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terça-feira, dezembro 01, 2015

António Costa não discursou naquilo lá do Clima, António Costa teve o seu primeiro deslize, não sabia a data daquilo da nato e que a Turquia e mais não sei o quê. E dois terços dos jornalistas do Sol e do i vão ser despedidos. E a CMTV mostrou imagens do interrogatório de Miguel Macedo. Assim vai o jornalismo em Portugal.


No post abaixo falei e mostrei um vídeo com as sessões fotográficas do calendário Pirelli 2016 e, num outro, mais abaixo ainda, mostrei a Maitê Proença a cumprir a promessa de se pôr nua em público se o seu Botafogo conseguisse uma certa proeza. 

Portanto, quem estiver mais virado para mulheres fantásticas ou inspiradores e para stripteases, pode já saltar daqui para as mulheres Pirelli e depois para a nudez frontal da Maitê.

Aqui, agora, é de jornalismo que vou falar. E falo com o à vontade dos ignorantes na matéria: apenas conheço o jornalismo pelo lado do consumidor. 



Mas vamos com música, que vamos melhor.

Na venda do Isaías - Tais Quais



Na segunda-feira, enquanto me desloquei de carro, fui ouvindo nas notícias que António Costa não tinha discursado na Cimeira do Clima e que a culpa era do outro governo e os do outro governo a dizerem que tinham feito o que era preciso -- e os jornalistas pespegados àquele grande tema, como se fosse um drama ou como se os ouvintes achassem que isso era, sequer, tema. No meio de cento e tal discursos, alguém vai prestar atenção a isso? E, se alguém prestar, não vai ter em consideração que António Costa tomou posse há dois ou três dias úteis? E não se passou nada de importante naquele encontro para que tivesse passado praticamente em branco e todo o relevo tivesse sido dado a esse insignificante episódio paroquial?


E depois que António Costa disse que Portugal e a Turquia eram membros fundadores e trocou 1949 com 1959. Outra festa. Todos a falarem do lapso como se o homem tivesse dito que a rainha de Inglaterra se chamava Cavaco Silva. 

E ouvi na rádio e vi nos jornais online. Provavelmente na televisão terá sido a mesma coisa.

E a isto eu chamo um jornalismo de meia tigela.

Só se interessam pela rasteira, pela escorregadela, por alguém que tropeça, por alguém que tem um cabelo fora do sítio. Tudo o que é importante no mundo seja a que nível for, seja a nível de ciência, de arte, de verdadeira política, seja do que for, lhes passa ao lado. Os jornalistas hoje, por cá, empolam a trica, a pequena briga, a trampolinice, a gaiteirice, a coscuvilhice. Os jornalistas destroem o jornalismo, matam o interesse do público em ouvir e ler o que dizem.

O mundo é vasto, plural, belo. Ou pode ser atroz, implacável. Mas, em Portugal, os jornalistas interessam-se apenas pelo que tem uma componente de entretenimento básico seja pelo lado da faca e alguidar, seja pelo lado de fuchico, do sangue no asfalto, do carro de pernas para o ar, dos deputados a dizerem banalidades patéticas ou mentiras enfatuadas, da mulher doente da personalidade pública, do actor em recuperação de alcoolismo, da locutora atraiçoada. Ou de insinuações sobre este ou aquele. Ou agora, o cúmulo, imagens de uma pessoa a ser interrogada - a badalhoquice a que Ferreira Fernandes se refere, a miséria moral exposta sem véus.

Depois há a chusma de comentadores que invade as televisões e as rádios e os jornais: uma praga. Há gente boa que quase desaparece debaixo da avalancha que se está a tornar insuportável e que esmaga os jornalistas. 
Deixei de ler o Expresso depois de o ler durante anos a fio. O facciosismo tornou-se-me inaceitável. Não fazia sentido eu estar a pagar para que atentassem contra a minha inteligência.  Já não lia outros jornais em papel. Na internet nunca li o Sol, o i, ou o Correio da Manhã. Não há ali nada que me possa interessar. Televisão nacional também já pouco vejo. Evito a náusea, o enjoo.

Leio cada vez mais sites de jornais ou revistas internacionais, blogs: opiniões fundamentadas de gente que sabe escrever, sabe divulgar, que pensa fora da caixa. Não procuro a cacafonia ou os coros organizados. 

Sabe-se agora que mais umas dezenas de jornalistas, em Portugal, vão ficar sem emprego: o Sol e o i estão em desagregação. Tenho pena. Não gosto de saber que quem quer que seja fique desempregado. 

A responsabilidade pelo jornalismo sem qualidade que se pratica em Portugal não será sobretudo dos jornalistas. Talvez seja de quem gere os órgãos de comunicação social. Mas alguém, sobretudo as pessoas que trabalham nesta área, vão ter que repensar qual o seu papel, qual o nível mínimo de qualidade a que devem obedecer, quais os níveis éticos a que deverão atender. Os jornalistas vão ter que perceber o que se espera deles: não é o lugar comum, não é a repetição ad nauseam do que todos dizem, não é o que convém a A ou a B. Os jornalistas vão ter que saber viver no mundo actual com todos os seus constrangimentos e, apesar disso, pensar pela sua cabeça.

Tal como um dia, talvez não distante, deixemos de ter bancos portugueses (como Vítor Bento previu e eu concordo que há esse risco), talvez um dia deixemos de ter órgãos de comunicação social portugueses - e isso não é nada bom. É certo que também já temos universidades que foram compradas por estrangeiros e que as grandes empresas estratégicas já estão praticamente todas nas mãos de estrangeiros. Se ainda estivéssemos a ser governados pelos infames PàFs talvez um dia acordássemos e Portugal, todo ele, já tivesse sido posto à venda num site de real state.

Tenho esperança que este Governo consiga inverter parte deste triste rumo. Mas, na comunicação social, já vai ser difícil travar a decadência acentuada a que estamos a assistir. Ou alguns dos jornalistas mais preparados, talvez alguns dos mais apaixonados pela profissão e mais aventureiros, se juntam e gizam um projecto inovador, arrojado, de grande qualidade, e encontram um grupo de empresários que suporte financeiramente a aventura ou vejo o cenário muito mal parado. E isso é mau para os jornalistas e para os portugueses.
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[Os Tais Quais são Celina da Piedade, João Gil, Tim, Paulo Ribeiro, Vitorino, Sebastião, Serafim e Jorge Palma.]
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E permitam que vos recomende, em posts abaixo, o Calendário Pirelli 2016 ou o stripease da Maitê Proença. As mulheres estão em destaque, uma vez mais, no Um Jeito Manso

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terça-feira, novembro 24, 2015

As respostas de António Costa às seis questões de Cavaco Silva. Olha a noiva se não vai linda (não me deslargues), com lingerie assimétrica.


O Um Jeito Manso adere à prática corrente de usar gatinhos para despistar os cavaquistas.
Uma vez que a onda é a de temer os maus hábitos comunistas, cá está um gatinho que, por ser comunista, em vez de dizer miau diz mao.
Grave, diria Aníbal, como pode esta gente querer apoiar um Governo se nem miar sabem?!

E vamos com música que vamos melhor.

Olha a noiva se não vai linda!

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Tal como referi no post abaixo, António Costa, mostrando uma vez mais que é rápido no gatilho, já respondeu a Cavaco Silva. O documento ainda é sigiloso mas aqui a jeitosa, com os seus dotes paranormais, conseguiu conhecer as respostas e, zelosa que é do seu dever de informar, aqui delas vos dá conta:

Transcrevo de seguida parte do documento da Presidência da República (a bold, pela sua importância), escrevendo, em itálico, debaixo de cada questão, as respostas de António Costa.

Nesse sentido, o Presidente da República solicitou ao Secretário-Geral do Partido Socialista a clarificação formal de questões que, estando omissas nos documentos, distintos e assimétricos, subscritos entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes”, suscitam dúvidas quanto à estabilidade e à durabilidade de um governo minoritário do Partido Socialista, no horizonte temporal da legislatura:


a) aprovação de moções de confiança;

Não se percebe qual é a dúvida. O Estimado Senhor Presidente quer que se clarifique concretamente o quê? Como definimos 'moções de confiança'? Se vamos apresentar moções de confiança ao Governo? Se vamos votar favoravelmente moções de confiança que os PàFs apresentem? Não percebemos. Cá estaremos para o elucidar, Estimado, mas tem que explicar melhor o que quer saber. 

b) aprovação dos Orçamentos do Estado, em particular o Orçamento para 2016;

Uma vez mais, Senhor Presidente: o que quer saber? Se o PCP e o BE vão aprovar o Orçamento que o Governo do PS vai apresentar para 2016? Vão, sim senhor, pode estar descansado porque já está praticamente pronto e foi alinhavado na sua presença. Afinal eles são o padrinho e a madrinha da noiva: assistem à prova do vestido do casório. Quer a Excelência também saber se vão eles aprovar também os orçamentos daí para a frente? Pois, é quase certo que sim já que, não sendo nós uns totós, trataremos de nos articularmos entre nós para que os ditos mereçam a concordância de todos. Mas, se não aprovarem, quem lhe garante a si, ó Excelência, que os novos líderes do PSD e do CDS não os aprovarão também? Ou acha que estes artolas aí se vão aguentar à frente dos partidos? É o vão. Vai uma apostinha...? Por isso, quer futurologia para quê, ó Estimado? 
Mas, conte lá, o que é que verdadeiramente receia, ó Excelência? 
É que de uma coisa pode estar certa, ó Excelência: é que a gente vai respeitar a Constituição. Não somos como uns e outros de que nem precisamos de dizer o nome...

c) cumprimento das regras de disciplina orçamental aplicadas a todos os países da Zona Euro e subscritas pelo Estado Português, nomeadamente as que resultam do Pacto de Estabilidade e Crescimento, do Tratado Orçamental, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e da participação de Portugal na União Económica e Monetária e na União Bancária;

Not again, Mr. Presidente... Mas isto é lá enunciado que se apresente? Então não há verbos nas suas frases? Quer saber o quê? 
Se o PCP e o BE amam de paixão aqueles tratados todos? Mesmo aquele que a França e, se calhar, a Alemanha vão incumprir? Os que não tarda vão ser ajustados à realidade? Não será altura de cair na real, ó Excelência...? 
Mas pronto, se quer que eles digam que o coração até lhes salta do peito, tanto o amor que sentem por aqueles tratados, pois eles dizem que sim. 
Aliás, mandam-me dizer: 'O PCP e o BE vão cumprir aquilo tudo melhor, mas mesmo muito melhor, que os calinas pafientos, que não foram capazes de cumprir um. Sua Excelência, El-PAF Cavaco, que veja as performances da Marilú ou do Gaspar...'

d) respeito pelos compromissos internacionais de Portugal no âmbito das organizações de defesa colectiva;
Pronto, desisto. Mais uma pseudo-questão. Quer trazer a NATO para cima da mesa, certo? Qual perú na mesa de Natal? Cheira-lhe a presépio, não é Estimado Aníbal? A sua feliz consorte já deve andar a apreparar a árvore e os enfeites de Natal, não? Pois, está bem, a gente desculpa - já é por pouco tempo e o nosso coração é grande. Quer que a gente fale da NATO. Pois aqui os meus amigos dizem que acham que, à luz da realidade actual, a NATO já cheira a mofo. Mas se a Excelência, que tem ar de se perfumar com naftalina, quer que eles digam que estão desertos por verem o Tejo cheio de barquinhos da NATO, pois eles dizem. Esteja lá descansado com isso, ó Senhor Presidente. 

e) papel do Conselho Permanente de Concertação Social, dada a relevância do seu contributo para a coesão social e o desenvolvimento do País;
Bolas, Estimado Presidente. Assim não é fácil. Tenho que adivinhar o que a Excelência quer saber? Quer saber o quê? Se o PCP e o BE aceitam que o PS fale com o patronato? Então não hão-de aceitar... Já se deixaram de esquisitices. Quer a prova disso? Olhe esta: imagine como eles já estão por tudo... até aceitam que eu, António Costa, perca tempo a falar e a escrever a V. Excelência. Não é que não lhes apeteça, tal como me apetece a mim e a toda a gente com dois dedos de testa, dizer a Vossa Excelência que, com todo o respeito, vá dar banho ao cão - mas os comunistas hoje em dia, Excelência, já têm boas maneiras. Por exemplo, depois de comerem as criancinhas ao pequeno-almoço, até limpam a boca, lavam os dentes e, imagine, até usam fio dental (elas, claro; eles, apesar de tudo, são mais conservadores, e - sem ofensa! - usam fio dentário).

f) estabilidade do sistema financeiro, dado o seu papel fulcral no financiamento da economia portuguesa.
Bom... Esta tem que se lhe diga... Esta dava mesmo muito pano para mangas, ó Estimado Cavaco... Sabe alguma coisa que a gente ainda não saiba? Conte tudo. 
Desta vez o Carlinhos avisou-o a tempo? Está mais algum banco para rebentar? Conte, conte...!
Ou é o Novo Banco (o tal que, quando era BES, V.Excelência afiançou ao País que era solid as a rock), que, afinal, continua a sorver dinheiro não se sabe para onde e os contribuintes vão ter que suar mais um bocadinho para pôr lá mais uma pipa de massa? 
Ou não é isso? Quer que a gente se comprometa a não mandar averiguar aquela cena das acções da SLN e do seu enriquecimento espectacular com as acções do Grupo a que pertencia o banco dos seus amiguinhos? 
Mas, seja lá o que for, ó Presidente, sobre esta vai ter mesmo que dizer o que quer saber, que esta a gente não atinge. Até o Professor Marcelo, o seu putativo sucessor, ficou incomodado com este seu estranho e insólito pedido, achando de mau tom que o PR esteja a levantar suspeições sobre matéria tão sensível. Está certo que ele é aquele catavento que se conhece mas, ainda assim, veja lá isso, ó Senhor Estimado.
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E eu daqui lanço agora uma sugestão a António Costa. Envie uma adenda, Sr. Futuro Primeiro-Ministro Costa, a pedir explicações ao Cavaco sobre aquela boca de ele dizer que os vossos acordos são assimétricos. Qualquer coisa nesta base:
Mas, permita-me ainda, ó Excelência: o que é lá isso de falar nesse tom depreciativo da assimetria dos nossos acordos? Tem alguma coisa a assimetria? Ai, querem lá ver que temos que nos aborrecer e abrir já aqui um conflito institucional? Ai, ai, ai.
Pois fique a saber o seguinte:


E já que ele gosta de empurrar com a barriga, colocando questões mal formuladas só para ver se a malta escorrega nas cascas das bananas grandes e saborosas que ele gosta de deglutir e que deixa espalhadas pelo chão, apresentem-lhe esta -- e ele que, na próxima audição, lhe apresente a si, Caro Dr. Costa, um documento clarificador sobre esta magna questão. A ver se ele se safa...!

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De resto, aqui, eu, Jeitosa Mansa, faço uma declaração: não acho nada mal a assimetria, nomeadamente na lingerie. 

Por isso, aceite, Caro Dr. António Costa, mais esta minha sugestão: que tal levar ao Estimado Dr. Cavaco, à laia de presentinho de Natal para a Dona Cavaca, esta peça de lingerie toda ela assimétrica e, nem por isso, menos estável e duradoura?


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Lá em cima os Tais e Quais (João Gil, Sebastião Santos, Celina da Piedade, Tim, Paulo Ribeiro, Vitorino, Serafim e Jorge Palma) interpretam Olha a Noiva se Vai Linda (não me deslargues). Uma graça!!!!!


Várias imagens, as que se encontram devidamente identificadas, provêm do querido blog We Have Kaos in the Garden. O que eu gosto de descobrir coisas divertidas nessa inesgotável arca...

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Sobre as intenções subjacentes ao documento com que o Cavaco tagueou o Costa na manhã de segunda-feira, falo no post abaixo.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça-feira.

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