Mostrar mensagens com a etiqueta Vasco Santana. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Vasco Santana. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, setembro 21, 2021

Rir

 

A beleza é fundamental, já Vinicius o dizia. A inteligência é fundamental. O bom carácter é fundamental. A cultura é fundamental. O bom feitio é fundamental. Muitas outras coisas são fundamentais. Mas, de entre elas, uma se destaca: o sentido de humor.

Posso relacionar-me com muita gente mas apenas com a que revela sentido de humor eu sentirei vontade de manter a proximidade. 

O sentido de humor é a manifestação mais evidente da inteligência mas é a inteligência condimentada com a graça de existir e a generosidade de fazer rir os outros.

O sentido de humor é o alfa e o ómega para se levar isto na boa. E só não acrescento a delta para não haver lugar a confusões que eu do merdinhas com totós quero é distância..

Pode alguém ser o máximo, pode saber Os Lusíadas de cabo a raso, a Odisseia de cor e salteado, simplificar os polinómios até os deixar em carne e osso, pode saber declinar todas as leis da termodinâmica e inventar ainda uma nova como quem não quer a coisa, ou cantar toda a tabela periódica, desde os clássicos até aos mais recentes elementos, pode não falhar um rio, um afluente, uma serra, saber todas as cordilheiras, picos, vulcões, reconhecer os eixos e a respectiva orientação dentro de cada cristal, pode saber reconhecer cada astro por mais longínquo que seja, saber de leis como quem sabe de fazer bolos, as receitas todas de cor, as manhas e os preceitos, um a um. Pode tudo. Mas, se não souber fazer-me rir aí, santa paciência, nada a fazer. Não tenho paciência para chatos. Tem que saber desarmar-me com uma piada, tem que ter a inteligência de juntar as pontas soltas e dar-lhes o mais inesperado e insólito laço, descobrir a brejeirice elegante que fará desatar-me a rir. 

Não ter sentido de humor é pior que doença, é falta de gene, é deficiência irreparável, devia ser caso para enxerto ou para criar associação.

Em contrapartida, pode ter falta de muita coisa mas, se tiver sentido de humor e tiver o condão de me fazer rir, tenderei a desculpar todas as faltas. É o meu ponto fraco: gosto de quem seja capaz de me fazer rir.

Aliás, sentido de humor é mais do que fundamental. É o sal da vida. É anti-oxidante, anti-aging, é poção mágica, elixir da vida eterna.

De entre os vários tipos de humor prefiro o pouco óbvio, o insolente, o que contém alguma sofisticação, o que junta ao tempero um pouco de pimenta, o que é inesperado e até inapropriado, o que continua a fazer-me rir vinte ou trinta anos depois. Mas se for uma cambalhota trapalhona, um trejeito descarado ou um trambolhão bem merecido também não me farei rogada. Sou de riso fácil.

Em dia um pouco apático e em que as mãos se movem sobre uma massa algo informe em que se pressente a semente da desmotivação, em dia em que o dia que era para ser afinal não foi (o que me desiludiu, não o escondo) e em que, para ajudar à festa, o ferro de engomar não aqueceu causando um óbvio transtorno, chego aqui ao computador e apetece-me rir. Quem ri, seus males espanta.

E basta-me escolher um ou outro vídeo que o meu grande amigo do peito, o algoritmo mais fofo, logo percebe o que é que eu quero e desata a sugerir-me maluqueira atrás de maluqueira. Já estive a ver alguns a que não resisto.

E, para polvilhar o post, nada como as macacadas que aqui vêem. Há milhares. 

Quem esteja por aí ensimesmado, sem encontrar motivo para sequer esboçar um leve sorriso, que veja aqui ou procure o que por aí há de risota. Não falta.

Permitam, pois, que partilhe convosco alguns vídeos já mais do que conhecidos mas que sempre me farão rir ou sorrir.

vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv

João César Monteiro e as más-línguas


Vasco Santana e o palheto


Os irmãos Marx e a password


John Cleese, impagável.


________________________________

E tenham, por favor, uma risonha terça-feira

sábado, fevereiro 06, 2021

As chagas de carácter social

 

Tenho a certeza que é muita insensibilidade da minha parte não vir para aqui carpir sobre as agruras nacionais. É mesmo. Toda a gente lamenta coisas. Toda a gente e eu, que não sei se sou gente, se sou bicho, também. Como, estando eu imersa neste pequeno rectângulo sobrelotado de gente lamentando-se, não me deixo contagiar...? É muita insensibilidade. Muita.

Como, por exemplo, não estar aqui a lamentar que o Chicão, esse menino mais fofo, esteja agora a ser maltratado pelo Adolfo e demais amigos? Logo o Chicão, esse destemido gaiato com uns olhinhos azuis mais lindos. Devia lamentar, que o momento é de tristeza e chicana. Mas não me ocorre o que dizer.

Também me parece insensível da minha parte não fazer um reparo ao conselho amigo que Mário Machado, essa incontornável e cadastrada figura, líder de movimentos sobejamente tintilantes, veio fazer ao Ventura para que modere a agressividade e a conversa potencialmente apelativa à violência. Parece-me um gesto bonito, bonito demais, e auto censuro-me por não estar aqui a louvar estes actos de coração. Mas dizer o quê? O que se diz numa situação destas... Que é a lei da vida...? Que branco é galinha o pôs...? Não sei...

E mais. Soube há pouco que o governo não vai dar tolerância no carnaval. Não me parece nada bem e ainda pior me parece eu não fazer da condenação de tão insana medida a minha guerra pessoal. Se este não é motivo para a mais sentida lamentação não sei o que seja... A gente quer fazer desfiles e não pode, quer fazer rodar a baiana e não pode, quer despir-se de alto a baixo, só com uma estrelinha brilhante nos sweet nipples e na rosa clandestina, e não pode, quer ir fazer uma festa bem danadinha de boa, todos tapados e mascarados do pescoço para cima, e não pode... e, como se a afronta não bastasse, ainda nos cortam a tolerância. Mas como? Temos que ficar em casa...? Não pode...! Fechados? Não... Mas vou dizer o quê? Que mascarar-me de irmãzinha da caridade-pum e não poder ir para a rua fazer de conta que sou a Alcoforado não me parece bem...? Bahhh, não tenho saco. Esgotei. Já dei para esse peditório.

Claro que poderia falar da meia-irmã da costureira da prima da cunhada da amásia do padrasto do presidente da Junta de Freguesia de Caganita de Baixo que se abifou com uma vacina já meio morna. Mas quê? Pôr-me a fazer concorrência à impoluta e suportável Sandra Felgueiras...? Ainda se eu fosse como o colega dela e soubesse praticar aquela eloquente e histriónica língua gestual, se me faltasse a parte detrás da cabeça, se tivesse orelhas de abanico e conseguisse falar como se estivesse sempre a ponto de apanhar com um míssil no missing toutiço... Mas não. Eu sou só eu. Fazer o quê...? Nada, né? É que, para falar a verdade, ninguém merece.

Portanto, na presença de tão grande insensibilidade e na ausência de ter mais o que dizer, calo-me já.

E que entrem os convidados.






________________________________

O título foi retirado do discurso de Vasco Santana

____________________________________________

Desejo-vos e belo e confinado sábado.

quarta-feira, junho 10, 2020

Mário Centeno, Mariana Mortágua, Cecília Meireles, Duarte Pacheco, etc.
E Chaplin, António Silva, Duarte Pacheco, Beatriz Costa.


Um dia que tudo isto se resolva talvez eu possa contar o que têm sido estes meus dias. São tempos de mudança. Mudanças a vários níveis. Só me apetece mudar e assalta-me uma vontade quase incontrolável de desapego. Não é fácil explicar-me nem é fácil, sem ser descritiva, transmitir até que ponto estou nesta disposição de virar costas a coisas que, dir-se-ia, me são intrínsecas. 

Mas isto para dizer que são tão preenchidos e intensos estes meus dias que chego a esta hora avançada, a sentir-me cansada, incapaz de me pronunciar a sério sobre o que quer que seja. 

O pior é que, tarde e más horas, quando sossego, ligo a televisão a ver se me distraio e vejo meio mundo a comentar, a dar palpites, a agourar, a sentenciar, a arengar sobre uma coisa que deveria ser a mais normal do mundo -- a saída de Centeno do Governo. E ouço que agora querem impedi-lo de poder vir a ser governador do Banco de Portugal. Arranjam mil razões, inventam argumento, dão testemunho, põem ar de doutores. Sabem tudo. Se alguém se distingue por ser competente logo há quem salte para os balcões da televisão com uma infinita e repetitiva converseta da treta. Circulam entre telejornais, noticiários, programas de debate de pechisbeque, repetem o que já disseram e escreveram noutros lugares -- e mostram que isto é uma terrinha de vizinhas, de comadres, de intriguistas, de gente de olho gordo. Em vez de quererem que gente competente esteja em lugar onde a inteligência seja uma mais valia, parece que querem é que o lugar seja ocupado por morto-vivo, múmia cega e surda, carlos costas de rabos pelados que deixam que tudo aconteça debaixo do nariz sem nada verem, sem que de nada saibam e elencando argumento para desfiar desculpas. 

São deputados e ex-deputados, advogados, ex-directores de jornais. Sempre os mesmos, sempre os mesmos trejeitos superiores, sempre aquela pseudo-sabedoria encardida a armar ao pingarelho. Não quero já nem saber se são competentes ou o escambau. É a atitude. Quando entrevisto candidatos para virem trabalhar para as minhas equipas o que eu quero perceber é se são gente boa, gente com boa atitude, gente franca, gente humilde, bem formada, gente que goste de trabalhar em equipa, que seja tolerante. Não quero gente cagona, de nariz empinado, gente com o reizinho na barriga, gente que pensa que sempre estará por cima da carne seca, gentinha armada ao pingarelho.

Mas esses não são os critérios de quem escolhe comentadores e comentadeiras. A televisão está cheia de gente que eu não queria nas minhas equipas nem pintada. A Mariana Mortágua, por exemplo. Não há pachorra. Arma-se em sabichona, em putativa madre superiora disfarçada de vingadora dominatrix. Ou a Drago. Versão délicatesse da Mortágua. Ou o cardeal, o Louçã. Acha-se superior. Mas superior a quem? Em quê? Não sei. Não aguento arrogância. Não digo que por vezes não tenham razão. Digo que são insuportáveis. Uma sociedade em que intragáveis destes estivessem em maioria haveria de ser pior que viver num convento de freiras do século passado, com castigos, maus tratos, sevícias de toda a espécie.

Ou a Meireles na Assembleia, porta-voz. Sempre com cara de má, sempre roída de azia. Ou aquele super-músculos que, para além dos músculos, só tem cabeça mas, infelizmente, oca, o Duarte Pacheco. O que ele diz, senhores. Parece daqueles pintas de província que se encostam à porta da taberna, armados em bons, faço e aconteço, mas que não passam de uns coitadinhos.

Mesmo dos outros, dos que são supostamente não políticos, na televisão, já não os aguento, um enxame de comentadores que só mastigam e remastigam o regurgitado uns dos outros. Nenhum quer ficar atrás dos outros. Inventam desgraças, antevêem desaires, antecipam litígios. Cada um vê mais problemas, vê antes dos outros, adivinha-lhes, antes dos outros, a gravidade. Aves agoirentas, urubus, papagaios. Não tenho paciência. Espremido é zero.

Só desejo é que o Governo tenha arrojo, visão e arte para dar um piparote em velhos hábitos e para levar o país para melhores caminhos. Para mim, ao contrário do joker pintarolas, Portugal está bem quando os Portugueses também o estão. E é isso que tem que acontecer durante o período que aí vem. E que Centeno continue a ser bem sucedido por todo o lado por onde ande e que continue a ser útil ao País.


Tirando isso, depois dar nomes a alguns bois, pena tenho é que não possa mesmo pegá-los pelos cornos. E agora apetece-me é ver vídeos como estes aqui abaixo. Com vossa licença, deixe que os partilhe convosco.








______________________________

As fotografias são de Patrick Demarchelier

_____________________________________________________

E um bom dia de Camões, da Língua e de Portugal.

quarta-feira, julho 31, 2019

Olha, afinal as golas não são inflamáveis....
Mas, entretanto...


  • Quem terá sido o chico-esperto que se lembrou de lançar o boato de que as golas pegavam fogo? 
  • Quantos doutos papagaios vieram, a seguir, dizer que as golas pegavam fogo? 
  • Quantos doutos comentadores enxamearam os balcões onde se servem opiniões a copo, prontos a fazer justiça com as suas próprias mãos? 
  • Quantos jornalistas na reserva saltaram avidamente para a ribalta para sujar o bom nome do jornalismo, falando do que não sabiam?
Não sei quantos. Só sei que muitos.

Já Patrícia Gaspar tinha explicado: não se quer que as pessoas vão para o pé do fogo, que vão apagar fogos; pelo contrário, o que se quer é que fujam dele e as golas são apenas para evitar a inalação de fumo.

Mas qual quê: alguém inventou que as golas pegavam fogo e, incapazes de pegarem em assuntos inteligentes, logo todos os canais, como gato a bofe, inflamadamente se atiraram às golas e desataram a clamar contra o Governo.


E eu gostava de ver se a mesma maralha, nos mesmos canais, vai enxamear outra vez os media para fazer o mea culpa junto da opinião pública. É o vês. Caladinhos que nem ratos.

E eu gostava de ver outra coisa: será que a malta que de repente virou especialista em materiais inflamáveis faz ideia se as calças, as blusas, os casacos ou os ténis que usa ou o das pessoas que se virem em situação de fugir ao fogo são ignífugos...? Cá para mim nem lhes ocorreu tal dúvida metódica. Como burros encartados, pensar não é com eles. Põem-lhes um coisa à frente e logo eles, sem pensar, a enfiam na cabeça todos gabarolas. Se depois lhes disserem que aquilo não era um chapéu, eram umas orelhas de burro só para gozar, tiram-nas logo, fazem de conta que não é nada com eles, assobiam para o lado e dão meia volta de fininho. Não desfazendo: na verdade são uns caguinchas, uns putativos maraus de meia tigela.

E a única coisa que se pode dizer de tudo isso é: santa ignorância, santa estupidez. 

Agora dito isto, digo outra coisa: se os objectos que compunham o kit não obedeceram a uma decisão informada ou se a escolha da empresa que os forneceu obedeceu a critérios que não os normais (ie, melhor preço para qualidade e prazos de entrega equivalentes) então que se apure isso. Com rigor e sem dramas. Escrutinar os actos da administração pública é um dever e é normal nos regimes democráticos. Mas não faço ideia de se houve algum favorecimento. Se há dúvidas apure-se e apure-se sem condescendências. Não vou atrás de qualquer osso que um qualquer manhoso atire para a rua. Preciso de demonstração, de factos confirmados.

Hoje, ao ouvir as notícias, já aparecia outra: a empresa da qual o filho do Secretário de Estado tem uma quota de 20 ou 30% fez três negócios com autarquias ou lá o que foi. Posso não estar a ver bem mas, só por isto, não vejo mal nenhum. Se fizesse negócio na Secretaria de Estado à frente da qual está o pai, aí já me pareceria eticamente reprovável. Agora em organismos onde o pai não risca peva, não estou a ver qual o problema. Há que evitar fundamentalismos senão perde-se toda a racionalidade.

E digo isto com a consciência tranquila: não exerço nem nunca exerci cargos públicos nem estou ou alguma vez estive filiada em qualquer partido política. Sou absolutamente contra qualquer forma de corrupção, compadrios ou beliscaduras na ética. Mas sou também absolutamente impermeável a fundamentalismos ou juízos precipitados ou levianos.

Portugal é um país de justiceiros, de gente que se acha moralmente superior aos outros, gente que cultiva a maledicência, a intriga, a inveja, a cobardia. Mas atacar ou difamar gente que é inocente é cobardia, é também maledicência, é maldade e, frequentemente, demonstra aquela inveja surda dos que olham alguns dos que exercem cargos políticos como desprezíveis 'poderosos' esquecendo-se que, na maioria dos casos, são pessoas normais, com família, com sentimentos, com valores.

Já o referi algumas vezes: tenho, muito próximas, algumas pessoas que exercem relevantes cargos públicos. Curiosamente, nenhum deles é filiado ou simpatizante do PS, partido com que mais me identifico. E uma coisa posso eu dizer: são pessoas íntegras. E nenhum deles enriqueceu ou está a enriquecer com essa sua ocupação. Pelo contrário. Ganham menos do que ganhavam nas suas actividades anteriores e o que, de facto, ganham é cabelos brancos, dores de cabeça, estafas sobre estafas, noites mal dormidas e grandes sacrifícios das famílias.

De novo, dito isto, acrescento que acredito que haverá ainda muito por aí alguns pequenos amiguismos, combinações de correlegionários de partido que tentam influenciar pequenos negócios. Gente de Juntas de Freguesias, gentinha que ainda anda por dentro dos aparelhos de algumas Direcções Gerais. Acredito. E, havendo, acho que é gentinha que não interessa, cujos hábitos devem ser banidos, cujos crimes devem ser punidos. A transparência é fundamental.

Mas chega-se lá com maturidade, com ponderação, com inteligência -- não com juízos precipitados e goelas inflamadas. Sou a primeira a condenar oportunismos, interesseirismos, gatunagem. Mas não acuso só porque sim ou porque algum palerma que ninguém sabe quem é diz que sim. Acuso quando estou certa de que estou a ser justa. acusar. Acusar um inocente não tem perdão.

-----

Tirando isto: estou curiosa de saber se, por estes dias, o PSD se vai auto-destruir, comendo-se todos uns aos outros. Literalmente. Quiçá, até, biblicamente. No final, apenas um monte de ossinhos debaixo dos lençóis.
Por exemplo, o Hugo Soares, que andava por aí todo fera, comerá alguém? O Rio? Ou o Rio virará o jogo e, qual tarzan, a cavalo numa liana, conseguirá comer alguém? Quiçá o José Eduardo Martins? Ou a pombinha da paz descerá sobre eles e sairão todos de lá aos beijos na boca? E a Maria Luís Albuquerque entrará em que cena? Beijos de língua? Ou não porque toda a gente tem medo porque sabe que aquilo lá é língua venenosa? Eo marido dela pairará por lá armado em body guard? E o Miguel Pinto Luz? In love com a Manuela Ferreira Leite? E o Professor Marcelo telefonará em directo para desejar muitas audiências?
Também estou curiosa de saber se, nas próximas eleições, o CDS vai conseguir eleger alguém. Se calhar não. Se calhar, o CDS já era. O pernão não funcionou, o vestido dos kiwis também não, a peixeirada também não, o mostrar folhas com desenhinhos  na Assembleia também não, a votação no penteado também não, o falar pianinho também não, o ter diarreia de ideias também não. Bolas. Ou melhor: bola. Zero. 

----------------------------------------------------

E agora uma coisa boa


E até já.

quarta-feira, junho 03, 2015

A Economia nos voláteis tempos que correm, as garrafas vazias e a alegria de viver. E tu queres é ir para a cama.


Agradecendo ao Leitor que me enviou, aqui transcrevo um inteligente ensinamento.


O Nobel da Economia Prof. Dr. Wasser Catari, explica como se deve pensar na economia actual.

- Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000 € em acções do Royal Bank of Scotland, um dos maiores bancos do Reino Unido, teriam hoje 29 euros.

- Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000 € em acções da Lehman  Brothers teriam hoje 0 euros.

- Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000 € em papel comercial do BES, o maior banco privado de Portugal, teriam hoje 0 euros.

- Mas se, em Janeiro de 2010, tivessem gasto 1.000 € em bom vinho tinto (e não em acções) e tivessem já bebido tudo, teriam 46 euros em garrafas vazias.

Conclusão: No cenário económico actual, é preferível esperar sentado e ir bebendo um bom tintol. 

Não se esqueçam de que quem sabe beber, VIVE :

 - Menos triste
 - Menos tenso
 - Mais contente com a vida.


Pensem nisto e invistam na alegria de viver.


...   ...

Já vi tudo. Tu queres é ir para a cama. Vamos embora.


...

quinta-feira, maio 07, 2015

Segundo Passos Coelho, o líder da oposição, Paulo Portas, comunica-lhe decisões graves e pretensamente irrevogáveis por SMS. Paulo Portas come e cala mas acabei de ler o seguinte: O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: ENGOLIR SAPOS É PREJUDICIAL À SAÚDE!


Sim senhor. No post abaixo já falei dos mariquinhas que se borram com o sms dum político (Ferreira Fernandes dixit) e já voltei a rir-me com a sua crónica no DN. Gente inteligente é outra coisa. Porque será que gente como o João Vieira Pereira nunca me faz rir, senhores?

Adiante.



Aqui, agora, continuo no registo da boa disposição - é que este láparo está cada vez mais brincalhão. Isto é darem-lhe corda que vai ser um fartote. Só espero que o PS perceba isto e arranje maneira de o porem a falar sem ter grande tempo para tentar organizar o raciocínio. Um fogo cerrado de situações em que jornalistas e deputados o façam falar - é que, depois de tudo o que ele fez o País passar, está na altura de agora nos fazer rir.




E esta quarta-feira, na Assembleia da República, ele voltou a fazer das suas. Catarina Martins, com o seu domínio de técnicas de palco, há muito que percebeu como pô-lo a dançar o vira para gáudio dos espectadores.

Li no DN que, em resposta à líder do BE, o nosso Pedro-que-abria-todas-as-portas (segundo o Senhor creio que da da Tecnoforma), terá parido outra pérola:
Passos recusa ter atacado Portas na sua biografia, mas equivoca-se na resposta ao BE. "Nunca na vida enxovalhei ninguém, muito menos o líder do principal partido da oposição"

Mais uma para Paulo Portas digerir: o CDS principal partido da oposição...? Ele o líder da oposição..? Upsss.

A esta hora está o vice-irrevogável a ver o que fazer a mais esta. Ou põe um peãozito de brega a dizer uma coiseca qualquer enquanto ele diz que lhe batam mais que até gosta ou, sorridentemente, com cara laroca, vai limitar-se a engolir mais um sapito.

Acontece que acabei de ler um artigo ultra-didáctico do qual transcrevo as partes mais importantes, esperando que alguma alma caridosa as faça chegar ao nosso Vice para que ele solte a fera que há dentro dele, se liberte de condicionalismos e, em última análise, para que pense na sua santa saúde. É só seguir as palavras (as palavras! não o cherne!* )
.

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: ENGOLIR SAPOS É PREJUDICIAL À SAÚDE!


Escapei da prisão que acorrentava a minha alma junto das sombras densas. 

Me libertei do que os outros pensam sobre mim e do que esperam ao meu respeito. 

Mandei às favas quem insiste em mandar nas minhas vontades, todos aqueles que questionam a minha conduta e me apontam o dedo com reprovação. 

Cansei de fazer ouvido de mercador para não me aborrecer, de engolir seco um espinho depois do outro, enquanto o emissor, com sua língua projétil, metralha ofensas na minha direção.

(...) 
Até aonde vai a nossa passividade? 

Engolir sapos é consentir com o que é dito sem nenhuma objeção. Agindo assim estaremos ferindo a nós mesmos e o nosso brio. 

Quando oprimidos nos sentimos incapazes, frustrados, e logo passamos a demonstrar apenas uma parte nossa. 

Para que sejamos inteiros é preciso revelar quem somos, o que pensamos, o que queremos. 

Sejamos nós e o que nos caracteriza sem o medo da reprovação e a necessidade de aceitação.

Atenção: Engolir sapos é uma prática tóxica e nociva. Mantenha distância. Ao persistirem os sintomas esse texto deverá ser consultado.



[Artigo completo na Bula]
___




* - À hora a que escrevo estou a ver na televisão o cherne a rir que nem um perdido com o inspirado e divertido discurso do láparo nas comemorações do aniversário do PSD, que se realizou esta quarta-feira na Aula Magna da Universidade de Lisboa, discurso que mete império da política e tudo 

(felizmente que é império da política e não império dos sentidos, já agora, que aquilo lá acaba mal demais - é que, ao vê-los lá todos perfilados, no maior amor, Marcelo, Santana, Assunção, Passos, Durão, etc, até pensei que aquilo, tanta paixão apesar do ódio que volta e meia demonstram uns pelos outros,  até parece doença, senhores). 


___


As fotografias que ilustram este post podem não ter muito a ver com o texto et pour cause. Fazem parte da série 30+ Hilarious Advertising Placement Fails que encontrei no Bored Panda.

____

Para quem ache que o láparo ainda está com pouca graça - isto é, que ainda não está no ponto e que ainda corre sérios riscos de, para o ano, não ser admitido no casting do la Feria - aqui deixo um vídeo para que me digam se acham que este seria um bom exemplo, para eu, então, lhe sugerir que tente imitar o Vasquinho da Anatomia da próxima que se apresentar na AR.



___


Bem, e agora fico-me por aqui e a ver se amanhã logo falo da boa entrevista que António Costa concedeu à TVI. Uma pessoa, habituada que está a ver ai...! tanto crocodilo...!, se vê alguém a falar normalmente - a dizer coisas acertadas e inteligentes, bem intencionadas, de boa fé - até parece que já vê um ser de outro mundo.

____

Relembro: desçam, por favor, até ao post seguinte para se rirem com o Ferreira Fernandes e com os jornalistas mariquinhas que tremem todos, ui ui, com os sms que recebem dos políticos.

___


Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira. 
E sejam felizes, está bem?

...

terça-feira, dezembro 10, 2013

Pode beber-se um bom vinho por um copo qualquer? Pode... mas não é a mesma coisa. A quem possa, recomendo um pequeno luxo: beber um bom tinto por um Riedel, dito o melhor copo do mundo. Ao som de 'Mandad'ei comigo'. Para quem não alinha em finezas, aqui fica também o Pátio das Cantigas onde o tintol nasce da parede.


Uma Leitora muito simpática escreveu-me e pediu se eu lhe podia dizer a marca dos copos de vinho de que há tempos falei.

Porque a informação pode ser útil a mais alguém, resolvi fazer um post só para falar de copos de vinho.

Vou aqui colocar uma música para acompanhar a prova de vinhos, uma cantiga d'amigo porque o vinho é para se degustar entre amigos, as coisas boas saboreiam-se melhor com companhia.




*


Sobre a mesa da minha sala de jantar, uma instalação de copos.
Os Riedel são os dois da esquerda, cada um adequado a sua casta
Os dois da direita não são Riedel: fazem parte do meu serviço de copos oferta de casamento
(estes estão um bocado embaciados pois estavam dentro do louceiro
e as diferenças de temperatura devem gerar alguma humidade que fica lá retida.
Curiosamente os Riedel nunca ficam tão humedecidos.
Podia ter-lhes passado um pano mas, com as pressas, ficaram tal e qual os tirei do armário)


Os copos de que antes tinha falado são Riedel e são frequentemente referidos como os melhores copos de vinho do mundo. Há copos dedicados às principais castas. Pode parecer mariquice e eu não sei o suficiente de vinhos para poder confirmar que um copo Sirah não deve ser usado se o vinho não for dessa casta - mas posso dizer que os copos são mesmo determinantes na cuidada degustação do vinho.


Não é de sempre que sou apreciadora de vinho como hoje sou. Aliás pouco vinho bebia.

No entanto, há tempo frequentei um curso de vinhos ministrado por um grande enólogo e a verdade é que vim de lá outra. Aquele curso foi, para mim, uma verdadeira epifania.

falei nisto mas vou repetir-me. Fui para lá a achar que aquele curso não era para mim e que, não apenas eu não gostava de vinho o suficiente para ser capaz de aproveitar o que me iam ensinar, como toda aquela mística que rodeia o acto de beber me parecia uma coisa de faz de conta, uma encenação.

Pois bem: céptica que sou, saí de lá devota.

Quando o curso começou com as provas de águas, ainda eu estava de pé atrás e numa de encarar a coisa na desportiva e meio no gozo.

No entanto, ao fim de pouco tempo já eu estava concentrada a perceber a leveza, a densidade, a frescura das águas. Água da torneira, água do Luso, águas francesas, tenho ideia de que, também, da Austrália, uma água do Japão que era de subir aos céus.

A seguir passou-se para a prova dos copos: experimentávamos o mesmo vinho em diferentes copos. Garanto: pareciam vinhos diferentes. 

Tenho uns copos encarnados daqueles espessos aos bicos e o meu marido sempre se recusou a beber vinho por eles, dizia que estragavam o vinho. Eu que gosto tanto deles, tão lindos, achava que era embirração dele. Afinal que razão ele tinha... Um vinho bebido num copo assim muda de espírito.

Os copos devem ter uma abertura que permita que os odores se soltem do vinho mas que não se evaporem completamente, devem ter uma espessura que não empate o curso do líquido na boca. E devem ter um pé para que a mão o segure por aí, não tocando o vidro onde o vinho se encontra para que não altere a temperatura (já agora: o vinho tinto não é para se servir à temperatura ambiente como erradamente se costuma dizer pois esta pode ser alta ou baixa demais: a temperatura ideal para o tinto deve estar a cerca de 16º).

Um vinho deve ser aspirado, sentido, percebido. O vagar é essencial.

Beber um belo vinho tinto por um Riedel é uma experiência especial. Têm um inconveniente (e que inconveniente...): são caros. Aconselho que se comprem os da gama Vinum que podem ser lavados na máquina. No entanto, já o confessei antes: sou ciosa até mais não poder com estes copos e, por isso, lavo-os à mão. 

Tenho ideia que, em média, andam à volta de 30€ cada par. Não sei ao certo onde se vendem agora. Costumavam ser vendidos nas boas garrafeiras mas agora não sei. Fui à procura no google e vi sobretudo vendas pela internet, inclusivamente no site da própria Riedel mas aconselharia a que, primeiro, procurassem nas boas lojas de vinhos.

Tenho também um serviço de copos austríacos, oferta de uma tia aquando do nosso casamento, aqueles que, na fotografia lá em cima, estão à direita. Foram comprados na antiga Loja José Alexandre do Chiado. São sobretudo elegantes mas são tão frágeis que só os uso em alturas especiais e, nessas ocasiões, ando sempre com o credo na boca pois sei que, se se partirem, não terei como substitui-los. E não proporcionam uma experiência tão completa como os Riedel.

Por causa dos meus medos, acabámos por comprar uns copos mais baratos para as refeições da confusão. Com os miúdos e com aquela barafunda que se gera quando se atiram todos aos comes e bebes, nem eu estava descansada com os Riedel ou os austríacos a periclitarem em cima da mesa, e não estou para estar preocupada com isso quando estamos todos juntos.

IVRIG Copo de vinho branco IKEAIVRIG Copo de vinho tinto IKEA Antes tínhamos uns outros que acabaram por se ir partindo e desde há alguns anos usamos no dia a dia os do IKEA. 


São estes aqui ao lado, os da gama IVRIG, e custam 2.5€/cada e, verdade seja dita, não são uns Riedel, claro que não..., mas, para refeições despretensiosas e para as quais não há tempo para rodar o vinho, sentir os taninos ou tentar adivinhar o terroir, servem razoavelmente bem. Têm uma vantagem sobre os outros: se algum se partir, não me estraga o dia.



Um outro sítio onde tenho comprado copos - mas, por acaso, os que comprei foram apenas para brandy - é na loja da Fábrica da Vista Alegre pois vendem lá copos Atlantis a preços mais acessíveis (mas, ainda assim, carotes). São copos que não foram vendidos nas lojas ou sobras de lotes para exportação ou alguns com ínfimos defeitos (embora eu, nos copos, acho que nunca detectei nenhum defeito). São vendidos nos estojos originais e podem ser um bom presente. 



Um Riedel à frente, um austríaco à esquerda
e dois balões Atlantis (que, por acaso, não vieram da dita loja),
um à direita e outro atrás.
Atrás açucareiro Vista Alegre


Também já falei desta loja. É em Ílhavo. Dantes, no fim do verão, eu gostava de lá ir e vinha sempre com belas compras mas agora até evito pois já não preciso de mais louça. Mas, para quem não conheça e não saiba onde comprar presentes bonitos, úteis e a bons preços, e que tenha disponibilidade para dar um passeio, talvez seja uma opção. No mesmo largo da loja, está também o Museu da Vista Alegre, muito agradável e que merece uma visita.

Claro que agora, para acabar em beleza, depois de tanta teoria, deveria poder passar à prática: convidar-vos a virem beber um copo de tinto num Riedel, comer uns queijinhos, e, depois, rematar com uns figos secos torrados e recheados com amêndoas, coisas assim - mas, enfim, isto da internet ainda continua a ter algumas limitações.


***

Descobri este pequeno vídeo
 onde se fala da escolha dos copos, a respectiva razão de ser, a sua utilização, etc.



Em português com açúcar, isto é, brasileiro - por Vanessa Sobral

*

E agora, sem necessidade de finuras, de Riedel e mais não sei o quê...



O Vinho, Vasco Santana, Pátio das Cantigas


*

A música lá em cima é "Mandad'ei comigo", cantiga de Martin Codax (Sec. XIII), do disco "Cantigas D'Amigo" interpretada pelo grupo "La Batalla" & Pedro Caldeira Cabral.

Arranjo e direcção musical de Pedro Caldeira Cabral.
Darabuka - João Nuno Represas
Flauta - José Pedro Caiado
Guitarra - José Pedro Caiado e Pedro Caldeira Cabral
Lute - José Peixoto e Nuno Torka
Percussão e voz - Isabel Biu
*

Hoje tinha ideia de vos falar da minha ida às compras, a correr, à hora de almoço e do que, nesta altura, sempre penso quando me vejo carregada de sacaria. Também gostaria de vos ter contado sobre um senhor que há uns dois ou três anos encontrei no parque de estacionamento de um grande centro comercial e que não sei se ainda não andará por lá, perdido, às voltas. Só que hoje estou cansada, levantei-me mais cedo do que é costume, tive um dia um bocado estafante e aquela hora de compras fez o resto (por isso, se detectarem gralhas a eito já sabem a que se deve: estou mesmo cheia de sono... e ainda só estou no princípio da semana). Além disso, amanhã rumo a norte, tenho umas centenas de quilómetros de autoestrada para fazer e, por isso, não quero abusar.

Por isso, também não respondo aos comentários, que agradeço. Não consigo mesmo. Amanhã, se não chegar muito tarde e não vier capaz de me atirar logo para o sofá a dormir, logo tento compensar, está bem?

*

No Ginjal também preguicei mas, se forem até lá, não ficarão a perder pois tenho o magnífico Pedro Lamares com O Fraseador. Muito bom.

*

E por aqui me fico. Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça feira. 
Saúde!

domingo, maio 19, 2013

Cortes de 4% nos ordenados da função pública e 11% nas pensões antes de 2005? Onde é que está o mal? Cá para mim, o mal não está nas meninas bailarinas mas sim no público que é idiota ou, então, isto é do veneno da raça ou das chagas de carácter social, sei lá...!


Os funcionários públicos vão levar com mais um corte? E então? Deviam era estar contentes por ainda receberem ordenado. 

E os pensionistas do Estado também vão levar mais um corte? Coisa pouca, para aí mais uns 10 ou 11%? Ora! Comprem menos remédios ou gastem menos dinheiro em fraldas... Temos lá nós, os não reformados, que andar a sustentar extravagâncias. Vão trabalhar! 

E que mal tem que a história da taxa do Portas fosse mesmo só uma cortina de fumo para disfarçar o chumbo grosso que se prepara? Nenhum. É uma táctica usual, ora essa.

E vá lá, não sejam picuinhas, que mal tem que uma vez mais o desGoverno ande a divulgar medidas a conta gotas, pelos jornais? Que mal tem isso? 

Tanto protesto até já chateia. Para que é que vocês, ó pobrezinhos, desempregados, reformados, doentes e acamados, andam tão refilões? Então não vêem que os vossos protestos são tão maçadores....?

Vamos mas é todos comer e calar, certo? Ser meninos lindos, caladinhos, fazer de conta que não percebemos nada e irmos ficando cada vez mais pobrezinhos, mas um pobrezinhos bem educadinhos, se faz favor.

E olhem lá: quanto àquilo da administradora do Banif, banco intervencionado, quase 100% nas mãos do Estado, ter ganho quase um milhão de euros, vamos também ficar de boca caladinha, está bem? Afinal, que mal tem que a D. Conceição Leal até se ande a rir com esta crisezeca...? Então porque não haveria a Sãozinha do Banif, que foi responsável pelas operações no Brasil (ruinosas, por acaso), receber um prémio de gestão de mais de meio milhão de euros? Vá, não sejam invejosos... 

Austeridadezinha é que é bom, sermos todos cada vez mais pobrezinhos também é bonito e está tudo bem e malcriados são os que protestam. Entendidos?! Vamos lá a andar contentinhos com isto tudo, certo? Parem de protestar, não gosto nada de gente indelicada. Gente com mau feitio, senhores! Faz favor de se deixarem morrer com delicadeza.

Vocês acham que os senhores do desGoverno não sabem o que andam a fazer e ficam para aí todos incomodados. Não sei porquê. Acham que eles batem com a cabeça na parede uma e outra e outra vez e não aprendem e ficam todos revoltados porque é a vossa vida que está em causa. Mas, ó meus Amigos, que interesse é que tem a vossa vida? Vá lá, caiam na real, não se achem importantes... Além disso, o que vocês mostram, com a vossa tristeza e indignação, é que não têm sentido de humor. Quem é que vos disse que aquilo a que estamos a assistir não é um filme cómico? Eu inclino-me para isso.

Até porque eu, cá por mim - vocês conhecem-me, sou toda sorrisos e gracinhas, falo sempre com o meu jeito manso - não sou nada de refilices. Querem cortar? Cortem à vontade. Um braço? Querem cortar-me um braço, é isso? Está bem e levem também o outro. Sou toda peace and love. 

Além do mais, eu cá até nem gosto nada de política. E números...? Zero. Sou um zero. Não percebo nadica. Acho que ainda sei menos que a nódoa do Gaspar. Atenção que não estou a chamar nódoa ao Gaspar, estava mesmo a referir-me a uma nódoa que ele tem na cabeça, dentro da cabeça. Desculpem-me, enganei-me, queria dizer que ele tem uma nódoa nas cuecas. Ai desculpem, nas cuecas não, que ele é todo prá frentex, não usa roupa interior, consta que anda sempre sem cuecas. Como andava sempre com elas na mão, agora já desistiu. Bem, mas isso também não interessa.

Vamos mas é ver gente inteligente e engraçada que é o melhor que fazemos.










***

E tenham, meus Caros Leitores, um domingo vivido na maior das boas disposições!