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quinta-feira, junho 19, 2025

Bons momentos, boas memórias, jardins, boa gestão da água (para combater a desertificação), etc.

 

Gosto de livros, de filmes e de vídeos sobre jardins e jardineiros. Sobretudo, gosto de jardins. 

Tenho vivido bons momentos ao longo de toda a minha vida. 

Não guardo traumas (ou, pelo menos, não dou por eles). Sempre relativizei o que me desagradava. Na escola devo ter passado por situações menos boas pois toda a gente se lembra de ter passado e eu não devo ser diferente dos outros. Mas, de facto, não me lembro. Situações boas de que me lembre são aos montes. Provavelmente desde miúda que reajo como sempre me ter lembrado de ter reagido: não ligar a mínima ao que me desagrada.

Por exemplo, lembro-me de que, quando cheguei ao 1º ano do que se chamava Ciclo Preparatório, hoje 5º ano, não conhecia ninguém na minha turma. Na altura, as turmas eram inteiramente femininas. Várias das minhas colegas tinham andado juntas na escola primária e, portanto, já eram amigas. Eu aterrei num mundo desconhecido. Isso para mim foi apenas uma alegria, um mundo novo a descobrir. Era tudo desconhecido: o espaço, o ambiente, as professoras, as colegas, as regras. Com dez anos acabados de fazer ia, de autocarro ou a pé, sozinha para a escola e da escola para casa. Os meus pais trabalhavam e, por isso, eu estava por minha conta. Achava isso natural. Talvez estranhando não verem a minha mãe, perguntavam-me por ela e eu dizia que ela estava na escola, a dar aulas, era professora. Lembro-me de um dia uma colega me ter dito, com ar abespinhado, que eu julgava que era melhor que as outras e, quando eu me mostrei admirada e perguntei porque dizia ela isso, me ter respondido que eu dizia que a minha mãe era professora. Lembro-me bem do meu espanto e de ter dito: 'Mas ela é professora!'. E lembro-me de ter pensado: 'É mesmo burra, se calhar queria que eu dissesse que a minha mãe estava em casa, só para ser igual às outras'. Não me aborreci. Relativizei, achei apenas que ela era burra. E ao longo de todos os anos em que com ela convivi mantive a mesma opinião: só diz burrices.

Por isso, se alguém me chateou (e, repito, só me lembro dessa vez), borrifei.

A minha mãe por vezes arreliava-se por eu ser assim. Disse-me várias vezes que me achava excessivamente racional. Na realidade, eu sempre fui muito o oposto dela. Embora para o exterior ela mostrasse alguma resistência à opinião alheia, a verdade é que se incomodava muito com isso. E guardava mágoas e ressentimentos. Eu zero. Não queria saber disso para nada. Ela às vezes dizia-me: 'disseram isso de ti e não queres saber..?'. E eu respondia que não, não queria saber. Zero, zero. Por isso, quando ela às vezes mostrava opiniões negativas sobre alguém, eu nunca sabia porquê. Se alguma vez tinha sabido, já tinha esquecido. Ela ficava passada comigo. Achava-me excessivamente desprendida. 

Mas dos momentos bons não me esqueço. E não os desvalorizo.

Podem ser situações aparentemente insignificantes mas, para mim, muito relevantes. Por exemplo, e já falei disso muitas vezes, dos momentos bons, relembro os que vivi, ainda que fugazmente, nos viveiros em que ia comprar pequenas árvores para tornar o nosso terreno pedregoso naquilo que é hoje. Já não me lembro como se chama a terra, se é Chamusca, se é Azambuja, sempre confundi os nomes. Saía de casa muito cedo, metia-me a caminho para lá estar muito cedo (não me recordo bem mas tenho ideia que aquilo abria às oito). Depois escolhia as arvorezinhas, levava o carro cheio e regressava a Lisboa, para ir trabalhar. 

As jardineiras, simpaticíssimas, de galochas, andavam pelo meio de todo aquele mundo, um mundo perfumado, húmido, generoso, a terra negra, fértil -- e elas conheciam todas as espécies pelo nome correcto, sabiam como cresciam, como se faziam, escolhíamo-las em conjunto, eu pedia a opinião delas, elas juntavam-se para andar comigo. Acredito que achassem curioso que ali chegasse aquela mulher vinda de Lisboa, vestida daquela maneira, de saltos altos, toda produzida, e por ali andasse conversando com elas, escutando-as com tanta atenção. Cheguei a dizer-lhes que as invejava, que não me importava de trabalhar ali. A forma como faziam transplantes de vasinhos para vasos maiores, a forma como tratavam as plantinhas como bebés, como animaizinhos que precisassem de cuidados, enternecia-me.

No liceu detestei botânica. Hoje penso que a forma como se ensina destrói a curiosidade e o gosto dos miúdos. Muito se deveria repensar sobre a forma de ensino.

Mas também é certo que o meu gosto por árvores, por flores, por trepadeiras, é um gosto mais espiritual que académico ou funcional. Por exemplo, não me sinto atraída por saber as regras de uma poda correcta ou por fazer uma horta. Mas gosto de andar junto às plantas, contemplá-las, venerá-las. É um gosto poético, um gosto imaterial, quase abstracto, difícil de explicar. 

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Não obstante, gosto de ver vídeos como este que aqui partilho em que se abordam temas bem pragmáticos, muito terrenos. Muito pertinentes. Este é um dos tipos de sabedoria que me cativa.

Portugal is Turning into a Desert – Can This Farming Method Save It?

Portugal is slowly turning into a desert. But is the real issue a lack of water—or poor water management? Lars and Denise are using a powerful technique to restore the land and prevent desertification. This technique can be applied anywhere in the world—not just in Portugal or dry regions. By using this method, you’ll gain a deeper understanding of farming and how to work with nature instead of against it.

In this short documentary, Lars—who has spent years working with nature—explains the basics of his approach, inspired by syntropic farming. Want to learn more? Together with Lars and Denise, I (Sara) have created step-by-step videos to teach this method.

00:00 - 00:37 Intro

00:37 - 02:17 Results

02:17 - 05:56 How to regenerate the land? Permaculture vs. syntropic farming

05:56 - 08:06 How long does it take to regenerate? No dig vs. dig

08:06 - 12:20 Water management

12:20 - 13:03 Step-by-step tutorials

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Dias felizes

quinta-feira, junho 29, 2023

Crimes de guerra (sem paz), juventude eterna a toque de vodka, agroflorestação em pequena escala e permacultura

 

Antes de ir comer um belo gelado, vinha no carro a espreitar as novidades e a comentá-las. 

Não vou aqui falar das cavalhadas da dupla de vígaros sanguinários Putin & Prigozhin a que agora se junta o mistério da possível evaporação de Surovikin, outro que tal. É daquelas cegadas cheias de improbabilidades tresloucadas, malta que suja as mãos de sangue e, a seguir, as lambe de gosto, malta que se esfaqueia mutuamente, arrancando os fígados ao que cair primeiro para, a seguir, os comer ou dar a comer ao cão.

Até que sejam todos postos com dono, tenho dificuldade em falar sobre o que quer que seja pois é tudo pior do que se possa pensar. 

Os nossos PZPs continuarão a defendê-los e a achar que a culpa de eles serem os assassinos que são somos nós e que bom, bom mesmo, era baixarmos todos os braços para que eles venham por aí, tripudiando, destruindo, roubando, assassinando, violando a seu bel-prazer.

Uma tristeza pegada. Estão bem uns para os outros.

Portanto, não falando disso, porque não encontro palavras para o fazer nem consigo compreender como o mal tão absoluto pode habitar o corpo de algumas pessoas, desloco-me para outros territórios.

A vida é assim, cheia de carreirinhos. Nuns caminham os grandes males do mundo e noutros vão, a passinho bailarino, as minudências e as rêveries.

Portanto, dizia eu, vinha no carro e, fugindo dos facínoras,  fui andando até chegar a Vera Wang, firme e jovem nos seus 74 anos. Certamente já se esticou várias vezes e já levou botulina por todo o lado. Mas, ainda assim, está bem, bastante bem, não desfigurada, normal. Diz que o segredo é não apanhar sol (presumo que compense com suplemento de vitamina D), é dormir 9 horas por dia (se calhar toma um comprimido para o garantir) e bebe 1 copo de vodka todos os dias. 

Como não me importava nada de parecer tão jovem quanto ela mas não me quero fazer esticar nem injectar nem quero tomar comprimidos para dormir ou para substituir o sol, resta-me o vodka. A ver se amanhã começo a caprichar nos cocktails pré-janta. Quiçá um dia rum, outra dia vodka. Mas com qualquer coisa para aliviar a força do álcool, acho eu. Senão não conseguirei chegar acordada, aqui, a esta hora, para escrever estas irrelevantes little coisinhas.

Tirando isso, ando a ver com muita atenção vídeos sobre micro-quintas e permacultura. Gosto. Qualquer coisa me diz que.

Tenho pena que estes vídeos não estejam legendados em português mas, para quem tenha maiores dificuldades, talvez as imagens falem por si.

The Incredible Benefits of Agroforestry on Small Farms | Introduction to Agroforestry

In this video, we visit James from@TapoNothFarm in Aberdeenshire, Scotland. Tap o' Noth is an incredible 8-acre agroforestry permaculture small farm that integrates crops and animals alongside perennial planting. By using inspiration from how this land would be if left fully to Nature, James and his partner Rosa are using that to their advantage to create a place that not only produces food and fuel, but also makes Nature a core part of their whole operation. 

From watching this video you will learn exactly what Agroforestry is, how it benefits farmers, plenty of examples of types of Agroforestry in action and what is needed to help make this amazing method more common in our food system. Agroforestry is a core element of Regenerative Agriculture. 



Traditional Farm Design vs. Permaculture Design: What's the Difference?

In this video, we explore the differences between traditional farm design and permaculture design on a sample land area. You will see that a permaculture design can be a little complex, but this video explains the most important permaculture design elements and the rationale for their implementation. Let me know if you've got any questions. 

Whether you're a farmer, gardener, or just interested in sustainable agriculture, this video will provide you with a basic understanding of traditional farm design and permaculture design and why they matter. 


Um dia bom
Saúde. Bons ares. Paz.

segunda-feira, outubro 10, 2011

Madeira: a vitória de Pirro de Alberto João Jardim, a derrota do PS, do PCP e do BE e a vitória justa do CDS, nomedamente do charmoso José Manuel Rodrigues. Mas, já agora, Caríssimo Paulo Portas, ouça lá uma coisinha acerca da 'sua' Assunção Cristas'


Com esta vitória do PSD madeirense, como fez questão de acentuar, o Alberto João, conforme expectável, assitirá impotente à derrocada do seu estilo de governar. Fez e desfez, distribuíu, ameaçou, manipulou, subverteu, omitiu e, apesar de tudo, voltou a ganhar as eleições. Mas sabe o que o espera.

Venceu, pois - e sair-lhe-á cara esta vitória - e fez um patético discurso, sem direito a perguntas. Não tinha os óculos, leu titubeantemente o texto no qual atacou o capitalismo selvagem, o liberalismo radical, atacou o ministro das Finanças e a da Justiça. É a raiva contra incertos que mal disfarça o desespero face ao que se aproxima.

Alberto João no discurso da sua vitória de Pirro: o estertor do jardinismo, um fim triste

Sabe bem que o seu tom terá que baixar quando vier, de rabinho entre as pernas, negociar o apoio de que precisa como de pão para a boca. E assistirá ao fim do jardinismo, cancelando contratos, despedindo pessoas, contando os tostões. Será olhado de lado, será desprezado, porque a memória é curta e os eleitores que o trouxeram até aqui, cobrar-lhe-ão agora aquilo que ele não mais poderá pagar.

Os madeirenses são tão culpados disto, como os portugueses em geral não são culpados da situação a que o país chegou, como os gregos, como povo, não são culpados dos excessos de uns quantos, nem da cegueira confortável de todos quantos deixaram que a situação atingisse o descalabro em que se encontra, como todos os que em toda esta europa desgovernada se vêem atirados para o desemprego, na maior insegurança - no fundo, somos todos vítimas de um regime que ganhou vida própria, desregulado, descomandado, hidra voraz sem religião, moral ou pátria.

Por isso, os madeirenses vão sofrer e muito o lamento, tal como lamento o mau bocado que todos estamos a passar por todo o lado, aflitos, desalentados, sem esperança.

Mas, voltando às eleições - perdeu o PS e muito e imperdoavelmente. Maximiano Martins deve ser um homem esforçado, sério, muito honesto, um homem como deve ser. Mas nisto da política há perversidades. Não basta ser. Numa altura destas, em que os Madeirenses estão assustados, querem ter do lado deles alguém que os defenda, que lute por eles, alguém que tenha uma aparência forte, lutadora.

Maximiano Martins - não basta ser um bom homem

Ora a Maximiano falta-lhe aquele punch, aquele ar de quem disparará sem hesitação, de alguém que levantará a voz de forma a fazer-se ouvir. Perdeu por isso.

Claro que o apoio do Tozé Seguro também não ajudou muito. O Tozé tem ar de ser daqueles senhoritos que, se a coisa dá para o torto, desata a fugir. Pode não ser - mas parece. Ora, para que querem os madeirenses, nesta hora de aperto, um Tozé com ar de choramingas?

O PCP também levou uma tareia e é compreensível. Nem se percebeu o que achavam da trapalhada das contas. Quando falam é para dizer coisas deslocadas, palavras gastas.

O BE desapareceu e lá apareceu o Louçã, um esgar em forma de gente, gasto. Gastou-se com as situações dúbias em que se meteu no fim da era socrática. Devia sair e dar o lugar a outro.

Vitória, vitória a sério, teve-a o CDS. Vitória justíssima.

Paulo Portas: mais sóbrio, mais frontal, mais franco,
usando a inteligência ao serviço de um correcto exercício da Política

Paulo Portas vem sedimentando a sua inteligência, vem ganhando maturidade, vem ganhando segurança e tranquilidade. Aquela sua impetuosidade que o levava tantas vezes à demagogia, aquele seu conservadorismo já tão fora de moda., aquele ar de estadista precoce, vêm dando lugar a uma compreensão e tolerância que, tantas vezes, vem com a exepriência de vida o que, aliado à sua cultura e inteligência, fazem dele um provável primeiro-ministro deste país. Como se recordarão os meus Caros Leitores tenho sido crítica dele e não poucas vezes, mas, na altura, reconheci que fez a melhor campanha para estas legislativas e, agora, parece estar a ter ter um bom desempenho no Governo (acredito que terá o discernimento - que Passos Coelho não tem - de tentar atrair investimento a sério para o País, investimento que crie emprego e não de andar a ver se passa a patacos as jóias da coroa que são as nossas mais nevrálgicas e rentáveis empresas) e, sobretudo, nesta campanha da Madeira foi exemplar.

A sua atitude na condenação aos desmandos do Alberto João foi muito corajosa, franca, directa, inequívoca  A situação política de coligação governamental poderia tê-lo deixado numa apertada saia justa, como costumam dizer os brasileiros. Mas, apesar da delicadeza da situação, soube marcar a fronteira entre a coligação no País e a liberdade de acção na Madeira. Foi lá. Expôs-se. Falou loud and clear.

João Almeida
O menino que, a olhos vistos, se está a fazer homem

E, tal como ele, falaram outras vozes do CDS, de entre as quais destaco um jovem com ar de criança mas que se tem estado a portar como um homem crescido, o João Almeida. Firme e com voz grossa, tem denunciado os excessos e os dislates  Alberto João.

Mas não poderia deixar de referir-me a um outro factor certamente determinante no sentido do voto - o factor José Manuel Rodrigues.

CDS: grisalhos, bonitos, inteligentes, simpáticos - e vencedores, claro está

Ouvi José Manuel Rodrigues uma vez no Expresso da Meia-Noite e fiquei muito bem impressionada. Inteligente, claro, rápido na argumentação, firme e... factor não irrelevante: giraço. É um grisalho com muita pinta (mais um... que o Nuno Melo é outro), quase um George Clooney, bonito, um sorriso cativante. De certeza que as mulheres da Madeira não iam deixar de se manifestar favoravelmente. Um homem assim e todo vivaço, todo lutador, determinado, é uma mais valia em qualquer partido e, por isso, ele foi o justíssimo grande vitorioso da noite.

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Mas, já agora, uma chamada de atenção a Paulo Portas. Vi no sábado o programa do Herman na RTP1 e, por isso, assisti à intervenção da Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente, Ordenamento do Território, Assunção Cristas. Tem frescura, é simpática, alegre, vê-se que é voluntariosa, vê-se que está cheia de boas intenções. Deve ser uma pessoa leal, determinada, trabalhadora.

Segundo li no Expresso da semana passada, Paulo Portas refere-se a ela como 'a minha Assunção'. Gosta dela, aposta nela, trouxe-a até aqui.

Mas, por favor... Conta ela que ligou ao marido dizendo que tinha sido convidada para ministra e logo de quatro coisas e que ele disse logo, 'Não hesites. É giro'. E quando Herman lhe pergunta como é ser ministra ela sorri, orgulhosa, e diz 'É giro'. E como é ser ministra da Agricultura, coisa com a qual não tinha antes qualquer ligação? Assunção responde, risonha, 'É giro. Chego às reuniões e digo logo que não sei nada daquilo, que estou ali para aprender com eles. É uma área gira, vê-se as coisas a crescerem'.

E que lá no Ministério são muitos, dado que tem muitas áreas e que 'é muito giro, juntamo-nos pessoas de muitas áreas diferentes, e é muito giro'.

E que, quando vai às reuniões, para pouparem na gasolina, vão todos no mesmo carro, até esgotarem a lotação do carro e quando chegam aos locais, as pessoas estão à espera de ver um carro batedor e afinal chega ela ao lado do motorista, os outros no banco de trás, ficam todos muito admirados e é giro'.

Assunção Cristas no Herman 2011:
Uma jovem contente por estar a fazer uma coisa muito gira

E eu até acho que, para uma jovem vinda da faculdade, da área do direito, e estando na política há tão pouco tempo, tudo isto seja uma aventura gira, uma experiência gira.

Mas, pergunto eu, ó meu caro Paulo Portas, será que numa altura destas, de descalabro e indefinição, com a crise tão brava que aí está, com tanto que é preciso fazer, decidir com ponderação e conhecimento de causa, será que é boa ideia pegar numa jovem inexperiente, que não sabe nada de nada das áreas pelas quais é responsável, e pô-la à frente de tão vasta e nevrálgica área?

Não creio. Eu, pelo menos, fico de pé (muiiiiito) atrás, com esta sua escolha. É que o que é preciso nesta altura não tem nada de giro e não sei se a 'sua' Assunção já o percebeu.

Por isso, agora que a escolha está feita e que há que seguir em frente e fazer com que dê certo, aconselho-o, meu Caro, a fazer algum coaching junto dela. Ao menos que, quando estiver em público, ela tente mostrar que não está nisto sobretudo por ser giro.

terça-feira, janeiro 25, 2011

Hortas no meio do asfalto - as hortas urbanas em Lisboa

Proliferam as hortas urbanas em Lisboa
Não é da horta da fotografia que vou falar que essa até é fácil de perceber pois está num terreno baldio junto a prédios. Quero é falar das hortas que nascem nos pequenos bocados de terra que se encontram junto à 2ª Circular, ao IC19, à CRIL, sobretudo naquele novo nó que tem vários viadutos, planos inclinados, e nenhuns acessos pedestres.

Não percebi ainda como é que as pessoas para lá vão pois os carros circulam permanentemente e a velocidade considerável. Não se pode parar o carro nem há transportes públicos com paragens (como é óbvio pois são vias de circulação rápida).

Pois bem, apesar disso, quando ali passo, vejo sempre pessoas a cavar, a plantar, a mondar as ervas daninhas. Parece que estamos no campo e, afinal, estamos em pleno coração do asfalto lisboeta, na zona talvez de trânsito mais intenso.

E que belos favais, verdes, viçosos, que belas couves portuguesas, grandes, que gosto que é ver estas belas hortas. Tenho pena de não poder tirar nenhuma fotografia, que pena não poder ir lá falar com aquelas pessoas (irão a pé de muito longe, arriscando-se a atravessar as estradas no meio daquele mar de carros? Só pode...).

Imagino o orgulho que terão nas suas belas hortas! E que bela ajuda que deve ser no orçamento familiar!