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terça-feira, abril 17, 2018

Marcelo, um pinto calçudo no meio da realeza espanhola
Uma reportagem fotográfica da UJM, enviada especial ao serviço da ¡HOLA!


Bem. Estava eu a ir de carro quando ouço alguém a falar espanhol com um sotaque macarrónico. Apurei o ouvido. O converseio e a voz eram-me familiares. Pensei: 'Mas querem lá ver que agora já por aí anda a discursar em espanhol?' Exacto. Era mesmo. O nosso incontornável Marcelo estava a dar uma aula numa universidade em Madrid. Louvava a geringonça com todo o salero de que era capaz e com um à vontade de quem estava em casa. Pimbas. Espanha já no bolso.

E que à noite ia jantar com os reis, dizia o repórter. 

À vinda, ouço as notícias das oito. O Marcelo já estava no banquete.

Curiosa para ver a cena, fui ao site da ¡HOLA! e, olé!, já lá estavam. Marcelo como se, de novo, também em casa a distribuir charme. Dona Letizia, como sempre, apenas esboçando um ar de simpatia não vá o sorriso causar-lhe alguma indesejada ruga, e firme e hirta, o garfo ainda entalado no gasganete. Dom Filipe igual a si próprio, esfíngico, simpático e nulo.

Mas o que me chamou a atenção foi que alguém emprestou a farpela ao nosso Marcelo e ninguém se deu ao trabalho de ajustar as peças ao recheio. Calças largueironas e a cairem-lhes aos folhos pelos artelhos abaixo. Lá está. Em linha com o que dizia há pouco, se isto fosse festa de pobrezinhos, não faltaria quem lhe alinhavasse uma bainha, quem o fizesse andar para ver como ficava, etc, ninguém querendo que o pobre coitado fosse fazer má figura. Assim, toda a gente caguou para o pormenor (calma: não disse nenhuma grosseria, fui fina no trato, disse caguou): vai com as calças de rojo e vai fantástico.


A fralda também demasiado de fora mas, enfim, por um ou dois dedos a mais também não vou fazer caso. Agora as calças, senhores, no mínimo um número acima na barriga e um palmo a mais no tamanho.

Consta que a tiara da Rainha também é especial, um tal Diadema de Cartier. Coisa quase a roubar a atenção do arejamento que o vestido apresenta nas cavas.

Ana Pastor, então, foi mais longe e arejou os bracitos todos. Pelo ar da guapa señorita, o malandreco do Marcelo devia estar a dizer-lhe um piropo, deixando os senhores da direita da foto a fofocarem, meio incrédulos.


Pelo contrário, a senhora que ia com Mariano Rajoy (e que não creio ser a mulher mas, talvez, a sogra) vai bem agasalhada. Não se esmerou foi muito no penteado que aquilo mais parece o carrapito de uma minhota que se penteou à pressa, com um gancho de cada lado.


Quem avançou formosa e segura foi a Tejerina, mais concretamente Isabel García Tejerina, ministra da agricultura e das pescas. É ver o olharzinho encantado do nosso ministro Augusto Santos Silva, olhando a forma sinuosa do corpinho deslizando pela passadeira, todo ele com um sorrisinho de quem está a ensaiar uma boquinha filosófica para se armar ao pingarelho na primeira oportunidade.

E quem me parece ver ali com um traje meio estranho, saia justa em beige e camisa de renda preta com o cinto caído saia abaixo é a Teresa Leal ao Coelho, talvez na qualidade de Embaixatriz já que me parece ver a cara redonda do Embaixador a assomar por detrás da paisagem.


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E, dado o adiantado da hora, me quedo por aquí. As fotos são, como referi, da ¡HOLA!

Amanhã, com vossa licença, falo sobre a reportagem relativa ao Caso Sócrates. Não falei hoje porque quero deixar assentar. Prefiro servir a coisa depois de a ter assimilado, destilado, processado, whatever.  

E queiram continuar a descer que, já a seguir, tenho um grande texto sobre a Síria que vivamente recomendo. Não foi escrito por mim mas tenho pena: enviou-mo Leitor amigo que sabe da coisa.

Logo a seguir, tenho umas certas e determinadas Divinas, coisa com alguma transcendência.

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sexta-feira, setembro 29, 2017

Teresa Leal ao Coelho deu-lhe hoje o tiro de misericórdia.
Tentou colar o Marcelo à extrema unção mas o Presidente logo a mandou ir dar banho ao cão.
Ora, como é bom de ver, não vou juntar-me ao cortejo fúnebre.
Por isso, com vossa licença: Great Gardens: Glin Castle


Ao fim do dia, íamos para a praia quando ouvimos, na rádio, a surpreendente notícia: Marcelo tinha ido ter com a tiazona do PSD para lhe dar uma palavra de apoio. Ficámos estupefactos. Ambos: 'Passou-se?! O Marcelo foi apoiar a Teresa Leal Coelho?! Como é que é possível?!?!'. Mas, acto contínuo, caímos em nós: 'O Marcelo não é parvo, não ia cair nesta'. Os jornalistas continuavam a noticiar e nós: 'Não, o Marcelo não ia espalhar-se ao comprido desta boa maneira... A história está mal contada.'


Chegados a casa e eu ao meu sofá de estimação, ligo o computador e cá estava o desmentido de Belém, um valente tabefe na Leal ao Coelho: Qual apoio? Estava Marcelo no trânsito, passa a Tia Leal ao Coelho que vendo-o, atravessou a rua para ir cumprimentá-lo. Apoio isso? Qual apoio? Zero apoio.


E pimbas. Como se o caldo não estivesse já entornado, eis que a pouco inteligente criatura, julgando que a malta tem um QI alinhado pelo do láparo, se sai com uma esperteza saloia. Como a malta não é assim tão burra, o que aconteceu é que olhou para ela e o que viu foi a fina criatura a dar mais um tiro no pé. Só que, com a falta de discernimento que tão bem se lhe conhece, o resultado foi que a madama falhou a pontaria e acertou, de vez, no já defunto político que por aí anda exibindo a sua proverbial burrice e o seu igualmente famoso ressabiamento. 'O tiro foi bem na testa, não matará mais criancinhas nos caminhos da floresta', consta que logo concluíram os caciques laranjas, satisfeitos por o enterro do seu fraco líder estar próximo.

No domingo todos encomendarão a sua alma ao seu amigo diabo e o aparelho haverá de se preparar para saltar a pés juntos em cima da tumba (metaforicamente falando, claro está).

E eu, que não faço nem nunca fiz parte da família nem gosto de nada que tenha que ver com cenas mórbidas, com vossa licença não vou participar no velório do láparo.

Assim, tenho andado por aqui a passarinhar, flanado sobre danças e artes, e, nessa divagação, dei com um vídeo supimpa. Partilho-o convosco. Maravilha.

Great Gardens: Glin Castle



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Até já.

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quarta-feira, setembro 27, 2017

Onde não se fala de relatórios sobre tamancos armados nem de fantasmas avençados, espiões invisíveis ou alegados pasquins de referência.
Tão-pouco se fala de láparos, cristas, rangélicos a desapoiar leais ao coelho, isaltinos e outras prendas de questionáveis valias.
Na verdade, com vossa licença, fala-se é da verdadeira arte em forma de gif.



Só para explicar. A semana ainda nem a meio vai e eu já tive a minha dose. Isto de reuniões sem dar tréguas, sem tempo para me preparar, e importantes, e ter que ir para elas apanhando a substância da coisa on the fly, e pelo meio ter que fazer tretas e mais tretas, e ainda ter que aturar gente complicada ou em mau estado psicológico e, en passant, ter que andar de um lado para o outro e, ainda por cima, saber que até que o bendito feriado da semana que vem me chegue vai ser assim em contínuo... dá-me uma canseira que não consigo aqui explicar.

E estou aqui varada de sono e a pensar que vou ter -- já, já -- que me levantar de madrugada porque há senhores por demais executivos que acham que macho-alfa que se preze tem que ter hábitos de galinha, e tudo bem não fora eu estar mais para fêmea-vénus do que para macho-alfa. Gostam. Gostam de marcar reuniões de madrugada, à hora de almoço, a começar às cinco da tarde para acabarem quando acabarem, na véspera de um feriado ou no dia a seguir, tudo para provarem que não estão nem aí para uma folguinha ou para um lero-lero e que um pequeno ócio, então, nem pensar. E eu que gosto tanto de pensar que tenho vida própria... e a ter que me alinhar com eles. Protesto, mando bocas. Mas sou uma entre não sei quantos galfarrros. Por isso, que venham as quotas. Enfim.  E já que estou numa de desabafos. Cansa-me também quando depois das dez da noite ou às dez da manhã de domingo recebo mails a perguntar se estou disponível para reuniões durante a semana. Não respondo. Mas às vezes tenho mesmo que responder. Mas fico animicamente fatigada.^


Resumindo: fico sem paciência para falar de relatórios feitos por fantasmas. Um ghostwriter a tomar conta das notícias e dos comentários parece-me coisa sem grande lógica. Claro que não li o Expresso. É lugar que me vejo forçada a frequentar cada vez menos. Covil de boateiros, coito de autores por conta (sendo que aqui quem pagará conta se esconde atrás de interesses pouco confessáveis).  Não tenho paciência. Um alegado pateta qualquer, daqueles que alegadamente gosta de se armar ao pingarelho, deu-lhe para fazer uma redacção a elencar alegados cenários bélico-metafísicos. Cenário 1: as armas foram roubadas pelo Kim Jong-un para as mandar numa série de foguetes para a lua. Cenário 2: as armas foram para os amigos do Trump de Loures. Cenário 3: as armas foram para os do exército de Napoleão. Cenário 4: as armas foram para os alegados jihadistas de Angola. Cenário 5: as armas foram para Hollywood. Cenário 6: as armas estão escondidas até o Marcelo receber os três ramos. Cenário 7: as armas foram para a patrona da Ordem dos Enfermeiros que ela tem a mania das grandezas e quer negociar devidamente armada. Cenário 8: as armas foram para Rio Maior para um just in case em que as mocas não cheguem para todos. Cenário 10: as armas nunca existiram de facto, era tudo uma ilusão levada a cabo por Luís de Matos. E vai daí, 1ª página do Expresso e, logo, logo, o presciente láparo a cavalo no fantasma. E a SIC e todos os seus alegados jornalistas e demais comentadores a comentarem os urros do láparo e os salpicos que a ejaculação do fantasma espalhou nas lapelas das hostes laranjas -- e todo um frenesim se formou. Há relatório? Foi alguém bom da cabeça que o fez? Foi um espião na reserva? Foi a vizinha da esquina? Foi mesmo um fantasma encartado? Um noir? Quem...? Quem...? E, sem surpresa, a resposta é a de sempre nestas circunstâncias: Ninguém...


Portanto, dizer o que sobre isto...? Nada. A coisa não me diz nada e, é claro, não fui alvejada por nenhum salpico (que não sou parva de me pôr a jeito). Estou limpa. Portanto comentar o quê? Que o láparo anda nisto? Que aos candidatos a suicidados agora juntou os espiões-fantasmas? Não posso. Sou uma alma caridosa. Não gosto de tripudiar em cima de falecidos políticos. Tempos houve em gostava de coelho à caçador. Agora nem isso. Incapaz de papar coelhos.

Ou então discutir se a Cristas bate a Leal ao Coelho ou vice-versa...? Também não. Comentar as não-ideias de duas cabeçolas cheias de vento não é coisa que me assista. Ou vir para aqui gargalhar até às lágrimas com o Rangel a dar ainda mais cabo da vida da Leal ao Coelho? Não. Não me peçam isso. Posso parecer tão santa quanto a mais santa das santas mas, vão por mim, sou é mesmo uma pecadora. Por isso, esfarrapar o meu espírito só para fazer a vontade àqueles de vós que aqui vêm na esperança de me ver a desancar nas indigências políticas que por aí andam arrastando tristes cadáveres políticos... não... isso não é comigo.



Ou pôr-me para aqui a rasgar as vestes porque o Isaltino deve voltar a ser escolhido porque as pessoas querem lá saber de causas ou de éticas ou dessas cenas que incendeiam blogs e faces e instas mas que são espuma a que ninguém oferece voto? Ná... estou cansada dessas frioleiras líricas que escamoteiam a verdadeira alma de quem escolhe. Mais do que fartinha de saber que a malta quer é um mundo governado por isaltinos estou eu.

A sério. 

Na televisão o Pedro Adão e Silva, o Rui Tavares e o Norton a falarem destas coisas. Nem dois minutos. Repetem-se, andam em círculo. Posso estar meses sem os ver que, quando voltar, vai-me parecer que estão a falar da mesma coisa. E, quem diz estes, diz os outros.


Não tenho pachorra.

Por isso não tendo nada que me motive e, sonolenta como estou, incapaz de ir seleccionar fotografias e mostrar coisas bonitas ou ir saracotear a minha beleza pelas ruas dos onlines, com o vosso perdão, ficarei por aqui.

É feio, eu sei, maçar a vossa inteligência para chegar aqui e nada, coisa nenhuma. Mas, acreditem, sou humana, um imperfeito exemplar do tipo manuel germano (ou descodificando para quem não conhece o trocadilho: do género humano). Quando não há nada para dizer o melhor é fazer isto: ficar calada. Tal como acabei de fazer. Caladinha, caladinha. 


[Gifs da autoria de ​Hazal Yalım]

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E queiram, se vos apetecer, continuar a descer até à sarjeta.

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sexta-feira, agosto 11, 2017

Vários cisnes e nenhum o é


Passo pelos cartazes autárquicos e interrogo-me sobre a eficácia dos meios usados nas campanhas eleitorais.

Por exemplo, vejo a Cristas da Coxa Grossa em grandes cartazes mas em todos eles não é ela, a conhecida peixeira das arruaças e dos papéis coloridos com bonecos levados à Assembleia para ilustrarem ideias imaturas; quem ali está é uma figura em versão Nossa Senhora da Assunção, toda ela photoshopada, uma verdadeira santinha, sem rugas, expressão beatificada. 


Depois é a Teresa Leal ao Coelho com dizeres fúteis, infantins, certamente inventados por marketeers saídos da escola. 


E fico a pensar que esta gente acha que pode ser o que lhe dá na bolha mesmo que não tenha vocação ou preparação para issoou mesmo que ninguém as queira para tal. Retoques nas fotografias e slogans a la minute e aí estão elas e eles, geralmente gente do aparelho, sorrisos plastificados em caras pespegadas em cartazes de beira de estrada.

Depois, em cima disto, há as guerras figadais entre candidaturas: gente que parece odiar-se como se isto fosse uma guerra de seitas e não uma coisa limpa entre gente que, com nobreza de carácter, quer servir as populações. 

Não sei qual a utilidade de cartazes, não sei qual a utilidade das tretas das campanhas nem sei se tudo isto das lutas autárquicas não devia ser limpo à mangueirada. 

Claro que há executivos de grande competência e claro que há gente que está ali para pugnar pela sua terra. Não é isso. Aquilo de que falo é do clima tribal, é da falta de senso na forma como encaram as campanhas eleitorais, é do espírito caciquista que parece estar frequentemente presente nas gentes por esse país fora, como se um lugar numa Junta de Freguesia fosse caso de vida ou de morte, é do vale tudo para fazer uma lista e para tentar tornar credíveis candidaturas que não valem um caracol.

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Olha, a propósito: tantos patinhos.

Ah, não, não são patinhos, são cisnes.

Ah não, espera lá, cisnes não devem ser porque têm pescoço curto... Serão patos marrecos?

(Olha, e um pombinho...)

de Jeff J Mitchell em Edinburgh, UK, in the Guardian
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Olha, aqui abaixo quatro patinhos saltitões. Tão lindos. Tão fofinhos.

Ah, não. Espera lá... São quatro meninas disfarçadas de cisnes.

Ups... Não... São quatro calmeirões disfarçados de bailarinas.

[Les Ballets Trockadero de Monte Carlo no Lago dos Cisnes]

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Olha, os patinhos agora transformaram-se em príncipes. 
Ah não, espera... transformaram-se foi em sapos... 
E olha como eles dançam bem... Ah não, também não são sapinhos, são homens.
Caraças.

(Mas nada é o que parece, caraças...?)

[Guangzhou Military Performance Group - Os cisnes transformam-se em sapos]¨

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Olha... outro cisninho...!

Mas este é um cisninho-gordinho. E tem uma franja loura. Que lindo.

Não... espera... não... não é um cisninho. Nem sequer um patinho...

É uma galinha. É a galinha Donald.

E aterrou ao pé da Casa Branca...
(E logo agora que o pato Trump está a trabalhar no campo de golfe e, para se desenfastiar, a ver se arranja um sarilho nuclear).


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Eu e as pessoas que conheço, sem excepção, sabemos em quem vamos votar desde sempre. Para quê estas campanhas, feitas nestes moldes? Alguém me diz...? E aquelas duas, as pafiasas Cristas e Leal ao Coelho, estão nisto para quê? Para ver se conseguem um lugar de vereadoras? Para salvar a honra do convento e terem candidato? Senão é para quê? Para irem armar peixeirada para a Câmara?

Haja paciência.

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E assim estou, como aqui me vêem, cheia de dúvidas existenciais. Assuntos profundos que me tiram do sério, é o que é.

Portanto, permitam que me mantenha no mesmo registo e termine com alguém que, bem mais do que eu -- oh, bem mais -- sabe tecer reflexões verdadeiramente filosóficas.

E é, até, caso para dizer: ena, Jorge, tanto patinho...!

(Ah, não, perdão, também não é bem isso, é mais: Ena, Jorge, tanto patinho...!)


[João César Monteiro em Vai e Vem -- Diálogo entre pai e filho]

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma feliz sexta-feira.

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sexta-feira, março 17, 2017

Teresa Leal Coelho e Assunção Cristas adversárias em Lisboa.
Uma luta sem tréguas se adivinha.
Qual delas vai gritar mais? Qual delas vai mostrar mais o pernão? Qual delas vai ser mais venenosa para o partido da outra?
É a luta de duas peixeiras, cada uma a achar que é mais sexy e mais mortífera que a outra.
É a luta na lama que o povão aguarda com impaciência


  • Depois da Madame Cristas da Coxa Grossa ter surpreendido Passos Coelho com uma aparatosa chicuelina, antecipando-se à decisão laranja e avançando elle-même para a lide autárquica na capital,

  • e depois do Láparo ter andado em estado de estupor catatónico sem saber o que fazer, convidando estrelas da televisão ou do futebol que, uma a uma, lhe foram dizendo que fosse dar banho ao cão (ouvi Lobo Xavier, pessoa sempre muito bem informada, dizer, com ar condoído, que foram 24 os convites, 24 as negas. Duas dúzias de tampas nas fuças do láparo. É obra),
eis que a ressabiada criatura tira uma coelha da cartola, deixando enfurecidos os aparelhísticos correlegionários que juram fazer o ajuste de contas na noite eleitoral.

Madame Teresa Leal ao Coelho, Coelha de vasta folha de serviço e pernão tão garboso quanto o do partido adversário, vai ser a estrela da luta na lama que se antecipa. As eleições autárquicas em Lisboa são, pois, o palco em que as sex bombs vão degladiar-se.


Sabendo-se como a Assunção é permeável ao louvor via sms e que as mensagens redobram de entusiasmo quanto mais ela pisa o risco e solta a franga que há dentro dela, é de supor que os insultos à Madama do pernão laranja e pescoço gordo não vão fazer-se esperar.


E a Madama do pescoço gordo, que se enrola em echarpes para tapar o colo enquanto destapa o pernão, vai, certamente primar pelo contraste, vai armar-se em fina -- Madama Embaixatrix, noblesse oblige --,  vai fazer de tudo para achincalhar a outra, coitada da Assunção que assina de cruz, tadinha dela, aproveitando para mostrar ao chefe que não descansará enquanto não vingar a afronta que a outra lhe fez. E, acima de tudo, ela quer que o láparo saiba que ela o tem sempre junto ao coração.

(E tão bem fornecida é de afectos que, como a imagem mostra, o leal coração até se lhe alastrou para a poitrine do lado).

E, no meio destas tricas todas, o povão que gosta é de ver ao que isto chegou pelas bandas dos PàFs, vai ficar à espera. Já se fazem apostas e a Madame Teresa Guilherme já esfrega as mãos de contente não podendo esperar para relatar, em directo, os puxões de cabelo e os apalpões mais indecentes entre aquelas duas.


Antecipa-se também que Rentes de Carvalho dará entrevistas a todos os jornais dizendo que, se votasse em Lisboa, votaria numa das três só para mostrar que não acredita na política e que, se pudesse mesmo, votaria era na própria lama.


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Está na hora de começarem os combates.

Da minha parte só posso garantir uma coisa: distanciamento para poder comentar com isenção os movimentos mais arrojados.

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Este post tem uma adenda -- aqui

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sábado, fevereiro 18, 2017

Correia de Matos fez birra porque não lhe deixaram ver SMS trocados entre outras duas pessoas e, vai daí, demitiu-se da Comissão de Inquérito à CGD.
Um dia depois, PSD e CDS unem-se e voltam à carga: querem, porque querem, nova Comissão de Inquérito e querem, porque querem, ver os SMS.
Como presumo que tal vão vai avante (até porque os contribuintes não querem, porque não querem, que o seu dinheiro seja esbanjado a alimentar birras de gente desorientada), espero que os deputados pafiosos se demitam.
Todos. Vão para casa. Não fazem falta nenhuma como deputados.
Ponham lá hologramas, bonecos e bonecas insuflados, cães ou gatos. É preferível.


Para quem ache que estou a gozar, mostro abaixo um vídeo que mostra como a técnica dos hologramas nos ajudaria a higienizar o nosso panorama político.

Imaginem se em vez de um mal amanhado Correia de Matos a fazer birras, com funfuns e gaitinhas, não era melhor termos o holograma dele a dançar. Então não...?


Ilustro com o holograma Michael Jackson, actuando anos depois da sua morte, mas podia ilustrar com Jean-Luc Mélenchon, um político francês que há poucos dias apareceu em pessoa num comício e, ao mesmo tempo, em holograma num outro. (Cliquem no link, pf, para verem a graça que isto é)


Também poderia mostrar como seria até vantajoso ter animais (desde que asseados, claro) nas cadeiras parlamentares do PSD e CDS. Ilustro com a imagem do avião ocupado por 80 falcões. Um príncipe saudita, querendo tranportar os passarinhos, achou que, para eles irem à larguinha e sem stress, mais valia comprar um bilhete para cada um.


Uma solução destas na ala direita da Assembleia não me pareceria mal. Apenas deixaríamos de ter aquela imagem do láparo a rir à porco e isso, concedo, tem graça. Mas, enfim, não vale o dinheiro que nos custa.


De resto, acho que não se perdia mais nada. Os animais são bem formados, inteligentes
(NB: não me refiro aos da fotografia acima, refiro-me aos outros, aos não-humanos). 

A outra solução, a das bonecas e bonecos, também me parece bem. Penso que algumas substituiriam com vantagem a sexy Cristas da coxa grossa ou até D. Teresa Leal-ao-Coelho que também gosta de mostrar o seu lado safado. 


A vantagem das bonecas sobre sobre as duas acima referidas, sobre a mal encarada Cecília Meireles, sobre a descarada funcionária da Arrows, sobre a bem nutrida Teresa Caeiro, e sobre todos e todas as outras pafientas figuras (Montenegro, puto piegas João Almeida, inteligente Hugo Soares, puto Leitão, etc, etc) é que as boencas não chateiam. Caladinhas de dar gosto. 


NB: Também as há em versão homem para o caso de se vir a aplicar aquilo das quotas.


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Tirando isso, sobre o tema não me ocorre mais nada sobre a nova Comissão de Inquérito que os alcofinhas dos tarecos do PSD e CDS dizem que querem porque querem.
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Até já.

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terça-feira, dezembro 29, 2015

Alô, alô Teresa Leal Coelho! Cortar no pagamento de Horas Extraordinárias nos hospitais é, directamente, sinal de boa gestão...? Hello... Dahh...
E o fim dos piropos pro bono: tempos de sensaboria em perspectiva.
E o irrevogável (?) adeus do vice-Paulo Portas.


Jantar tardiamente tem vários problemas. Claro que poderia evitar um deles mas é esta coisa da curiosidade que matou o gato.
Não sei se é o gato ou o rato. Ao escrever isto, perguntei ao meu marido como é que se diz. Diz que nunca ouviu, que devo ter acabado de inventar. Mas acho que existe mesmo esta expressão. E se não é gato ou rato, muda-se a expressão para encaixar um coelho porque, desgraçadamente, parece que, sempre que há porcaria da grossa, há, por trás, mãozinha do coelho.
Adiante. Quero saber se há novidades, espreito a televisão e depois sai-me sempre a fava. O meu marido não quer ligar a televisão, diz que é uma paz poder jantar sem aquela gente a atentar-nos o juízo, no fundo acha o mesmo que eu, que, por cada um que diz coisa que valha, há meia dúzia de bimbos a dizer alarvidades. Mas eu persisto, nem sei bem porquê, é quase como se quisesse ver até onde vai a estupidez humana.

Bem.

Ligámos a televisão e aparece a Leal ao Coelho a debater com o Bernardino do PCP. Vêm à baila as mortes que vão aparecendo como consequência de não haver pessoal hospitalar para prestar a assistência necessária. Agora foi o senhor que, no Algarve, com um AVC, foi mandado, horas depois, para Coimbra: não resistiu. Nos AVCs é essencial uma assistência imediata e o que as filhas descrevem é de anedota - só que não dá para rir.


Pois bem: esperta como só ela, a dita menina, querendo desculpabilizar o seu bem-amado chefe e o Paulo Macedo, sai-se com isto: que é preciso contextualizar e mais não sei quê, que os hospitais estavam descapitalizados e tal e coisa e que os cortes foram só nas despesas farmacêuticas e nas horas extraordinárias.

Claro que nada do que esta gente diz é para ser levado à letra pois, com uma assombrosa assertividade, dizem a primeira baboseira que lhes ocorre. Não faço ideia de onde é que cortaram ou deixaram de cortar e se foi com conta, peso e medida ou à bruta. O que sei são os resultados que estão à vista: uma penúria a todos os títulos que, em alguns casos, impede o Serviço Nacional de Saúde de ser o que deveria ser e o êxodo do pessoal especializado para os hospitais privados. Mas uma coisa merece reparo: se ela diz, com ar de chica-esperta, que cortaram nas horas extraordinárias então é porque acha que pagar horas extraordinárias é coisa supérflua, é cortar nas gorduras más, é como não deixar as enfermeiras usarem chinelos Louboutin. Não há paciência.

Eu explico à senhora-dona-deputada que parece que é vice presidente do PSD: quando alguém trabalha para além do seu horário normal, está a fazer trabalho suplementar. Ora se é certo que receber o pagamento do trabalho extraordinário é ter um complemento para o ordenado normal, a verdade é que, sem esse incentivo, ninguém no seu pleno juízo aceita trabalhar horas a mais, sistematicamente e por tuta e meia.

O tempo que as pessoas têm sem ser de trabalho não é só tempo de descanso: é o tempo para ter a sua vida normal. E, dizendo isto desta maneira, tenho que me corrigir pois não estou a ser correcta - o direito ao descanso não é coisa para piegas: o descanso é uma necessidade vital. Mas, passemos por cima desse pormenor e vamos, até, admitir que a senhora-dona acha que gentinha dessa não precisa de ter descanso ou, sequer, vida pessoal. Mesmo assim eu digo-lhe: muita gente, quem tem vida própria, usa essas horas para ir buscar e levar os filhos à escola ou para assistir aos pais, para fazer as compras para a casa, para tratar da casa, para tratar da família. Muitas vezes, se o trabalho extraordinário é recorrente, os trabalhadores têm que contratar empregadas domésticas que, de outra forma, não precisariam. Ou seja, de uma forma ou de outra, por não terem disponibilidade, as pessoas acabam por incorrer em mais despesas.

Por isso, se não são justamente compensados, trabalham o horário normal e chega. E pode acontecer que isto nem seja uma opção individual das pessoas (ah, hoje não me apetece trabalhar mais porque o que recebo não me compensa...!): pode acontecer que os gestores hospitalares, por não terem funcionários suficientes e por não lhes poderem pagar as horas extraordinárias, tenham, simplesmente, suprimido serviços: daí não haver médicos e enfermeiros depois das 20 da noite, não haver equipas de cirurgia ao fim de semana, etc.

Ora gerir assim é fácil: basta cortar a eito -- e que se lixe quem sofrer as consequências.
[Teve um AVC depois das 8 da noite? Azarinho
Rebentou-lhe um aneurisna ao fim de semana? Paciência, não tivesse rebentado.]
Eu disse que é fácil -- mas atenção: é fácil para quem não tem consciência que lhe pese, é fácil para quem não sabe fazer melhor, é fácil para quem não tem jeito para gerir a coisa pública.

Por isso, senhora-dona Leal ao Coelho veja se percebe o que é a vida real antes de se pronunciar. Ou veja se atina. É que já chega de tanta sandice dita com tom doutoral, ouviu?

Melhor ainda. Senhores da SIC: a que propósito é que ali têm aquela criatura que, para defender o dono, diz as barbaridades que lhe vierem à cabeça? 

Ou querem que a gente, mal a vê, corra a mudar de canal? Acham que o canal é sustentável com artistas destes?
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Nota de rodapé a propósito dos piropos



Com esta má notícia da criminalização dos piropos, será que já não posso tratar o láparo por coelho? Ou que já não posso tratar o Mendes por golden boy? E, se por aí nos aparecer outra vez o Lombinha dos Briefings, trato-o como? Por Lombinha mesmo? Não pode ser por ex-Secretário de Estado Lomba? Ou se um dia me aparece pela frente essa fera que dá pelo nome de Bruninho ou por Maçães-dos-Alemães, trato-o como? Assim mesmo? Já não posso piropeá-lo e tratá-lo por ex-Secretário de Estado? 


Não acredito. Não pode ser. Alguém que me revogue já, se faz favor, esse decreto. Que maçada.

E o vice-irrevogável, agora que parece que quer ir gozar do bem bom, quiçá tirar um curso de engenharia naval, deve ser tratado como? Por Portas dos Fundos? Querem lá ver que já não se pode tratar simplesmente por Paulinho das Feiras, ex-líder do ex-CDS?


Ah, outra coisa: devo mandar prender o meu amigo brincalhão que gosta de me chamar avozinha e dizer que é o lobo mau?

Que coisa, esta.

Este 2015 não me traz boas notícias, senhores?  


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A saída de Paulo Portas, segundo ele uma decisão de vida - o início da saída de cena de políticos que não deixarão saudades.


Como acima referi, Paulo Portas anunciou que não vai recandidatar-se à liderança do CDS. É o bye bye que se esperava. Todo prosa, desejou felicidades, que não tenham medo e mais não sei o quê. Mas a verdade é que, aqui chegado, sem votos avaliados e sem relevância, ultrapassado pelos acontecimentos, ninguém o quer, a sua histriónica nulidade é um peso que já ninguém quer carregar.


Paulo Portas de saída da vida política,
Cavaco idem.
Falta Passos Coelho. 
Expectável. No outro dia, um ex-jornalista que, em tempos, conheceu bem os bas-fonds da vida política e que acompanhou de perto a cobertura mediática de um dos casos mais falados da justiça portuguesa, dizia que, agora que os PàFs foram à vida, o tempo de impunidade de Paulo Portas irá acabar, que sempre assim é. Perguntei o que queria ele dizer: referiu uns quantos rabos de palha. Nada de novo. Dizia ele: não vão descansar enquanto ele não sair da frente do partido e, depois, muito dificilmente não lhe farão a cama. Questionei-o de novo. Referiu que que é dos livros, que há muita gente que teve que engolir o que ele quis porque ele estava do lado do poder. Não tendo poder nenhum, haverá muita gente que o quererá fazer pagar olho por olho, dente por dente. Não sei. Não sei de nada desse sub-mundo em que política e comunicação social frequentam o mesmo boudoir.

Por isso, vamos ver se os próximos tempos, com Paulo Portas sem a impunidade parlamentar e apeado das várias geringonças do poder onde, ao longo de anos, medrou, não serão mesmo tempo de apedrejamento público daquele que foi um dos piores políticos deste País.
Se o forem, não contarão com o meu contributo. Acho sempre que julgamentos políticos se fazem nas eleições, julgamentos criminais fazem-se nos tribunais e que julgamentos morais fazem-se no recato da consciência de cada um. Por isso, espero que se saiba fazer essa separação, agora que Paulo Portas vai sair da política pela porta pequena. 
Entretanto, já ouço, na televisão, as comentadeiras de serviço, num frisson, frou-frou, a antever que o futuro dele talvez passe por se juntar à irmandade das santas inhas que, de balcão em balcão, vendem opiniões a copo. Havia de ter graça, tê-lo, papagaio avençado disfarçado de senador, todo poseur, a debitar postas de pescada a propósito de tudo e de nada. A menos que lhe pusessem pela frente a Ana Gomes - aí dificilmente sairia inteiro do estúdio.

Mas não sei, não faço futurologia. Contudo, se pudesse dar-lhe um conselho, dir-lhe-ia que, qual Julia Roberts (só vi o filme, não li o livro), fosse fazer um périplo de tipo 'comer-amar-rezar', até podia levar um camera man atrás para nos brindar, mais tarde, com o making of, ou, então, que fosse simplesmente meditar para a Índia, ou, melhor, que se tornasse missionário e fosse construir escolas para as bandas do Machu Picchu -- coisas assim, nessa base. Longe de nós, quero eu dizer.
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E, a propósito de apedrejamentos na praça pública, que entrem os meus amigos do circo voador.

Stoning - Monty Python's Life of Brian


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As duas últimas imagens que usei na ilustração do texto provêm do saudoso Kaos. As restantes provêm do imenso espaço sideral da net (que é como quem diz).
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Estava a pensar fazer um post sobre as diferenças entre homens e mulheres mas meteu-se isto que acabaram de ler e agora já não tenho fôlego. Talvez amanhã.

Então, pus-me a fazer um post sobre striptease, mostrando dois estilos muito diferentes para que as minhas Leitoras, consoante o seu tipo, se inspirem e se preparem para surpreender alguém no réveillon e para que os meus Leitores, homens, avaliem bem qual o tipo de stripeasers que preferem. Já está quase pronto, o meu little post, mas está a dar-me a travadinha, sono, sono, e, portanto, vou deixá-lo em banho-maria para lhe dar os toques finais amanhã de manhã ou à hora de almoço. Durante o dia sairá à cena. 

Até lá, despeço-me já, desejando-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça-feira.

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quinta-feira, outubro 29, 2015

É mal lavado? Mal cheiroso?Tem bafo de onça?
Não, não estou a referir-me a um algum cão com pulgas em particular até porque este post não é sobre política.
Nem estou a referir-me ao Carlos Costa da Quinta das celebridades. Nem ao Eduardo Dâmaso do Correio da Manhã.
Estou a referir-me ao Bond. James Bond. O agente 007. Spectre ou não Spectre.
[De caminho, falo sobre países sexualmente satisfeitos - entre os quais não se encontra Portugal]


Depois das Barbies do post abaixo, agora é a vez do Bond. James Bond. 

Claro que, em vez disso, poderia falar de política. No outro dia um Leitor escreveu-me um mail dizendo que gosta que eu escreva sobre política e que acha que eu, aqui no blog, não deveria misturar assuntos mais intimistas com coisas sérias como a política. Disse-me, ainda, que alguns dos seus amigos lhe contaram que tinham deixado de ler o Um Jeito Manso porque se aborreciam de vir aqui à procura de política e darem de caras com parvoeiras (bem, ele não disse exactamente parvoeiras, isto já sou eu a destratar as ligeirezas a que, volta e meia, me apetece deitar mão). Mas porque haveria eu de estar aqui de castigo a falar sempre de política? Falar a torto e a direito de coisas que, em parte dos dias, não têm nada que dizer...? Ná...

Por exemplo, agora estamos num compasso de espera, à espera que o Passos vá ao parlamento estatelar-se ao comprido, depois de esta 6ª feira tomar posse com o seu séquito de tristes. Vou falar, portanto, de quê? Do vazio? Só se for para dizer que, de facto, não somos a Grécia. Aqui são precisos tempos infinitos para qualquer coisa: meses para convocar, meses sem poder fazer nada, meses para tudo, um atraso de vida. Na Grécia é o contrário: é atar e pôr ao fumeiro. Num abrir e esfregar de olhos convocam eleições, fazem campanha, votam, dão posse ao governo, começam a trabalhar.

É na política e no sexo: quase não há pai para os gregos. 

Já agora: a Grécia é dos países sexualmente mais satisfeitos. Falam abertamente de sexo, praticam-no com fartura, gostam do que fazem.

Greece: The reason the Greeks are so sexually satisfied is that they are less uptight about discussing their sexual desires. In fact, the Greeks have been talking about sex for centuries. In the fourth century BCE, Hippocrates spoke explicitly about the inevitability of sexual desire: “In the cases of women…when during intercourse the vagina is rubbed…an irritation is set up in the womb which produces pleasure and heat in the rest of the body.” Touché! Even today, Greeks commonly discuss sex at work, with friends, and most importantly, with their partners. Communication makes for a better sex life, period. Of course, the great weather, beautiful islands and healthy diet can’t hurt. Durex claims Greeks have the most sex in the world weekly (164 times on average a year). As for the Greeks themselves, they say they’re 51 percent sexually satisfied.  
De Portugal nem reza o estudo. Devem ser uns insatisfeitozinhos, os portuguesinhos: não falam para não ofenderem ninguém nem os próprios santos ouvidos, não fazem porque andam cansados, infelizes e mal pagos, não gostam porque queriam outra coisa. O costume. Os portugueses não valorizam o que têm, estão sempre enjoadinhos, parece que só gostam do que não têm. Uma seca.
Veja-se a Nigéria, o país com a maior taxa de gente sexualmente satisfeita (67%) e (talvez por isso mesmo) onde o acto é mais sexual é mais demorado, 24 minutos. Curiosamente é o país onde há mais mulheres a pular a cerca: infiéis que só visto, as nigerianas: 62%, imagine-se! 
Isto tinha muito que dizer, oh se tinha. Mas hoje não estou para aí virada, tinha que me alongar e longo já isto vai. Portanto, adiante.

Claro que poderia falar de outras coisas. Por exemplo, poderia falar do
Correio da Manhã que foi proibido de perseguir o Sócrates -- mas não falo porque as práticas e as opções do Correio da Manhã me causam asco. Cruzei-me no outro dia com o director do jornal e deu-me pena: uma fraca figura que, vá lá saber-se porquê, parece ter como único propósito de vida o dar cabo da vida de outra pessoa, gastando nessa ignóbil cruzada a sua triste existência. Ná, não me apetece falar de gente com taras.


Ou poderia talvez falar da Teresa Leal Coelho, essa pessoa que não se aguenta, tal o mau perder. Vi-a há bocado na SIC e foi uma luta para a ouvir durante uns minutos: esta mulher desestabiliza emocionalmente o meu marido e não é pelos melhores motivos. Não descansa enquanto não se vê livre dela. Por isso, quem me garante que vocês, meus Caros Leitores, não são como ele e, se me punha aqui a falar dela, vocês não desligavam logo o computador? Portanto, descansem. Não vou gastar a vossa paciência com essa insuportável e manipuladora criatura.

Poderia também falar da Quinta das Celebridades que agora estou a ver. Estava a fazer zapping e vim aqui parar. Para meu espanto, dei com um tal Carlos Costa (que não é o do BdP) a imitar o José Castelo Branco: todo pintado, as beiças inchadas, vestido de garçonette - nem sei bem o que é aquilo. Mas não vou falar, não saberia desenvolver. 


Olha, agora estou a ver a Cinha - outra vez metida nisto? - a desancar o dito Carlos porque, pelos vistos, ele acordou outro. Tempo de antena usado com isto... Nem dá para acreditar que viemos acabar nesta indigência terceiro-mundista, nesta estupidez sem tamanho que só pode dar em atrofiamento mental.


Portanto, a verdade é que não me apetece falar de nada em especial. Tudo uma pepineira. 

Por isso, vou antes deixar-vos com o Bond.

Seu nome é Bond, James Bond. Espião internacional, patriota, refinado, conquistador, inteligente, estrategista, atirador de elite e letal com as mãos. 
Qualidades não faltam para descrever essa epítome da masculinidade. As mulheres o querem, e os homens querem sê-lo. 
Mas nem tudo são flores para ele. Por alguma razão, seus chefes nunca duram e ele não consegue manter uma relação estável. As pessoas preferem que ele exerça sua licença para matar, do que se entregar para ele. Não sei, mas algo me diz que ele é flor que não se cheire.

James Bond  - Porta dos Fundos



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Relembro: se descerem até ao post seguinte, terão uma agradável surpresa. O tema tem a ver com a Barbie mas, garanto, é uma graça.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira com tudo de bom.

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quinta-feira, maio 21, 2015

Negrão desmente Teresa Leal Coelho e dá-lhe uma desanda como não há memória: "A pior coisa que há na vida é desmentir a realidade", atirou-lhe ele - e eu, para que, de futuro, o clima não azede ainda mais, sugiro que lá tenham em permanência um grupo pago para rir e aplaudir como nos programas de televisão. A rapaziada da Porta dos Fundos exemplifica. E, em adenda, aqui deixo também uma lingerie para que Teresa Leal Coelho, que gosta de se armar em sexy, vestindo-a, se sinta verdadeiramente arrasadora.


No post abaixo, a propósito da escolha do João Tiago Silveira para apresentar a proposta de programa eleitoral do PS (um betinho com um penteado daqueles que nem a minha mãe usa, uma espécie de mise que parece feita à força de rolos, secador e muita laca), já dei mais um ou outro conselho ao António Costa.
Tudo pro bono e na melhor das boas intenções -- é que, não apenas estou à espera que me provem que tenho boas razões para votar no PS, como quero ter a esperança de que o PS consiga maioria absoluta e que a maltosa do PSD/CDS leve uma corrida em osso que lhes sirva de lição. 
A questão é que, com a falta de jeito e sentido prático que os socialistas têm andado a demonstrar, começo a recear. E, por isso, daqui lhes lançarei lancinantes apelos até que os dedos me doam.

Bem, adiante, que isso é no post a seguir.

Agora, aqui, a conversa roda para outro quadrante. Com vossa licença.




Depois de mais um dia levado da breca, cansada, a ver que nem para fazer a minha caminhada teria tempo, metida no trânsito de regresso a casa, eis que um diálogo entre a sexy Teresa Leal Coelho e o judicioso Fernando Negrão me faz acordar de imediato.

O tom do Fernando Negrão era o de alguém que já não suporta a colega nem com molho de tomate: irado, fora de si. Pensei: coitado, como o compreendo.

Se eu, que apenas vejo a peixeira-mor na televisão de vez em quando e já fico passada, imagino o que o pobre sofre, a ter que aturá-la durante rores de tempo... Nem o Bava, esse descarado, o conseguiu irritar desta maneira.

Transcrevo do DN:

A votação na especialidade estava agendada e o presidente da comissão de Assuntos Constitucionais, Fernando Negrão (PSD), pediu à deputada do PSD Teresa Leal Coelho as conclusões do grupo de trabalho criado para tentar conciliar posições entre os diferentes grupos parlamentares acerca da criminalização do enriquecimento ilícito e começou aí uma discussão longa e dura.

Na resposta, Teresa Leal Coelho disse que não tinha sido criado nenhum grupo de trabalho porque PSD e CDS-PP se tinham oposto e que tinha ficado apenas estabelecido que seriam efetuados "contactos informais".

Fernando Negrão dirigiu-se a Teresa Leal Coelho num tom particularmente duro, afirmando que "a pior coisa que há na vida é desmentir a realidade", sublinhando que um "grupo de trabalho informal" tinha sido criado há duas semanas, envolvendo a indicação de elementos pelos grupos parlamentares e uma coordenadora, precisamente Teresa Leal Coelho.


"A deputada Teresa Leal Coelho disse que estava muito honrada por coordenar o grupo de trabalho e agora veio negar a realidade, o que me deixa muito preocupado porque temos trabalhado nesta comissão com grande seriedade", afirmou.



Lindo. Grande Fernando Negrão. Não teve papas na língua.

Mas imagine-se o que ele, mais que tarimbado para ouvir toda a sorte de despautérios sem se alterar, teve que aturar àquela irritante criatura para chegar ao ponto de exaustão emocional a que chegou. Deve ter estado a aguentar, a aguentar, a ver se conseguia ir acumulando a pressão sem se manifestar, até que não aguentou mais: saltou-lhe a tampa cá com uma força...!
Sempre nutri simpatia por Fernando Negrão: é um homem bem formado, honesto, rigoroso. Em boa verdade vos digo que é assim desde pequeno. Gente boa. Tem este defeito de estar ligado ao PSD mas, enfim, ninguém é perfeito e tenho para mim que um dia ainda vai cair em si e perceber que estaria melhor se saísse daquele saco de gatos, tantos deles tão desqualificados. 
Ora bem. Imaginando o clima tenso daquelas comissões, pensei que, a bem do bom ambiente, seria boa ideia que houvesse qualquer coisa que desanuviasse os ares. Por exemplo, quando alguém chamasse mentirosa à colega, que logo uma plateia desatasse a rir e a bater palmas. Ou que, quando ela, a sexy Coelha, traçasse a sua sexy perna, logo se ouvisse um assobio, suspiros e, depois, um entusiasmado aplauso.

Claro que o conceito também seria útil nas discussões entre o Passos Coelho e a Catarina Martins ou o Ferro Rodrigues. Ou mesmo nas empresas, naquelas reuniões em que o ambiente é de cortar à faca.

Para exemplificar o conceito, tenho aqui a turminha da Porta dos Fundos, rapaziada cá muito de casa.

Apresentam eles assim o vídeo (mas é sabido que a apresentação também não é para ser levada a sério):
Já reparou como todo programa de humor meio merda acaba em risada? É a claque. Rir de uma piada ruim é quase como um viciado que desce a ladeira e se engana no dia-a-dia. Não importa quão ruim seja o produto, quantas vezes você já passou por aquilo ou se os envolvidos são indecentes ou não. Você pode acabar jogado no sofá, quase em transe e rindo sem saber de quê.

Claque


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Com uma cena destas, tudo passaria a ser levado na descontra e o próprio Negrão, apesar de furibundo com a Leal ao Coelho, rebolaria a rir à gargalhada depois de a ter enquadrado a varapau.

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Entretanto, para que a sexy Leal Coelha se sinta sexy todos os dias e para que esse sentimento lhe venha dos interiores, deixo-lhe já em cima a sugestão de um modelito à maneira. Não vem que não tem. Se é para cultivar a imagem da peixeirona sexy, então que o seja a preceito e a coisa comece logo na lingerie. Um bustier em demi-balconette, por exemplo, é coisa que resulta sempre bem.

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E, por hoje, aqui me fico que já estou cansada de dar tantos conselhos.

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Permitam que relembre: descendo até ao post seguinte, poderão ver a minha opinião a propósito da vozinha sorridente e, sobretudo, do penteado artístico de João Tiago Silveira.

E, para que a vossa visita não seja em vão, tenho a seguir o último vídeo do Cine Povero, a maravilha do costume.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira. 
Que seja um grande dia, com abraços e boas notícias ou, pelo menos, com boas perspectivas (seja lá do que for).

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quinta-feira, junho 12, 2014

Mas a Teresa Leal Coelho, para além de não ter maneiras nenhumas e intervir quase de gatas sobre a bancada, julga que somos todos atrasados mentais ou quê? Vi-a na TVI 24 a dar o dito por não dito, toda fala-barato, toda troca-tintas: uma falta de vergonha! Só faltou dizer que ama de paixão os juízes do Tribunal Constitucional.


Uma coelha descarada que é a voz e a cara do dono.
O coelho-chefe disse que os juízes
têm que ser melhor escolhidos
para não se meter gente do reviralho dentro do TC
A coelha-marioneta veio logo a correr dizer que sim e,
 que se os juízes não obedecerem cegamente,
então devem ser punidos, ah pois é.
Agora, como percebeu que foi longe demais,
vem, com a maior cara de pau,
dizer que não disse nada do que disse.


Estava num jantar informal em casa de uns amigos (gente antes fielmente PSD ou CDS e agora agoniadamente contrária os actuais dirigentes e, portanto, nas últimas eleições, abstencionistas) e a vermos ao fundo a televisão. 

Às tantas, vimos na AR, a Teresa Leal Coelho toda mal entrouxada, toda debruçada sobre  a bancada, mãos para a frente, numa falta de maneiras, parecia que ia sair por ali a fora, por cima das bancadas, a quatro, capaz de ir investir nem sei contra quem. Ao que o PSD chegou, ao que a Assembleia da República chegou. 

Em abono da verdade seja dito que o único da coligação que saíu em defesa de coisa tão indefensável foi o Capachinho Bota. Até o inefável Amorim se esquivou.

Porque será que se associa a política a uma porca?
Será apenas porque dá de comer a muitos gulosos?
Ou será porque é um meio muito pouco higiénico?
Não sei, o que sei é que política assim
os portugueses já disseram que não querem.

Depois começou um debate na TVI 24, o Paulo Magalhães a tentar controlá-la, frente ao desconforto dos restantes parlamentares ai presentes, um de cada partido. Nessa altura, a curiosidade falou mais alto e o som da televisão foi elevado para se ver o que diria a dita senhora, vice-presidente da bancada parlamentar. Mas logo um coro de 'bocas' se levantou - que, claro, não vou poder reproduzir cabalmente no Um Jeito Manso. Dentro de casa as pessoas falam à vontade e, quando alguém se põe a jeito, arrisca-se a ser alvo de toda a espécie de analogias e vitupérios. Que não é coelho coisa nenhuma, é mas é uma ... (referindo um bicho que geralmente tem piores conotações), que calem-me essa gaja, esta gaja não tem vergonha na cara, esta gaja julga que pode gozar com a cara de toda a gente, tirem-me esta gaja da frente, etc, etc, e eu, deixem lá ouvir, sempre quero ver até onde é capaz de ir o descaramento desta gente. Mas qual quê: que esta gaja não se aguenta, e é uma matraca, e está a desdizer tudo o que disse na entrevista.

E zapping.

Entretanto acabámos o jantareco, adeusinho que por aqui nos desbaldamos, ciao, ciao e o que eu estimo é o que eu desejo, etc e tal.

Cheguei agora a casa e tentei ver se a dita ainda cá estava, a dar cabo da cabeça do Paulo Magalhães e dos outros parlamentares. Fui impedida: 'Tás parva? Aquilo aguenta-se? 

Ou seja, neste momento já não me está aqui a matraquear, já não a estou a ter o desprazer de confirmar que desta gente não se pode mesmo esperar um comportamento decente. Ao menos isso: decente. Já não peço muito mais. Decência. Please.


Um desGoverno sem competência, sem moral, apoiado por uns deputados sem vergonha na cara: é o que temos. E tenho pena de estar a dizer isto porque ser desgovernada por gente assim envergonha-me. A sério: envergonha-me. 


quarta-feira, junho 11, 2014

Teresa Leal Coelho passou-se, certo? Então agora quer pôr os Juízos do Tribunal Constitucional com orelhas de burro, virados de costas, num canto da Assembleia da República? Que é isso de andarem a mijar fora do penico? Ela a pensar que os tinha escolhido a dedo, mentecaptos como o resto da turminha, e agora eles a pensarem pela cabecinha deles...? Ná. Punição! Punição!


No post abaixo já falei do fanico do Cavaco e das reacções vagais que parece que estão na moda. No outro dia, o meu ex-bebé também teve uma e que belo susto nos pregou, minha santíssima.

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.



Fui agora fazer o meu giro nocturno e dei, ali na esquina, com uma senhora mal-afamada. O sobrenome Coelho já não augurava nada de bom. Não sei se será prima do outro, se quê. Mas, se não é prima pelo lado de pai ou mãe, é parente pelo lado do PSD, essa casa de mau nome.

Li e nem quis acreditar no que lia. A própria Sofia Rodrigues do Público nem devia estar a acreditar no que a Teresa Leal Coelho lhe estava a dizer durante a entrevista a propósito dos juízes do TC. 


A mulher ou estava sob o efeito de alguma substância proibida ou foi instruída para partir para a desgraça. Ou então, provavelmente vendo-se já de partida, armada em madame embaixatriz na movida madrileña, acha que já pode soltar a franga, que já é inimputável, que já vale tudo. Qualquer coisa anormal se passou para ela dizer o que disse. A menos que, como eu ontem referi, estejamos a assistir a um histérico outing ideológico por parte deste PSD descabelado.

Transcrevo:

Próxima de Pedro Passos Coelho, Teresa Leal Coelho leva ainda mais longe do que o primeiro-ministro a ideia de que os juízes do Tribunal Constitucional (TC) devem estar sob escrutínio público. Se não aceitam a crítica, sentencia a dirigente social-democrata e docente de Direito Constitucional, “não têm condições para exercer o cargo”.

Não há um contra-senso na crítica de Passos Coelho à decisão do TC, quando as medidas com mais impacto até foram chumbadas por juízes indicados pela actual maioria?
Quando nós convidámos personalidades para um cargo no TC naturalmente que lhes transmitimos aquela que era a nossa visão e naturalmente que ouvimos também essas pessoas. (...)

Se ouviram os juízes que indicaram e depois o sentido de voto deles foi diferente do que esperavam, o que aconteceu?
Não é tão fácil encontrar pessoas para se candidatarem ao TC, ao contrário do que se pensa. Alguns dos juízes cuja candidatura foi apontada por nós criaram a ilusão de que tinham uma visão filosófico-política que seria compatível com aquilo que é o projecto reformista que temos para Portugal no âmbito da integração na União Europeia. Nós tivemos a ilusão de que esta era a perspectiva dos nomes que candidatámos a juízes do TC. Parece que não passou de uma ilusão.

(...)

Defende uma alteração à forma de nomear os juízes e alterar a inamovibilidade?
Eu defendo a existência de um TC, mas defendo uma maior maturidade política. Defendo que os juízes do TC estejam sob uma avaliação pública sobre o seu pensamento filosófico-político. E que devam exercer as suas funções com total isenção e independência, de tal forma que das decisões não resulte nenhuma avaliação para além dos poderes que lhe foram atribuídos. E, se calhar, temos de ponderar sanções jurídicas para os casos em que os poderes que são distribuídos, incluindo ao TC, são extravasados. 


Leio e releio e fico perplexa. É possível tamanha estupidez? Escolhem os juízes a dedo...? E, se os juízes não fazem o que eles querem, sentem-se no direito de os destratar desta forma? De os ameaçar com sanções? Mas julgam que isto é o quê? A república das bananas? 

Atrás da omnipresente écharpe de Teresa Leal Coelho estende-se, afinal, não um pescoço mal jeitoso mas uma tendência totalitária? Temos uma putativa representante da FN em Portugal?

Mais umas perguntinhas da jornalista Sofia Rodrigues e ainda a Lápara dizia que os juízes do Constitucional estão a precisar é que os atirem para dentro da fornada ou, então, que isto se resolve, largando o vírus ébola no Palácio Ratton. 


Isto está a ficar bonito, está. A gente pensa que vive no meio de gente civilizada e nem nos passa pela cabeça que, justamente, na Assembleia de República ou no Governo, há gente perigosa, gente que deveria ser seguida pelo SIS, gente que, pelo que se vê, não se ensaiaria nada para atentar contra o Estado de Direito que supostamente Portugal ainda é.

Claro que, num verdadeiro Estado de Direito, o Presidente da República chamaria estes extremistas à pedra e dava-lhes um valente chega para lá, avisava-os para terem tento na língua, mandava-os fazer cópias da Constituição, avisava-os para que, num próximo dislate, seriam, eles sim, sancionados, punha-lhes pimenta na língua, mandava-os baixarem as calcinhas e dava-lhes uns valentes açoites no rabo, coisa assim. Mas não. Cavaco Silva limita a sua intervenção a escrever prefácios, de ano a ano, para os seus Roteiros, coisa que ninguém em seu perfeito juízo deve ler.

E, portanto, na maior impunidade, por aí temos todos os malucos e malucas à solta, a desafiar a nossa paciência e a armar baderna por tudo o que é canto e esquina. Raios partam a nossa pouca sorte com gente destas à perna.


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O artigo completo do Público “Se os juízes do TC não aceitam a crítica, não têm condições para exercer o cargo” que contém a referida entrevista a Teresa Leal Coelho pode ser lido aqui. Ver para crer.


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Relembro: para lerem sobre a vagal e presidencial indisposição e sobre uma outra que me assustou deveras, desçam, por favor, até ao post já a seguir. 

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