrapartidas é um barrete para quem cai nela, um acto de má gestão e, pior, corrupção e tudo o que vem por arrasto. E, sobretudo, dinheiro público mal gasto.

E depois vêm esses pilantras, esses ou afins, dizer que os pobres portugueses viveram acima das suas possibilidades e vá de cortar ordenados, pensões, subir impostos, etc? Cambada de gente sem vergonha.

A ver se a Justiça faz o que deve para não ficarmos a achar que isto é mesmo uma choldra ingovernável.

Na Grécia - lembro - foi assim:




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Tinha em mente escrever agora uma coisa mais ligeirinha mas passa e bem da uma da manhã e daqui a nada, noite ainda, tenho que me levantar para rumar a norte. Por isso, hoje fico-me por aqui.

Contudo, pensando nos que não apreciam estes temas (e haverá alguém que goste de gente parva ou corrupta?), aqui deixo o Oscar Peterson Trio interpretando Con Alma.

As fotografias são da santa padroeira do Um Jeito Manso, Annie Leibovitz.






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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela sexta-feira. 

Haja saúde e alegria,

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sexta-feira, setembro 12, 2014

Na ausência do PS (entregue a uma imatura criatura), do PCP (a desmontar as barraquinhas e os palcos do summer festival enquanto não organiza outro evento), do BE (a curtir uma qualquer outra crise de identidade), a oposição a sério está entregue a Manuela Ferreira Leite. Grande mulher. Até a acho mais bonita. A sério.


No post abaixo já mostrei uma deliciosa prova de roupas em que um grupo de amigas prova modelitos, uma escolha difícil porque são todos bonitos, originais, muito diferentes uns dos outros. Mais uma das cenas da Porta dos Fundos, uma rapaziada que é muito cá de casa e que conhece bem o género humano.

Mas isso é a seguir. Aqui a cena é outra. 

Agora é chegada a vez de Manuela Ferreira Leite: directa, clara, lúcida na TVI perante um rendido Paulo Magalhães.





Manuela Ferreira Leite, no seu imperdível comentário semanal às 22:30 na TVI 24, não as perdoa. 


O meu marido só dizia: Mas não há um gajo da oposição que consiga dizer o que ela diz? Um único?!

Não. Existem no PSD ou no CDS mas nenhum com a clareza e acutilância de Manuela Ferreira Leite. Tirando isso, nada. 
Ainda ontem António Costa se queixou disso, ao criticar a frouxésima oposição de Seguro. O PS consumido nesta absurda campanha para a qual o Tozé fez a habilidade de remeter o Partido, não olha para fora. Seguro apenas tem olhos para ele próprio e apenas se foca em fugir da própria sombra. 
Do PC e BE nem vale a pena falar. Efectivamente fazem o jogo de Passos Coelho e Paulo Portas. Sempre o fizeram, em especial o PCP. Os meus amigos e familiares simpatizantes do PCP que me perdoem mas contra factos não há argumentos. Bem podem teorizar em volta de uma qualquer utopia porque, na prática, as suas atitudes beneficiam sempre o PSD e o CDS. Uma lástima.

Mas, enfim, não há outros mas há a Manuela e, verdade seja dita, chega bem para todos.

Zás, trás, pás, e vai na Maria Luís Albuquerque que ainda bem que se agora se quer juntar ao Grupo do Manifesto dos 70 para renegociar a dívida. 


Zás, pás trás, e vai no Passos Coelho que podia ter acedido à vontade de Juncker em ter na Comissão europeia o Silva Peneda a quem estava destinada a importantíssima pasta do Emprego e que, em vez disso, vá lá saber-se porquê, mandou o porta Moedas. (Esta do porta é de minha autoria, claro, que a Manuela mantém a classe enquanto distribuí as bofetadas)


E zás, trás, pás vai no troika-Moedas que, ó ironia..., vai agora gerir os dinheiros para a área mais lesada com os cortes do Governo do qual fez parte, a Investigação e Ciência.


Já antes disso, tinha apontado ao Seguro e zás, pás, trás, que ideia é essa de traição, deslealdade? E só faltou chamar palerma a quem tão infantilmente não conhece as mais elementares regras do jogo democrático.


Ó mulher arretada, que não as perdoa. Vai à esquerda e à direita, mantendo-se leal é à sua consciência e não a impreparados e conjunturais chefes da banda. Admiro esta mulher, juro que a admiro. Tantas vezes devo ter sido injusta com ela no passado. Ou então foi ela que também evoluíu, não sei. Ou fomos as tuas: o tempo passa e traz maior clarividência.

Acho que na próxima vez que esteja sentada ao lado dela no restaurante, me vou levantar e pedir que me autografe o guardanapo. 
Bem, estou a exagerar, não sou disso. Mas, se a apanhar a jeito, acho que vou ganhar coragem para lhe agradecer a frontalidade e a coragem como expõe o seu desagrado e desacordo face às políticas deste Coelho que nos desgoverna.

Quando a elogio ao pé dos meus reaccionaríssimos amigos e colegas, quase me fuzilam: E o que é que ela fez quando estava no governo? Ou, intimidadores, Ela devia era estar calada, não tem vergonha em estar a atacar o próprio partido. Rebato-os mas sem sucesso. Mas rebato-os porque tenho que afirmar a minha admiração pelas suas análises sempre tão lúcidas e isentas.

Enquanto Manuela Ferreira Leite falava - e o Paulo Magalhães a olhava com um sorriso compreensivelmente embevecido - e até ao fim, eu ouvia o meu marido a lastimar: Mas porque é que mais ninguém diz isto que é tão óbvio? Que raio anda a oposição a fazer que nunca diz nada disto?


De facto. Que frustração. A diferença que faz uma pessoa inteligente. 

Salve Manuela. Que a voz nunca lhe doa.


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Recordo: a Porta dos Fundos, desta vez numa cabine de provas femininas, é já aqui abaixo.


sexta-feira, maio 16, 2014

Manuela Ferreira Leite e os 401 empregos anunciados pelo malabarista Paulo Portas. Cada vez gosto mais desta mulher (mas calma, nada que se compare com a paixão que pintou entre Rakitic e Daniel Carriço. Por muito que ela diga, não me vejo aos apaixonados beijos na boca à senhora.)


Tinha eu ouvido que o vice-irrevogável Portas tinha anunciado investimentos que iam criar 401 empregos. 


Dei uma gargalhada, claro. Só pela cabeça de alguém que não faz a mínima, mas ó senhores, a mínima!, é que pode dizer uma parvoíce destas. 401...? 

Não anunciou nada de concreto, é leviano em tudo o que faz e diz, leviano e fútil, mas depois acrescenta estas pitadas que na cabeça histriónica dele devem acrescentar precisão - ou então acha que fica no ouvido (sei lá o que vai naquela cabeça) - e diz estas coisas que arrasam tudo. Para ser mais engraçado podia era ter dito que o investimento de que falava ia criar 401 dálmatas. Ficava ainda mais no ouvido - isso é que seria mesmo um bom sound bite.

Eu explico porque é que dizer aquilo, da forma como ele disse, só revela exibicionismo e nada mais.

Haverá alguém, em seu pleno juízo que faça previsões com esse grau de precisão? Um investimento que vai ocorrer (se for) daqui por algum tempo e num ambiente que evolui a cada dia que passa, consegue estimar-se com este rigor? Não, claro que não. Quem esteja habituado a gerir o que quer que seja (nem que seja apenas a sua própria casa) consegue dizer coisas com esta precisão? Por exemplo, pode alguém afirmar em tom categórico que vai gastar 401 euros em supermercado? Quatrocentos... e um...? Balelas.

E, estando aquela luminária a reportar-se a projectos de empresas, o que haverá serão projecções em que se aponta para valores que são aqueles mais coisa menos coisa. Há sempre um coeficiente de aleatoriedade e toda a gente sabe disso. 

Ou seja, o que qualquer pessoa intelectualmente honesta dirá é que são 400 postos de trabalho mais coisa menos coisa. Não serão 40 nem 4.000: serão qualquer coisa à volta dos 400. 

Pois bem, acabo de assistir a Manuela Ferreira Leite a falar com o Paulo Magalhães na TVI 24 e ouvi-a a dizer isto mesmo. Alguém que sabe o que é gerir, diria 'à volta dos 400', disse ela. Um sujeito que tem a mania que é artista resolve acrescentar um berloque e mata a conversa dizendo 400 e 1, digo eu. 


Não vejo a hora de deixar de ver a criatura a aparecer-me naquela pose de estadista a dizer balelas atrás de balelas. Porque será que não se dedica à escrita, por exemplo? Ó senhores.

Já de Manuela Ferreira Leite acho que está casa vez mais sensata e franca. Tem aquela pecha pelo seu amigo Aníbal mas, enfim, ninguém é perfeito. Gosto de a ouvir.

Mas, claro, não morro de paixão por ela nem sinto um frémito de emoção a percorrer-me o corpo quando a vejo. Já de Daniel Carriço e Ivan Rakitic não se poderá dizer o mesmo. Emoção pura, exteriorização de um arrebatamento, o efeito afrodisíaco das vitórias, talvez. Um beijo apaixonado, disse depois Daniel Carriço - mas talvez estivesse a brincar. O certo é que as fotografias e o vídeo do beijo na boca com que selaram a alegria pela vitória têm corrido mundo.  

Por mim, não vejo mal nenhum nisso. Um beijo é um beijo é um beijo.

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Gostaria de vos sugerir que não percam os comentários dos últimos posts. Dá gosto lê-los. É isto que tem de bom a política. É estimulante defendermos os nossos pontos de vista. Aprende-se sempre.

A todos os que têm escrito, muito agradeço e, a todos, recomendo a sua leitura.

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