sexta-feira, fevereiro 28, 2014

DIVIDA PÚBLICA - A MAIOR FRAUDE DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE [vejam, por favor, o vídeo com parte da Palestra de Bill Still na conferência do IFSS]


Chamo a vossa atenção para a palestra que aqui abaixo vos mostro. Fala-se da dívida pública dos EUA mas há muitos pontos em comum com o que se passa por todo o lado, nomeadamente na nossa esfacelada Europa. 

Numa linguagem acessível, é explicado como o mundo parece ter ficado aprisionado dos grandes interesses financeiros e como, através da cobrança de juros acima do que é matematicamente impossível pagar-se, a economia é sugada sem que a dívida se amortize. Pelo contrário, ao não poder pagar os juros, o País vai acumulando juros à dívida e a dívida vai crescendo (e os juros cada vez são mais asfixiantes, e assim sucessivamente).


Transcrevo o texto que acompanha o vídeo no Youtube para que se perceba quem é o orador. 

Bill Still é um ex-editor e redactor de jornal. Escreveu para os jornais USA Today, The Saturday Evening Post, the Los Angeles Times Syndicate, OMNI magazine, etc. Escreveu 22 livros e dois vídeos documentários.


Em 1996 produziu o documentário aclamado "The Money Masters / Os Mestres do Dinheiro" (www.themoneymasters.com) que previu os eventos econômicos que estão apenas começando a acontecer. Coordenado pelo economista vencedor do premio novel Milton Friedman este é considerado o trabalho clássico sobre a reforma monetária."




*

Os meus últimos livros


Abaixo deste (e de hoje) há mais três posts: logo aqui abaixo tenho as palavras de três pessoas inteligentes que se pronunciam sobre mais um embuste e que, uma vez mais, tem gravosos custos para os portugueses. Viriato Soromenho Marques, Nuno Teles e Pedro Lains falam sobre a recompra de dívida e sobre a verdadeira almofada de pedra que é a chamada almofada financeira de que o governo fala e os papagaios da comunicação social repetem.

A seguir há palavras a fazerem o pino e, por último, há o vídeo com Paulo Morais a chamar os bois pelos nomes na Assembleia da República.

A coisa hoje já vai, pois, longa, longa, longa. Mas ando há uns dias a dizer que vou falar de livros e já pareço o Passos Coelho e o Paulo Portas que prometem e que, acto contínuo, se marimbam para o que prometeram.

Por isso, e apesar de estar aflita da garganta e a sentir-me engripada, aqui vos mostro as minhas últimas aquisições que me estão a deixar cheia de água na boca.


Bewitched, Bothered & Bewildered

para nos acompanhar na visita




Ella Fitzgerald ft Buddy Bregman Orchestra


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James Wood - A herança perdida


José Sereto - Versos


Orfeu Canta - Pequena antologia de poesia portuguesa sobre música organizada por José da Cruz Santos





Abro aqui um parêntesis (e fica prometido que ao Dr. Sereto voltarei, não apenas para falar dele como para mostrar alguns dos seus poemas, alguns divertidíssimos) só para deixar um pequeníssimo excerto do suculento prefácio de José Cutileiro:


José Sereto é o da esquerda
e, quando a ele voltar,
mostrarei mais três fotografias
que formam uma divertida sequência com esta
Três ou quatro anos depois, outra noite de Verão no café com o Dr. Sereto, os dois primos Cascos e um agente de seguros que tinha um Taunus, acabou, já tarde, por sugestão de um dos primos, não me lembro qual, em ida a um bordel a évora. 

O Dr. Sereto sentou-se à frente, ao lado do condutor; eu atrás, entalado entre os dois primos, ambos de botas de cano e camisas de manga curta. 

Íamos calados e um cheiro a cabedal e a cerveja foi enchendo o calor do Taunus. 

Passada a Vendinha, o Dr. Sereto voltou-se para trás e anunciou, sardónico: 'Eu sou danado para estas coisas. Já vou de pau feito!'. 

Em Évora, na Rua das amas do Cardeal, enquanto eu e os outros três escolhemos pequenas e desaparecemos para os quartos, ficou na sala a cavaquear com a patroa.

*

Dados biográficos do Dr. Sereto que transcrevo da contracapa: livre-pensador, anticlerical, oposicionista, democrata, amante dos prazeres da vida, regueguense dos quatro costados e primeiro Presidente da Câmara Municipal após o 25 de Abril. 

Da dita introdução a cargo de José Cutileiro retiro também que o Dr. Sereto viveu enntre 1913 e 1983, foi bacharel formado em Direito, secretário do Tribunal e, depois, então, Presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, vila - depois cidade - onde nasceu, viveu e morreu.


*


A Misericórdia dos Mercados - Luís Filipe Castro Mendes

Veneza pode esperar - Rita Ferro (comprei-o para o oferecer à minha mãe e posso aqui dizer isto porque ela não vê internet; sorte a minha...)

A História não acabou - Claudio Magris (tomara que já não o tenha)

Cidade Proibida - Eduardo Pitta (livro que, só de pensar nele, deve deixar a Ana Cristina Leonardo cheia de brotoeja)

Campo de Sangue - Dulce Maria Cardoso



Já andei a espreitar um e outro como quem tasquinha, pitéus tentadores, companhias que chamam por mim.

Mas o tempo, senhores, o tempo...

Claro que os de poesia são logo uma atracção. Sou atraída pela poesia como por belas e elegantes equações. A zona do cérebro que é activada pela poesia é a mesma que é activada pelo amor pela matemática. A ciência comprovou aquilo que eu, desde sempre, sinto. 



Nós vivemos da misericórdia dos mercados
Não fazemos falta.
O capital regula-se a si próprio e as leis
são meras consequências lógicas dessa regulação,
tão sublime que alguns vêem nela o dedo de Deus.
Enganam-se.
Os mercados são simultaneamente o criador e a própria criação.
Nós é que não fazemos falta.


O livro abre com a citação:

                                                     Poetry is a criticism of life
                                                                     Matthew Arnold


e é um belo, belo livro, com belas, belas poesias. A elas voltarei.


*

Se os estupores que nos desgovernam não estivessem sempre a fazer porcaria, eu tinha mais disponibilidade para falar de livros pois é dos assuntos de que mais gosto de falar. Mas então, fazer o quê?, se aqueles estúpidos parece que fazem de propósito, todos os dias me provocam.


**

E agora já passa das duas da manhã e eu estou cheia de dores de garganta e agora também com tosse. Isto está bonito, está. Como vou poder ir festejar o Carnaval? Estava a pensar vestir-me de baiana, descascada como uma banana, e sambar na rua, coisa tão tipicamente portuguesa, e agora, assim, como vou poder fazê-lo? Só se me mascarar de matrafona.

Vou deitar-me e pensar no assunto. 

  • Relembro: Por aí abaixo há muita coisa interessante de se ler e ouvir. (Posso gabar à vontade porque são, na maioria, palavras de outros).

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E, entretanto, desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo POETS day (já aqui o referi a semana passada mas volto à carga: Piss Off Early, Tomorrow's Saturday).


Antes da Posse - só maravilhas. Depois da Posse - tudo de pernas para o ar. Ora confiram, por favor, se não é verdade.


No post abaixo mostro-vos as palavras de Paulo Morais que foi à Assembleia da República chamar os bois pelos nomes. A política é uma porca que tem muitas tetas e há alguns viciados que não as largam. Haja o que houver, aí estão eles a viveram à sombra da bananeira, andando pelas televisões a pregar a santidade enquanto, no recato dos gabinetes, congeminam a melhor forma de sacar o dinheiro dos contribuintes para o meter nos bolsos daqueles que engordam a sua fortuna, haja ou não crise. Não deixem de conhecer as suas denúncias para melhor se perceber o que se passa. Miguel Frasquilho? Adolfo Mesquita Nunes? Matos Correia?... Ah pois é.


Entretanto, uma Leitora a quem muito agradeço, enviou-me um texto com muita piada e que aqui transcrevo abaixo desta imagem e do vídeo com um palavreado que, ouvindo-o agora, até mete nojo (vejam por favor o maior responsável pelo mais rápido e indesculpável retrocesso e empobrecimento de que há memória). 




A palavra de Passos Coelho em 2010 e 2011 - um best of


(Durante 2010 e 2011, Pedro Passos Coelho disse que sim, disse que não e disse o contrário)


(Vídeo obtido aqui e enviado por um Leitor a quem agradeço)



A vossa atenção agora, por favor.


ANTES DA POSSE:

  O nosso partido cumpre o que promete.
  Só os tolos podem crer que
  não lutaremos contra a corrupção.
  Porque, se há algo certo para nós, é que
  a honestidade e a transparência são fundamentais
  para alcançar os nossos ideais.
  Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
  as máfias continuarão no governo, como sempre.
  Asseguramos sem dúvida que
  a justiça social não será o alvo da nossa acção.
  Apesar disso, há idiotas que imaginam que
  se possa governar com as manchas da velha política.
  Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
  se termine com a corrupção e as negociatas.
  Não permitiremos de modo nenhum que
  os reformados morram de fome.
  Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
  os recursos económicos do país se esgotem.
  Exerceremos o poder até que
  Compreendam que
  Somos a nova política.


DEPOIS DA POSSE:

  • BASTA LER O MESMO TEXTO, DE BAIXO PARA CIMA, LINHA A LINHA...



O PSD em peso e o responsável pelo partido de coligação todos na maior galhofa. Deve-lhes correr bem a vida.


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A primeira imagem foi obtida aqui e a última, uma montagem que mostra a vergonhosa risota e a animação no congresso do PSD, todos felizes com a desgraça que têm andado a causar no País, aqui

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Relembro: sobre a denúncia da promiscuidade que grassa na Assembleia da República (e, segundo ele, também no Governo e no Banco de Portugal) feita por Paulo Morais, vejam, por favor, o vídeo no post abaixo.


"Almofada de Pedra" de Viriato Soromenho Marques. "Escolhas" de Nuno Teles. "A troika foi arrogante? - Coitados" de Pedro Lains. Todos a falarem de mais um embuste que rouba os portugueses (os tais que estão piores apesar de Portugal estar melhor). LOL. Por isso tanto eles se riram, LOL-LOL-LOL, no congresso do PSD.


No post a seguir a este mostro-vos como a palavra dada antes das eleições pode ser virada do avesso logo após a tomada do poder. Quase teria graça se não espelhasse uma realidade muito triste. Aplica-se como uma luva aos desavergonhados do PSD e do CDS.

A seguir a esse temos mais uma corajosa manifestação de liberdade cívica por parte de Paulo Morais que foi à Assembleia da República demonstrar de que peças se faz o edifício da corrupção. Que a voz nunca lhe doa. O vídeo merece ser visto.

Mas isso é abaixo, a seguir a este post.

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Sobre a notícia tão propalada de que Portugal abate 1,3 mil milhões na dívida - Operação de recompra de dívida reduz pressão na amortização, permito-me transcrever na íntegra, do DN, o brilhante e lúcido artigo desta quinta-feira de uma pessoa que eu admiro desde há muito (e nem vos digo desde quando para não fazer revelações indiscretas): Viriato Soromenho Marques.



ALMOFADA DE PEDRA


Como é que designaríamos o comportamento de um cidadão que, incapaz de honrar um crédito pessoal a uma taxa de 3,35%, prestes a atingir a maturidade, contraísse um novo empréstimo a uma taxa de 5,11% para pagar o primeiro ("troca de dívida")? 

Sem dúvida, tratar-se-ia de um comportamento pouco recomendável

E como seria classificado esse comportamento se o cidadão em causa utilizasse parte do novo empréstimo (de 11-02-2014) para antecipar, parcialmente, o pagamento em 19,5 meses do primeiro empréstimo, pagando 102,89 euros por cada 100 euros de dívida ("recompra")? 

Seria, certamente, uma atitude temerária, pois aumenta a despesa com juros para apenas empurrar a dívida para o futuro

Pois é isso que o Governo pretende fazer hoje. 

O leitor pode ir ao site eletrónico do IGCP. Abra o boletim mensal de fevereiro sobre "Dívida Pública". Na p. 2, vê que o Estado vai ter de resolver até 2016 cerca de 39 mil milhões de euros de empréstimos. 

Esse imenso obstáculo tem sido o pretexto para a constituição de uma volumosa "almofada" financeira. 

Tudo indica que o IGCP quer recomprar, hoje, uma parte de uma série de dívida a dez anos, contraída a partir de outubro de 2005 (ver p. 3). 

Se o fizer, às taxas mais recentes no mercado secundário, isso significa que, para o montante que for hoje amortizado, vamos pagar mais 3,53% de juros por ano até outubro de 2015 do que antes das duas operações financeiras supracitadas. 


Será isto uma gestão prudente, ditada pelo interesse nacional, ou estará o Tesouro público em risco para alimentar uma ilusão pré-eleitoral de triunfo? 

Será esta uma almofada que alivia o País, ou uma pedra amarrada às pernas que o atira para o fundo

Temos direito a saber a lógica com que se joga o dinheiro sonegado aos salários e às pensões. Direito a uma explicação, ou a uma beliscadela que nos acorde deste pesadelo.


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Uma vergonha. Pois. O que se está a passar é grave demais e todas as denúncias são poucas. Por isso, junto duas outras.

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Transcrevo do blogue Ladrões de Bicicletas:

Escolhas


Vale mesmo a pena este artigo do Público sobre a operação de amortização de dívida pública em curso. Não discutindo aqui qual a melhor gestão de tesouraria do Estado, importa notar o resultado de umas contas de merceeiro. 

Se o Estado tiver depositado uma média de 10 000 milhões de euros no banco de Portugal (o valor era de 12 819 milhões antes desta operação), pelo quais ganhou um juro quase nulo, mas que tiveram um custo de 4%, esta "almofada financeira" traduziu-se numa despesa anual de quase 400 milhões de euros. 400 milhões de euros foi o valor avançado para a famigerada "convergência das pensões", entretanto substituída por cortes alternativos.



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Transcrevo do blogue do Pedro Lains

A troika foi arrogante? - Coitados.


Parece que na última reunião com os parceiros sociais a troika se irritou e foi arrogante, até com os "patrões", falando do alto da burra e tudo. Muito bem. É um bom sinal, sinal de que estão mesmo a ficar com poder zero. Pelas razões óbvias, relacionadas com o fim à vista do défice primário, o que significa que todo o dinheiro que aí vem é só para pagar juros. Mais a almofada financeira. Tudo como previsto.


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As palavras a fazerem o pino e o vídeo de Paulo Morais são já a seguir.


quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Vídeo com PAULO MORAIS discursa no Parlamento a propósito das INCOMPATIBILIDADES DOS DEPUTADOS e a chamar os 'bois' pelos nomes - e, curiosamente, não há um único que o enfrente ou negue as acusações. Porque será?


Agradecendo ao Leitor que deixou nos comentários o link para o interessante vídeo abaixo, transcrevo parte do texto que acompanha o filme que vivamente recomendo: 


INCOMPATIBILIDADES DOS DEPUTADOS

 intervenção de Paulo Morais na Assembleia da República



Um discurso que deveria afrontar não só os nomeados, mas também os cidadãos que os elegem e continuam a acreditar e a confiar neles as suas vidas e a de milhões de inocentes.

Paulo Morais expõe um dos mais graves problemas de Portugal, o assalto ao orçamento levado a cabo por deputados, para favorecer parasitas. Mas os cobardes, perante o peso de uma verdade tão inegável, nem se dignam a aparecer para justificar ou negar. 

O descaramento e a falta de remorso é tão óbvia que nem sentem necessidade de disfarçar.

(...)

Na comissão hoje mais importante, a que acompanha o Programa de Assistência Financeira a Portugal, que tem por funções fiscalizar as medidas previstas no memorando de entendimento com a Troika, nomeadamente as alienações de capital público na EDP e na REN, a privatização da exploração aeroportuária ou o apoio à recapitalização da Banca – nesta comissão tem assento Miguel Frasquilho que trabalha na Essi, entidade do grupo financeiro Espírito Santo que, ainda por cima, assessorou os chineses na compra da EDP; a que se juntava até há pouco tempo Adolfo Mesquita Nunes, advogado da poderosa sociedade “Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva”, justamente o escritório de referência no sector de electricidade em Portugal. Nessa mesma comissão parlamentar, de acompanhamento ao programa de assistência financeira, os interesses da EDP têm estado ainda representados pelo deputado Pedro Pinto.


(...)

É também muito difícil de aceitar que o actual Presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, Matos Correia, seja advogado no mesmo escritório que o seu antecessor na função, José Luís Arnaut, cujo principal sócio é o ex-ministro, também da Defesa, Rui Pena. Que competências tão peculiares terá esse gabinete jurídico para obter tão forte representação pública em sector tão relevante sob o ponto de vista estratégico? Que competências têm os advogados dessa sociedade para representar o povo num sector por onde correm alguns dos mais rentáveis (e corruptos) negócios do estado português?


(...)


Ouçamo-lo, pois.



*

Vestidos notáveis na passadeira vermelha. Grace Kelly, Elizabeth Taylor, Cate Blanchett, Renée Zellweger, Kate Hudson usaram-nos.


Entre dos aguas, Paco de Lucia





Depois de abaixo ter falado da beleza das gordas (corrijo: das voluptuosas) quando em confronto com a quase ditadura da magreza e depois de ter falado do perfume Miss Dior que, para Misses, só se forem solteironas velhas e chatas, aqui, agora, continuo no mesmo registo e, agora que se aproxima a época da caça ao óscar, falo de vestidos que são uma obra de arte, uma peça ao serviço da elegância e da beleza, daqueles que marcaram a passadeira vermelha.

(Como sempre que tento pôr fotografias ao lado umas das outras, é para aqui uma ginástica que não imaginam. E nunca ficam direitinhas. Mas eu não tenho tempo para andar muito tempo às voltas disto e ficam mesmo assim, desarrumadas. Paciência)


Grace Kelly in Edith Head


Elizabeth Taylor in Christian Dior



Cate Blanchett in John Galliano 1999


Renée Zellweger
in Carolina Herrera 2003




Kate Hudson in Valentino 2003


E, se eu fosse agora desfilar e não me importasse de repetir um modelito já usado por outras, qual acham que eu escolhia?

Eu digo-vos: o da Grace Kelly é lindo mas é como ela era: excessivamente perfeitos (o vestido e a beleza dela) e eu, já aqui o confessei, pendo mais para o lado da imperfeição. O da Elizabeth Taylor tem pinta mas requer uma mulher excessiva dentro dele, com uns olhos fora de normal e eu não sou assim. O da Cate Blanchett é um espectáculo e, tivesse eu menos uns quantos anos e menos uns quantos quilos, seria neste que eu talvez apostasse. Agora contudo, sentindo-me nua como aquele vestido deve deixar quem o vista, de cada vez que alguém olhasse para mim com mais atenção ficava preocupada não fosse estarem a focar-se nalgum pneuzito, numa maminha menos empinada, sei lá, inseguranças dessas que tiram a espontaneidade e a alegria.

Ou seja, supondo que cabia dentro deles, escolheria o da Renée ou o da Kate Hudson, embora me incline para este último. Se usasse o da Renée, que seria uma boa hipótese, iria, no entanto, com o cabelo despenteado como o da Kate Hudson. Quando me penteio de forma mais formal não me reconheço.

Acho que o vestido e o cabelo da Kate Hudson, com uma brisa a darem neles, deve fazer um efeito esvoaçante muito bonito, daria umas belas fotografias. E eu gosto de cor e de tecidos leves como o ar.

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Relembro: Sobre perfumes, mulheres com curvas e contra curvas e stripteases é favor irem descerem até dois posts abaixo (esta de descer e dos dois posts serem mais abaixo é capaz mesmo de ser uma redundância como um Leitor no outro dia assinalou. Mas parece que a frase fica frouxa se lhe tiro o abaixo).

Muito gostaria ainda de vos convidar a irem espreitar o meu outro blogue, o Ginjal e Lisboa, onde hoje tenho Carlos Drummond de Andrade que, pela boca de Sandra Corveloni, se interroga sobre o que é um homem. Eu, que sou mais limitada, interrogo-me sobre o que sou eu própria.

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Eu sei que hoje era para ter falado de livros e até tinha seleccionado umas passagens fantásticas mas o que se passa é que estou outra vez com dores de garganta e continuo perdida de sono e, para além do mais, ando cheia de trabalho e com coisas bem maçadoras. Ora, quando estou como me estou a sentir neste momento, a meio gás, só me dá para a ligeireza. Vocês desculpem lá.

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E, face a este quadro, a única coisa que me resta fazer é ir enfiar-me na cama. 
Mas antes, meus Caros Leitores, quero desejar-vos um belo dia. 
Com ou sem passadeira vermelha, o que importa é que nos sintamos bem, não é?


Esqueçam as princesas, irreais, perfeitas. Mulheres volumosas vocês são lindas! Big girls you are beautiful! Que o digam a Dita Von Teese ao som do Mika. E a Renee Zellweger...?


No post abaixo falo-vos da prova que fiz ao Miss Dior - e olhem que eu sou cá um nose - e o meu veredicto é o que eu temia. Os publicitários são uns exagerados. Nada a fazer.

Mas agora, aqui, o tema é outro.

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Só as mulheres magras, esbeltas, planas, é que são elegantes e belas?

Os desenhadores de moda acham que sim, as roupas nas magras caem melhor, não arrepanham, caem a direito. É fácil porque tudo lhes assenta bem (porque não assenta: elas, de facto, ficam a boiar dentro da roupa).

Segundo o meu marido, os desenhadores de moda só gostam de magras escanzeladas por questões práticas, elas entram em qualquer peça de roupa, mas que eles não representam bem o gosto masculino já que, grande parte deles, são bichas. Não me levem a mal. Nada contra. Mas acho que é unânime essa opinião (isso, cabeleireiros, etc. Segundo o Bruno Nogueira também os padres do Vaticano).

Não é que as mulheres devam ter quilos a mais, ser gordalhufas mas, caraças, porque haverão de andar a passar fome e andar com ar triste...? 


Renée Zellweger com uns meses e uns notórios quilos de diferença
(e, quer-me cá parecer, com uns implantes dos valentes)

Já foi há uns dez anos mas isso agora não interessa. 
Tem razão quem abaixo comentou que em poucos meses deu um salto e pêras 
mas a verdade é que voluptuosa com estava em Dezembro,
 a alegria e a sensualidade pareciam nem lhe caber dentro da pele


Que entre mais outra e, desta vez uma esculpida a martelo, escopro e muito bisturi, toda ela curvas, recantos e outras saliências. Que se dispa, pois, a mais famosa dama do burlesco: Dita Von Teese, uma malandreca muito cá de casa.

Big girls you are beautiful.....!




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Para saberem a minha opinião sobre os perfumes Miss Dior, desçam por favor até ao post seguinte.
Há uma mulher com uma rosa nos dentes à vossa espera.


quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Quanto ao tal Dior, o Blooming Bouquet, não dei com ele mas fui testar as três versões de Miss Dior e o que tenho a dizer é que aquilo não é para princesas coisas nenhuma, aquilo é para tias velhas e empoeiradas.


Tal como ontem referi, ao ver ontem aquele filme floral e fresco, admiti que estivesse a ser preconceituosa. Fui mesmo a uma perfumaria e coloquei mesmo um espirrinho de cada uma das fragrâncias de Miss Dior, da mais fresca à mais densa, passando pela mais doce.

Ná. Tal como a ideia que eu tinha em mente, não tem aquela sumptuosidade desconstruída, fresca, harmoniosa e limpa dos perfumes Chanel, especialmente os que uso, o Chance e o Nº5.

Os Dior impõem-se (e os perfumes não se devem impor: quem os usa é que sim), e não são modernos, abertos, suaves. Fazem-me lembrar as professoras chatas, mulheres antigas, bafientas - uma coisa assim. Aquelas mulheres matronas que parece que têm um cheiro impregnado há anos demais. Estou a ser exagerada, claro, mas a ideia que me fica é essa. Sou esquisita com perfumes, está bem de ver.

Além do mais, dado que me perfumei com o dito Miss Dior, estou até agora à espera de me ver rodeada de cavalheiros sedutores e românticos, quiçá de joelho em terra, a oferecerem-me um botão de rosa... e está quieto.




Para aqui estou eu ainda, com uma única rosa na mão - aliás: na boca -  mas tive que ir eu própria colhê-la; é que cavalheiros atraídos pelo meu perfume está quieto. Nem um.

Publicidade enganosa, é o que é. 


Olha eu: primeiro pinto a manta com aulas de etiqueta para o Relvas e coiso e tal e a seguir, como se não fosse nada comigo, armo-me em princesa. Mas aqui a UJM não é uma princesa qualquer, ah pois não. Não é que seja Dior (que eu cá sou mais Chanel), mas nas rebaldarias da princesa da Porta dos Fundos é que eu não me meto. Assim como assim, antes ser a princesa Miss Dior Blooming Bouquet.


Pois, no post abaixo tenho uma professora francesa, Mariele de seu nome, a ministrar uma aula de etiqueta para o senhor doutor empresário vai estudar ó e para quaisquer cães com pulgas que queiram aproveitar a minha boa vontade. Saber estar à mesa não é para qualquer um e eu, que sou umas mãos largas, não poupo nos ensinamentos para a nossa classe dirigente que, saída das jotas, não teve tempo para se instruir.

Bem que vos tinha avisado que, ao mudar de visual no UJM, estava aqui imbuída das melhores intenções, toda eu ecológica, higiénica, bem comportada - um miminho. E estou a cumprir, ou não estou?

Bem, mas isso é no post a seguir a este.

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Aqui, agora, a conversa é outra. Aqui a conversa tem a ver primeiro com uma jovem mulher branca como a neve, uma princesa com vida dupla como tantas que por aí há, com gostos especiais. A seguir derivo para uma menina também muito linda, uma menina muito perfumadinha e mergulhada numa romântica cama de rosas.

Nada disto tem a ver comigo, que eu nem sou parecida com a Princesa da Porta dos Fundos, nada, nada, nada (que é isso? anõezinhos...?!.... nada!), nem sequer com a Miss Blooming Bouquet, aqui interpretada por Natalie Portman, já que eu sou Chanel e ela é toda Dior. Mas, enfim, posso dar palco à concorrência.






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Mas deixemo-nos de coisas complicadas. É chegada a vez de falarmos de coisas leves. Perfumes bem cheirosos, um belo vestido cor de rosa (se eu me casasse outra vez e fosse vestida de noiva, queria ir assim tal e qual; não ia de branco a fingir que ainda era virgem, não é?), um semblante sonhador, um romance delicodoce em perspectiva, certamente o amor com que todas as meninas sonham, la vie en rose.


Miss Dior Blooming Bouquet - Making-of film


Natalie Portman durante as filmagens no interior da Casa Dior, na lendária escadaria do nº 30 da Avenue Montaigne.





E agora o resultado final: o filme. A realizadora é Sofia Copolla.

E eu amanhã vou ver como é o perfume, quem sabe não tenho uma agradável surpresa. Estou para aqui cheia de preconceitos e quem sabe não ponho uma gota disto e, acto contínuo, me vejo rodeada de cavalheiros a oferecerem-me rosas. Vou experimentar, nunca se sabe.




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Amanhã a ver se estou mais atinadinha para vos falar dos meus livros novos não vão vocês pensar que a ecologia varreu a minha sólida intelectualidade. Nada disso. Sou uma verdadeira académica, honoris causa na Lusófona versada sobretudo em Relações Internacionais, ora essa.

Bem. Adiante. Entre os meus livros novos tenho 'A herança perdida' de James Wood. Cada vez ando de pior boca no que a livros se refere, tudo me parece uma pincelada, uma frouxidão, uma sucessão de banalidades, um déjà-vu insuportável. Mas há excepções. Ler James Wood, por exemplo, é um prazer. Lê-lo a falar sobre livros, então, é o néctar decantadado. talvez amanhã transcreva um pouco para que, quem o não conheça, fique com uma ideia.

Mas a ver se vos falo também de José Sereto e vos transcrevo um dos seus poemas... do Carvalho.



José Sereto no seu dia de casamento com Maria do Carmo



'Se vou à praça, dizem no café:
- Olha, lá vai o nosso Rabelais,
o Zé Ximenes, águia da chalaça!'

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E agora, depois desta cena de princesas de toda e espécie, sigam, por favor, para a Mademoiselle Mariele, a professora de etiqueta que aqui deixo à disposição dos jotas com pulgas.


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Muito gostaria ainda de vos convidar a virem comigo até ao meu Ginjal e Lisboa onde hoje tenho mais um dos belos vídeos do Cine Povero. Desta vez Manuela de Freitas diz António Botto sobre música de Bernardo Sassetti. Uma beleza. Fala-se do que é importante na vida e eu, armada em parvinha, daquelas que não têm noção e se põem em bicos de pés ao pé de gente importante, digo também de minha justiça.

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E agora vou-me deitar. Continuo sob efeito do pequeno comprimido que tomei durante três noites. Um sono... Além disso amanhã tenho que me levantar mais cedo pois tenho um programão logo às primeiras horas do dia de trabalho. 


Desejo-vos, meus Caros leitores, uma bela quarta feira.

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terça-feira, fevereiro 25, 2014

Aula de etiqueta para o Dr. Miguel Relvas agora que é empresário, accionista de uma empresa de consultoria para negócios, gestão e planeamento estratégico, e agora que voltou para um importante cargo na estrutura do PSD. Mariele, uma professora à altura das circunstâncias, ensina como se deve estar à mesa.


Enquanto ouço na TVI24 Augusto Santos Silva a perguntar: 'O que é que Pedro Passos Coelho está a dever a Miguel Relvas? - para cometer tão grosseiro erro ao trazê-lo de volta para a ribalta política - penso cá para mim: e que raio de massa falida (em vez de massa encefálica) é que existe na cabeça daquele barítono falhado para, andando a fazer disparates há tanto tempo e culminando agora, no dito Congresso, com a escolha do dito Vai-Estudar-Ó para o Conselho Nacional, o ver nas fotografias a rir que nem uma maria desmiolada?



Como é sabido Passos Coelho tem destes ataques de riso quando trama os portugueses


Será que estavam a falar da nova empresa de "consultoria para os negócios e gestão", que tem o nome de "M.F.Relvas - Planeamento Estratégico, Lda"  e não se contiveram, por pouco não se atiraram para o chão a rir que nem umas perdidas?


Pois não sei de que se riem estas criaturas. O que sei é que alguns dos membros dos órgãos do PSD e do Governo precisam de aprender a portar-se em público e, para isso, nada melhor do que umas aulas práticas de etiqueta.

Mariele é uma boa professora e alguns dos cães com pulgas que por aí andam deviam pôr os olhos nela. 




*

A Bíblia precisa de uns toques para ver se passa a vender melhor - ouçam quem sabe da poda. Por exemplo, em vez daquele barbudo de nome Jesus Cristo, passar a ter uma Jesusa Crista. E, se passar a filme, talvez a Cleo Pires empreste uma malícia gostosa à narrativa. Está bom de ver que a coisa não se recomenda mas os espíritos mais abertos entrem, por favor, na Porta dos Fundos. LOL. [Não se admirem com esta minha gargalhadinha cibernérica mas é que estou com um olho no burro (refiro-me ao Gaspar) e outro no cigano (não digo a quem é que me estou a referir): estou a ver os Prós e os Contras sobre o Facebook e toda a gente está a dizer LOL]


No post abaixo já me pronunciei sobre a minha relação com 'As cinquenta sombras de Gaspar', com a Madame Avillez a fazer de Tiazona perguntadeira e o Gaspar a fazer de sádico disfarçado de palhaço, um livro que tem todos os condimentos para ser uma obra de pornografia rasca. Ora eu, como de pornografia só gosto da fina, passo.

LOL.

Mas, sobre esse interessante tema, disserto no post abaixo, a seguir a este.

Aqui, agora, viro-me para a Porta dos Fundos. LOL. 

A cena é aconselhar uma pessoa a dar uns toques num certo livro para ele vender melhor, uns truques, umas dicas, cortar nos personagens chatos, apimentar os que têm potencial. Um livro é um objecto que tem que ter os temperos certos para cair no goto da clientela, tem que ter o embrulho adequado. 

A Margarida Rebelo Pinto sabe disso, o Valtinho, essa coisa fofa, também, o Orelhas, que escreve a metro, idem. Os dois cromos acima referidos e sobre os quais falo no post seguinte se calhar também vão vender bem já que há por aí muito masoquista escondido à espera destes livros de falam de práticas que envolvem sodomia à bruta, cenas de chicote, assaltos bárbaros, sorrisinhos pérfidos. LOL.


Mas, convenhamos, há por aí muito candidato a escritor que ainda não aprendeu a lição e que, depois, se queixa que não tem tanto sucesso como os outros. Ora. Aprendam com quem sabe.


O livro é a Bíblia - e eu, como já vos confessei, ando encantada com esta gente da Porta dos Fundos. E acabo de ouvir o Marinho Pinto, no Prós e Contras, a dizer que não sabe o que significa LOL. E quer ele ir para deputado europeu. Está bem, está. 


LOL.



*

Vocês podem não acreditar mas não tomo daquele comprimido para relaxar os músculos desde sexta feira e, no entanto, ainda ando pedradíssima, nitidamente sob o seu efeito. No fim de semana, à noite, mal me sentava sem ter que estar a tomar conta na criançada, adormecia instantaneamente. Ou então é de ter tido um fim de semana como o que tive ainda mal me estava a refazer do torcicolo. Ou de tudo junto. Ou de estar a precisar de férias. Ou de me deitar sempre tarde. Ou de outra coisa qualquer. E agora já nem sei se já dormi no meio deste pequeno texto ou se, agora, não estou a dormir. Que coisa. Tenho que me ir deitar antes que vá parar ao chão.
  • Relembro: sobre a ménage avillez & gaspar é favor descerem até ao post abaixo.

Muito gostaria ainda de vos convidar a darem uma espreitada até o meu outro blogue, o Ginjal e Lisboaonde hoje tenho o Segredo de Fernando Pinto do Amaral dito por Nuno Miguel Henriques. A propósito digo o que, para mim, é o amor. Ou parte do que é o amor. Ou uma coisa a modos que assim, já que o amor não é propriamente uma coisa que se defina.

*

E, por hoje, vou despedir-me já e vocês já sabem: se isto estiver tudo aos esses, sou eu a dormir. 
Beijinhos e abraços e adeus que por aqui me desbaldo e o que eu estimo é o que eu desejo. 
E tenham, meus Caros Leitores, uma bela terça feira. 

O livro com a entrevista que a Tia Maria João Avillez fez ao doente e destituído Vítor Gaspar: não li nem vou ler. Era o que me faltava que, depois de ter sido roubada de esticão por aquele sujeito, agora ainda lhe fosse dar esmola. E, no que se refere à Tia, acho que também não precisa dos meus trocos. ... Ora! Porque é que não vão pregar para outra freguesia?!


Como é bom de ver não comprei nem vou comprar o livro onde Maria João Avillez, a tia do regime, dá palco ao psicopata-mor Vítor Gaspar. 


Era o que mais me faltava dar algum dinheiro a ganhar a qualquer dos dois. 

Ele foi o braço armado da política mais criminosa e anti-patriótica de que há memória nos tempos modernos e ela é a tia fala barato do regime, a tia-catatua que repete ad nauseum os argumentos que ouve aos correlegionários, a acéfala voz do dono, o que se queira. Aconteça o que acontecer aí está ela a desculpar todas as perversidades que qualquer palerma encartado do PSD se lembre de fazer.

Sempre ouvi dizer aos papagaios do regime, Tia incluída, claro, que o Vítor Gaspar é inteligente. Lamento: nunca lhe vi inteligência nenhuma. Se trabalhasse numa empresa normal, seria corrido ao fim de poucos meses. Não acertou uma e, com os seus erros, provocou um descalabro insanável. Levaria uma empresa à falência em três tempos - tal como ajudou a enterrar ainda mais o País.


Mas, para além de não ter qualquer inteligência racional (já que não sabe interpretar os problemas, não acerta na solução e não sabe tirar conclusões quando vê que se enganou), quando viu o buraco em que se tinha metido, ele e o resto do país, saíu de fininho com uma carta na qual aproveitou para entalar o chefe que tanta corda lhe tinha dado, mostrando assim que, para além de não ser racionalmente inteligente, também tem um carácter duvidoso, pelo menos no que à lealdade se refere.

Como se não bastasse, não tem também um pingo de inteligência emocional. Não estabelece empatia com as pessoas, não percebe as emoções dos outros, se for caso disso dá um tiro a sangue frio numa pessoa e depois diz, com aquela sua habitual cara de bobo da corte, que não percebe porque é que a pessoa estrebuchou e morreu, que isso não estava previsto e que as condicionalidades terão que ser calibradas.

Das citações que li, a luminária criatura (luminária ou alimária?) diz que não falhou nas metas porque foram mexendo nelas por forma a que as ditas se fossem ajustando aos buracos. Coisa esperta. Chico-esperto. Descarado. Desavergonhado.

E, perante o descaramento de tão atabalhoada criatura que desgraçou a vida a tantos e tantos milhares de pessoas, ainda há gente que lhe vai alimentar o ego comprando o livro e ainda há gente muito burra que vem gabar-lhe a esperteza.

Maria João Avillez e Vítor Gaspar no lançamento do livro
Riem de quê, estes dois?
Da parvoíce dos portugueses que parece não ter limites?


Será que um dia destes ainda me vou convencer que este povo é um povo masoquista? 

Tenham dó.


***

Desconheço o autor das fotografias em que aparece Maria João Avillez. 
As três imagens do meio provêm do inesgotável blogue We Have Kaos in the Garden. 


segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Santana Lopes e as noitadas em S. Bento regadas a whisky e chá - as inconfidências de Fernando Silva (Reportagem da revista Sábado com 'AS HISTÓRIAS DO MORDOMO DE S.BENTO')


No post já a seguir a este mostro um filme que só se forem muito apressados e muito desligados do lado maravilhoso da vida é que deixarão de ver. Pode ser que tenham outras razões mas não quero saber. Acho que não há desculpa se o não virem. :)

A seguir a esse, há um outro post no qual explico como, não podendo dizer 'a mangueirada foi bem no meio da testa, estes não enganarão mais velhinhos nos caminhos da floresta' em relação a essa cambada que por aí anda, restringi-me ao meu curto raio de acção e, vai daí, varri o look anterior do Um Jeito Manso para o substituir por um mais jungle, mais como me apetece estar neste momento. 

Mas se, por um lado, só me apetece pensar em coisas boas, por outro não consigo virar as costas a uma boa piada.


***

Que entre o Menino Guerreiro

(Hino feito para Santana Lopes)




Aqui há tempos um ex-ministro de Santana Lopes contava-me uma das muitas peripécias dos tempos loucos dessa governação. Fartámo-nos de rir. Claro que ele não conta proezas desse tempo em público mas, em privado, a coisa é contada de forma suculenta e eu só não a conto aqui porque, mais do que gostar de contar uma boa laracha, prezo a confiança que os meus amigos depositam em mim.

Por isso, não são inside stories desses tempos que hoje aqui conto mas antes aquelas que o ex-mordomo de S. Bento revela na revista Sábado desta semana.

Fernando silva reformou-se aos 69 anos depois de trabalhar 42 anos em S. Bento. O artigo, da autoria de Vítor Matos, tem graça. Fernando Silva conta pormenores de cada um dos muitos primeiro-ministros com quem trabalhou. Trabalhou com todos desde Marcello Caetano até Passos Coelho. 


Há coisas curiosas de vários mas centro-me no enfant terrible Santana que pintou a manta enquanto foi primeiro ministro.

Transcrevo um excerto do artigo que contém palavras do próprio Sr. Fernando Silva.
'Sempre lidei com o Dr. Santana Lopes e era um homem impecável. Mas quando entrou para primeiro-ministro talvez o mundo lhe tenha subido à cabeça. Aquilo mudou como do dia para a noite. Não sei se as pessoas não tinham conhecimento do que era um gabinete de um primeiro-ministro. Um dia, o chefe de gabinete pediu um cinzeiro a um colega meu, coitadito, que já era velhote, e lhe disse que ali ninguém fumava. 'Sr. Dr. vou ver se arranjo...'. Mas ele pega no charuto que estava a fumar e apaga-o em cima da secretária do contínuo. Andava tudo às aranhas'.
Há nove anos, desde Cavaco, que ninguém morava no palacete, mas Santana Lopes mudou-se e estipulou novos horários. Por norma, os contínuos só trabalhavam até cerca das 21h30 ou 22h, mas apenas no caso de o primeiro-ministro ficar para jantar. Com Santana a hora de saída passou a ser à 1h.
'Aquilo era uma desorganização total. Uma vez fiquei até às 17h à espera que o primeiro-ministro fosse almoçar. A essa hora, vi-o sair no portão com o motorista e tirei a mesa. Mas às 17:30 voltou. Perguntou quem mandara tirar a mesa. E eu disse: 'São cinco e meia da tarde e ainda vai almoçar? Mas em dois minutos ponho a mesa!' Noutro dia, era 0h55 quando me desfardei. À 1h, um assessor ligou-me: 'Não saia, que o sr. primeiro-ministro vai para aí'. Vesti então o casaco azul em cima do pulôver e fui servir-lhe o whisky. No dia seguinte, por ordem da chefe de gabinete, transferiram-me para o gabinete do assessor militar, do outro lado da rua.'
(...)
'Festas não havia (em S. Bento). Mas ele recebia pessoas. Às vezes eram 21h ou 22h, apareciam ministros ou pessoas amigas. Ficavam até às 3h ou 4h. Ou 5h. Era conforme. E a gente tinha de lá estar. Eu ou outro colega. Nessa altura, tinha mais dois colegas que faziam o mesmo: serviam whiskies, cafés e chás. Nessa fase gastava umas duas caixas de whisky JB por mês, de seis garrafas cada uma'.
Embora afirme que nunva viu o primeiro-ministro alcoolizado, Fernando Silva diz que Santana bebia sobretudo whisky e chá. Os hábitos noctívagos divergiam do último residente: se Cavaco descia para o gabinete às 8h30, Santana tinha outros ritmos.
'Só se levantava antes das 8h se tivesse muito que fazer. Levantar-se tarde era normal, podia ser às 11h ou 12h, mesmo em dias de semana'

*

Observação minha: ao pé da desgovernação de Passos Coelho esta rebaldaria quase me parece um poço de virtudes. 

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A última imagem provém do blogue We Have Kaos in the Garden. As restantes proliferam na net sem que se consiga apurar a proveniência original.

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Relembro: Em querendo, deixe-se escorregar por aí abaixo que há mais dois posts, um dos quais maravilhoso (e o outro tem uma fotografia que também é uma maravilha - ou não fosse da autoria de Mario Testino).

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E, assim sendo, por agora nada mais a não ser desejar-vos, meus Caros Leitores, uma bela semana a começar já por esta segunda feira.
Que se sintam de boa saúde e felizes é o que vos desejo.


Vencidos e vencedores. O frágil e o forte. O esquilo e o falcão. ----- Ou as maravilhosas surpresas da natureza.


No post abaixo já expliquei porque me despi de sedas e veludos, de chapelinhos e brocados, de ambientes fechados e cabelinhos bem penteados. O blogue mudou-se para o lado verde da vida, o cabelo agora é como ele é, selvagem, e as cores fortes da vida estão de volta. Abaixo os congressos feitos para entreter atrasados mentais, abaixo os parvalhões que têm um QI abaixo do de uma pedra, abaixo as televisões que dão importância a porcarias destas em vez de darem realce ao lado bom e belo da vida.  E abaixo o inverno e o cinzentismo que embota as mentes.

Mas sobre isso falo no post a seguir.

Aqui, agora, mostro-vos um filme maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso.

Nunca, mas nunca, meus Caros, nos entreguemos antes de tempo, nunca, mas nunca por nunca, entreguemos os pontos. Até ao lavar dos cestos é vindima. Vejam, por favor.

Foi um Leitor que me enviou e eu fiquei encantada.


I'm little... but I'm a great winner


(Ah pois és, ó esquilinho valentão!)


*


domingo, fevereiro 23, 2014

Mudança de tercio. Que se lixem os estarolas do PSD, as nulidades do CDS, o Totózero inSeguro e mais a chuva e o cinzentismo desde inverno que nunca mais dá lugar à primavera. Mas aqui no UM JEITO MANSO a esperança e a renovação acontecem sempre que eu quero. Que entrem, pois, os verdes profundos, as cores solares, o ar puro e a vontade de largar a tralha invernosa. A imagem agora é a da Vogue UK March 2014. Modelo: Daria Werbowy; Fotógrafo: Mario Testino. E a vontade é a de mudar para melhor!


Depois de um fim de semana que foi de tal ordem que a maior parte do Expresso ainda está por ler com ascendentes e descendentes, criançada cada vez mais brincalhona, uma animação permanente, reboliço, passeatas, refeições em contínuo, e nem sei que mais - que primeiro que as ideias se me voltem a arrumar dentro da cabeça ainda deve faltar um bom bocado (a casa já mais ou menos está... mas a cabeça parece que ainda não assentou) - lá consegui apanhar o Sócrates a meio e, depois, o Marcelo no fim. Pelo que lhes ouvi, e pelo que ontem ouvi ao de leve no noticiário da uma da manhã, o Congresso do PSD deve ter sido uma coisa de tipo stand-up (sem ofensa para os verdadeiros comediantes), uma coisa parecida com aqueles espectáculos pimba que as televisões transmitem ao fim de semana. 

Não dá. Esta gente é má demais para ser verdade. E eu podia pôr-me para aqui a carpir contra a pouca sorte que nos calhou na rifa ou contra os portugueses que são um povo de palermas que votaram num bando de estafermos deste calibre - mas não tenho pachorra para isso.

Se pudesse abria a agulheta e varria aqueles tangas todos à mangueirada. Adorava. Montava-me num camião cisterna e entrava por ali dentro (foi no Coliseu, não foi?) ao som de uma coisa qualquer épica e varria-os a todos a jactos de água. Depois, descia do camião e desatava à estalada a todos, a esses palermas que parece que andam a gozar com a nossa cara, a essa tropa fandanga que têm a mania de nos fazer de parvos, essa gente boçal, estúpida.

Não podendo fazer isso, cheguei aqui e varri o look do blogue. Tudo novo. Quero oxigénio, ar limpo, bosques, árvores, cheiro a terra fértil e apetece-me largar a roupa de inverno, despir-me, apanhar sol. preparar-me para ganhar ânimo para combater estes cretinos ainda com mais força.

Ou isso ou ignorá-los (mas punindo-as nas eleições, claro) e, entretanto, deixar-me estar a curtir o lado bom da vida. Que o há.



Por isso, hoje o Um Jeito Manso está em plena natureza. Daria Werbowy pôs-se a jeito para Mario Testino e ele, uma vez mais, não se fez rogado. É o editorial da Vogue UK de Março 2014, aqui antecipado.


Ah como eu adoro este estilo. Roupa colorida, desconstruída, colares, brincos, pulseiras, cabelo despenteado. E ar puro. E distância da tralha passista, cavaquista, marcelista, relvista e arrivista, oportunista, sacrista e sei lá que mais acabado ou não em ista.


Relvas está de volta, o saudoso Vai-Estudar-Ó, regressou pela porta grande. Isto é o PSD no seu melhor: quando toca a reunir, toda a tralha se põe a postos


Pouco posso dizer. Com a casa cheia, bagunçada, programa todo o santo dia, passeios, brincadeiras, risos, uma animação permanente, refeições concorridas, esta sala transformada em acampamento, foi só há pouco que me dei conta de que o Láparo repescou o seu autor, o grande ideólogo Relvas, para um cargo importante nas estruturas do partido. 

Agora, sim, o PSD está mais composto. 

Com o Cão com Pulgas, com o extraordinário Relvas, com o jovem Hugo Alexandre, com o agora-magro Rangel a emprestar a sua bonomia para dar um ar decente à mal afamada casa, e com o apoio do grande ginasta Marcelo que faz flic-flacs à rectaguarda e triplos mortais encarpados e o que for preciso para ter audiência, do pequeno Marques Mendes que diz isto e o seu contrário com o despudor da mais descarada das madames de má vida, e ainda com o Santana que se pela por ouvir aplausos e dizer gracinhas com ar blasé, agora, sim, o PSD está completo. Um grande clube de oportunistas, troca-tintas, mercenários, rameiras, intriguistas, badalhocas e flausinas - tudo em sentido figurado, claro, que eu cá sou muito dada à metáfora.

Responsáveis por um descalabro como não há memória, por um soez ataque aos portugueses, apresentam-se agora como se não fosse nada com eles, como se só tivessem andado a fazer coisas boas e, desavergonhados como são, riem muito e fartam-se de bater palmas. Palhaços.

Ainda bem que não vi muito para não me indispor. 

Mas por aqui me fico porque quero ver o Downton Abbey e estou praticamente às escuras e sem som na televisão, tenho mesmo que seguir pela leitura das legendas. 


Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo domingo.

sábado, fevereiro 22, 2014

Aula teórica de português ("erros de português que ficam muito mal") e aula prática sobre o tipo de resposta a dar a um marido/amante/namorado/etc que se arme em exigente e picuinhas à mesa (post com bolinha vermelha no canto dada a imagética usada no vídeo que decorre, como é bom de ver, na Porta dos Fundos: é o diálogo entre a Odete e o Carlos Alberto a propósito da sobremesa)


Antes de mais, deixem que faça o aviso do costume: a seguir a este post há um post sério, interessante, uma explicação para o conflito ucraniano e um vídeo sobre um terrível extermínio pela fome. É um texto a não perder. Foi-me enviado por um Leitor.

Igualmente recebido de oferta, há mais dois posts, duas anedotas. Uma graça. Ou melhor: duas graças.

Mas aqui, agora, a conversa é outra.

*

Li no Expresso um artigo interessante e útil que versa sobre erros crassos, daqueles que impressionam mal. Qualquer criatura que faça questão de estar pelo menos um ou dois furos acima dos analfabetos que nos desgovernam deve ter isto em atenção.

Vou transcrever porque me parece de utilidade pública e é certo e sabido que aqui o Um Jeito Manso é um guichet do Ministério da Cultura. Um guichet clandestino, é certo, não vá o Xavier mandar encaixotar-me e levar-me na mala diplomática para ser rifada aí numa quermesse qualquer.

Ora bem. A vossa atenção que vou passar a transcrever e as palavras vão mesmo sem cuecas pois o Expresso adoptou essa prática e eu estou a limitar-me a transcrever. Custa-me. Correto e não correcto? Até dói. Mas enfim. É só hoje.


Aula teórica de português - Erros que não devem ser cometidos.


Em baixo/ abaixo

Erro: Vou lá em baixo
Correto: Vou lá abaixo
Explicação: Abaixo refere-se a uma localização, enquanto em baixo se usa para falar de uma posição relativa.

Onde/ aonde

Erro: Não sei aonde fica a sala do chefe
Correto: Não sei onde fica a sala do chefe
Explicação: A forma mais fácil de evitar este erro é pensar que só pode usar 'aonde' em substituição de 'para onde'. Por exemplo, 'aonde vais amanhã' está correto, mas 'aonde deixaste as minhas chaves' é um erro crasso.

À/ há

Erro: Terminei o curso à dois meses
Correto: Terminei o curso há dois meses
Explicação: Este é um erro que só se nota na escrita, mas é grave. Para indicar um tempo passado usa-se o verbo haver

Haver/ a ver

Erro: Esse assunto não tem a haver comigo
Correto: Esse assunto não tem a ver comigo
Explicação: Ter a haver é sinónimo de 'ter a receber', enquanto ter a ver significa 'dizer respeito a..." Se emprestou dinheiro a alguém que ainda não lhe pagou, pode dizer que ainda 'tem a haver esse dinheiro', por exemplo.

Ir de encontro a/ ir ao encontro de

Erro: Isso vai de encontro à minha proposta
Correto: Isso vai ao encontro da minha proposta
Explicação: Estas expressões são completamente opostas. No primeiro caso a ideia é o contrário da minha proposta, enquanto na segunda situação está absolutamente de acordo com ela.

Comprimento/ cumprimento

Erro: Com os meus comprimentos
Correto: Com os meus cumprimentos
Explicação: É um erro muito comum, mas comprimento está relacionado com tamanho e não com saudações ou realizações. O que está correto é dizer o comprimento da sala, o cumprimento de prazos e enviar os cumprimentos a alguém.

Descriminar/ discriminar

Erro: Descrimine os produtos na nota de encomenda
Correto: Discrimine os produtos na nota de encomenda
Explicação: Descriminar é absolver, é declarar alguém inocente, enquanto discriminar significa distinguir, diferenciar.

Auferir/ aferir

Erro: No final do dia, o empregado deve auferir se os valores da caixa conferem com as vendas feitas
Correto: No final do dia, o empregado deve aferir se os valores da caixa conferem com as vendas feitas
Explicação: Estes dois verbos têm significados diferentes. Aferir é conferir, calcular, avaliar. E auferir é ter, obter, ganhar. Exemplo: no novo emprego ele vai auferir um bom ordenado.

Quaisqueres/ quaisquer

Erro: Quaisqueres informações é comigo
Correto: Quaisquer informações é comigo
Explicação: A palavra quaisqueres não existe. O plural de qualquer é quaisquer.

Descrição/ discrição

Erro: Ele age com descrição
Correto: Ele age com discrição
Explicação: Descrição é o ato de descrever alguma coisa, por exemplo, ele fez a descrição da situação. Já discrição significa discreto.

(...)

Na minha opinião pessoal/ na minha opinião

Erro: Na minha opinião pessoal deves candidatar-te ao mestrado
Correto: Na minha opinião deves candidatar-te ao mestrado
Explicação: A sua opinião já é uma opinião própria, não precisa de repetir essa ideia.

Há cinco anos atrás/ há cinco anos

Erro: Há cinco anos atrás ainda estava no secundário
Correto: Há cinco anos ainda estava no secundário
Explicação: É redundante usar 'há' e 'atrás' na mesma frase, porque o verbo haver já se refere a tempo.

Senão/ se não

Erro: Senão consegue entregar o relatório no prazo, avise
Correto: Se não consegue entregar o relatório no prazo, avise
Explicação: Para transmitir a ideia de não conseguir fazer o relatório, o correto é o segundo exemplo. Senão quando escrito numa só palavra tem muitos significados, mas não este.

Fazem agora dois anos/ faz agora dois anos

Erro: Fazem agora dois anos que entrei nesta empresa
Correto: Faz agora dois anos que entrei nesta empresa
Explicação: O verbo fazer quando se refere a tempo é impessoal e deve conjugar-se na terceira pessoa do singular.


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Aula prática de conjugalidade


O que deve uma mulher responder quando o maridão se arma em esquisistinho, exigentão, em patrão mandão?

Ora atenção e não tentem repetir a menos que saibam a lição de fio a pavio..

(Alerta às meninas sejam de que sexo forem: ponham, por favor, bastante algodão nos ouvidos. É que aqui a D. Odete parece que estagiou no Bolhão)





E os meus Leitores homens, pensem bem antes de refilarem. Um conselho: se tiverem uma Odete pela frente, então, é melhor comerem sem piar.


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Relembro: Indo por aí abaixo poderão encontrar textos para todos os gostos.

Divirtam-se com os dois últimos, que não há nada melhor do que a gente rir-se.

Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo fim de semana!!!!!!!!!!!!!