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sábado, julho 05, 2014

O novo BES: Vítor Bento, o homem de Cavaco, e Moreira Rato, o homem de Passos e do Goldman Sachs - e, pergunto eu, porque não o Porta Moedas, o berloque do FMI, o Cherne Barroso que está quase a ficar livre e que tem muita manha europeia naquele cabelinho oleoso, ou até o José Gomes Ferreira que tão simpático tem sido para a camarilha? Se isto é para ser um Conselho de Administração de Silvas, então que entre tudo o que é cão e gato.


No post abaixo já vos agradeci e já vos confessei que tenho sempre receio de vos andar a iludir. Não sou erudita, especial, etc e tal: sou marca branca, mesmo. 

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.


Música, por favor






Há uma casta nacional, é sabido. Penso que sabem quem são. Famílias ungidas pela tradição. Os homens geralmente têm Maria como segundo nome e frequentemente têm letras dobradas no apelido, ou y ou ambas, ou são Espírito Santo ou por aí.


Conto-vos.

Raros são os que tiveram formação académica a sério. Uns cursos à pressão para poderem ser chamados por doutor ou nem isso. Um ou outro lá tirou um curso normal mas, formação académica à parte, por fazerem parte de famílias ungidas, não foram habituados a conviver fora do restrito círculo das famílias ungidas e é sabido como é do convívio e da aprendizagem das diferenças que uma pessoa progride.

Em pequeninos foram criados pela criadagem (passe a quase redundância). Nestas famílias, as crianças não são autorizadas a perturbar o convívio dos adultos. Ou estão no colégio ou estão com os empregados. No entanto, se alguma formação mais humanista tiveram, foi a que puderam colher, em pequenos, no convívio com a criadagem.

Depois, como referi, estas famílias convivem em circuito fechado, umas com os outras. Ou seja, não conhecem o que quase toda a gente conhece. Festas de rua, manifestações culturais, mesmo museus, exposições, etc, não conhecem - excepto se as suas empresas os patrocinarem e, aí, irão lá prestigiar o evento com a sua presença mas, é claro, não vêem nada de jeito do que está exposto. Lamento dizer mas são, de forma geral, incultos como os mais simples carroceiros (profissão caída em desuso, mas enfim).

Usam um vocabulário muito próprio e carimbam os outros, os da plebe, a partir do uso de palavras proibidas. Alguém que tem berço diz encarnado, não diz vermelho (até porque vermelhos são os comunistas, essa raça infecta), diz carteira, não diz mala. E diz sófá, não diz sofá. 

Mas os ungidos dizem isto apenas porque têm um conhecimento muito restrito do vocabulário. Por terem um conhecimento assaz curto do que quer que seja, repetem acriticamente o que ouvem uns aos outros. Pelas mesmas razões, no meio de um jargão limitado e ridículo podem, volta e meia, ouvir-se suculentos pontapés na gramática. Nessas alturas, os da plebe fingem que não dão por nada, não vão os senhores ficar ofendidos.

Os senhores ungidos, com berço, de boas famílias, gostam dos colaboradores e, de certa forma e à sua maneira, gostam mesmo. Foram habituados a gostar dos pobrezinhos, em pequeninos as mães já os levavam a visitar os pobrezinhos. Aliás, contribuem para obras de caridade (não eles, claro, mas as suas empresas) e os seus filhos, depois de uma aprendizagem activa nos preceitos da Igreja Católica, são incentivados a fazerem voluntariado junto dos mais desfavorecidos. Sentem-se enternecidos perante os pobrezinhos, conviver com eles fá-los sentir ainda mais superiores e generosos.

Nas suas empresas, contratam - com mãos largas - boas assessorias jurídicas, fiscalistas de mão cheia. Estão sempre bem escudados: para cada acto: recolhem pareceres, toda a optimização fiscal (leia-se: fuga ao fisco) é sujeita a vários pareceres. É com voz grossa, porte superior e tranquilidade, que praticam toda a espécie de actos que nos trabalhadores por conta de outrem e outros plebeus seria tido como crime fiscal ou sujeito à maior censura social mas que neles é visto como um direito adquirido. Ter dinheiro lá fora, tirar das empresas tudo o que for necessário e das mais diversas formas ou fugir ao fisco é apenas uma forma de estar. Uma forma de estar legitimada por pareceres dos mais conceituados especialistas das áreas e, portanto, também aceite nas auditorias (aceite ou ignorada porque invisível).

Não são apenas os membros desta elite que acham que os portuguesinhos, os da pequena e média burguesia, viveram acima das suas possibilidades e que, por isso, causaram a crise e que, assim sendo, deverão ser muito justamente punidos: são os próprios remediados que, com sentimentos de culpa por terem comprado dois edredons quando bastaria um ou que foram de férias a Punta Cana a prestações, se apressam a ajoelhar, aceitando bem os castigos que os senhores recomendam.

Há uma unanimidade: pensam os senhores da nota e dizem os remediados que os trabalhadores e os pobres são uns esganados, gente mal agradecida, gente que tenta sempre ganhar mais uns tustos, que não aprendeu ainda a contentar-se com o que tem. No entanto, toda a gente fecha os olhos à fuga ao fisco no valor de milhões, ao desvio de dinheiros ou a toda a espécie de actos de má gestão ou mau comportamento cívico, quando ele é praticado pelos senhores das grandes famílias.

O que se passa é que estes senhores não apenas consideram que têm direito a tudo porque sim, porque as empresas, as propriedades e tudo isso é suposto estar na família - estar na família e alimentar principescamente a vasta família -como acha que está acima da lei, seja lá ela qual for.

Estas famílias são numerosas, muitos irmãos, muitos primos, cunhados, sobrinhos, e todos têm grandes herdades com picadeiros, vinha, grandes mansões, grandes barcos - mas, uma vez mais lamento desiludir-vos: não têm nada disso. Tudo isso é detido por empresas das sociedades. Uma vez mais, por razões fiscais e de segurança patrimonial, tudo isso é das empresas. A própria criadagem está afecta a empresas, para que os respectivos custos caiam nas empresas em vez de sairem dos bolsos dos patrões.

As Kikas desta vida falam do alto da mula ruça mas, de facto, excluindo o dinheiro que terá, eventualmente, sido posto a bom recato em contas no exterior, são mais pobrezinhos de que os outros de quem se sentem superiores.

Não lhes passava pela cabeça que todo o luxo que achavam que lhes era devido - sem terem que trabalhar ou tendo actividades pouco mais do que decorativas - provinha de empresas que, de facto, de facto, estavam e estão mais afundadas que o Tolan.

Nem saberiam disso (pois minudências dessas é coisa de gente simples, falar de dinheiro... que horror), mas, se o soubessem, também não se importavam porque havia sempre alguns colaboradores de confiança que se ocupariam de tirar dinheiro de outras empresas para o porem onde fosse preciso .


A esses colaboradores de confiança que se sentem ungidos pela confiança dos patrões e que, por isso, podem aflorar algumas das vivências de luxo deles, e sabem segredos, e fazem o que for preciso para satisfazer os seus amos, chamam os senhores os Silvas*. Não estou a ironizar: estou a falar verdade. Para se referirem aos que lhes são próximos mas nos quais não corre o mesmo sangue, chamam-lhes 'os Silvas'.

Todas estas famílias têm, a gravitar à sua volta, os seus Silvas.

Os homens de confiança ou de mão, como se queira chamar, os que ganham grandes ordenados e grandes prémios, os que acabam por ter carta branca para muita coisa, os que acabam por ter grandes casas, andar em grandes carros, passar grandes férias, ter milionaríssimas contas bancárias e que, por tudo isso, se sentem os maiores, são, de facto, à boca pequena, com sorrisinhos superiores, tratados pelos senhores por 'os silvas'.

O Conselho de Administração do BES, agora que a família foi corrida, parece que vai ser um conselho de Silvas. 


Os colaboradores que foram aliciados a subscrever as obrigações de aumento de capital com melhores condições (porque, estando as empresas falidas, era preciso injectar lá mais dinheiro e nada como ir buscá-lo aos que estão mais à mão: os colaboradores) estão muito mais pobres com a desvalorização bolsista a que se tem vindo a assistir, e várias agências deverão vir a ser fechadas, algum sangue irá ser feito. Mas isso é pormenor. Neste momento as Kikas deverão andar doidas sem perceber o que poderá vir a ser delas - mas que se danem os trabalhadores, coitados, temos pena, mas agora não há cabeça para pensar neles.

Não sei a que amos vão agora os Silvas servir. Provavelmente aos Goldman Sachs e outros que estão de olho faminto à espera que a carniça esteja a preço de osso. Mas tanto faz. Os Silvas servem a qualquer dono. E Silvas dispostos a aceitar um lugar de Silva é também o que não falta.

E que me perdoem os Silvas de verdade que eu não tenho nada contra eles.




* - Há outros ramos que, em vez de Silvas, chamam a estas pessoas 'os Sousas'. É de boas famílias, leal, muito sério, de plena confiança, sempre disponível, e sabe estar... mas é um Sousa - é algo que se pode ouvir dizer com a máxima naturalidade.

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As fotografias que usei para ilustrar este post foram obtidas na net e usei-as apenas porque mostram pessoas de quem muito se tem falado ultimamente. Mas usei estas como poderia ter usadas outras ou nenhumas.

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Sobre a minha pessoa - que receio que possa induzir-vos em erro, levando-vos a pensar que sou lebre quando não passo de uma simples gata - desçam por favor até ao post já abaixo.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo sábado.


sexta-feira, fevereiro 28, 2014

"Almofada de Pedra" de Viriato Soromenho Marques. "Escolhas" de Nuno Teles. "A troika foi arrogante? - Coitados" de Pedro Lains. Todos a falarem de mais um embuste que rouba os portugueses (os tais que estão piores apesar de Portugal estar melhor). LOL. Por isso tanto eles se riram, LOL-LOL-LOL, no congresso do PSD.


No post a seguir a este mostro-vos como a palavra dada antes das eleições pode ser virada do avesso logo após a tomada do poder. Quase teria graça se não espelhasse uma realidade muito triste. Aplica-se como uma luva aos desavergonhados do PSD e do CDS.

A seguir a esse temos mais uma corajosa manifestação de liberdade cívica por parte de Paulo Morais que foi à Assembleia da República demonstrar de que peças se faz o edifício da corrupção. Que a voz nunca lhe doa. O vídeo merece ser visto.

Mas isso é abaixo, a seguir a este post.

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Sobre a notícia tão propalada de que Portugal abate 1,3 mil milhões na dívida - Operação de recompra de dívida reduz pressão na amortização, permito-me transcrever na íntegra, do DN, o brilhante e lúcido artigo desta quinta-feira de uma pessoa que eu admiro desde há muito (e nem vos digo desde quando para não fazer revelações indiscretas): Viriato Soromenho Marques.



ALMOFADA DE PEDRA


Como é que designaríamos o comportamento de um cidadão que, incapaz de honrar um crédito pessoal a uma taxa de 3,35%, prestes a atingir a maturidade, contraísse um novo empréstimo a uma taxa de 5,11% para pagar o primeiro ("troca de dívida")? 

Sem dúvida, tratar-se-ia de um comportamento pouco recomendável

E como seria classificado esse comportamento se o cidadão em causa utilizasse parte do novo empréstimo (de 11-02-2014) para antecipar, parcialmente, o pagamento em 19,5 meses do primeiro empréstimo, pagando 102,89 euros por cada 100 euros de dívida ("recompra")? 

Seria, certamente, uma atitude temerária, pois aumenta a despesa com juros para apenas empurrar a dívida para o futuro

Pois é isso que o Governo pretende fazer hoje. 

O leitor pode ir ao site eletrónico do IGCP. Abra o boletim mensal de fevereiro sobre "Dívida Pública". Na p. 2, vê que o Estado vai ter de resolver até 2016 cerca de 39 mil milhões de euros de empréstimos. 

Esse imenso obstáculo tem sido o pretexto para a constituição de uma volumosa "almofada" financeira. 

Tudo indica que o IGCP quer recomprar, hoje, uma parte de uma série de dívida a dez anos, contraída a partir de outubro de 2005 (ver p. 3). 

Se o fizer, às taxas mais recentes no mercado secundário, isso significa que, para o montante que for hoje amortizado, vamos pagar mais 3,53% de juros por ano até outubro de 2015 do que antes das duas operações financeiras supracitadas. 


Será isto uma gestão prudente, ditada pelo interesse nacional, ou estará o Tesouro público em risco para alimentar uma ilusão pré-eleitoral de triunfo? 

Será esta uma almofada que alivia o País, ou uma pedra amarrada às pernas que o atira para o fundo

Temos direito a saber a lógica com que se joga o dinheiro sonegado aos salários e às pensões. Direito a uma explicação, ou a uma beliscadela que nos acorde deste pesadelo.


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Uma vergonha. Pois. O que se está a passar é grave demais e todas as denúncias são poucas. Por isso, junto duas outras.

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Transcrevo do blogue Ladrões de Bicicletas:

Escolhas


Vale mesmo a pena este artigo do Público sobre a operação de amortização de dívida pública em curso. Não discutindo aqui qual a melhor gestão de tesouraria do Estado, importa notar o resultado de umas contas de merceeiro. 

Se o Estado tiver depositado uma média de 10 000 milhões de euros no banco de Portugal (o valor era de 12 819 milhões antes desta operação), pelo quais ganhou um juro quase nulo, mas que tiveram um custo de 4%, esta "almofada financeira" traduziu-se numa despesa anual de quase 400 milhões de euros. 400 milhões de euros foi o valor avançado para a famigerada "convergência das pensões", entretanto substituída por cortes alternativos.



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Transcrevo do blogue do Pedro Lains

A troika foi arrogante? - Coitados.


Parece que na última reunião com os parceiros sociais a troika se irritou e foi arrogante, até com os "patrões", falando do alto da burra e tudo. Muito bem. É um bom sinal, sinal de que estão mesmo a ficar com poder zero. Pelas razões óbvias, relacionadas com o fim à vista do défice primário, o que significa que todo o dinheiro que aí vem é só para pagar juros. Mais a almofada financeira. Tudo como previsto.


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As palavras a fazerem o pino e o vídeo de Paulo Morais são já a seguir.


quinta-feira, fevereiro 20, 2014

A vida como ela é - ou a explicação dos Lacerdas desta vida aos Moreira Ratos e outros que tais que papam juros de 5 e tal por cento enquanto a Alemanha paga juros que nem chegam a 2%. É na Porta dos Fundos, um lugar muito cá de casa.


Sucesso, dizem os ignorantes. Milagre, dizem os exagerados. Maravilha, dizem os papagaios. Porta-aviões dizem os vice-irrevogáveis.

Tudo charlatanice!

O Governo português andar a contratar mais dívida a 5 e tal por cento quando sabe que isso é um desastre, que soma juros à dívida que nunca vai poder pagar, é daquelas aberrações que mostram o desprezo pela inteligência e pela vida dos portugueses. Que ainda o apregoe como um feito a louvar só revela a falta de vergonha desta gente.

É apenas mais um dos crimes que está a ser cometido sem que uma oposição decente o denuncie. E, no entanto, está à vista de todos.


Transcrevo do Expresso:

A Alemanha acaba de colocar 5 mil milhões de euros em Bunds (obrigações) no prazo a 10 anos pagando uma taxa média de 1,75%, ligeiramente abaixo de 1,77%, a taxa que pagou em 29 de janeiro em operação similar.

Em termos comparativos, o IGCP, a agência de gestão da dívida portuguesa, pagou em 11 de fevereiro uma taxa de 5,112% na operação sindicada de reabertura de uma linha de obrigações que vence daqui a 10 anos. Um diferencial de mais de três pontos percentuais, ilustrativo da designada fragmentação da zona euro.



A vida como ela é - Porta dos Fundos



terça-feira, maio 21, 2013

Moreira Rato, o Chicago Boy que foi posto como presidente do IGCP, ex-Lehman Brothers, ex-Goldman Sachs, para além de ter passado por sítios mal frequentados, é afinal um verdinho que dança miudinho face a uma simples pergunta de José Gomes Ferreira na SIC N. É este o génio que está a gerir a dívida pública portuguesa?!?!? Ok. Vou ali e já venho. Isto é de susto!


Ele são tantas que a gente, às tantas, já nem dá por elas. Havia um tal sujeito que parece que ganhava mais que os outros, coisa para cima de dez mil e tal euros por mês, mas que era muito experiente e tal - e a gente já nem arrebita as orelhas, deixa passar.

Até que um Leitor atento faz a gentileza de nos acordar: enviou-me o filme que abaixo vos mostro. E fez-se-me luz.

Confesso que fiquei admiradíssima. No mail, o Leitor falava em cabotino e eu, depois de ver o filme, respondi que me parece mais um totó.

Vocês verão e ajuizarão. 

Estamos a falar, nem mais, da criatura que gere a dívida nacional, o tal que anda aí a fazer flores com ajuda de sindicatos bancários, assessorado por baixo e por cima, e que o que consegue é taxas de juro mais altas do que toda a gente, inclusive mais altas do que os dos empréstimos da troika. Um génio, portanto, como verão.

Hesito em mostrar-vos já a literatura que encontrei na net sobre a figurinha ou deixar-vos verem antes o génio em acção.

Vou mostrar já. E reparem que o José Gomes Ferreira não é nenhum ás, embora nisto, tal a indigência reinante que quem tem um olho é rei: é que o Gomes Ferreira não é génio nenhum da dívida pública, e, embora faça programas de economia, não é economista (e, aliás, já confessou que, quando estudante, não era sequer aluno de jeito a matemática). É jornalista, curso de Comunicação Social, nada de Finanças, Economia ou Gestão, sequer Contabilidade. Jornalista. 

Apesar disto (... e se eu me irrito frequentemente com o populismo e a falta de sustentação do que ele diz...) vejam como, com umas simples perguntinhas, ele dá um baile, mas ó que baile, ao artista Moreira Rato. Sim, que é do Rato, do João Moreira, que estou a falar.

E anda o nosso dinheirinho - e todo o País - nas mãos de verdinhos destes. Eu se, na minha vida profissional, apanho um destes pela frente penso logo cá para mim 'Make my day...' pois sei que, não tarda, vou fazer dele o que quiser. Sem espinhas. 

Coisinhos destes apanham-se à mão.

Valham-nos todos os santinhos, é o que vos digo.




Fui à net para tentar descobrir o Curriculum Vitae da criatura. É de pasmar.

Transcrevo do Dinheiro Vivo, parte da notícia relativa à ascenção do Chicago Boy - como os lambe-botas lhe chamam (juro: qualquer dia deixo de chamar botas aos cus)ao cargo que ocupa:


João Moreira Rato, o homem escolhido por Vítor Gaspar para dirigir os destinos da emissão da dívida pública portuguesa e o regresso de Portugal aos mercados internacionais, era até agora editor executivo do Morgan Stanley. Quarta-feira foi um bom dia para os Moreira Rato. No dia em que João foi anunciado como presidente do IGCP, soube-se também que o seu irmão mais novo, Miguel – dono da consultora M Public Relations – tinha ganho a conta do Millennium bcp.

Doutorado pela Universidade de Chicago, o novo presidente do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP), que em setembro completará 41 anos, passou pelo falido Lehman Brothers e pelo Goldman Sachs, o banco que coloca ex-funcionários nos lugares de topo que decidem o rumo da economia global - de tal forma que os concorrentes lhe dão a alcunha de Government Sachs.

Casado, dois filhos, João Moreira Rato saiu de Portugal em 1995 e vive em Londres desde 2000; foi também um dos três partners portugueses que lançou, em fevereiro de 2008, o Nau Capital, um hedge fund que tinha como objetivo chegar aos 500 milhões de euros em dois anos; a aventura terminou quatro anos depois, com a venda da totalidade do fundo ao Eurofin Capital.



Ou seja: experiência? Dois ou três anos em cada lugar?! Não é assim que se adquire experiência. Aliás basta olhar para ele, ver como dança miudinho face a uma simples perguntinha de um jornalista. O que ele andou foi a passarinhar por sítios que não se recomendam!

Resta saber perante quem é que ele responde (porque, ao vê-lo e ouvi-lo, fico muito apreensiva). 

Quanto mais sei, mais me assusto. Juro.